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Jari Celulose afunda em dívidas de R$ 1,7 bilhão: MP do Pará acusa fraude e credores pressionam

Em um cenário de crise financeira, com dívidas que ultrapassam R$ 1,7 bilhão, a Jari Celulose, Papel e Embalagens S/A, situada na fronteira entre Pará e Amapá, enfrenta uma contundente manifestação do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA). O promotor de justiça Felipe José Gonçalves acusa a empresa de práticas fraudulentas, incluindo a “simulação de contrato de mútuo”, em um processo que expõe irregularidades na gestão dos recursos durante sua recuperação judicial (Processo nº 0002487-69.2019.8.14.9100). O Ver-o-Fato teve acesso com exclusividade à manifestação do fiscal da lei, cuja íntegra está no final desta matéria.

O MPPA aponta que a recuperação judicial da Jari Celulose, iniciada em 2019, tem sido marcada por “intensa judicialização” devido à falta de transparência e descumprimento da Lei nº 11.101/2005. A empresa, que está inativa há mais de um ano, é alvo de críticas por operações financeiras mal documentadas e alienações de bens sem autorização judicial.

Um dos pontos mais graves levantados pelo promotor é a suspeita de fraude em um contrato de mútuo no valor de R$ 1,55 milhão, firmado com a Green Gold Indústria, Comércio e Serviços Ltda. Segundo o administrador judicial, o montante foi depositado por outra empresa, a NG Engenharia e Construções Ltda., sem explicações claras sobre a origem ou destino dos valores.

O MPPA destaca que a Jari Celulose não apresentou documentos que comprovem a legitimidade das transações, como o valor real do crédito cedido ou a justificativa para a participação de terceiros. Além disso, há uma diferença de R$ 489.115,00 entre o valor recebido e o efetivamente desembolsado, cuja destinação permanece obscura.

A empresa também é acusada de realizar vendas de ativos, como casas e imóveis, sem contratos formais ou comprovação de recebimento, com pagamentos transferidos para contas alheias e gastos questionáveis, como R$ 12.361,20 com o funeral de um familiar de um colaborador e R$ 94.962,67 em aluguéis sem identificação dos imóveis.

Outro ponto crítico é a ausência de prestação de contas sobre R$ 9 milhões, mencionados em um processo paralelo. A Jari apresentou apenas planilhas genéricas, sem documentos que detalhem os destinatários dos valores, como pagamentos de R$ 2,6 milhões a título de “saldo de agosto” ou R$ 812.796,38 para a AGG Silvicultura e Serviços Ltda. Para o MPPA, tais práticas reforçam a necessidade de maior rigor na fiscalização.

Alienação da UPI Amapá e exigências do MPPA

Com a iminente venda da Unidade Produtiva Isolada (UPI) Amapá, cujo prazo da proposta da arrematante venceu no último dia 16, quarta-feira, o MPPA defende que o valor da transação seja integralmente depositado em juízo, condicionando sua liberação à apresentação de documentos que garantam transparência.

O promotor solicita que a Jari comprove a destinação de todos os valores arrecadados, esclareça o contrato de mútuo, apresente um estudo técnico de viabilidade para reativar a planta industrial e detalhe um cronograma financeiro para a retomada das atividades.

O MPPA também critica o cronograma apresentado pela empresa, descrito como “genérico” e desprovido de embasamento técnico. O órgão enfatiza que, em um processo envolvendo bilhões de reais, é inaceitável a falta de planejamento detalhado e a ausência de justificativas para despesas projetadas.

Futuro incerto e pressão por compliance

Embora reconheça a urgência na conclusão da venda da UPI Amapá, o MPPA alerta que isso não justifica a liberação imediata dos recursos sem controle rigoroso. O histórico de omissões e a inatividade da empresa reforçam a necessidade de cautela. O promotor Felipe Gonçalves descarta, por ora, o pedido de destituição dos administradores, mas reforça que a Jari deve cumprir as formalidades da recuperação judicial, sob pena de medidas mais drásticas, como previstas no artigo 64 da Lei nº 11.101/2005.

A manifestação do MPPA coloca a Jari Celulose sob pressão para corrigir irregularidades e adotar práticas transparentes. Enquanto o processo avança, credores, trabalhadores e a sociedade aguardam respostas sobre o futuro da empresa, que já foi um pilar econômico na região. A próxima decisão judicial será crucial para determinar se a Jari conseguirá superar a crise ou se afundará ainda mais em um mar de dívidas e desconfianças.

Ver-o-Fato tem tentado, sem sucesso, ouvir a Jari sobre as acusações do MP paraense. O espaço está aberto à manifestação da empresa.

Informações: Ver-o-Fato.

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STF limita simplificação do licenciamento ambiental no RS e declara inconstitucionalidades em lei estadual

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a simplificação do licenciamento ambiental prevista no Código Estadual do Meio Ambiente do Rio Grande do Sul (Lei 15.434/2020) só pode ser aplicada a atividades com pequeno potencial de impacto ambiental. A Corte também declarou inconstitucional um tipo de licença que flexibilizava o processo para atividades já em operação, quando prazos ou etapas do licenciamento tivessem sido descumpridos.

A decisão foi proferida no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 6618, encerrado em sessão virtual no dia 4 de abril. A ação foi proposta pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que questionava diversos trechos tanto do Código Estadual do Meio Ambiente quanto da Lei estadual 14.961/2016, que trata da política agrícola para florestas plantadas.

A maioria dos ministros seguiu o voto do relator, ministro Cristiano Zanin, que destacou que a legislação federal — com base na Constituição — determina que procedimentos simplificados de licenciamento só podem ser aplicados de forma excepcional, e exclusivamente a empreendimentos de baixo impacto ambiental. O relator ressaltou que a norma gaúcha falha ao não especificar quais atividades se enquadrariam nesse critério, ampliando indevidamente o escopo da simplificação.

Terceirização e servidores públicos

Outro ponto derrubado pelo STF foi a possibilidade de o Estado firmar convênios ou contratar pessoas físicas ou jurídicas para atuar diretamente no processo de licenciamento ambiental. Zanin argumentou que a delegação dessas funções a entes privados representa uma afronta à Constituição, pois trata-se de atribuição típica de servidores públicos.

Por outro lado, a Corte considerou constitucional o trecho que limita a responsabilidade de servidores públicos a casos em que houver dolo ou erro grosseiro. Segundo o relator, a previsão não contraria os princípios constitucionais, pois garante segurança jurídica aos agentes que atuam na esfera ambiental.

Outras inconstitucionalidades

Também foram invalidadas normas estaduais que permitiam o licenciamento simplificado para atividades com médio ou alto potencial poluidor, desde que enquadradas em determinadas condições, como a existência de cadastro florestal e o cumprimento de critérios de porte mínimo da propriedade. Da mesma forma, foram consideradas inconstitucionais regras diferenciadas para o licenciamento de projetos de silvicultura.

Votos e divergências

A decisão foi acompanhada integralmente pelos ministros Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Luiz Fux. Já os ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli, André Mendonça e Nunes Marques divergiram parcialmente.

A decisão do STF reforça a prevalência da legislação ambiental federal como parâmetro mínimo de proteção, garantindo que flexibilizações locais não comprometam a integridade do meio ambiente, em especial em contextos que envolvam riscos mais elevados à biodiversidade e aos ecossistemas.

Agro+/Com informações do STF.

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Indústria chinesa de fios de celulose mira investimentos em Mato Grosso do Sul

Representantes da Broad Wire se reuniram com a Fiems e estudam instalar base estratégica no Estado

Representantes da Broad Wire, maior fábrica de fios de celulose do mundo, estiveram nesta última terça-feira (15) na sede da Fiems para discutir possíveis investimentos em Mato Grosso do Sul. Eles foram recebidos pelo vice-presidente da entidade, Crosara Júnior, e pelo diretor de relações internacionais, Aurélio Rocha. O economista-chefe da federação, Ezequiel Resende, apresentou um panorama do setor industrial do Estado.

Segundo Crosara, o interesse pela região se dá devido ao crescimento da indústria da celulose e ao avanço da Rota Bioceânica, que conecta Mato Grosso do Sul aos portos do Chile. “A empresa busca por uma posição estratégica e vê no Estado uma base para distribuição na América Latina, com produtos voltados tanto para a celulose quanto para o setor rural”, afirmou.

O gerente de negócios internacionais da Broad Wire, Marshall Wang, elogiou a receptividade e destacou a importância do diálogo com a Fiems. Ele mencionou que o Sistema S pode ser um importante aliado no processo de desenvolvimento e expansão da empresa na região.

Fundada em 1954, a Broad Wire fabrica fios de celulose, fios ovais, fios de pregos, entre outros, e atende empresas como Suzano, Bracell, Paper Excellence e Eldorado. Seus produtos são exportados para mais de 30 países, incluindo Estados Unidos, Canadá, Europa, Austrália e América do Sul.

Broad Wire fabrica fios de celulose, atende empresas como Suzano, Bracell, Paper Excellence e Eldorado Brasil.

Informações: Capital News.

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União Europeia simplifica aplicação da lei antidesmatamento

Comissão Europeia, órgão executivo do bloco, anunciou medidas para reduzir a carga burocrática, com o objetivo de reduzir custos para as empresas

A Comissão Europeia anunciou medidas para reduzir a carga burocrática na implementação de sua legislação antidesmatamento, que entrará em vigor no fim do ano. Visa a reduzir custos para as empresas, e terá certamente impacto positivo no fluxo de vendas brasileiras. A flexibilização reflete também o novo contexto geopolítico.

A lei antidesmate visa a interditar acesso ao mercado comunitário de sete commodities – sojacarne bovinacafémadeira, óleo de palma, borracha e cacau, e alguns de seus produtos derivados como couro, chocolate, pneus ou móveis– produzidas em zonas desmatadas após o final de 2020.

Exportadores terão que apresentar provas documentais de que sua produção não envolveu desmatamento insustentável antes de poderem comercializar seus produtos nos 27 países membros da UE.

Agora, a Comissão Europeia, sob pressão de seus importadores, adotou um pacote de simplificação que, segundo Bruxelas, resultará numa redução estimada em 30% dos custos e encargos administrativos para as empresas demonstrarem que seus produtos são livres de desmatamento.

São medidas para diminuir a quantidade de vezes em que os operadores precisam apresentar os elementos de prova relativos à inexistência de desmatamento associado aos produtos. Diz que isso garantirá uma implementação simples, justa e econômica ‘dessa peça fundamental da legislação’. As principais medidas de simplificação:

  • As grandes empresas podem reutilizar as declarações de ‘due diligence’ existentes quando as mercadorias, anteriormente no mercado da UE, forem reimportadas. Isso significa que menos informações precisam ser enviadas ao sistema de Tecnologia da Informação (TI);
  • Um representante autorizado agora pode enviar uma declaração de ‘due diligence’ em nome de membros de grupos de empresas;
  • As empresas poderão enviar declarações de ‘due diligence’ anualmente, em vez de a cada remessa ou lote de commodity que entra no mercado da UE;
  • Esclarecimento sobre a “verificação” de que a ‘due diligence’ foi realizada, de modo que as grandes empresas se beneficiem de obrigações simplificadas (agora se aplica uma obrigação legal mínima de coletar números de referência de declarações de due diligence (DDS) de seus fornecedores e usar essas referências para seus próprios envios de DDS).

A Comissão diz estar finalizando o sistema de benchmarking de país, ou seja, qual país é considerado com mais risco de desmatamento, o que tem efeito no controle de seus produtos. Esse sistema será adotado até 30 de junho de 2025, após discussões com os Estados-Membros.

A legislação antidesmate teria impacto sobre 34% das exportações brasileiras para a UE, atingindo embarques que representaram US$ 17,5 bilhões em negócios em 2022, conforme cálculos apresentados no ano passado pelo governo brasileiro.

Informações: Globo Rural.

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Mato Grosso do Sul deve assumir a liderança nacional na produção de eucalipto

Área plantada começa a expandir além do Vale da Celulose e pode chegar a 2,7 milhões de hectares em 2026

O estado de Mato Grosso do Sul já consolidou a sua posição como o maior produtor de eucalipto e celulose no Brasil e deve chegar à liderança nacional da produção de eucalipto.

Impulsionada pela expansão das indústrias, a área plantada de eucalipto deve alcançar 2,7 milhões de hectares até o fim de 2026. O Estado está atrás apenas de Minas Gerais, que lidera com 2,1 milhões de hectares plantados.

O titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, destacou o crescimento exponencial do setor florestal e a sua importância para a economia e a sustentabilidade de Mato Grosso do Sul.

“Estamos chegando agora em 2 milhões de hectares. Contando com esse conjunto de novas indústrias, nós teríamos um estado de 2,5 milhões, 2,7 milhões de hectares de floresta”, afirmou Verruck, apontando para a expansão impulsionada por novos investimentos da Bracell e da Arauco e a possível duplicação da Eldorado Brasil.

Com a meta de alcançar 2,7 milhões de hectares de eucalipto até 2026, Mato Grosso do Sul está no caminho para superar Minas Gerais e se tornar o maior polo florestal do País.

“Nós acreditamos inclusive que a gente agregue ainda mais de 500 mil hectares, ampliando um pouco”, projetou Verruck.

O setor florestal sul-mato-grossense tem crescido acima das expectativas. Conforme publicou o Correio do Estado em julho de 2023, a área de floresta plantada em MS era de 1,4 milhão de hectares, com projeções de alcançar 2 milhões até 2030 – um aumento de 42,8%. No entanto, o ritmo acelerado dos investimentos no chamado Vale da Celulose antecipou essas metas.

Em 2024, conforme dados da Semadesc, o Estado já contava com cerca de 1,6 milhão de hectares de eucalipto, consolidando a sua posição como o segundo maior produtor de madeira em tora para papel e celulose do Brasil, com 24% da produção nacional.

A expansão para 2,7 milhões de hectares, conforme estima a Pasta, reflete a chegada de grandes projetos industriais. A Arauco, empresa chilena que está construindo uma fábrica em Inocência, é um dos principais motores desse crescimento. 

“Esse projeto especificamente da Arauco, que é um projeto de 3,5 milhões de toneladas de celulose, o maior projeto em planta única do mundo, ele por si só vai precisar de 400 mil hectares de eucalipto”, destacou o secretário.

Além disso, a Bracell, que já opera em Água Clara, planeja novos empreendimentos, enquanto a Eldorado Brasil, em Três Lagoas, avalia a duplicação de sua capacidade produtiva. E ainda a fábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo, inaugurada em 2024, é a maior planta de celulose de linha única do mundo, com capacidade para 2,55 milhões de toneladas por ano.

NOVAS REGIÕES

O crescimento da base florestal está levando o cultivo de eucalipto para além da tradicional costa leste, que engloba municípios como Três Lagoas, Ribas do Rio Pardo e Água Clara.

Verruck observou que “vai ter que ter um pouquinho de expansão de floresta para aquela região de Figueirão, de Camapuã. Isso já está acontecendo, algumas empresas já começam a investir”.

O secretário ainda mencionou um “transbordamento” para áreas como Santa Rita do Pardo, Bataguassu, Bandeirantes e Sonora, sinalizando uma diversificação geográfica que promete dinamizar a economia de novas regiões do Estado. Essa expansão é facilitada pela conversão de pastagens degradadas, uma estratégia que reduz custos e impactos ambientais.

Em fevereiro de 2024, o Correio do Estado noticiou que cerca de 4,9 milhões de hectares de pastagens poderiam ser convertidos para florestas plantadas, segundo Verruck, o que reforça o potencial de crescimento do setor sem comprometer áreas de vegetação nativa.

“A base florestal de eucalipto em Mato Grosso do Sul representa 4% da área total plantada na região, que tem 36 milhões de hectares”, destacou o secretário em um webinar promovido pelo Itaú BBA.

Um dos diferenciais do Vale da Celulose, segundo o titular da Semadesc, é o compromisso com a sustentabilidade.

“O primeiro ponto importante no desenvolvimento do Vale da Celulose é que essas indústrias são fortemente vinculadas a um conceito de sustentabilidade bastante amplo, gerar o desenvolvimento econômico, o desenvolvimento social e a sustentabilidade ambiental”, afirmou.

A silvicultura em Mato Grosso do Sul já contribui significativamente para a descarbonização.

“As indústrias de floresta com a produção de eucalipto, elas normalmente já são carbono neutro. Então, isso contribui inclusive para a nossa estratégia de médio prazo, que é chegar em 2030 já com a nossa estrutura e com as nossas metas de descarbonização da economia consolidada”, explicou Verruck.

IMPACTO

O avanço do setor florestal tem impactos diretos na economia de MS. A fábrica da Arauco, por exemplo, deve gerar um incremento de 4% a 5% no Produto Interno Bruto (PIB) estadual, com investimentos de US$ 4,6 bilhões.

“Uma indústria dessas impacta no PIB de Mato Grosso do Sul entre 5 a 6%”, afirmou Verruck.

Municípios como Inocência, que receberá a fábrica da Arauco, já sentem os efeitos positivos. Mesmo antes do início das obras, a atividade econômica local gerou mais de mil empregos, conforme noticiado pelo Correio do Estado em maio de 2024. A Suzano, outro gigante do setor, também contribui para o desenvolvimento regional.

Além do impacto econômico, o setor florestal promove benefícios sociais, como a melhoria da infraestrutura. O governo estadual planeja investir em rodovias, como a MS-377 e a MS-316, para atender ao crescimento de Inocência, além da construção de um aeroporto na região.

O setor também pressiona pela retomada das ferrovias em MS. Conforme já publicado pelo Correio do Estado, as empresas pretendem inclusive construir ramais próprios.

Informações: Correio do Estado.

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Pulpex terá primeira planta comercial de garrafas de papel na Europa

Pulpex, uma startup que desenvolveu o processo de produção de garrafas feitas de celulose, anunciou uma bem-sucedida rodada de investimentos, totalizando cerca de 75 milhões de dólares, liderada pelo National Wealth Fund (NWF) da Inglaterra e pelo Scottish National Investment Bank (SNIB) da Escócia. A iniciativa também envolveu parceria com a CMPC Ventures, um fundo que tem investido na empresa desde o início de 2023.

O capital possibilitará a construção da primeira fábrica comercial da Pulpex, localizada perto de Glasgow, na Escócia. Essa instalação, projetada para atingir uma capacidade de produção de até 40 milhões de garrafas por ano, será fundamental para a implementação da tecnologia patenteada de fibra de celulose da empresa. As garrafas produzidas serão recicláveis e biodegradáveis, substituindo as embalagens de plástico e vidro em uma variedade de formatos e podendo ser inseridas diretamente nos fluxos de reciclagem de papel existentes.

A previsão é de que a fábrica esteja operacional em 2026 e criará a primeira cadeia de suprimentos de garrafas de fibra do Reino Unido, marcando um passo importante para a comercialização global dessa solução inovadora.

“A CMPC Ventures reafirma seu compromisso de apoiar empresas que lideram a transição para um futuro mais sustentável com soluções que fazem parte da indústria de madeira e papel. Esse investimento fortalece o acompanhamento e o apoio à Pulpex em sua fase de escalonamento, para que ela possa se posicionar mais fortemente no mercado”, disse Bernardita Araya, gerente da CMPC Ventures.

Atualmente, a Pulpex opera em Sawston (Reino Unido), e tem parcerias com algumas das maiores marcas de bens de consumo do mundo, incluindo Diageo, PepsiCo, Unilever e Kraft Heinz, com as quais trabalha individualmente para encontrar as melhores soluções de embalagens sustentáveis.

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Mercado de crédito de carbono acelera no Brasil

Com oferta e demanda crescentes, país se prepara para a expansão de um setor capaz de movimentar mais de US$ 10 trilhões anuais

Estudo do Banco Mundial, citado pela consultoria EY em recente seminário que promoveu sobre sustentabilidade, mostra que o comércio de crédito de carbono pode facilitar a remoção de mais de 50% das emissões dos gases do efeito estufa (GEE) do que se não houvesse esse mercado.

Segundo a empresa de pesquisa Climate Policy Initiative, o mundo precisará de US$ 8,1 trilhões a US$ 9 trilhões anualmente, até 2030, e mais de US$ 10 trilhões anuais, entre 2031 e 2050, para que cada país possa cumprir os compromissos assumidos nos acordos da Organização das Nações Unidas (ONU) para reduzir a emissão dos GEE e combater a crise climática.

O Brasil deu um passo nessa direção, ao promulgar, no final do ano passado, a Lei nº 15.042/2024, que disciplina o mercado de crédito de carbono no país. Dessa forma, posiciona-se como um dos fornecedores globais de créditos de carbono, alinhando a conservação ambiental ao desenvolvimento econômico.

De acordo com Fábio Galindo, fundador da Future Climate, especializada em negócios voltados à economia de baixo carbono, existe a perspectiva de que projetos de retenção, conservação florestal e restauração ecológica gerem mais de 150 milhões em créditos anuais. E prevê-se que outros 100 milhões de toneladas de créditos de carbono serão geradas em projetos de reflorestamento, manejo florestal sustentável, agricultura sustentável e carbono azul, capturado e armazenado por ecossistemas costeiros e marinhos, como manguezais, pântanos e pradarias marinhas.

Há uma série de iniciativas sendo anunciadas. No final de março deste ano, por exemplo, o BNDES e a Petrobras assinaram um protocolo de intenções para a contratação de créditos de carbono gerados a partir de restauração florestal na Amazônia. O projeto, batizado ProFloresta+, vai promover a restauração de até 50 mil hectares de terras degradadas e capturar cerca de 15 milhões de toneladas de carbono.

Segundo a edição mais recente do Boletim Informativo: Projetos de Carbono Florestal no Mercado Voluntário Brasileiro, do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam), atualmente 19 estados brasileiros têm projetos de carbono. São ao todo 151 com Padrão de Carbono Verificado (VCS, da sigla em inglês), da certificadora Verra. Na edição anterior do boletim, eram 139. 

Outra fonte de originação de créditos de carbono que ganhou destaque com a Lei nº 15.042/2024 foi o crédito jurisdicional, por meio de políticas que incentivam a redução de emissões de GEE para promover a preservação florestal e a regeneração natural da vegetação.

Acre, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará e Piauí já estão desenvolvendo tais programas em diferentes estágios de evolução. Segundo o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal — entidade pública que reúne os nove estados da Amazônia Legal. O Pará, em particular, fechou um acordo para a venda de até 12 milhões de créditos de carbono florestal de alta integridade, provenientes da redução no desmatamento entre 2023 e 2026, por R$ 1 bilhão – cerca de US$ 15 por tonelada de CO2.

Histórico

Segundo Galindo, da Future Climate, o mercado de crédito de carbono global é transacionado em duas modalidades: voluntário e regulado. O mercado voluntário é empreendido por empresas e indivíduos que desejam compensar e neutralizar suas emissões de carbono espontaneamente.

Em geral, são grupos empresariais que, pela natureza de sua atividade, desejam compram créditos de carbono como forma de compensar o impacto que causam ao ambiente, afirma Galindo. Eles contratam com uma empresa do setor florestal, por exemplo, um projeto de regeneração vegetal ou conservação de biomas florestais. “Esses grupos empresariais também têm adquirido ativos como investimento, tornando o setor mais pujante e cada vez mais valorizado”, diz o empresário.

Segundo Galindo, já o mercado regulado de carbono é um mecanismo econômico, definido por lei, que impõe limites de emissão de GEE para organizações e empresas, incentivando a transição energética e, consequentemente, a redução dessas emissões.

Uma das primeiras medidas formalizadas com essa finalidade foi o Emission Trading System (ETS), um Sistema de Comércio de Emissões, na Europa, em 2005, que estabeleceu limites para determinados setores industriais liberarem GEE de seus processos fabris para a natureza. Gradativamente, esses limites foram ficando mais rigorosos.

A experiência internacional mostra que a regulamentação pode impulsionar o mercado de carbono. Na União Europeia, o ETS movimentou € 881 bilhões, transacionando mais de 12 bilhões de toneladas de carbono só em 2023, conforme dados da London Stock Exchange Group. No Brasil, a expectativa é de que a criação de um ambiente regulado a partir da Lei nº 15.042/2024 estimule ainda mais a geração e a comercialização de créditos, consolidando o país como potência no setor.

A regulação do mercado também dinamiza as transações voluntárias. De acordo com estimativa feita pela consultoria McKinsey, espera-se que o volume negociado nesse segmento salte de US$ 1 bilhão para US$ 50 bilhões nos próximos anos.

Para Galindo, a estruturação do mercado regulado é um divisor de águas para o setor. “O Brasil já tem um volume expressivo de créditos disponíveis e empresas preparadas para atender à nova demanda”, afirma. “O desafio agora é consolidar esse mercado, garantindo segurança jurídica e regras claras para atrair investimentos e fortalecer o protagonismo do país na agenda climática global”.

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Governador de Minas Gerais conhece técnicas de silvicultura e de melhoramento genético de mudas da Aperam BioEnergia

A Aperam BioEnergia recebeu, na última quinta-feira (10/4), a visita de Romeu Zema na unidade de Itamarandiba, no Vale do Jequitinhonha. No local, o governador conheceu o viveiro de mudas, as modernas práticas de silvicultura e melhoramento genético adotadas pela empresa. As mudas produzidas no local são utilizadas nas florestas renováveis de eucalipto da própria Aperam BioEnergia e também são comercializadas, abastecendo o mercado florestal em diversas regiões do país.

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O governador visitou a unidade de Itamarandiba, no Vale do Jequitinhonha, na última quinta-feira (10/4). (Divulgação/Aperam)

“É um prazer estar aqui, em uma empresa referência para os mineiros. Já estive em Timóteo e estava faltando conhecer a origem de toda essa energia limpa”, frisou o governador. A diversidade do material genético desenvolvido pela Aperam BioEnergia, com espécies selecionadas e adaptadas ao clima e solo da região, proporciona alta performance às florestas renováveis de eucalipto, que auxiliam na produção de 430 mil ton/ano de carvão vegetal.

Além de fornecer carvão vegetal para a produção do aço verde Aperam, as florestas renováveis de eucalipto são fonte de oxigênio, geração de emprego e oportunidades. Elas também garantem a preservação de matas nativas, evitando o desmatamento e contribuindo fortemente para a preservação da biodiversidade da região.

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As mudas produzidas na unidade de Itamarandiba são utilizadas nas florestas renováveis de eucalipto da própria Aperam BioEnergia. (Divulgação/Aperam)

“É uma satisfação estar no Vale do Jequitinhonha, um vale cheio de oportunidades. É sempre bom estar em campo e ver as empresas crescerem, como aqui a Aperam, que está neste crescimento vertiginoso”, disse Zema. Atualmente, a Aperam BioEnergia gera mais de dois mil empregos diretos no Vale do Jequitinhonha.

A gerente-executiva da Aperam BioEnergia, Angélica Fabiana Batista Pimenta de Figueiredo, deu boas-vindas ao governador e destacou as ações da empresa que beneficiam colaboradores, o meio ambiente e as comunidades. “Recebemos, pelo 5º ano consecutivo, o prêmio de melhor empresa para se trabalhar no ramo do agronegócio”, enfatizou.

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“É uma satisfação estar no Vale do Jequitinhonha, um vale cheio de oportunidades. É sempre bom estar em campo e ver as empresas crescerem, como aqui a Aperam, que está neste crescimento vertiginoso”, disse Zema. (Divulgação/Aperam

“Recebemos também o primeiro Selo de Sustentabilidade Ambiental, concedido pelo Estado, pelos projetos socioambientais voluntários. E queremos mais, ir além nessa relação com as comunidades. As cidades onde temos as florestas de eucalipto renováveis apresentam os melhores índices de desenvolvimento, com mais geração de renda, emprego, infraestrutura, cultura e educação”, completou Angélica.

Acordo IFC

A Aperam fechou, recentemente, um acordo inédito no país com o IFC, do Banco Mundial. A instituição financiará investimento de R$ 1,55 bilhão – na Aperam BioEnergia, para expansão das florestas plantadas. O investimento fomentará a modernização dos fornos de produção de carvão vegetal da Aperam com tecnologias mais limpas e eficientes, potencializando a sustentabilidade das operações da Aperam BioEnergia.

Além disso, o investimento financiará a ampliação da capacidade do viveiro de mudas para atender à crescente demanda por mudas de alta qualidade de outras empresas florestais e o desenvolvimento de variedades de árvores melhoradas. Por fim, sendo uma inovação-chave, esse investimento ajudará a Aperam a ser pioneira na produção comercial em larga escala de bio-óleo, capturado a partir dos resíduos do processo de produção de carvão vegetal.

Sobre a Aperam

A Aperam é um player global em aço inoxidável, elétrico, ligas, aços especiais e reciclagem, atendendo clientes em mais de 40 países. Desde 1º de janeiro de 2022, a empresa está organizada em quatro segmentos principais: Stainless & Electrical Steel, Services & Solutions, Alloys & Specialties e Recycling & Renewables, comprometida em ser a principal criadora de valor na economia circular de materiais infinitos e transformadores.

A Aperam possui uma capacidade de produção de aço inoxidável e elétrico de 2,5 milhões de toneladas no Brasil e na Europa e é líder em ligas e produtos especiais de alto valor, com presença na França, China, Índia e Estados Unidos. Além de sua rede industrial, que abrange dezesseis instalações de produção no Brasil, Bélgica, França, Estados Unidos, Índia e China, a Aperam conta com uma rede altamente integrada de distribuição, processamento e serviços, além de uma capacidade única de produzir aços inoxidáveis e especiais de baixa pegada de carbono a partir de carvão vegetal, sucata de aço inoxidável e sucata de ligas de alto desempenho.

Com a BioEnergia, que possui uma capacidade única de produzir carvão vegetal a partir de suas próprias florestas renováveis, e com a ELG, líder global na coleta, comercialização, processamento e reciclagem de sucata de aço inoxidável e ligas de alto desempenho, a Aperam coloca a sustentabilidade no centro de seus negócios. Dessa forma, ajuda seus clientes em todo o mundo a se destacarem na economia circular, garantindo altos padrões de desempenho ambiental, social e de governança (ESG).

Em 2024, a Aperam registrou receita de 6,255 bilhões de euros e embarques de 2,29 milhões de toneladas.

Informações: Jornal da Bahia.

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ForestStats: a maior base de dados do setor florestal de Portugal

O ForestStats é uma plataforma aberta e gratuita, que reúne e comunica dados e indicadores do setor florestal no país, a partir de fontes públicas e oficiais, com 13 temas e 450 variáveis

O diretor-geral da Biond interveio na conferência da 5.ª edição do Prémio Floresta é Sustentabilidade com uma apresentação sobre a maior base de dados do setor florestal de Portugal. “O ForestStats (www.foreststats.pt) é um agregador de estatísticas setoriais, para sabermos mais da nossa floresta, de uma forma muito mais fácil e muito mais simplificada”, explicou Gonçalo Almeida Simões, diretor-geral da Biond. Existe “um grande problema, que são os dados atualizados sobre a floresta em Portugal. Basta pensar que temos um inventário florestal nacional, cuja última atualização foi em 2015, teremos agora uma em 2025, mas realmente é preciso dar mais ritmo à disponibilização dos dados florestais em Portugal, porque o setor económico precisa de acelerar aquilo que são as suas decisões”.

Uma base de dados aberta e gratuita

O setor florestal em Portugal é extenso e diversificado, com dados que vão da ocupação do solo até à produção industrial. No entanto, essa informação estava dispersa por várias entidades e também em vários formatos, dificultando o acesso, a análise e a utilização. Tornou-se por isso absolutamente essencial uniformizar e organizar essa informação, facilitando a extração e compreensão dos dados. No fundo, “a criação de um portal agregador com base nos princípios FAIR, dados fáceis de encontrar, acessíveis, interoperáveis e reutilizáveis”.

Mas, como referiu Gonçalo Almeida Simões, “o ForestStats é uma nova plataforma de informação florestal que não traz informação nova, não cria informação, mas permite um melhor planeamento e tomada de decisão”.

A ForestStats é uma plataforma aberta e gratuita, que reúne e comunica dados e indicadores do setor florestal, a partir de fontes públicas e oficiais. Resulta de um consórcio com 56 parceiros, 30 projetos com a coordenação-geral da Altri Florestal, a direção técnica do ForestWise, e depois, porque sem parceiros não se fazem projetos, temos a Biond, a ForestWise, o Instituto Superior de Agronomia, a Forestis e a ANEFA. 

Informações: Jornal de Negócios.

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Dia da Terra: restauração ecológica é vital para mitigar os impactos das mudanças climáticas

Coalizão de ONGs e empresas destaca a importância de iniciativas que contribuem para a recuperação de ecossistemas degradados

A restauração de ecossistemas degradados é uma das estratégias mais eficazes para enfrentar as múltiplas crises ambientais da atualidade. Por isso, a data de 22 de abril, quando se celebra o Dia da Terra, é uma oportunidade para reforçar a urgência dessa agenda. Um marco global recente fortalece esse apelo: o Acordo de Kunming-Montreal, firmado por mais de 190 países, estabelece como uma de suas principais metas restaurar 30% dos ecossistemas degradados do planeta até 2030.

Além de contribuir com a mitigação das mudanças climáticas, a restauração ecológica ajuda a frear a perda de biodiversidade, aumentar a resiliência das paisagens e reduzir riscos associados à segurança hídrica, alimentar e à saúde. Hoje, mais da metade do PIB mundial depende diretamente da natureza — um sinal claro de que a integridade dos ecossistemas é também uma questão econômica.

“A restauração ecológica é uma das soluções mais estratégicas e urgentes para enfrentar a crise climática. Ecossistemas saudáveis capturam carbono, regulam o regime hídrico, aumentam a resiliência dos territórios e protegem a biodiversidade”, destaca André Guimarães, membro do Grupo Estratégico da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura. “Neste Dia da Terra, é fundamental lembrar que investir em restauração não é apenas uma medida ambiental — é uma resposta integrada que promove segurança alimentar, desenvolvimento sustentável e adaptação às mudanças que já estão em curso.”

A evolução da restauração ecológica no Brasil é acompanhada pelo  Observatório da Restauração e Reflorestamento (ORR) da Coalizão. Em sua versão mais recente, lançada no ano passado, a plataforma contabilizou cerca de 150 mil hectares em processo de recuperação no país, um aumento de 90% em relação ao visto em 2021, quando foram mapeados 79 mil hectares.

O tema também avançou na comunidade internacional, que, desde o Acordo de Kunming-Montreal, mobilizou novos recursos e criou indicadores para monitorar o progresso das metas estipuladas. Há, no entanto, um longo caminho a ser percorrido.

“A implementação efetiva das metas de restauração depende da tradução desses compromissos em políticas públicas e ações concretas nos países signatários. A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que ocorrerá em Belém em novembro, será um momento crucial para definir novas estratégias para enfrentar a crise da biodiversidade”, avalia Guimarães, que também é diretor-executivo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam). “A expectativa é de que o país exerça um papel de liderança, demonstrando seu potencial para aliar conservação ambiental, desenvolvimento econômico e justiça social por meio da restauração ecológica.”

Sobre a Coalizão

Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura é um movimento composto por mais de 400 organizações, entre entidades do agronegócio, empresas, organizações da sociedade civil, setor financeiro e academia. A rede atua por meio de debates, análises de políticas públicas, articulação entre diferentes setores e promoção de iniciativas que contribuam para a conservação ambiental e o desenvolvimento socioeconômico do Brasil.

Imagem: divulgação Grupo AMBPLUS.

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Lucas do Rio Verde (MT) será uma das cidades visitadas pela Expedição Silvicultura 2025

Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso, está entre os destinos escolhidos para sediar um dos eventos da primeira edição da Expedição Silvicultura, uma iniciativa que pretende realizar um levantamento inédito sobre a produtividade das plantações florestais no Brasil. O município receberá a expedição no dia 25 de julho de 2025, quando especialistas e representantes do setor florestal se reúnem para discutir práticas, desafios e avanços da silvicultura regional e nacional.

A expedição percorrerá mais de 40 mil quilômetros entre os meses de junho e agosto de 2025, passando por 16 estados e realizando coletas de dados em cerca de 40 mil pontos de controle. Além disso, o projeto prevê a visita a centenas de propriedades rurais, com a realização de entrevistas com proprietários e gestores florestais, e a coleta de dados em aproximadamente mil parcelas amostrais.

Em Lucas do Rio Verde, assim como nas outras oito cidades do roteiro, o evento presencial trará uma programação que inclui palestras com especialistas renomados, apresentação de tecnologias aplicadas à produção florestal e discussões sobre soluções para ampliar a produtividade com sustentabilidade. A participação da cidade no circuito da Expedição Silvicultura reforça sua importância no cenário do agronegócio e evidencia o potencial da região para o desenvolvimento da base florestal.

A iniciativa utilizará métodos tradicionais combinados com tecnologias avançadas para a análise de cultivos como eucalipto, pinus, teca, acácia-negra, araucária, entre outros. Serão coletados dados biofísicos das árvores, como diâmetro, altura e sanidade, além de informações sobre manejo, uso de insumos, tecnologias, práticas socioambientais e impactos das mudanças climáticas. Também será feito um mapeamento sobre investimentos, custos de produção e expectativas dos produtores.

Segundo Fabio Gonçalves, CEO da Canopy Remote Sensing Solutions, idealizadora do projeto, a produtividade florestal é um indicador estratégico, com influência direta na previsibilidade do abastecimento de madeira e na tomada de decisões de longo prazo. A expedição é realizada em parceria com a Paulo Cardoso Comunicações, o portal Mais Floresta e conta com o apoio técnico da Embrapa Florestas, que atuará desde o planejamento da coleta até a análise dos dados e elaboração do relatório final.

Com o evento marcado para acontecer no dia 25 de julho, Lucas do Rio Verde se prepara para receber uma ação que deve fortalecer ainda mais sua atuação no setor florestal e ampliar as oportunidades de inovação e troca de conhecimento entre produtores, pesquisadores e empresas ligadas à silvicultura.

Informações: Cenário MT.

Três Lagoas

Páscoa mais doce, coração mais quente: campanha do AME – Amigos da Eldorado mobiliza colaboradores e beneficia instituições em quatro cidades

As caixas de chocolate arrecadadas foram entregues a instituições sociais de Três Lagoas, Andradina, Santos e São Paulo

Com o mote “Páscoa mais doce, coração mais quente”, a campanha de Páscoa 2025 do grupo AME (Amigos da Eldorado) reforçou o espírito de solidariedade entre os colaboradores da Eldorado Brasil Celulose. Realizada anualmente, a ação tem como foco a arrecadação de chocolates para distribuição em instituições beneficentes nas regiões onde a companhia atua.

Neste ano, foram arrecadadas um total de 967 caixas de chocolates, com a participação das operações de Três Lagoas (MS), São Paulo (SP), Santos (SP) e Andradina (SP).  As doações beneficiaram as seguintes instituições:

  • Três Lagoas (MS): Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), Projeto Candeias, Casa da Mulher e Projeto Cazuá do Mangueira
  • Andradina (SP): Casa do Menor Leda Furquim Atílio (CAMENOR)
  • São Paulo (SP): Casa da Esperança e Missão Anglicada
  • Santos (SP): Casa da Criança de Santo Amaro

Embora a campanha seja organizada pelo grupo de voluntariado, a iniciativa e o resultado alcançado são reflexo direto do comprometimento e solidariedade dos profissionais da empresa, que todos os anos se mobilizam para tornar a data mais especial para centenas de pessoas. A participação foi aberta a todos os colaboradores, independentemente de integrarem o grupo ou não, bastando apenas o desejo de contribuir.

“O AME nasceu dessa vontade de contribuir com a comunidade e tem crescido a cada ano graças à dedicação dos nossos voluntários. A campanha de Páscoa é um exemplo de como pequenas ações, feitas em conjunto, têm o poder de transformar realidades e levar acolhimento e esperança a quem mais precisa, é uma forma de promover desenvolvimento com responsabilidade e de estar cada vez mais próximos das comunidades onde atuamos”, destaca Leidiane Oliveira, analista de Responsabilidade Social da Eldorado Brasil.

SOBRE O GRUPO AME

Criado em 2013 pela Eldorado Brasil e desenvolvido pela área de Sustentabilidade, o AME – Amigos da Eldorado é um programa de voluntariado que reúne colaboradores e seus familiares em torno de ações sociais e comunitárias. Atualmente, conta com mais de 200 voluntários ativos e promove campanhas regulares, como as tradicionais ações de Páscoa e Natal.

Ao longo dos anos, mais de 500 crianças e jovens em situação de vulnerabilidade já foram apadrinhados pelo programa, que também prestou apoio a mais de 10 instituições em diferentes regiões do país. A cada iniciativa, o AME reafirma o compromisso da Eldorado Brasil com a transformação social, promovendo valores como empatia, solidariedade e responsabilidade coletiva.

SOBRE A ELDORADO BRASIL

A Eldorado Brasil Celulose é reconhecida globalmente por sua excelência operacional e seu compromisso com a sustentabilidade, resultado do trabalho de uma equipe qualificada de mais de 5 mil colaboradores. Inovadora no manejo florestal e na fabricação de celulose, produz, em média, 1,8 milhão de toneladas de celulose de alta qualidade por ano, atendendo aos mais exigentes padrões e certificações do mercado internacional. Seu complexo industrial em Três Lagoas (MS) também tem capacidade para gerar energia renovável para abastecer uma cidade de 2,1 milhões de habitantes. Em Santos (SP), opera a EBLog, um dos mais modernos terminais portuários da América Latina, exportando o produto para mais de 40 países. A companhia mantém um forte compromisso com a sustentabilidade, inovação, competitividade e valorização das pessoas.

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