*Artigo de Milton Dino Frank Junior.
Pontos positivos:
1- Lucro – Se o plantio for bem cuidado durante seu ciclo, o produtor poderá ter um lucro líquido por hectare entre R$350.000,00 a R$550.000,00. Dificilmente esta faixa de rentabilidade será ultrapassada.
2- Mercado internacional – O produtor que planta todo ano conquistará clientes internacionais e exportará.
3- Ecologia – Se as pressões ecológicas continuarem, o preço da madeira irá aumentar significativamente aumentando consideravelmente o lucro do produtor.
4- Meio ambiente – A floresta de mogno africano sequestra carbono.
5- Social – Plantar mogno africano gera empregos
6- Consórcios – É possível se cultivar na entrelinha do plantio outras culturas e gerar dinheiro.
Pontos negativos:
1- Incêndios florestais – É possível perder parte ou a totalidade da sua floresta se não estiver preparado para combatê-los.
2- Pragas e doenças – Tirando o Khaya ivorensis, as demais espécies não apresentaram nenhuma praga que condenasse a cultura, porém na época do desbaste todos os produtores estão enfrentando problemas com a broca, o que dá para controlar, porém gera perdas.
3- Longo prazo – Trata-se de um investimento onde o investidor irá apenas colocar dinheiro até a colheita que poderá acontecer entre 18 a 24 anos dependendo do solo, tratos culturais e região.
4- Desbaste – Até agora nenhum produtor conseguiu ganhar dinheiro extraindo madeira de desbaste. Existem aqueles que conseguem pagar as despesas do desbaste, perder dinheiro e quando ganham é uma quantia relativamente pequena em relação ao que foi investido.
5- Venda da madeira – Quem planta mogno africano tem de estar ciente que venderá madeira serrada, pois caso contrário entregará todo o seu potencial de lucro para quem comprar a madeira em tora, e isso implica também num investimento numa estrutura de serragem e secagem, o que não é barato.
6- Maquinário – Tirar a madeira de campo será uma tarefa onde equipamentos caros serão necessários, então o produtor terá ou de comprá-los ou então alugá-los.
7- Terras – As terras onde o mogno foi plantado não irá gerar dinheiro pelo menos durante 18 a 24 anos a não ser que o plantio seja consorciado.
8- Mão de obra – Não são todas as regiões do Brasil que possui mão de obra especializada em silvicultura. O mogno africano requer cuidado, vigilância e dedicação, e este perfil está escasso no mercado brasileiro.
Agora resta ao investidor refletir e decidir.
*Milton Dino Frank Junior é Diretor Técnico e Consultor Florestal da ABPMA – Associação Brasileira Dos Produtores De Mogno Africano.