Local onde será instalada a nova Caldeira de Recuperação da unidade industrial de Guaíba recebe estaca inicial do BioCMPC
A CMPC iniciou no último dia 15 de dezembro as obras de construção do BioCMPC. O projeto irá modernizar e tornar a planta industrial de Guaíba uma referência em sustentabilidade em nível global no setor de Celulose e Papel. Para marcar a data, foi colocada uma estaca na área em que ocorre a primeira obra dos trabalhos, onde será instalada a nova Caldeira de Recuperação. O equipamento será responsável por gerar economia de energia e redução da emissão de gases de efeito estufa.
“Este é um marco para nós, pois o BioCMPC é o maior investimento em sustentabilidade da história do Rio Grande do Sul. Com esse projeto, vamos melhorar nossa performance ambiental, otimizando o uso de água, ampliando a geração de energia limpa, reduzindo a emissão de gases, dentre outros. Outro importante benefício para a comunidade está na geração de postos de trabalho durante as obras”, explica Mauricio Harger, diretor-geral da CMPC no Brasil. Ele ressalta que a unidade de Guaíba já transforma 100% dos resíduos industriais em novos produtos, uma prática da economia circular que contribui na geração de aproximadamente 160 empregos na região.
A Nova Caldeira de Recuperação – O equipamento terá capacidade projetada para 1.900 tds/d (toneladas de sólidos secos por dia) e contará com vários recursos de alta eficiência para menor consumo de energia e elevada geração de vapor, tais como:• alto teor de sólidos secos no licor negro,• pré-aquecimento de ar de combustão,• tanque de água de alimentação utilizando toda pressão disponível,• recuperação de calor dos gases do tanque dissolvedor,• recuperação de calor dos gases de combustão da caldeira e• altos parâmetros de pressão e temperatura de vapor.
Para o projeto da nova caldeira de recuperação da unidade industrial de Guaíba, a Valmet, parceira responsável pela construção e instalação do equipamento, utilizou o que há de mais avançado nesta tecnologia, aplicando as melhores práticas de eficiência energética e seleção de materiais, segundo Felippe Rosa, gerente de Vendas para áreas de Recuperação e Energia da empresa. “A caldeira de recuperação é parte do caminho crítico do cronograma de um projeto como o BioCMPC, por possuir montagem vertical. Cumprir este marco importante, que é a primeira estaca da construção civil, no prazo acordado é um bom indicativo que iniciamos o projeto conforme o esperado.”
A entrega também inclui precipitadores eletrostáticos (ESP) feitos sob medida para as condições da caldeira de recuperação, atingindo baixíssimos níveis de emissões de material particulado. As cinzas da caldeira de recuperação serão tratadas com a tecnologia Ash Leaching Duo, que oferece fácil operação, maior eficiência e flexibilidade para maximizar a recuperação dos produtos químicos de cozimento.
Obras – Todas a intervenções e construções para implantação do BioCMPC também serão sustentáveis. Além da valorização de mão de obra e fornecedores locais, o canteiro de obras principal ficará distante da área da empresa, evitando gerar transtornos às comunidades vizinhas. Outro fator importante é sobre a mobilidade urbana da região, pois a circulação de pessoas, máquinas e equipamentos será feita preferencialmente pelo acesso privado da companhia junto à BR-116, reduzindo a possibilidade de interferências no trânsito. Os horários para realização das benfeitorias respeitarão os moradores locais, com atividades ocorrendo prioritariamente de segunda a sexta, das 8h às 18h. Outro diferencial está no tratamento dos resíduos gerados na construção. Todo esse material será reaproveitado e transformado em novos produtos. Medidas de controle serão implementadas para que não haja alterações ambientais na vizinhança.
O projeto – O BioCMPC prevê a implantação de importantes investimentos em modernização operacional, além de novas medidas de controle e gestão ambiental. O projeto contará com investimento de aproximadamente R$ 2,75 bilhões e a previsão é que sejam gerados cerca de 7,5 mil novos postos de trabalho durante a execução das obras. As 31 iniciativas que compõem o BioCMPC irão gerar um relevante ganho de performance para a unidade brasileira, por meio do aumento de aproximadamente 18% da capacidade produtiva, quando comparado aos resultados dos últimos 12 meses.
Fonte: Revista O Papel