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Celulose impulsiona novo padrão de vida em Inocência (MS) e desafia município a acompanhar o ritmo do progresso 

Com a instalação da fábrica de celulose da Arauco em Inocência, no interior de Mato Grosso do Sul, o município vive um momento de transformação. A gigante de celulose é vista pela Prefeitura como um motor de desenvolvimento, incentivando a capacitação profissional da população e atraindo novos empreendimentos e serviços para a cidade. 

A expectativa é de que, em um período de seis anos, Inocência alcance um novo padrão de vida, impulsionado pela geração de novos empregos ofertados pela indústria, além de oportunidades que devem chegar acompanhadas de novos setores. 

Inocência sente as ‘dores’ do crescimento

O município de Inocência vive um momento de expansão acelerada, cujos passos são dados ‘maiores que as pernas’. Com a chegada da fábrica, a oferta e demanda da cidade aqueceu o setor imobiliário e o comércio, e a população já começou a sentir os efeitos do desenvolvimento. 

Enquanto os moradores lidam com as mudanças culturais e com a cidade perdendo a essência pacata, a prefeitura trabalha para que o pequeno município, de 8,4 mil habitantes, dê conta de acompanhar o progresso. 

“A chegada da fábrica está transformando Inocência em um polo industrial, gerando mais emprego, mais renda e fortalecendo a economia local. Isso traz muitos benefícios, mas também muitos transtornos e dificuldades”, pondera o vice-prefeito da cidade, Henrique Alves. 

Moradia é desafio do avanço da celulose

A chegada da fábrica de celulose, embora favoreça o desenvolvimento econômico, exige um olhar estratégico do município para o crescimento populacional. De acordo com o vice-prefeito, Henrique Alves, Inocência enfrenta uma demanda habitacional alta por conta do mercado imobiliário aquecido. 

Uma das principais preocupações da gestão é encontrar formas de absorver e acomodar aqueles que optarem por ficar na cidade após o término das obras. “O nosso maior déficit hoje é na habitação, então estamos trabalhando com muita cautela, mas a infraestrutura já vem sendo pensada. Estamos nos adequando em relação à moradia, ao hospital, à segurança pública e à educação”.

Segundo Henrique, a prefeitura deve ampliar programas de habitação popular, investir em novos loteamentos e buscar parcerias com os governos estadual e federal para viabilizar projetos. 

Além disso, uma parceria do município com o Governo do Estado irá garantir uma área de 25 hectares, destinados à construção de futuras habitações populares. Não foi passado à reportagem informações sobre quando seriam iniciadas as obras, nem qual região da cidade receberá as moradias. 

Já para os trabalhadores da fábrica, serão construídas 620 casas, previstas no PES (Plano Estratégico Socioambiental), elaborado pela Arauco. 

Casas sendo construídas no perímetro urbano da cidade (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

PES prevê construção de escolas, creches e hospital municipal

De acordo com o vice-prefeito, Inocência será beneficiada com investimento de R$ 65 milhões em segurança pública, assistência social, educação e saúde, previstos no PES (Plano Estratégico Socioambiental), elaborado pela Arauco. 

Nas ações contempladas pelo PES, ficou determinada a construção de um batalhão da Polícia Militar, um batalhão do Corpo de Bombeiros, ampliação e reforma de escolas municipais, construção de uma creche e capacitação de profissionais do setor. 

Na parte de saúde, serão construídos um hospital municipal, unidades básicas de saúde, um centro de atenção psicossocial, uma unidade especializada em odontologia e aquisição de ambulâncias. 

Além disso, Henrique destaca que o município firmou uma parceria com o Governo do Estado, onde será construída uma nova escola estadual, em um terreno cedido pela prefeitura de Inocência. A construção da creche, bem como as obras de pavimentação, já estão em processo de licitação.

Município visa qualificar jovens para o futuro

A chegada da fábrica e a promessa de geração de empregos traz esperança, mas também impõe desafios. Principalmente em relação à qualificação da mão de obra local e ao futuro dos jovens no mercado de trabalho. 

Segundo o vice-prefeito, Henrique Alves, o objetivo é garantir que os trabalhadores locais tenham oportunidade de competir pelas vagas à altura dos profissionais que vierem de fora. Para isso, o município instituiu parcerias com o Sistema S, que já está oferecendo cursos e treinamentos no município. 

Para os jovens, o fortalecimento do mercado de trabalho representa a possibilidade de permanecer na cidade e construir uma carreira profissional sem precisar buscar oportunidades em outros centros urbanos. No entanto, Henrique destaca que é preciso repensar os caminhos tradicionais. 

“Antigamente nossos jovens pensavam em medicina, direito, veterinária, direito. Hoje, com a indústria da celulose, surgem novas oportunidades. É necessário um trabalho de orientação dentro das escolas para que eles comecem a enxergar essas possibilidades”, explica.

Do ponto de vista do desenvolvimento econômico, o secretário municipal de Indústria e Comércio, Ademilson Junqueira de Paula, destaca que a profissionalização da mão de obra também vai beneficiar trabalhadores que optem por buscar o município para se qualificarem.

No dia 9 de abril, Inocência inaugurou sua primeira unidade da Casa do Trabalhador para atender à demanda por mão de obra no município. A Casa do Trabalhador oferecerá serviços de intermediação de mão de obra, emissão de carteira de trabalho digital, acesso ao seguro-desemprego e orientações para qualificação profissional.

Alojamentos aos arredores da cidade (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Informações: MídiaMax.

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Candidato a “Rei do Cacau” quer revolucionar setor com mega fazenda no Brasil

Plano de Moisés Schmidt é revolucionar a forma como o principal ingrediente do chocolate é produzido, cultivando cacaueiros de alto rendimento

Na Bahia, o fazendeiro Moisés Schmidt está desenvolvendo a maior fazenda de cacau do mundo. Seu plano é revolucionar a forma como o principal ingrediente do chocolate é produzido, cultivando cacaueiros de alto rendimento, totalmente irrigados e fertilizados, em uma área maior do que a ilha de Manhattan, que atualmente não é conhecida pela produção das amêndoas.

O plano de US$ 300 milhões de Schmidt é o maior e mais inovador da região, mas não é o único. Há projetos superdimensionados semelhantes em desenvolvimento, alguns deles quase tão grandes, já que grupos agrícolas bem capitalizados buscam aplicar a experiência em agricultura em escala industrial à produção de cacau para lucrar com os preços altíssimos do produto.

Se esses planos derem certo, o centro de gravidade do setor poderá se deslocar da África Ocidental para o Brasil.

“Acredito que o Brasil vai se tornar importante região para o cacau no mundo”, disse Schmidt à Reuters, enquanto caminhava em meio a fileiras e mais fileiras de novos cacaueiros na região do Cerrado.

Ele estima que até 500.000 hectares de fazendas de cacau de alto rendimento poderiam ser implantadas no Brasil em dez anos, o que produziria até 1,6 milhão de toneladas de cacau.

Em comparação, o Brasil produz atualmente apenas cerca de 200.000 toneladas, enquanto a Costa do Marfim, maior produtor mundial, colhe dez vezes mais do que isso. Gana, o segundo maior produtor global, produz cerca de 700.000 toneladas de grãos.

Atualmente, o setor global de cacau está em crise. A produção está falhando na Costa do Marfim e na vizinha Gana, que, juntas, cultivam mais de 60% do cacau do mundo. Uma combinação potente de doenças nas plantas, mudanças climáticas e plantações envelhecidas levou a três anos consecutivos de queda na produção.

Isso tem sido uma má notícia para os amantes do chocolate. Os preços do cacau quase triplicaram em 2024, atingindo um recorde de US$12.931 por tonelada métrica em dezembro. Desde então, o preço caiu para cerca de US$ 8.200, mas continua bem acima das médias históricas.

OPORTUNIDADE NA CRISE?

Para Schmidt e outros agricultores no Brasil, a crise é vista como uma oportunidade.
A empresa familiar Schmidt Agrícola começou a se preparar para cultivar cacau em 2019 depois de concluir, com a ajuda de uma avaliação interna do mercado de cacau, que haveria um déficit de fornecimento no futuro.

“Simplesmente não imaginávamos que isso aconteceria tão cedo”, disse ele, enquanto caminhava pelas estufas de mudas da fazenda.

Sua fazenda planejada de 10.000 hectares deixaria pequenas as propriedades da África Ocidental, que normalmente se estendem por algumas dezenas de hectares. Há grandes fazendas em outros países produtores, como Equador e Indonésia, algumas delas com mais de 1.000 hectares, mas ainda muito menores do que o gigante planejado por Schmidt.

O plano é aplicar técnicas de agricultura em larga escala à fazenda de cacau totalmente irrigada, como se fosse um campo de soja ou milho. As árvores da fazenda, no município de Riachão das Neves, no oeste da Bahia, serão agrupadas, deixando apenas espaço suficiente entre elas para a irrigação mecanizada e a aplicação de fertilizantes e pesticidas.

Schmidt está plantando 1.600 árvores por hectare nas novas áreas, em comparação com apenas 300 árvores em fazendas convencionais. A concentração deve significar um rendimento muito maior por hectare.

 “A única coisa que ainda não é mecanizada é a colheita de frutas das árvores”, disse o agricultor.

Alguns veem esse método de cultivo como um divisor de águas.

“Daqui a cinco anos, tudo o que sabíamos sobre a produção de cacau terá mudado”, disse Tales Rocha, agrônomo de cacau da TRF Consultoria Agrícola, uma empresa que presta consultoria a agricultores no Brasil.

Rocha disse que a região do Cerrado no oeste da Bahia tem a topografia ideal para a agricultura de larga escala, com suas extensas áreas planas.

Grupos agrícolas como a Schmidt Agrícola já produzem soja, milho, algodão e frutas em milhares de hectares no oeste da Bahia, uma região com amplo suprimento de água.

MILHÕES DE MUDAS

Nas novas fazendas, os cacaueiros são cultivados a céu aberto, com muita luz solar. Isso contrasta com as plantações tradicionais de cacau em outras partes do Brasil e do mundo, onde os cacaueiros dividem espaço com outros tipos de árvores e recebem alguma sombra.

Schmidt está desenvolvendo árvores de alto rendimento por meio de uma operação de mudas que ele administra desde 2019. Sua equipe produziu novas variedades de cacau por meio da chamada seleção positiva, um projeto de anos em que as mudas são multiplicadas a partir de material retirado das plantas que produziram a maior carga de frutos em campos de teste.

As árvores de alto rendimento plantadas em cerca de 400 hectares na primeira fase do projeto estão produzindo cerca de 3.000 quilos por hectare (kg/ha), ou dez vezes a produtividade média das áreas tradicionais de cacau no Brasil. Schmidt disse que sua meta é passar de 4.000 kg/ha. Isso seria oito vezes o rendimento médio de 500 kg/ha do maior produtor, a Costa do Marfim.

Produções muito altas, acima de 2.000 kg/ha, foram alcançadas em pequenos campos de teste administrados pela Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), a agência de pesquisa de cacau do Brasil, usando alta densidade de plantas.

Os pesquisadores, no entanto, disseram que os resultados precisariam ser confirmados com o plantio em maior escala e acrescentaram que havia dúvidas sobre a viabilidade econômica dessa prática, que exigiria cuidados extensivos com a cultura e mão de obra.

A instalação do viveiro de Schmidt, que opera como uma empresa separada chamada BioBrasil, usa maquinário de propagação da fabricante de equipamentos florestais dinamarquesa Ellepot, com capacidade para produzir 10 milhões de mudas por ano. Ele produz as árvores para a fazenda gigante planejada e também vende mudas para outros projetos de cacau no Brasil.

Algumas pessoas no mercado, no entanto, não têm tanta certeza de que esse tipo de expansão ocorrerá de fato no Brasil.

“Como sempre, o preço é o principal fator determinante. Em torno de US$4.000 por tonelada, o Brasil mal se interessou”, disse Pam Thornton, veterana consultora de cacau e comerciante de grãos.

“Depois de conversar com muitos fazendeiros brasileiros e visitar várias grandes fazendas comerciais, acredito que os preços mundiais precisam demonstrar que permanecerão próximos aos níveis atuais por mais um ano ou mais para que eles expandam a área cultivada e, provavelmente, vários milhares de dólares a mais para que isso ocorra de forma significativa”, disse ela.

Schmidt diz que o cacau de sua operação seria lucrativo mesmo a cerca de US$4.000 por tonelada. “Acima de US$ 6.000, é muito lucrativo, muito melhor do que a soja ou o milho”, disse ele.

As projeções de oferta e demanda de longo prazo parecem positivas para os preços, considerando que a produção na África Ocidental está estável ou “presa em um longo ciclo de resultados decrescentes”, disse o veterano corretor e analista de cacau dos EUA, Marcelo Dorea, CEO da M3I Capital Management.

“O mercado deve, portanto, buscar fontes alternativas de produção significativa”, disse ele, acrescentando que o Brasil parece ser uma opção natural, considerando o know-how do cacau e a disponibilidade de terras.


“BIG COCOA” DE OLHO

A Schmidt Agrícola cultiva mais de 35.000 hectares com soja, milho e algodão na Bahia. Ela tem acordos preliminares por meio de memorandos de entendimento com produtores de chocolate e comerciantes de cacau, disse Schmidt.

A Cargill, uma das maiores comerciantes de commodities e processadoras de alimentos do mundo, já é parceira na fase inicial, que abrange os 400 hectares, e está em negociações para expandir a parceria.

Schmidt disse que quase todos os grandes comerciantes de cacau ou empresas de chocolate estão conversando com ele e com outros agricultores no Brasil sobre acordos de expansão e fornecimento.

As parcerias incluiriam investimentos para desenvolver os projetos e, em troca, as empresas investidoras garantiriam o fornecimento de cacau, disse ele.

“Estamos trabalhando nos contratos agora”, disse ele, recusando-se a nomear as empresas, citando cláusulas de não divulgação.

A Barry Callebaut, maior fornecedora mundial de produtos de cacau e chocolate, está em negociações para fazer parceria com o grupo agrícola Fazenda Santa Colomba em um investimento para formar uma fazenda de cacau de 5.000 a 7.000 hectares no município de Cocos, no oeste da Bahia, disseram à Reuters duas fontes familiarizadas com a negociação.

A Santa Colomba não quis comentar.

A Barry Callebaut confirmou que assinou uma parceria com um grupo de agricultores no Brasil para uma fazenda de cacau de 5.000 hectares na Bahia, mas não quis citar o nome do grupo. O acordo faz parte da Future Farming Initiative, programa lançado pela empresa para impulsionar a agricultura de cacau de alta tecnologia e diversificar sua presença geográfica.

“Estamos fazendo um bom progresso com a FFI e continuamos a ver o interesse de parceiros, clientes e investidores em todo o mundo”, disse.

A Mars, produtora americana de barras Snickers e M&Ms, montou um campo de testes de cacau não muito longe da fazenda de Schmidt em Riachão das Neves.

A empresa disse que seu campo de testes na área faz parte de seus esforços para lidar com as mudanças climáticas e a queda da produtividade do cacau em todo o mundo.

“A Bahia é atraente devido à topografia plana, solos férteis, disponibilidade confiável de água e infraestrutura agronômica estabelecida”, disse Luciel Fernandes, gerente do Centro de Ciência do Cacau da Mars no Brasil.

RISCOS POTENCIAIS

Uma das principais pesquisadoras de cacau no Brasil, no entanto, está preocupada.
A fitopatologista Karina Peres Gramacho, que trabalha para a Ceplac, acredita que há riscos para os planos de extensas plantações de cacau no oeste da Bahia.

O fato de cada um desses megaprojetos se basear em milhares de clones do mesmo tipo de árvore poderia deixar os futuros campos vulneráveis a doenças, que são muito comuns no cultivo do cacau.

O Brasil já foi o segundo maior produtor de cacau, atrás apenas da Costa do Marfim, mas um fungo devastador na década de 1980, conhecido como Vassoura de Bruxa, dizimou milhares de hectares de plantações de cacau.

Gramacho apoia a ideia de usar variedades mais desenvolvidas e adequadas à região, geralmente híbridas que combinam qualidades de mais de um genótipo.

Alguns analistas do setor também têm dúvidas sobre a qualidade do cacau que seria cultivado sob a luz direta do sol, pois os frutos produzidos na sombra são normalmente considerados de sabor superior.

Cristiano Villela Dias, diretor científico do Centro de Inovação do Cacau (CIC) do Brasil, diz que alguns testes iniciais com os frutos produzidos no oeste da Bahia não indicaram nenhuma diferença perceptível no sabor.

“A qualidade das amêndoas é muito semelhante ao melhor cacau produzido no Brasil ou em outros países”, disse Villela, acrescentando que o tratamento pós-colheita ideal, especialmente com fermentação e secagem, faria uma diferença maior na qualidade das amêndoas.

A Mars disse que testou o cacau produzido na área e não identificou “uma diferença fundamental no sabor ou na qualidade que esteja direta e exclusivamente associada ao cultivo a pleno sol”.

Informações: InfoMoney.

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Setor de celulose deve investir R$ 31 bilhões em MS até 2032

Projeção da XP Investimentos aponta Inocência e Bataguassu como áreas em expansão e construção de nova fábrica

A indústria de processamento de eucalipto para produção de papel e celulose deve investir US$ 5,4 bilhões, o equivalente a R$ 31 bilhões, nos próximos sete anos, no Vale da Celulose, em Mato Grosso do Sul. A projeção consta de relatório da XP Investimentos que mapeou expectativas de novos projetos no estado nos próximos sete anos, pelo menos.

Conforme o relatório da XP, ao qual o Campo Grande News teve acesso, os especialistas da agência financeira informam que esses recursos são para construção de uma nova fábrica com capacidade de 2,5 milhões de toneladas de celulose. Estima-se que a produção deverá dobrar, embalada pela crescente demanda da China, que vem impulsionado os projetos na América Latina.

As regiões mais promissoras para receber esses novos investimentos são o Norte de Inocência e Sul de Bataguassu, onde existem terras mais acessíveis em meio à concorrência de outras culturas agrícolas na região.

Hoje a maioria das plantações de eucalipto concentra-se na região Leste do estado, onde o cultivo concorre com a soja, pastagens e, em menor escala, com cana-de-açúcar. As terras mais valorizadas ficam em Água Clara e Três Lagoas, com preços variando entre R$ 25 mil e R$ 30 mil por hectare, conforme o relatório da XP.

Estão presentes no estado indústrias da Eldorado, da Suzano, da Arauco e, mais recentemente, da Bracell, cuja fábrica encontra-se em processo de licenciamento em Bataguassu.

A instituição financeira considera a Suzano, que já possui fábricas no estado, e a Klabin, como as empresas com maior potencial de aproveitar esse novo cenário. A Klabin ainda não possui fábricas em Mato Grosso do Sul, mas realiza estudos de material genético florestal na região a fim de avaliar a qualidade dos eucaliptos no estado. Procurada pela reportagem, a empresa não respondeu.

Sem falar de investimentos futuros, a Suzano informou que possui capacidade instalada para produzir cerca de 5,8 milhões de toneladas de celulose ao ano em Mato Grosso do Sul, somando as unidades de Ribas do Rio Pardo e Três Lagoas, com a geração de 9 mil postos de trabalho diretos na região, entre próprios e terceiros. Com a nova fábrica em Ribas do Rio Pardo, a Suzano ampliou sua produção global de celulose em cerca de 20%.

Hoje toda a cadeia produtiva florestal no estado responde por mais de 14,9 mil empregos diretos e 12 mil indiretos.

Autoridades durante lançamento da fábrica da Arauco, no dia 9, em Inocência. (Foto: Marcos Maluf)
Aumento da produção – Pelos cálculos dos especialistas da XP, área de terra dedicada ao plantio de eucalipto deverá quase dobrar até 2032, saindo de 1,5 milhão de hectares, em 2024, para cerca de 3 milhões de hectares. “Com esse aumento e assumindo uma produtividade de 35 m³ por hectare ao ano, projetamos que a capacidade de produção de celulose poderá aumentar de 9,2 milhões de toneladas para mais de 20,6 milhões de toneladas até 2032.”

Especialistas da XP avaliam que as grandes áreas de pastagens próximas a regiões como Inocência (onde existe o novo projeto da Arauco) e Bataguassu (novo projeto da Bracell) devem ser transformadas em plantações de eucalipto futuramente, já que o estado deve se fortalecer como o “Vale da Celulose” do Brasil.

Consolidado como o maior exportador de celulose no Brasil, Mato Grosso do Sul praticamente dobrou a área cultivada de eucalipto no período de 2013 a 2023, de 0,7 milhão de hectares para 1,4 milhão de hectares.

Informações: Campo Grande News.

Suzano esta com seis processos seletivos abertos para suas operações em Ribas do Rio Pardo e Três Lagoas (MS)

Suzano está com seis processos seletivos abertos para Ribas do Rio Pardo e Três Lagoas (MS)

As inscrições estão abertas para todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, origem, etnia, deficiência ou orientação sexual, na Plataforma de Oportunidades da empresa

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, está com seis processos seletivos abertos em diferentes áreas para suas operações em Ribas do Rio Pardo e Três Lagos (MS). As inscrições estão abertas a todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, idade, origem, deficiência e/ou orientação sexual, e podem ser feitas por meio da Plataforma de Oportunidades da Suzano (https://suzano.gupy.io/).

Há quatro oportunidades em Ribas do Rio Pardo para Mecânico(a) e Técnico(a) de Manutenção Florestal na área de Logística, Mecânico(a) na área de Silvicultura e para Caldeireiro(a) de Manutenção I. Já em Três Lagoas as pessoas interessadas poderão concorrer a vagas para Analista de Operações Logísticas Júnior e Técnico(a) de Manutenção Florestal, também na área de Logística.

Segue a lista completa dos processos seletivos da Suzano em andamento no estado e os respectivos links para inscrições. Nas páginas, é possível consultar os pré-requisitos de cada vaga, detalhamento da função e benefícios ofertados pela empresa.

Ribas do Rio Pardo

Mecânico(a) – Logística – inscrições até 04/05/2025: Página da vaga | Mecânico(a) – Logística

Técnico(a) de Manutenção Florestal – Logística – inscrições até 04/05/2025: Página da vaga | Técnico(a) de Manutenção Florestal – Logística

Mecânico(a) – Silvicultura – inscrições até 05/05/2025: Página da vaga | Mecânico(a) – Silvicultura

Caldeireiro(a) de Manutenção I – inscrições até 09/06/2025: Página da vaga | Caldeireiro de Manutenção I

Três Lagoas

Analista de Operações Logísticas Júnior- inscrições até 04/05/2025: Página da vaga | Analista de Operações Logísticas Júnior

Técnico(a) de Manutenção Florestal – Logística – inscrições até 04/05/2025: Página da vaga | Técnico(a) de Manutenção Florestal – Logística

Mais detalhes sobre os processos seletivos, assim como os benefícios oferecidos pela empresa, estão disponíveis na Plataforma de Oportunidades da Suzano (https://suzano.gupy.io/). A Suzano reforça que todos os processos seletivos são gratuitos, sem a cobrança de qualquer valor para garantir a participação, e que as vagas oficiais estão abertas a todas as pessoas interessadas. Na página, candidatos e candidatas também poderão acessar todas as vagas abertas no Estado e em outras unidades da Suzano no País, além de se cadastrar no Banco de Talentos da empresa.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores fabricantes de papéis da América Latina e líder no segmento de papel higiênico no Brasil. A companhia adota as melhores práticas de inovação e sustentabilidade para desenvolver produtos e soluções a partir de matéria-prima renovável. Os produtos da Suzano estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, cerca de 25% da população mundial, e incluem celulose; itens para higiene pessoal como papel higiênico e guardanapos; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis para imprimir e escrever, entre outros produtos desenvolvidos para atender à crescente necessidade do planeta por itens mais sustentáveis. Entre suas marcas no Brasil estão Neve®, Pólen®, Suzano Report®, Mimmo®, entre outras. Com sede no Brasil e operações na América Latina, América do Norte, Europa e Ásia, a empresa tem mais de 100 anos de história e ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em:suzano.com.br.

Sistemasconstrutivos_fotoBucklandTimber

Uso da madeira na construção civil é seguro, rápido e sustentável

Sistemas construtivos industrializados em madeira serão um dos temas do XVIII Ebramem – Encontro Brasileiro em Madeiras e em Estruturas de Madeiras

Para além de conforto e beleza, o uso da madeira na construção civil  vem rompendo barreiras culturais no Brasil à medida que se tornam conhecidos seus benefícios desde a origem da matéria-prima, passando pelo processo construtivo até os efeitos no dia a dia das pessoas. Com sistemas produtivos industrializados modernos e tecnologia de ponta, construções com madeira têm conquistado o gosto do consumidor brasileiro, tornando-se alternativa crescente ao concreto e ao aço.

Construções mais rápidas, seguras, resistentes, com preços mais acessíveis, sustentáveis e, ainda por cima, seguras em casos de incêndios, são apenas algumas das vantagens que a matéria-prima oferece. Na construção civil, a madeira já está presente em projetos construtivos de pontes, estruturas de cobertura em edifícios, construções modulares pré-fabricadas, paredes, lajes, vigas, cabeceiras de grande envergadura, habitações residenciais e muito mais.

Tudo isso graças a sistemas produtivos industriais modernos e que poderão ser conhecidos durante o XVIII Ebramem (Encontro Brasileiro em Madeiras e em Estruturas de Madeiras), que acontecerá em Curitiba, de 05 a 09 de maio, no campus da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep). 

Além de reunir acadêmicos, pesquisadores e profissionais da engenharia, arquitetura e design, o Ebramem contará com a presença de 38 expositores da área da madeira engenheirada que trarão o que há de mais moderno em produtos, serviços e tecnologias.

Sistemas como o MLC (madeira laminada colada ou lamelada colada, também conhecida como glulam), CLT (painéis de madeira lamelada cruzada), LVL (Laminated Veneer Lumber – madeira laminada folheada), e light wood frame estarão à disposição dos visitantes que passarem pela feira Ebramem Expo – Madeira Industrializada na Construção – que acontecerá paralelamente ao Ebramem e será aberta ao público.

Especialistas do setor florestal vão mostrar, durante o evento, que optar pela madeira significa mais do que escolher um material de construção. “É uma decisão que valoriza as florestas e o meio ambiente, por conta do sequestro de CO2 e por ser um produto 100% renovável”, pontua o presidente da Associação Paranaense de Empresas da Base Florestal (APRE), Fabio Brun.

Ele observa que a adesão brasileira à madeira ainda é pequena se comparada a países como Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França e Suécia, entre outros. “Por isso, iniciativas como o Ebramem são tão necessárias. Unir o conhecimento científico ao prático é fundamental para desmistificar conceitos ultrapassados e fomentar uma nova mentalidade construtiva”, destaca Brun.

Além de segura em caso de incêndios e contra os ataques de animais xilófagos, como cupins, vespas e algumas espécies de besouros, o uso da madeira engenheirada possibilita maior precisão nas dimensões durante a fabricação dos elementos construtivos. 

Ângela do Valle, presidente do Ibramem (Instituto Brasileiro da Madeira e das Estruturas de Madeira), membro da Comissão Organizadora do XVIII Ebramem e professora da Universidade Federal de Santa Catarina, observa que a madeira permite maior confiabilidade no desempenho estrutural, na eficiência e no melhor aproveitamento do material. “Com uma precisão de décimos de milímetros, e com os valores de propriedades mecânicas de menor variabilidade.” 

Atualmente, para que o uso da madeira avance no Brasil, considerando que as barreiras culturais já vêm sendo trabalhadas pelas entidades do setor como a APRE, a Fiep, o Ibramem, a Abimci (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente), entre outras, é preciso que sejam adotadas políticas públicas específicas que incentivem as construções em madeira. “Todos os países começaram pelo setor público que, por meio de legislação específica, exigiram que parte das construções fossem em madeira, ou por meio de isenções fiscais que estimularam o setor privado e a sociedade”, comenta Patrick Reydams, consultor técnico da Fiep.

1. Madeira laminada colada (MLC ou glulam)

Foto: Buckland Timber
Foto: Buckland Timber

O que é:
O MLC consiste em tábuas de madeira maciça (lamelas) coladas com adesivos ao longo de seu comprimento. Estas são coladas, uma em cima da outra, formando vigas e pilares fortes. Elas podem formar elementos padronizados, ou peças individuais de grande porte. Também podem ser coladas em curva, o que torna o produto ideal para projetos arquitetônicos expressivos.

Onde utilizar:
– Vigas e pilares expostos realçando o look da madeira natural.
– Pontes e estruturas com vãos livres muito grandes (até 50 m).
– Estruturas de cobertura em edifícios comerciais.

Vantagens para os arquitetos:
– Elevada capacidade de carga com atrativo estético.
– Podem ser curvadas para criar designs extremamente originais.
– Resistente ao fogo devido ao seu comportamento de carbonização.

2. Painéis de madeira lamelada cruzada (CLT)

Edifício Mjøstårnet
Foto: edifício Mjøstårnet

O que é:
O CLT é feito de várias camadas de painéis de lamelas coladas posicionadas de forma perpendicular entre si, criando um painel de madeira maciço e sólido que pode ser utilizado em paredes, lajes e telhados. O sistema de construção é feito por montagem dos painéis já usinados, parecido com um lego!

Onde utilizar:
– Edifícios residenciais e comerciais de médio porte; ou de 20+ andares!
– Construção modular pré-fabricada.
– Paredes, lajes e coberturas para edifícios de elevado desempenho.

Vantagens para os arquitetos:
– Forte e estável, permitindo painéis pré-fabricados de grandes dimensões.
– Excelente desempenho térmico e acústico.
– Alternativa sustentável ao concreto para uma construção com baixo teor de carbono.

3. LVL (Laminated Veneer Lumber)

DFoto: DBR | Design Build Research
Foto: DBR | Design Build Research

O que é:
O LVL é um painel estrutural composto de lâminas finas de madeira (3 mm) coladas entre si e prensado sob calor. Tem uma resistência mecânica fenomenal com um peso baixo, e é utilizado como vigas, testeiras ou painéis. O painel também pode ser serrado em tiras, para produzir vigas e montantes.

Onde o utilizar:
– Vigas e cabeceiras de grande envergadura.
– Telhados e lajes.
– Painéis estruturais de parede.

Vantagens para arquitetos:
– Elevada relação resistência/peso, permitindo grandes vãos.
– Qualidade consistente com menos defeitos naturais do que a madeira maciça.
– Funciona bem com aço e concreto em projetos híbridos.

4. Light Wood Frame (LWF)

Foto: Pexels

O que é:
O light wood frame tradicional envolve a montagem de vigas, montantes e painéis para criar paredes, entrepisos e telhados. As paredes são fechadas com vários tipos de painéis (compensado, painéis de OSB, gesso e fibrocimento) e podem ser termicamente isoladas. Os avanços modernos melhoraram a sua precisão e o seu potencial de pré-fabricação.

Onde utilizar:
– Habitação unifamiliar e multifamiliar.
– Edifícios comerciais de montagem rápida.
– Construção pré-fabricada e modular.

Vantagens para os arquitetos:
– Econômica e facilmente disponível.
– Construção rápida com opções de pré-fabricação.

XVIII Ebramem

O Ebramem é organizado pelo Instituto Brasileiro da Madeira e das Estruturas de Madeira (IBRAMEM), pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), pela Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE) e pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), que sediará o evento. As inscrições seguem abertas. Mais informações no site do Ebramem. 

Fonte: Ebramem Expo.

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Veracel e Biomas anunciam projeto de restauração de florestas nativas

Iniciativa vai recuperar 1,2 mil hectares com mais de 70 espécies nativas. É o primeiro projeto da Biomas, empresa formada por Itaú, Marfrig, Rabobank, Santander, Suzano e Vale

Eunápolis, 25 de abril de 2025 – A Biomas, empresa de regeneração de ecossistemas que tem como acionistas Itaú, Marfrig, Rabobank, Santander, Suzano e Vale, anunciou nesta sexta-feira (25) seu primeiro projeto de restauração florestal. A iniciativa irá restaurar 1,2 mil hectares de Mata Atlântica em áreas da Veracel Celulose, indústria de base florestal que atua há mais de 30 anos no Sul da Bahia, com o plantio de mais de 70 espécies nativas. O investimento inicial previsto é de R$ 55 milhões.

Criada no fim de 2022, a Biomas faz parte de um novo setor econômico que está emergindo no Brasil, capaz de gerar emprego e renda e mitigar as crises climática e de biodiversidade. O projeto, batizado de Muçununga em homenagem a um ecossistema que só ocorre nessa região da Mata Atlântica, é parte de uma meta maior de restaurar 2 milhões de hectares de áreas degradadas ou improdutivas nos próximos 20 anos.

Como as florestas removem volumes significativos de CO2 da atmosfera, o modelo de negócio prevê que a restauração seja financiada pelos créditos de carbono que serão gerados na área recuperada. A expectativa é de que este primeiro projeto gere aproximadamente 500 mil créditos de carbono em 40 anos. Cada crédito de carbono representa uma tonelada de CO2 que foi removida da atmosfera. 

“Nosso negócio não é só plantar árvores e vender carbono. O carbono é um meio para financiar a restauração, mas não um fim”, afirma Fabio Sakamoto, CEO da Biomas. “A restauração ecológica gera múltiplos benefícios, como melhoria da qualidade do solo e da água, recuperação e proteção da biodiversidade e regulação do clima”, explica. A iniciativa também deve promover oportunidades como emprego e renda na região, entre outros benefícios sociais. 

“O Brasil é o lugar do mundo com maior vocação para remover carbono da atmosfera usando soluções baseadas na natureza. Além de conhecimento e empresas florestais de grande escala, o país tem uma grande área que pode ser restaurada, sem competir com outras atividades produtivas”, afirma Sakamoto. A área de pastagens degradadas no país ultrapassa a marca de 100 milhões de hectares, segundo relatório de 2024 elaborado pelo Boston Consulting Group (BCG), WWF e The Nature Conservancy (TNC). Para se ter uma ideia, é uma área equivalente aos territórios da França e Espanha somados.

O Projeto Muçununga, o primeiro da Biomas, está localizado na chamada Hileia baiana, dentro do corredor Central da Mata Atlântica, uma das regiões com maior biodiversidade do planeta. Com apenas 26,2% da vegetação original nativa, segundo levantamento do MapBiomas, a Mata Atlântica é o bioma brasileiro que mais sofreu transformações nos últimos séculos. As áreas que serão restauradas pela Biomas pertencem à Veracel e estão distribuídas por oito municípios no Sul da Bahia. 

“Essa parceria com a Biomas reforça o compromisso da Veracel com a conservação ambiental e o desenvolvimento sustentável no território onde atuamos. Mais do que uma ação compartilhada, estamos aportando um histórico consolidado que nos posiciona como referência em iniciativas de regeneração ecológica e proteção da biodiversidade da Mata Atlântica no Sul da Bahia. Ao destinar áreas próprias para restauração com espécies nativas, reafirmamos nosso papel como protagonistas na promoção de soluções baseadas na natureza e na preservação de ecossistemas de alta relevância ambiental”, afirma Caio Zanardo, diretor-presidente da Veracel.

A Veracel é uma empresa que atua com o manejo sustentável de suas florestas de eucalipto e, ainda, mantém um hectare de Mata Atlântica para cada hectare de eucalipto plantado para a produção de celulose da empresa. Com expertise em restauração ecológica, a companhia apoia projetos voltados à conservação da biodiversidade e à valorização dos ecossistemas locais.

Nos próximos dois anos, a Biomas vai plantar 2 milhões de mudas na área do projeto. A alta diversidade de espécies nativas será um dos diferenciais: serão plantadas mais de 70 espécies, como araçá, copaíba, guapuruvu, ipê-amarelo, jacarandá-da-bahia e jatobá. Essa grande variedade garante a recuperação do ecossistema natural e gera mais valor ao projeto. Segundo levantamento da MSCI Carbon Markets, globalmente, apenas 1% dos projetos de restauração de nativas para carbono usa mais de 10 espécies.

Sobre a Veracel

A Biomas é uma empresa de restauração ecológica em larga escala, que realiza o plantio e a manutenção de árvores nativas em áreas degradadas ou não produtivas.
Foi criada no fim de 2022 e tem como sócios Itaú, Marfrig, Rabobank, Santander, Suzano e Vale, um consórcio inédito de empresas consolidadas que se unem em torno de um negócio de impacto no País. 

Sobre a Veracel

A Veracel Celulose é uma empresa de bioeconomia brasileira que integra operações florestais, industriais e de logística, que resultam em uma produção anual média de 1,1 milhão de toneladas de celulose, gerando mais de 3,2 mil empregos próprios e de terceiros, na região da Costa do Descobrimento, sul da Bahia e no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. Além da geração de empregos, renda e tributos, a Veracel é protagonista em iniciativas socioambientais no território. A consultoria Great Place to Work (GPTW) validou a Veracel como uma das melhores empresas para trabalhar no Brasil pelo 6º ano consecutivo.

Além dos mais de 100 mil hectares de área protegida ambientalmente, é guardiã da maior Reserva Particular do Patrimônio Natural de Mata Atlântica do Nordeste brasileiro.

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Três Lagoas atinge PIB de R$ 65,9 bilhões em 2024 e se consolida como potência econômica de MS

Três Lagoas alcançou um marco histórico em 2024 ao atingir um PIB de R$ 65,9 bilhões, consolidando-se como um dos principais polos industriais do Brasil e motor econômico de Mato Grosso do Sul, impulsionada especialmente pelo setor de papel e celulose

O município de Três Lagoas, no leste de Mato Grosso do Sul, alcançou um marco histórico em 2024: o Produto Interno Bruto (PIB) da cidade chegou a impressionantes R$ 65,9 bilhões. O número representa um salto expressivo em menos de uma década, considerando que, em 2016, o PIB local era de R$ 9,2 bilhões.

O crescimento acelerado está diretamente ligado à consolidação de Três Lagoas como um dos principais polos industriais do Brasil, com destaque para o setor de papel e celulose. A cidade abriga grandes plantas industriais de empresas como Suzano e Eldorado Brasil, responsáveis por impulsionar as exportações e atrair investimentos bilionários para a região.

Além da força industrial, o setor de serviços e a construção civil também acompanharam a expansão, refletindo a crescente demanda por infraestrutura, habitação e comércio. Com isso, o município tem registrado aumento no número de empregos, valorização imobiliária e melhorias em indicadores socioeconômicos.

Três Lagoas é atualmente responsável por cerca de um quarto de toda a exportação do Mato Grosso do Sul, reforçando seu protagonismo no cenário econômico regional. Especialistas projetam que o ritmo de crescimento deve continuar nos próximos anos, impulsionado por novos projetos industriais e investimentos em logística.

Com um ambiente favorável ao empreendedorismo e políticas públicas voltadas ao desenvolvimento sustentável, Três Lagoas se firma como um dos principais vetores de crescimento do Centro-Oeste brasileiro.

Informações: Andra Virtual.

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Klabin é destaque global em sustentabilidade e integra Top 1% do anuário da S&P Global

Única brasileira na categoria mais alta da publicação, empresa melhorou pontuação e reforçou liderança em critérios ESG no setor de embalagens

A Klabin, fabricante brasileira de papéis para embalagens, foi incluída no grupo Top 1% do The Sustainability Yearbook 2025, publicação da S&P Global que avalia o desempenho de empresas com base em critérios ambientais, sociais e de governança (ESG) por meio da metodologia Corporate Sustainability Assessment (CSA). A companhia foi a única representante do Brasil a alcançar essa classificação na edição mais recente do anuário.

A pontuação obtida pela Klabin na avaliação de 2025 foi de 88 pontos, quatro acima do resultado do ano anterior, quando figurava entre as Top 5%. Esta é a quinta vez consecutiva que a empresa integra o anuário, que é considerado um dos principais referenciais globais em sustentabilidade corporativa.

Mais de 7 mil empresas, de 62 setores diferentes, foram avaliadas pela S&P Global nesta edição. Ao final do processo, 780 companhias foram selecionadas para compor o anuário, sendo 24 delas brasileiras. Essas foram distribuídas entre as categorias Top 10%, Top 5% e Top 1%, sendo a Klabin a única do país a atingir o patamar mais elevado.

A cerimônia de reconhecimento ocorreu em abril, durante o fórum “Panorama sobre a Transição Energética e o Risco Climático”, realizado em São Paulo. Representando a Klabin, estiveram presentes Gabriela Woge, diretora de Finanças Corporativas, e Aline Yukari Tozaki, coordenadora de Governança da Sustentabilidade.

A avaliação CSA também é utilizada para compor os índices Dow Jones Best-in-class, que medem o desempenho ESG de empresas no mercado financeiro global. Nesse contexto, a Klabin figura como líder na categoria Containers and Packaging.

 

Suzano-Bracell-e-CMPC-avaliam-ativos-de-celulose-da-International-Paper-na-America-do-Norte

Suzano, RGE e CMPC avaliam ativos da International Paper na América do Norte, dizem fontes

Suzano, o grupo cingapurense Royal Golden Eagle (RGE) — dono da Bracell — e a chilena CMPC estão avaliando os ativos de celulose da International Paper (IP) na América do Norte, segundo fontes ouvidas pelo Valor. O negócio, que gerou US$ 2,8 bilhões de receita para a IP em 2024, tem capacidade de produzir 2,3 milhões de toneladas de celulose e envolve oito fábricas e duas instalações de conversão em três países.

Em outubro, a companhia americana anunciou a decisão de buscar “opções estratégicas” para seu negócio global de fibras celulósicas (GCF, em inglês), com o objetivo de focar em embalagens. O Morgan Stanley foi contratado para assessorar a empresa.

A divisão produz celulose fluff, utilizada na fabricação de fraldas infantis e geriátricas além de absorventes femininos, e celulose solúvel, que serve de matéria-prima para têxteis, materiais de construção, tintas, revestimentos, entre outros

“O fato de ser focada em uma região [América do Norte] favorece a operação. Mas, neste momento, não sabemos qual pode ser o impacto do fator Trump nas negociações”, disse uma fonte a par do assunto. O ex-presidente norte-americano impôs uma tarifa mínima de 10% para todos os países exportadores para os EUA, inclusive o Brasil, além de sobretaxar cerca de 60 países considerados desequilibrados comercialmente, como China, Índia e União Europeia.

Atualmente, a divisão da IP conta com cinco fábricas nos Estados Unidos, uma no Canadá, uma unidade de conversão nos EUA e outra na Polônia. As vendas líquidas dessa operação caíram 3% em relação a 2023, passando de US$ 2,9 bilhões para US$ 2,8 bilhões.

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Novo embaixador quer missão para fortalecer investimentos na celulose entre MS e Áustria

Com atuação na Áustria e em Mato Grosso do Sul, empresa de celulose Suzano pode ser meio para incentivar investidores austríacos

O novo embaixador da Áustria, Eduardo Paes Saboia, foi sabatinado pela Comissão de Relações Exteriores do Senado na última terça-feira (22) e comentou sobre o crescimento do mercado da produção de celulose em Mato Grosso do Sul.

Questionado pelo presidente da comissão, senador Nelsinho Trad (PSD), sobre os investimentos no Vale da Celulose, em MS, Saboia disse que a presença da Suzano no Estado pode ser usada para estreitar os laços com investidores austríacos.

“A Suzano atua na Áustria também e o fato de nós termos investidores austríacos no Brasil também dá conforto aos outros investidores porque eles se espelham nas iniciativas nacionais. Quero me aprofundar nesse assunto”, respondeu Saboia.

Ele ainda ressaltou que quer organizar uma missão à Áustria com o senador Nelsinho Trad para construir essa relação de investimentos no setor da celulose. Eduardo é ministro de Primeira Classe da carreira de Diplomata do Ministério das Relações Exteriores e vai exercer o cargo de Embaixador do Brasil na República da Áustria.

Com localização privilegiada, vocação logística e inserção no cenário internacional por meio da Rota Bioceânica, a capital consolida-se como protagonista no novo ciclo de desenvolvimento do Mato Grosso do Sul.

A cadeia produtiva florestal em MS gera mais de 14,9 mil empregos diretos e 12 mil indiretos. Conta com quatro fábricas de celulose em operação, já tendo iniciado a construção da quinta — da Arauco, em Inocência — e confirmada a sexta (Bracell).

Informações: Mídia Max.

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Mecanização florestal impulsiona produtividade no Mato Grosso do Sul

Com operações 100% mecanizadas, Reflorestar fortalece sua atuação no estado com soluções em silvicultura, colheita e carregamento de madeira, unindo eficiência, segurança e sustentabilidade

Com a expansão da produção florestal voltada, principalmente, para os setores de papel e celulose, o Mato Grosso do Sul se consolida como referência no cultivo de florestas. Segundo estado com maior área de florestas plantadas no país – cerca de 1,35 milhão de hectares -, a região tem atraído grandes players da indústria. Para acompanhar esse crescimento com alto desempenho, a Reflorestar Soluções Florestais atua no estado com operações 100% mecanizadas, oferecendo soluções completas e adaptadas às necessidades do setor.

E com este crescimento, todas as operações florestais ganham espaço. De acordo com o gerente de silvicultura, Paulo Gustavo Souza, as áreas do Mato Grosso do Sul são muito propícias para a mecanização. “É um terreno totalmente plano, com um solo argiloso, mais leve. A Reflorestar possui máquinas e equipamentos ideais para este cenário”. Entre as atividades dentro da silvicultura estão o preparo de solo, adubação de base, irrigação, limpeza de área e plantio.   

Quando o assunto é colheita em áreas reflorestadas, o gerente de operações florestais Keiferson Albano entende bem do assunto. Responsável pela atividade no estado, ele atende demandas com módulos Full Tree (FT) – sistema de colheita mecanizada que retira a árvore inteira para, em seguida, ser processada em toras conforme a necessidade de cada projeto.

“Com uma das frotas mais novas do mercado, temos uma estrutura completa para dar conta de todo o volume previsto nas operações. Nossos operadores entregam alta performance, com todos os processos voltados à segurança das equipes e das empresas atendidas”, destaca Albano.

Desempenho no carregamento garante competitividade

O carregamento de madeira é outra etapa relevante da cadeia florestal e influencia diretamente a eficiência e a competitividade das operações no Mato Grosso do Sul. Ao garantir agilidade e precisão nessa fase, empresas do setor conseguem reduzir custos logísticos e elevar a sustentabilidade do processo produtivo.

Segundo David Souza, gerente de operações florestais na região, a escolha e a configuração dos equipamentos fazem toda a diferença no desempenho em campo. “Temos garras de diferentes tamanhos e gruas com especificações variadas para oferecer a melhor combinação para cada tipo de madeira. Isso resulta em ganhos reais de produtividade, medido em m³/h”, afirma.

Com tecnologia de ponta, planejamento estratégico e equipes altamente capacitadas, a Reflorestar fortalece sua atuação no Mato Grosso do Sul como uma parceira essencial para o avanço da produção florestal. Ao mecanizar todas as etapas, da preparação do solo ao carregamento final, a empresa entrega mais produtividade, segurança e sustentabilidade, requisitos indispensáveis em um mercado cada vez mais exigente e competitivo.

Sobre a Reflorestar

Empresa integrante do Grupo Emília Cordeiro, especializada em soluções florestais, incluindo silvicultura, colheita mecanizada, carregamento de madeira e locação de máquinas. Atualmente com operações em Minas Gerais, Bahia, São Paulo, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul, ela investe em capacitação técnica e comportamental, gestão integrada e confiabilidade dos equipamentos para oferecer as soluções mais adequadas para cada particularidade dos clientes. 

Fundada em 2004 no Vale do Jequitinhonha (sede em Turmalina, MG), originou-se da paixão pelo cuidado com o solo e o meio ambiente. Com 20 anos de atuação, a Reflorestar se consolidou no mercado pela visão inovadora no segmento florestal e pela oferta de serviços de qualidade, atendendo clientes em todo o Brasil. Para mais informações, visite o site da Reflorestar .

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Exclusiva – Contrato de R$ 500 milhões sela parceria entre Arauco e Siemens Energy no Brasil

“Trata-se de um investimento histórico do grupo Arauco, que contará com a nossa capacidade de entrega local”, diz presidente da Siemens Energy Brasil

Uma parceria internacional impulsiona a nova fábrica da Arauco no Brasil. A empresa chilena de papel e celulose fechou um contrato de R$ 500 milhões com a alemã Siemens Energy para o fornecimento de sistemas de energia.

A unidade, em construção em Inocência, Mato Grosso do Sul, contará com turbogeradores a vapor, sistemas de distribuição de energia e soluções de automação e eficiência energética da Siemens Energy.

Em recente publicação via LinkedIn, André Clark Juliano, presidente da Siemens Brasil comemorou a parceria:

“Muito contente de anunciar essa parceria com a ARAUCO Brasil, que aposta no país para a construção dessa que será no futuro a maior planta de celulose do mundo e uma das mais avançadas do ponto de vista de eficiência energética. Trata-se de um investimento histórico do grupo Arauco, que contará com a nossa capacidade de entrega local, ao conjuminar o fornecimento dos equipamentos de geração com toda a solução de inteligência digital da planta, que será construída em Inocência, no Mato Grosso do Sul”.

E destacou: “Para além do valor substancial do contrato, essa conquista vem para reforçar o nosso footprint de quase 100% em projetos ativos de celulose no país, um setor agroindustrial verde em largo desenvolvimento mundial, no qual o Brasil anda de braçada como hub global. A celulose tem a competitividade para ser um material verde fundamental para o mundo, o que está totalmente em linha com a agenda internacional do nosso país”.

André Clark Juliano – Foto: divulgação LinkedIn.

Vale da Celulose

A nova fábrica da Arauco em Inocência é um projeto bilionário – com investimentos estimados em R$ 25,1 bilhões e US$ 4,6 bilhões –, da empresa chilena de papel e celulose. A unidade está em etapa de terraplanagem, e tem previsão de iniciar operações no final de 2027. O megaempreendimento já é considerado o maior do segmento de celulose de fibra curta do mundo, com capacidade de produção de 3,5 milhões de toneladas por ano.

A nova fábrica contará com as mais avançadas tecnologias para garantir a eficiência do processo produtivo e minimizar o impacto ambiental, incluindo a geração de energia limpa e renovável.

O projeto, chamado Sucuriú, é considerado estratégico para a Arauco no país, e representa um marco importante para o crescimento econômico de Mato Grosso do Sul e consolidação do ‘Vale da Celulose’ no Estado. No pico das obras milhares de empregos diretos e indiretos serão gerados, impulsionando o desenvolvimento econômico local e regional.

Confira detalhes sobre a Cerimônia de Lançamento da Pedra Fundamental do Projeto Sucuriú, da Arauco: https://www.maisfloresta.com.br/exclusiva-arauco-lanca-pedra-fundamental-de-nova-fabrica-de-celulose-em-inocencia-ms/

Escrito por: redação Mais Floresta.

Imagem em destaque: rotor de uma turbina a vapor da Siemens Energy (Divulgação).

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