Preservar o meio ambiente pode dar dinheiro
A Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF) e o uso de produtos biológicos na lavoura podem ser a porta de entrada para o mercado de créditos de carbono. Esse assunto foi tema de um episódio do Podcast Conexão Microgeo, que debateu novas formas de cultivo para ser ambientalmente correto.
“A degradação das pastagens é um problema sério no país. A ILPF é um sistema que gera muita renda e entrega benefícios mútuos como diversificação e melhoria da renda, melhores resultados técnicos, melhoria do solo, aumento da biodiversidade e um modus operandi de gestão mais eficiente”, detalha William Marchió, médico Veterinário pela Universidade Estadual Paulista (UNESP).
Sobre o mercado de créditos de carbono, ele disse que, quando o produtor implementa esse tipo de tecnologia, o acesso a diferentes créditos, com taxas mais atrativas são liberados. “A gente tem um desafio ainda de certificar esses créditos de carbono. Hoje essas certificações estão com certificadores internacionais e o custo para apresentação de um projeto acaba sendo alto. Nosso conselho é que os produtores se unam em associações ou até com empresas maiores que já estejam desenvolvendo projetos de carbono para partilhar esse escopo”, detalha.
“É essencial que produtores que buscam bons resultados e destaque entendam que manipular a biodiversidade do solo causa impactos nos pilares físicos, químicos e biológicos do terreno e isso gera importantes benefícios como: lucratividade, maior sanidade vegetal, maior infiltração e retenção de água no solo, e sua menor compactação”, explica Elvécio Silva, Engenheiro Agrônomo, mestre e doutorando em Produção Vegetal pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU).
Fonte: Agrolink