Mulheres ocupam 20% dos empregos na base florestal e presença feminina está em expansão em MT

O setor de base florestal em Mato Grosso foi dominado por homens, mas a presença de mulheres contratadas tem aumentado nas empresas florestais e indústrias madeireiras, em comparação ao início da atividade no Estado.

Uma pesquisa realizada com os oito Sindicatos Empresariais que compõem o Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem), dentre as cerca de 500 empresas associadas, divididas entre extração, serraria, indústria, beneficiamento e comércio, o número de mulheres que atuam como proprietárias, engenheiras florestais, gestoras, administradoras, auxiliares, operadoras de máquinas, entre outras, vem aumentando gradualmente no quadro de funcionários.

Dentre quase 9 mil funcionários empregados diretamente aos empreendimentos associados ao Cipem, 1820 são mulheres, correspondendo a 20% do total de empregados. Os cargos com maior presença feminina são: auxiliar de produção (895), escritório/administrativo (512), limpeza (151) e zeladoria/serviços gerais (85). Também foram apontadas a presença de 18 CEO/gestoras/empresárias (18), 12 engenheiras florestais e 3 menores aprendizes.

“Em Mato Grosso existem indicativos de que o número de mulheres empregadas no setor de base florestal está aumentando nas regiões produtoras de madeira nativa e isso pode ser devido a uma série de fatores, incluindo a conscientização sobre a importância da igualdade de gênero e a inclusão de mulheres no mercado de trabalho e o aumento da oferta de oportunidades de treinamento e desenvolvimento para mulheres”, destacou o presidente do Cipem, Rafael Mason.

Contudo, apesar de o setor de base florestal mato-grossense apresentar um crescimento da participação feminina nas indústrias, ainda existem obstáculos para consolidar a igualdade de gênero no setor florestal e madeireiro no Brasil como um todo. Muitas mulheres enfrentam barreiras para acessar empregos no setor, assim como em outros setores industriais pela falta de oportunidades.

“É importante que as empresas programem políticas de diversidade, inclusão e igualdade de gênero e que ofereçam treinamento e oportunidades de carreira equitativas para mulheres, com igualdade de cargos e salários. Também é importante que as autoridades governamentais forneçam recursos para apoiar a inclusão de mulheres neste mercado, incluindo treinamento técnico e apoio financeiro”, disse Mason.

Em 2022, o Cipem passou a compor o quadro de associados da Rede Mulher Florestal, uma rede independente de mulheres que atuam junto ao setor florestal, para promover a discussão para a equidade de gênero no setor. Desde então, vem estudando maneiras de contribuir para a pauta da equidade de gênero, em consonância com a ODS 5, e espera que em médio e longo prazo a presença das mulheres no setor de base florestal mato-grossense seja mais expressiva.

“Com a realização do levantamento do cenário atual da presença das mulheres na cadeia produtiva da madeira, espera-se que seja possível traçar planos de ação direcionados para as áreas mais carentes, pela realização de campanhas de conscientização, oferta de capacitações direcionadas às mulheres, dentre outras ações”, finalizou o presidente do Cipem.

Fonte: O Documento

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