Startup brasileira desenvolve robô capaz de plantar até 1800 mudas por hora em grandes áreas da silvicultura

A AutoAgroMachines, startup 100% brasileira que desenvolve máquinas autônomas e inteligentes para o agronegócio, traz ao mercado tecnologia inovadora para resolver os problemas de reflorestamento e silvicultura. Em fase final de testes, a Forest.bot “Instalação” usa inteligência artificial no plantio automatizado de mudas em grandes áreas. Construído em parceria com a Incomagri, fabricante de máquinas agrícolas,  em Itapira (interior de São Paulo), o robô já vem atraindo a atenção de grandes players, como Eldorado e Suzano, por sua capacidade de plantio, tecnologia e eficiência – a máquina  pode plantar até 1800 mudas por hora, com melhores resultados para silvicultura, como em florestas de plantio comercial onde é extraído material para a produção de papel, celulose e madeira.

Marcello Guimarães, fundador da empresa e criador da Forest.Bot, destaca que o sucesso do projeto acontece não apenas pelo potencial quantitativo de plantio, mas também pela tecnologia, já patenteada, que diferentemente de outras máquinas existentes no mercado, conta com um sistema de plantio deslizante, permitindo que o bico responsável por inserir a muda no solo não deslize na terra enquanto a máquina anda. “Esse mecanismo evita que o bico arraste a muda pelo solo, enquanto outros equipamentos costumam provocar falhas na hora de encaixar a muda perpendicularmente em relação ao céu, exigindo ajuste manual posterior. Isso acaba atrapalhando todo o desenvolvimento da árvore”, explica Guimarães.

Além disso, o sistema garante que a muda seja plantada sem exposição do substrato onde está a raiz – que não pode ficar fora da terra – e nem afogamento do coleto – que não pode ficar dentro da terra. Todo o processo é realizado automaticamente, com recursos de inteligência artificial, que verifica em tempo real a qualidade no plantio de cada muda e cria um mapa georreferenciado com as informações de cada muda para uso posterior pelos sistemas mecanizados de manejo florestal, como, irrigação ótica e inteligente, adubação ponto a ponto, combate a pragas, inventário florestal e sanidade da floresta.

De acordo com Guimarães, mecanismos de precisão são importantes para o trabalho no campo tanto por melhorar a produção em fábricas, como também por ocupar um espaço central nas estratégias de sustentabilidade das empresas. “O Brasil está entre os países que mais emitem CO₂ no mundo em decorrência do desmatamento. Parar de desmatar não é mais a única solução para o problema, é  preciso ter ações urgentes que contribuam para a recuperação de áreas degradadas. A Forest.Bot é uma solução ágil que pode auxiliar as principais organizações que atuam em prol da sustentabilidade no mundo”, destaca o fundador da AutoAgroMachines.

Para alcançar a versão atual do projeto, Guimarães desenvolveu outros nove protótipos ao longo de oito anos. Cada evolução contribuiu para aumentar a capacidade da máquina e seu lançamento já chega com expectativas por parte do mercado. Além do interesse de Suzano e Eldorado, outras grandes empresas estão se mantendo de olho, vindas da Austrália, Canadá, América Latina, África e Europa.

A Forest.Bot chega  ao mercado com o custo inicial de R$ 2,98 milhões e os planos da AutoAgroMachines são ambiciosos, com expectativa de comercializar até 6.500 máquinas nos próximos dez anos. “Estamos otimistas com as oportunidades, porque temos um sistema único no mercado. No futuro, queremos chegar a versões que tenham a capacidade de plantar mais de 3.600 mil mudas por hora. Ou seja, ela é o ponto de partida para a automação total do manejo da floresta”, conclui.

Informações: Revista Campo & Negócios.

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