A Klabin (KLBN11) protagonizou uma das mais notáveis movimentações no cenário atual da indústria recente ao anunciar a aquisição dos ativos florestais da chilena Arauco, no Paraná, pelo valor expressivo de R$ 6 bilhões. Este passo estratégico representa um dos maiores negócios do ano, marcando significativamente o setor de papel e celulose.
Em suma, a transação envolve a aquisição do “Projeto Caetê”, composto por 150 mil hectares no estado paranaense, dos quais 85 mil hectares correspondem a áreas produtivas. Além disso, o projeto considera a posse de cerca de 31,5 milhões de toneladas de madeira em pé, além de maquinários e equipamentos essenciais para a produção.
Desse modo, a Klabin adquire diretamente 100% dos empreendimentos florestais Santa Cruz e 49% da Vale do Corisco. Em suma, essa aquisição não apenas consolida a presença da Klabin no Paraná, mas também complementa os recursos destinados ao “Projeto Puma II”, gerando sinergias operacionais cruciais para seu desenvolvimento.
Enquanto isso, para a Arauco, o negócio representa um redirecionamento estratégico. Já que planeja investir expressivos R$ 15 bilhões na construção de uma fábrica de celulose de eucalipto em Mato Grosso do Sul ao longo da presente década.
Análise do mercado e projeções futuras
Resumidamente, especialistas do mercado avaliam essa transação como positiva para a Klabin, apesar de um possível impacto inicial no seu endividamento. Uma vez que a antecipação das despesas de capital para os próximos anos permite à Klabin otimizar seus processos de colheita e transporte. Assim, resultando em melhorias significativas nos custos operacionais da empresa.
Rafael Passos, analista da Ajax Asset, destaca que a Klabin prevê alcançar sua meta de autossuficiência em madeira, o que resultará na redução dos investimentos futuros projetados.
Concisamente, o BTG Pactual destaca a lógica por trás dessa aquisição, vendo-a como um desembolso inicial que trará economias anuais consideráveis. Contudo, apesar do potencial aumento do endividamento em 2024, o banco acredita que a transação é sensata e terá efeitos positivos a longo prazo.
Impactos financeiros e tendências na indústria
Em geral, há projeções sobre o impacto financeiro imediato desta aquisição. Em suma, a Genial Investimentos alerta para a possibilidade de um aumento no Capex (Despesas de Capital), podendo afetar a geração de caixa da Klabin e, consequentemente, exercer pressão sobre as unidades da empresa na Bolsa de Valores.
No entanto, o planejamento da Klabin indica uma redução substancial do Capex em anos subsequentes, indicando um desembolso de R$ 3,3 bilhões em 2024, seguido por valores menores nos anos subsequentes, até um retorno gradual a partir de 2027.
Além disso, o JPMorgan também ressalta a pressão no caixa resultante dos custos e investimentos associados ao crescimento orgânico. Assim, apontando os investimentos no Puma II e a flutuação nos preços da celulose como os principais riscos para a Klabin, especialmente considerando a valorização da moeda nacional.
Estratégia industrial
Certamente, a aquisição dos ativos da Arauco pela Klabin representa um movimento estratégico de grande relevância para a indústria de papel e celulose. No entanto, apesar dos desafios financeiros imediatos e da pressão no caixa, a expectativa é de que, a médio e longo prazo, essa transação gere eficiências operacionais significativas.
Sendo assim, esse processo deve consolidar ainda mais a posição da Klabin como um player de destaque nesse setor em constante evolução. Do ponto de vista macroeconômico, a transação também pode ter influência na balança comercial, especialmente se houver um aumento na produção e exportação de produtos relacionados à celulose.
Certamente, isso pode contribuir positivamente para a economia do país. Assim, gerando receitas com exportações e fortalecendo a posição da indústria de celulose brasileira no mercado internacional. Portanto, movimentações como essas são de extrema relevância de forma abrangente, considerando a indústria e a economia.