Startup também conquistou o primeiro lugar em programa de aceleração “Innovation for Ecosystem Restoration: LATAM 2023”, realizada pela Village Capital
Criada em 2013 como uma startup de serviços de compensação de carbono e reflorestamento, a PlantVerd está completando 10 anos, no último dia 28 de agosto, como uma fornecedora de serviços que buscam transformar ecossistemas através do reflorestamento, causando um impacto positivo não só no meio ambiente, como em todo o seu entorno. A empresa, que na última década já plantou mais de 3 milhões de mudas, recuperando cerca de 2.500 hectares e neutralizando em torno de 56.000 Kg de carbono por dia, tem vivenciado uma expansão, tanto em faturamento, quanto em escopo de trabalho e ações sociais, além de trazer um novo posicionamento.
Com um faturamento de 32 milhões no ano passado e um crescimento de 68% em relação ao ano de 2021, a empresa pretende expandir seu mercado de atuação. Além disso, a empresa foi pioneira na criação do projeto Ativo Verde, ferramenta que possibilita o cadastro de propostas com o objetivo de gerar ativos ou créditos ambientais, que poderão ser utilizados para o cumprimento de obrigações de restauração florestal, algo inovador no país. A ideia faz parte do Programa Nascentes, do Governo do Estado de São Paulo, onde a PlantVerd foi a primeira empresa a apresentar um projeto pronto, assim unindo praticidade e economia para as organizações que passam a cumprir seus compromissos ambientais com a imediata desoneração dos passivos, e contribuindo com a geração de emprego e renda sustentável.
Dentre os fatores que estão colaborando para que a PlantVerd siga em um bom ritmo, está o programa de aceleração “Innovation for Ecosystem Restoration: LATAM 2023”, realizado pela Village Capital (com o apoio da Moody’s), no qual a startup participou nos últimos dois meses, junto a empresas de outros cinco países – e ficou em primeiro lugar na avaliação entre pares, em relação a estágio de preparação para receber investimentos!
Todo esse crescimento e expansão se deve, em grande parte, ao conhecimento e nova percepção adquiridas pelo seu fundador e CEO, Antonio Borges, ao longo desses 10 anos. “A PlantVerd nasceu com o objetivo de regenerar os ecossistemas, mas com o passar do tempo, percebi que era preciso olhar também para as pessoas. Uma vez que o ecossistema é caracterizado pela interação dos organismos, não existiria transformação completa se restaurássemos apenas as florestas”.
Com esse pensamento, o executivo decidiu abrir o escopo de trabalho da empresa, passando a oferecer consultoria em ESG, elaboração de projetos ambientais e execução de serviços florestais, como recuperação de nascentes, plantio compensatório e restauração de áreas com espécies arbóreas nativas, além de serem defensores da justiça climática atuando com diversos projetos sociais, como, por exemplo, contratação de egressos do sistema prisional.
“Muitas vezes essas pessoas são vistas como problemas da sociedade, mas elas são parte da solução. Paralelamente a isso, vivemos numa sociedade baseada no conceito de que o dinheiro pode resolver qualquer problema, no entanto, a solução para os problemas climáticos não pode ser comprada, ela deve ser construída. Para construirmos essa solução, dependemos de toda população, independente de raça, credo ou classe social. Se todos não estiverem envolvidos em construir uma solução, ela será ineficaz” afirma Borges.
Expansão de projetos sociais
Atualmente, a PlantVerd possui 140 colaboradores, sendo que 35 deles são ex-presidiários ou respondem a processos criminais por infrações cometidas no passado – muitos deles contratados também sob demanda, dependendo da região e local onde um projeto é necessário. Mas os planos são de expandir os projetos sociais para muito além disso.
De acordo com o CEO há uma debandada de mão de obra rural para as grandes cidades, onde muitas vezes essas pessoas não encontram trabalho e se envolvem com drogas e criminalidade. Por isso, o objetivo da PlantVerd é oferecer uma vida digna e com qualidade para todas as famílias. O primeiro deles, que ainda está em fase de desenvolvimento é o Moradia Digna, onde cinco colaboradores serão escolhidos para terem suas casas totalmente reformadas.
Futuramente, o programa será ampliado para também atender aos filhos dessa população para que tenham educação e acesso à escolas. “Não quero só que ele receba crédito, quero que ele receba em troca do que está fazendo uma condição de vida digna e oportunidade de mobilidade social, vertical e crescente – através de moradia, educação e saúde, dignas”, conta Borges.
Inclusive, um dos maiores cases da empresa é Degmar de Souza, primeiro egresso do sistema prisional contratado pela empresa, em 01/08/2018 como trabalhador rural e atualmente é Encarregado na Plantverd e que hoje também conta com seu filho como jovem aprendiz.
Sobre a PlantVerd
Criada em 2013, a PlantVerd é uma empresa fornecedora de serviços que transforma ecossistemas, e que busca, através do reflorestamento, causar um impacto positivo não só no meio ambiente, como em todo o seu entorno. Desenvolvida inicialmente como uma startup de serviços de compensação de carbono e reflorestamento, atualmente a empresa também oferece consultoria, elaboração de projetos ambientais e execução de serviços florestais, como recuperação de nascentes, plantio compensatório e restauração de áreas com espécies arbóreas nativas, além de serem defensores da justiça climática atuando com diversos projetos sociais, como, por exemplo, contratação de egressos do sistema prisional. Entre os clientes da empresa estão grandes construtoras, usinas hidrelétricas, concessionárias de rodovias, ferrovias e portos.