Evento organizado pela InvestMinas contou com a presença do ex-ministro Anderson Adauto e consultor da empresa Paper Excellence
A Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (AMAMS) participou nesta quinta-feira (16), da discussão sobre a criação de uma fábrica de celulose na microrregião do Irapé, em Grão Mogol, no Norte de Minas. O evento foi organizado pela agência de Desenvolvimento do Governo de Minas Gerais, InvestMinas e ocorreu na Casa de Cultura, em Grão Mogol, com a presença do ex-ministro Anderson Adauto e consultor da empresa Paper Excellence. Esta empresa é reconhecida como uma das maiores líderes do mundo na produção sustentável de celulose, papéis, embalagens e produtos à base de madeira e está posicionada em mercados globais como China, Europa, Estados Unidos e Japão. Conforme analisou o ex-ministro, a empresa analisa um local para implantar uma fábrica de celulose no Norte de Minas, mas há concorrência com Goiás e Mato Grosso para sediar a empresa. Grão Mogol se habilitou a receber este empreendimento estimado em 4 bilhões de dólares, ou 20 bilhões de reais.
O presidente da Amams e prefeito de Padre Carvalho, José Nilson Bispo de Sá, o “Nilsinho”, lembrou que há muitos anos foi cogitada a criação de uma fábrica de celulose no município de Grão Mogol, na época envolvendo o maciço florestal de Padre Carvalho. “Agora, com a possibilidade do Norte de Minas ser contemplado com este grande investimento, a região reúne todos os requisitos para receber esta fábrica. Temos o município de Buritizeiro que se habilitou a receber o empreendimento e Grão Mogol que também se apresenta com grande potencial por possuir uma vasta área de floresta plantada com possibilidade de aumento de área, mas nesta primeira fase de estudos a Amams vai se empenhar para que o Norte de Minas se una para receber a unidade, depois a definição da localização. Vale ressaltar que a nossa região tem uma área plantada de 2 milhões de eucalipto com boa qualidade”, disse Nilsinho.
Breno Miranda, do Banco do Nordeste, reforçou que o banco tem linha de financiamentos para este empreendimento. Adauto Marques, que é do conselho deliberativo da SUDENE, lembrou que existem fiscais para ajudar o empreendimento. O ex-ministro e consultor da empresa Pepper Anderson Adauto, lembrou que o governador Romeu Zema conversou com o presidente do grupo, manifestando interesse para Minas Gerais sediar esta empresa. Ele lembrou que o projeto precisa de 300 mil hectares de madeira, o que necessitará da produção dos grandes, médios e pequenos produtores de eucalipto. Ele também anunciou que a empresa estuda um mais grande empreendimento no Norte de Minas, na produção de gás não convencional. O grupo Pepper possui 10 fábricas de celulose no mundo, a maior no estado do Mato Grosso no Brasil.
Ainda sobre o evento em Grão Mogol, uma outra reunião ocorreu no período da tarde a participação dos produtores de eucaliptos, que reclamaram da dificuldade de licenciamento ambiental. Anderson Adauto explicou que o Norte de Minas e Vale do Jequitinhonha tem todos potenciais de abrigar a unidade, por diversos fatores, como extensa área plantada. Ele estima que em três anos a fábrica pode estar em funcionamento e que já está sendo articulada uma lei mais flexível para este tipo de empreendimento, nos moldes da fábrica que existe no Mato Grosso, Igor do InvestMinas lembrou que o estado oferece outros incentivos fiscais.
Informações: Rede Gazeta.