LD Celulose atinge 100% da capacidade de produção

Complexo industrial no Triângulo atingiu 100% da capacidade instalada antes de completar um ano de operação

Antes mesmo de completar um ano de operação, a fábrica de celulose solúvel da LD Celulose – joint venture formada entre a Duratex e o grupo austríaco Lenzing –, em Indianópolis, no Triângulo Mineiro, já atingiu a capacidade nominal de 500 mil toneladas do produto por ano.

Agora, a empresa volta os esforços para a estabilização dos processos e a otimização dos custos para, logo em seguida, buscar ganhos de escala e alcançar, num futuro próximo, um aumento de 10% da capacidade instalada, atingindo 550 mil toneladas anualmente.

Para chegar no atual patamar, se firmando como uma das maiores produtoras de celulose solúvel do mundo, a unidade fabril recebeu investimentos na ordem de US$ 1,3 bilhão. Já considerando recursos para capital de giro, aquisição de máquinas florestais, plantio de florestas e outros atributos que não estão diretamente na fábrica, as inversões são ainda maiores e chegam a US$ 1,8 bilhão.

As informações são do CEO da LD Celulose, Luis Kunzel, que em entrevista exclusiva ao DIÁRIO DO COMÉRCIO afirmou que, com operações iniciadas em abril de 2022, a produção já atingiu o patamar de qualidade esperado e, mais recentemente, o volume total de produção. Essa conjunção de fatores permite com que a companhia planeje expansões. “Já temos planos para fazer essas otimizações e melhorias nos próximos anos, de maneira a esticar a produção no médio prazo, entre três e cinco anos”, diz.

Para fazer isso acontecer, mais de 1,5 mil pessoas trabalham no complexo, entre contratados diretos e terceirizados. Por falar em terceirizados, a empresa tem movimentado fortemente a cadeia de suprimentos na região. Segundo Kunzel, não chegou a ser criado um cinturão de fornecedores, porque a LD priorizou abastecer-se de matérias primas e serviços de negócios já instalados no entorno.

Celulose produzida pela LD é enviada principalmente para a Ásia

A celulose solúvel produzida pela empresa é utilizada na produção de fibras de viscose, modal e liocel. Entre as muitas aplicações do produto solúvel estão roupas, calçados, produtos de higiene e beleza, vernizes, esmaltes, pneus, cápsulas de remédios, alimentos como iogurtes e sorvetes e telas de LCD.

Além da fabricação de celulose solúvel, a madeira de eucalipto extraída das florestas também é utilizada como combustível para geração de energia elétrica para a fábrica da LD Celulose, garantindo uma fonte renovável de eletricidade para a operação industrial.

Neste sentido, o executivo explicou que toda a produção é comercializada para a própria acionista Lenzing, que define a destinação final do produto. O maior volume acaba indo para as fábricas asiáticas do grupo. “Esse tipo de produto não tem consumo direto no Brasil e quando pensamos em fibra têxtil, a Ásia é o grande comprador”, citou.

Fábrica de celulose foi desenhada para ter alta performance ambiental

O executivo também lembrou que a empresa foi planejada, em todos os seus aspectos, como um empreendimento pautado pela excelência e pela sustentabilidade. Segundo ele, todo o projeto foi estrategicamente construído tanto no que se refere à localização da fábrica – que está próxima à linha férrea e dentro do maciço florestal – quanto à implantação de práticas sustentáveis desde o princípio.

“É um empreendimento com um desempenho ambiental diferenciado. O projeto foi desenhado para ter alta performance ambiental e está correspondendo e até superando as expectativas. Inclusive, em breve vamos lançar subprodutos gerados a partir de nossos resíduos sólidos. Estamos produzindo adubos e corretivos de solo e disponibilizaremos ao mercado”, adiantou.

Vale dizer que as áreas de plantio da empresa em Minas Gerais estão situadas em cinco municípios do Triângulo Mineiro: Indianópolis, Araguari, Estrela do Sul, Nova Ponte e Romaria. E essa área florestal representa uma parte importante do investimento da Duratex no negócio, mas a companhia também fará desembolso financeiro. A Lenzing tem 51% de participação na joint venture LD Celulose, enquanto a Duratex responde por 49%.

Conforme o CEO, o projeto prevê 70 mil hectares de floresta plantada e o nível já está em 62 mil hectares. “Estamos ampliando progressivamente. Este é um processo que precisa ser gradual”, concluiu.

Fonte: Diário do Comércio

Se inscrever
Notificar de
guest

0 Comentários
Feedbacks
Ver todos os comentários

ÚLTIMAS NOVIDADES

+55 67 99227-8719
contato@maisfloresta.com.br

Copyright 2023 - Mais Floresta © Todos os direitos Reservados
Desenvolvimento: Agência W3S