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Amif entrega comenda a protagonistas florestais de 2024

O governador Romeu Zema foi um dos agraciados pela entidade com a comenda pelo engajamento na simplificação do licenciamento ambiental no Estado

A Associação Mineira da Indústria Florestal (Amif) entregou na noite da última segunda-feira (26) a comenda Protagonismo Florestal Mineiro 2024. Receberam a homenagem aqueles que a associação considerou ter se engajado diretamente na assinatura do acordo que possibilitou a simplificação do licenciamento ambiental para a silvicultura em Minas Gerais e entre os agraciados, o governador Romeu Zema (Novo). 

O Governo de Minas Gerais e o Ministério Público do Estado (MPMG) assinaram, no dia 11 de julho, um acordo inédito que possibilitou a simplificação do modelo de licenciamento ambiental para a atividade de silvicultura mineira, como ocorre em outros estados brasileiros.

A partir da assinatura, o Estado passa a não estar mais obrigado juridicamente a exigir os Estudos de Impacto Ambiental e Relatórios de Impacto Ambiental (EIA/Rima) para todos os novos empreendimentos de plantios florestais acima de mil hectares de área plantada.

A mudança ocorreu no contexto de uma decisão judicial proferida em 2011 que determinou a necessidade de apresentação do EIA/Rima para os empreendimentos de atividades agropecuárias acima de mil hectares em Minas Gerais, indistintamente.

No entanto, após a recente publicação da Lei Federal nº 14.876, de 2024, a silvicultura foi retirada do rol de atividades com significativo potencial de degradação e poluição ambiental, o que permitiu aos estados mais autonomia e simplificação dos processos de licenciamento.

Medalha da Amif
Homenagem da Amif destina-se a figuras públicas que se engajaram na simplificação do licenciamento para o setor | Crédito: Alex Ayala

A exclusão da silvicultura dessa categoria se deu em função do entendimento de que se trata de uma atividade agrícola sustentável e benéfica ao meio ambiente. Dessa forma, a decisão mais viável ficou pela simplificação dos procedimentos para o seu licenciamento ambiental.

A silvicultura fazia parte, anteriormente, da atividade que engloba “culturas anuais, semiperenes e perenes e cultivos agrossilvipastoris, exceto horticultura”, que possui um grau poluidor considerado médio. A mudança, portanto, excluiu a silvicultura do rol citado anteriormente, tendo uma categoria exclusiva.

Diante da atualização da lei federal, foi necessário que Minas Gerais também se atualizasse. Segundo o acordo assinado, o governo de Minas Gerais ficou desimpedido judicialmente e retomou a sua autonomia de promoção da simplificação do licenciamento ambiental para os projetos de implantação de florestas plantadas e ampliação de áreas de vegetação conservadas.

De acordo com a Amif, são mais de 800 municípios que serão beneficiados diretamente com a medida. Isso porque Minas possui cerca de 2,3 milhões de hectares de florestas plantadas, a maior área cultivada de florestas plantadas do Brasil. E, ao mesmo tempo, cerca de 1,3 milhão de hectares de vegetação nativa conservada pelo setor florestal.

Um dos homenageados, o governador do Estado de Minas Gerais, Romeu Zema, em seu discurso durante a cerimônia de entrega, comentou que a conquista beneficiará, inclusive, municípios com baixo desenvolvimento.

“Minas tinha algumas travas que já existiam há tempos que dificultavam os empreendimentos nesse setor. Então, é um avanço muito significativo. Com toda a certeza, nós tiramos as amarras e quando se tira as amarras as coisas fluem com rapidez e vão acontecer de maneira bastante intensa, no meu entender, principalmente nas regiões até menos desenvolvidas do Estado, que são aquelas onde as terras são ainda menos caras e onde muitos investimentos serão realizados”, afirmou.

Também receberam a comenda: a secretária de Estado de Meio Ambiente, Marília Carvalho Melo; o procurador-geral do Ministério Público de Minas Gerais, Jarbas Soares Júnior; presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o desembargador Luiz Carlos de Azevedo Corrêa Júnior; e o promotor de Justiça do MPMG e coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa de Meio Ambiente, Carlos Eduardo Ferreira Pinto.

Ainda na cerimônia, a presidente da Associação, Adriana Maugeri, disse que a homenagem é justa para aqueles líderes que mostraram coragem. “Que essa coragem seja inspiradora para todos nós, líderes. Que no momento em que há o caminho A ou B para seguir, a coragem seja a guia-mestra para enfrentar dilemas. A comenda nasceu com este intuito: celebrar a coragem, a vitória e a cooperação”, disse.

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Manejo florestal climático e a nova silvicultura de mercado: uma abordagem integrada

*Artigo por Adriana Maugeri.

O cenário global atual demanda ações decisivas e que tragam benefícios em escala em relação aos efeitos das mudanças climáticas. O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), organismo que reúne cientistas de diversos países, alerta para a necessidade urgente de reduzir significativamente as emissões de gases de efeito estufa em até 2030, a fim de evitar um aumento de temperatura acima de 1,5 graus Celsius. Mais do que reduzir as emissões, é preciso também capturar o carbono excedente que já foi emitido e que está em nossa atmosfera.

Integrando o valioso grupo de soluções baseadas na natureza, o manejo florestal emerge como uma alternativa vital, visto que as florestas, tanto as plantadas quanto as conservadas, desempenham um papel fundamental na captura e fixação de carbono em seus componentes e especialmente no solo. Neste contexto, o Brasil, com sua vasta agroindústria florestal em franco desenvolvimento, possui uma posição privilegiada.

Gosto de expressar que o nosso planeta não depende de nossa ação direta para ser salvo como os alarmistas propagam, muito pelo contrário, somos apenas uma das milhões de espécies que hoje o habitam e que certamente em algum momento de sua evolução, no contexto estrito do Darwinismo, deixaremos de habitar da mesma forma para dar espaço às novas espécies melhores adaptadas ao ambiente que aqui se apresentar. Obviamente, somos capazes de acelerar o ritmo de sua degradação a níveis insustentáveis. Mas o jogo das alterações climáticas nos evidencia que quem está correndo risco eminente de ser extinta é a nossa espécie, juntamente com outras tantas.

Esta finitude da humanidade, em momento desconhecido, é certa, mas nos afasta da realidade científica, do fato. Ter ciência de que somos de fato frágeis e que estamos em risco de extinção, acredito que nos traria em menor tempo e maior relevância, ações, envolvimento, engajamento, inovação para além dos belos discursos, que realmente fizessem a diferença e nos trouxesse maior qualidade de vida.

Esta distância também é frequentemente vista entre os dados científicos sobre os inúmeros benefícios ambientais escalonáveis proporcionados pelo manejo de florestas plantadas apresentados por milhares de estudos e pesquisas comprometidas, versus a frágil certeza de muitos especialistas de que um forte pilar para a solução da crise climática não são as remoções vegetais de carbono e sua fixação e ciclagem nos solos, tal qual a nossa Terra nos ensina diariamente quando permitimos que ela seja nossa professora, vale frisar.

Enquanto alguns dos especialistas globais em crise climática reduzem a distância entre a certeza e a ciência disponível para se alimentarem, a agroindústria florestal brasileira continua expandindo e entregando resultados impressionantes e alinhados entre plantar, produzir e conservar, sempre em grande escala. Entretanto, assim como o planeta vem mudando a passos largos, o manejo florestal também. Mas não o seu conceito apenas, mas a sua razão existencial. Manejar florestas para otimizar ganhos em produção e gerar um bom resultado financeiro, não é mais apenas o que deve motivar o produtor florestal atento e contemporâneo.

É preciso manejar florestas para potencializar os ganhos produtivos e também os ganhos climáticos, visar resultados operacionais atraentes e também possibilidades de ganhos com operações financeiras verdes que remunerem o serviço ambiental prestado. Manejar florestas para produzir mais madeira e também para ampliar a oferta de bioprodutos que substituirão materiais de fontes não renováveis. Chamo esta visão sistêmica de manejo florestal climático. Para ir além da produção de madeira, o produtor florestal precisa a aprender como este material nobre, renovável e limpo pode agregar valor ao seu negócio nos próximos anos, quais serão suas vantagens frente a outros produtos e, principalmente, como ele vai “vender” de forma consistente seu diferencial.

O manejo florestal climático traz em sua essência a rastreabilidade da origem, o acompanhamento ajustado e reportado da exaustão dos ativos, sejam eles materiais ou até mesmo financeiros, como os possíveis créditos de carbono gerados por exemplo, a busca e prática constante pelas técnicas que contribuam para a regeneração, recuperação e até mesmo a renovação dos recursos naturais que fornecem meios ou que estejam presentes em nossa operação, tais como o solo, ar, água, biodiversidade, biomassa.

Dito isso, aconselho aprofundar em conceitos que estimulem a inovabilidade de sua aplicação no manejo florestal, tais como: silvicultura de precisão, técnicas regenerativas de solo, uso de inteligência artificial como auxiliar à sensibilidade humana, uso integrado e avançado das ferramentas meteorológicas,  novos produtos de origem florestal-mercados e produção, integração florestal, lavoura e pecuária, entre tantos outros são fundamentais para garantir a eficiência e a sustentabilidade da produção florestal dos próximos anos. Para além disso, cada vez mais a colaboração setorial sinérgica, a estratégica definida de representação e advocacy dos segmentos setoriais e o investimento contínuo em parcerias são essenciais para enfrentar os desafios futuros.

A transformação da agroindústria florestal rumo a uma abordagem mais sustentável e integrada não apenas fortalecerá o setor economicamente, mas também contribuirá significativamente para mitigar os impactos das mudanças climáticas e promover o desenvolvimento sustentável em âmbito global.

Desafios e perspectivas para um manejo florestal climático

A agroindústria florestal brasileira tem visto um aumento significativo na demanda global por produtos que possam substituir materiais de origem não renováveis. No entanto, como percebemos,  falta uma atitude de urgência maior em adaptar hábitos e decisões às demandas climáticas do hoje.

Apesar das oportunidades crescentes no setor florestal, muitos ainda estão inertes diante da necessidade de mudança. É fundamental adotar um novo modelo de manejo florestal que promova a perenidade, versatilidade e lucratividade, alinhado à governança climática.

A agroindústria florestal possui um papel crucial na governança climática global, podendo neutralizar uma parcela significativa das emissões de carbono, atuais e as já acumuladas. No entanto, urge um novo mindset por parte dos decisores políticos e empresariais para ampliar e dar alcance a essa vantagem competitiva.

Aqueles que encontrarem soluções diferenciadas e holísticas serão os verdadeiros líderes nesse novo cenário, garantindo não apenas lucratividade, reconhecimento, pioneirismo, mas a nossa possível melhoria de qualidade de vida neste planeta para nossa espécies e para outras tantas que não podem se expressar.


*Adriana Maugeri é presidente da AMIF – Associação Mineira da Indústria Florestal e da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Florestas Plantadas do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).

Texto em versão estendida | Originalmente escrito para a GlobalFert 2024.

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Ação no metrô de BH vai promover troca gratuita de livros entre passageiros

Segunda edição do projeto Circule Um Livro vai ocorrer entre os dias 22 e 26 de abril em quatro estações do Metrô de BH. Dia Mundial do Livro será comemorado no dia 23
de abril


A Associação Mineira da Indústria Florestal (AMIF) e o Metrô de Belo Horizonte vão
promover a segunda edição do projeto “Circule Um Livro” na capital mineira. A ação vai
ocorrer entre os dias 22 e 26 de abril (de segunda a sexta-feira) em quatro estações do
metrô: Central, São Gabriel, Minas Shopping e Santa Tereza. O objetivo do projeto é de
democratizar e incentivar a leitura, além de mostrar a sustentabilidade do papel como
matéria-prima na impressão de livros.

Em cada uma das estações participantes haverá totens em formato de árvores repletos
de livros. Além disso, promotores estarão nos locais, em horários de pico, para
incentivar a participação dos usuários do metrô. Os passageiros poderão pegar os livros,
levar para casa e deixar outros exemplares, tudo para que o hábito de leitura alcance
cada vez mais pessoas.

No total, cerca de quatro mil livros de literatura brasileira, estrangeira, infantil e infanto
juvenil estarão disponíveis para circulação nas estações do metrô. A expectativa é que
o número de livros em circulação fique ainda maior a partir do engajamento e das
doações de usuários do transporte público.

Segundo a presidente da AMIF, Adriana Maugeri, o Projeto Circule Um Livro já é um
sucesso no metrô de São Paulo e, agora, chega a Belo Horizonte para criar um espaço
de estímulo à leitura e à economia circular entre os passageiros do metrô da capital
mineira.

“Para o setor florestal de Minas Gerais é de suma importância promover a leitura por
meio de livros físicos. A sustentabilidade do papel, proveniente exclusivamente de
árvores cultivadas e replantadas para esse propósito, é uma das mensagens que
queremos divulgar me mais uma edição do Circule Um Livro em BH. Além de combater
o desmatamento, o setor florestal representa uma resposta para um futuro mais verde,
limpo e ecologicamente renovável. Assim, a leitura em livros impressos pode ser
desfrutada com tranquilidade, sabendo-se que o papel utilizado é sustentável”, destaca
Adriana Maugeri.

O papel e a agroindústria florestal mineira

Presente em livros, cadernos, envelopes, embalagens, canudos, copos, itens de higiene e
em mais uma série de outros produtos do dia a dia, o papel é um material totalmente
biodegradável e reciclável. Oriundo de árvores plantadas e replantadas para estes fins, o
uso do papel contribui para a preservação do meio ambiente e da biodiversidade em
comparação com outros materiais.

No Brasil, Minas Gerais é o estado que possui a maior área com florestas plantadas. No
total, são 2.3 milhões de hectares, quase o dobro do estado de São Paulo, que ocupa a
segunda posição com 1.2 milhão de hectares. Os plantios florestais em Minas estão
espalhados por 803 municípios, o que representa mais de 90% do território do estado.
Além das áreas plantadas, o setor florestal mineiro conserva 1.3 milhão de hectares de
árvores nativas. No total, são 3.6 milhões de hectares de árvores em solo mineiro sob os
cuidados do setor florestal.

Imprensa – A abertura do evento acontecerá na Estação Central, no dia 22 de abril, às 9h.
Os veículos de comunicação que desejarem cobrir, podem se credenciar enviando um email para o imprensa@metrobh.com.br contendo: 1. nome dos jornalistas que estarão na cobertura (inclusive câmera); 2. número de um documento de identificação dos jornalistas; 3. nome e contato de um responsável pela pauta.

Contatos:

Ludmylla Verly (Assessora de Comunicação do Metrô BH) –
imprensa@metrobh.com.br; (31) 988949890

Bruno Menezes (Coordenador de Comunicação e Imprensa da AMIF) –
bruno@amif.org.br; (31) 98718-7830

Imagem: divulgação.

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      Plano de Florestas Plantadas é destaque na agenda dos Ministros de Agricultura e Meio Ambiente

      Ocorreu na quinta-feira (21), em Brasília, o evento de lançamento da atualização do Plano Nacional de Desenvolvimento de Florestas Plantadas (PNDF). A cerimônia foi realizada no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) com a participação do Ministro Carlos Fávaro e da Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.

      A data foi escolhida em função da comemoração do Dia Internacional das Florestas. Na cerimônia também foram lançados a Chamada Pública para Projetos Florestais; e o Painel Floresta + Sustentável, ferramenta de acesso público que disponibiliza informações sobre o setor florestal brasileiro.

      No palco estiveram presentes, além dos dois Ministros, a Presidente da AMIF e da Câmara Setorial de Florestas Plantadas, Adriana Maugeri; o Governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel; a Secretária de Inovação do Mapa, Renata Miranda; e o Coordenador de Sustentabilidade da CNA, Nelson Ananias.

      O ministro Carlos Fávaro sublinhou a relevância das Câmaras Técnicas Setoriais no encaminhamento e na execução de políticas públicas. Também, ressaltou que o setor de florestas plantadas exerce claramente uma responsabilidade não apenas ambiental, mas social, no combate à desigualdade no Brasil.

      “Se trata de um plano nacional de florestas plantadas em áreas antropizadas, com um viés econômico, social e ambiental. Tudo isso com base na transversalidade para que possamos fazer juntos do Brasil um país com produções gigantescas, mas também com preservações gigantescas, como deve ser”, explicou o ministro Fávaro. “Vamos mostrar para o mundo que é possível produzir e preservar. Faremos esse trabalho de forma integrada com outras pastas do governo e com a sociedade, sempre de forma inovadora e transparente”, completou.

      A Ministra Marina Silva ressaltou a importância de dados confiáveis para a elaboração de políticas públicas eficazes, papel desempenhado com maestria pelo setor florestal. Além disso, destacou a necessidade de restauração em áreas alteradas pela ação humana, tanto com florestas plantadas quanto com florestas nativas.

      “Estamos trabalhando juntos. Estamos há um ano e três meses juntos e superando as contradições. Vamos fortalecer ações de desenvolvimento sustentável, esse é o novo ciclo de prosperidade. Esse ciclo combate à desigualdade, gera emprego, gera renda e melhora a qualidade de vida das pessoas”, destacou.

      Adriana Maugeri enfatizou o papel da agroindústria florestal na produção de bioprodutos e na inclusão social. Também, destacou a importância do eucalipto nos plantios brasileiros e o potencial de crescimento do setor rumo à consolidação do Brasil como líder mundial na economia verde.

      “Nós temos um  país com o nome de árvore. Vejam a vocação florestal do Brasil! O setor florestal traz dignidade para o produtor rural, renda e fixação de trabalhadores no campo. Creio que essa também é a missão de todos nós aqui: trabalharmos para combater a miséria e a fome nesse país. A Indústria Florestal consegue trazer essa dignidade”, finalizou Adriana.

      https://youtube.com/watch?v=sp9TBv-HYVw%3Ffeature%3Doembed

      Lançamentos oficiais

      A primeira atividade do evento foi o lançamento do Plano de Desenvolvimento de Florestas Plantadas 2024 (PNDF), que traz a atualização da Política Agrícola de Florestas Plantadas para contribuir com o aumento da produtividade e a utilização do potencial produtivo de bens e serviços da economia de base florestal. As iniciativas vão auxiliar na diminuição da pressão sobre as florestas nativas, na melhoria da renda, na qualidade de vida do meio rural e na integração entre produtores rurais e agroindústrias, que utilizam madeira como matéria-prima.

      Num segundo momento, a secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo, Renata Miranda, apresentou o Painel Floresta+. A ferramenta de acesso público contém dados atualizados, verificáveis e universais do setor de árvores cultivadas em todos os biomas do Brasil, mapeando a extensão, produção e economia florestal brasileira.

      Além de promover a transparência, o Painel Floresta+ vai fortalecer a colaboração entre os diversos atores envolvidos no setor por meio da Rede Floresta+, com projetos que permitam investimentos na silvicultura sustentável a partir da integração entre empreendedores, apoiadores institucionais, empresas e investidores, impulsionando seu crescimento de forma responsável e integrada.

      A secretária Renata Miranda destacou a importância das entregas, feitas hoje pelo Mapa. “O que trazemos aqui representa uma fatia muito significativa do crescimento econômico do país, que trabalha não somente para gerar riqueza, mas com a redução desigualdades, trazendo ao pequeno agricultor mais opções de renda e emprego.” 

      Adriana Maugeri viu com muita satisfação as entregas para o setor florestal. “As perceptivas são as melhores possíveis, porque pela primeira vez, historicamente, nós teremos uma publicação e diversas ações do governo brasileiro que destacam a importância e a relevância do setor de florestas plantadas para o Brasil, valorizando uma cultura agrícola que possui alta escala e capacidade de produção e conservação ambiental”.

      Ao final, o ministro Fávaro lançou o edital para a Chamada Pública Para Projetos Florestais, que visa fomentar a inovação na produção de sementes e mudas florestais e incentivar práticas sustentáveis no setor, como os sistemas agroflorestais e a recuperação de áreas de pastagens degradadas, a partir de parcerias entre detentores de projetos florestais e investidores.

      Informações: Amif.

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      Câmara Setorial de Florestas Plantadas do MAPA se reúne sob presidência de Adriana Maugeri

      Ocorreu na última quarta-feira (6), em Brasília, mais uma reunião da Câmara Setorial de Florestas Plantadas, órgão ligado ao Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). A reunião foi aberta pela recém-empossada presidente, Adriana Maugeri, que reitorou a satisfação de estar à frente dos trabalhos da Câmara.

      A reunião também contou com a participação do presidente da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), Paulo Hartung, e do diretor executivo da Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (Abaf), Wilson Andrade.

      Como representantes do Mapa na pauta florestal, houve participação da secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo, Renata Miranda; da diretora do Departamento de Reflorestamento e Recuperação de Áreas Degradadas, Lizane Ferreira; e da coordenadora-geral de Desenvolvimento Florestal, Jaine Cubas.

      Adriana Maugeri elencou alguns posicionamentos estratégicos que nortearão a gestão da Câmara nos próximos dois anos. Segundo ela, é preciso fortalecer o posicionamento do setor florestal dentro do MAPA a fim de estimular uma gestão assertiva em isonomia com as demais culturas agrícolas.

      Além disso, a presidente destacou a necessidade de apresentar a agroindústria florestal brasileira como referência governamental nas discussões sobre mitigação dos efeitos climáticos e recuperação ambiental, em equilíbrio com a elevada escala de produção do setor.

      “Os benefícios que a agroindústria florestal nacional apresenta são múltiplos. Muito mais que as florestas que são plantadas, o setor traz dignidade e renda para os produtores rurais. Refiro-me a um setor que possui produção em escala e isso é coisa rara em outras culturas agrícolas”, pontuou.

      A presidente também enfatizou que a Câmara Setorial deve se portar como uma fornecedora de dados sobre o setor florestal. “Vamos alimentar o MAPA com dados robustos , rastreáveis e confiáveis para que tenhamos uma fortaleza de posicionamentos capazes de combater falsas narrativas sobre a agroindústria florestal”, enfatizou.

      Por fim, Adriana Maugeri destacou que o setor só funciona com sinergia de todos os envolvidos nos processos de gestão e produção. Para ela, resultados são alcançados quando há caminhada em conjunto.

      Nesse sentido, a presidente fez um apelo para que todos participem de maneira presencial no lançamento do Plano Nacional de Desenvolvimento de Florestas Plantadas. O evento vai ocorrer no dia 21 de março, em Brasília, com a presença do Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

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      Representantes da Câmara Setorial de Florestas Plantadas apresentam potencial da cadeia produtiva ao ministro Carlos Fávaro

      A presidente da Câmara Setorial de Florestas Plantadas, Adriana Maugeri, junto do presidente da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), Paulo Hartung, e do diretor executivo da Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (Abaf), Wilson Andrade, se reuniram nesta quarta-feira (6) com o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, para apresentar o potencial da cadeia produtiva e ampliar os debates acerca das Florestas Plantadas.

      Do ponto de vista econômico e social, o setor tem destacado a possibilidade de contribuir com a recuperação das pastagens degradadas junto da produção, além de também oferecer a inclusão social. “Não são as grandes empresas que dominam os plantios florestais, são pequenos e médios produtores”, explica Maugeri.

      Na oportunidade Hartung destacou os dados do setor no Brasil. “Hoje temos no país 1.300.000 proprietários que cultivam madeira e são fornecedores dos diversos arranjos produtivos. Nossa área de plantio é de 9.9 milhões de hectares. Além dessa área de plantio, temos em nossas fazendas 6.6 de área conservada”, disse.

      O Brasil lidera como o maior exportador de celulose. Em 2023, a cadeia produtiva exportou 18 milhões de toneladas. Já como produtor, o país ocupa a segunda posição, atrás somente dos Estados Unidos.

      “Nós temos falado da importância do Ministério da Agricultura assumir o protagonismo dessa cadeia produtiva tão forte no Brasil. E isso mitiga o principal desafio que temos que é o desmatamento”, pontuou a secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo, Renata Miranda.

      “Acho que é um setor extremamente promissor, que vive um bom momento e que vamos trabalhar juntos. As câmaras setoriais são uma das coisas mais valiosas que temos aqui no Ministério da Agricultura. São pessoas bem capacitadas que se dedicam e trabalham voluntariamente para que a gente possa dar as diretrizes nas políticas públicas”, destacou o ministro Fávaro.

      “Que juntos, a gente consiga promover esse setor”, finalizou Maugeri.

      O que são florestas plantadas?

      Florestas plantadas são áreas reflorestadas por meio de plantio de mudas cultivadas. A prática tem objetivo de recuperar uma área degradada atendendo a um plano de manejo sustentável.

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      Exclusiva – Setor florestal de Minas Gerais é impactado pelo aumento da entrada de aço chinês no Brasil

      Presidente da AMIF comenta sobre impactos diretos e indiretos na economia do estado, causados com a chegada do aço com valor abaixo do mercado nacional; Instituto Aço Brasil diz que “não há no cenário, qualquer sinal que permita prever melhora nos próximos meses”

      No último ano, diante da desaceleração da economia de países asiáticos, o Brasil recebeu uma grande oferta de aço produzido principalmente na China com valores abaixo do mercado nacional. A entrada e a comercialização deste grande volume tem impactado significativamente o setor siderúrgico do país, uma vez que ao ser importado com alíquotas vantajosas frente a outros mercados, como europeu e norte americano, o custo final do produto chega com valores bem reduzidos, quando comparados ao aço nacional que possui um cabedal de obrigações e encargos que os concorrentes não possuem. Isso tem levado a uma preocupante redução na produção do aço e do ferro gusa no país, ocasionando consequentemente reduções expressivas no número de empregos no setor, bem como de Minas Gerais – líder nacional – afetando diretamente a economia do estado.

      O estado abriga empresas como ArcelorMittal, Aperam, Vallourec, Gerdau e Usiminas, por exemplo, grandes players do segmento. Os impactos atingem principalmente as cadeias produtivas diretamente interligadas a produção do aço, como a de carvão vegetal e florestas cultivadas e seus desdobramentos econômicos e sociais.

      Crédito imagem: Instituto Aço Brasil.

      É notória a dedicação da indústria nacional em projetos de descarbonização e compliance para entregar um produto final especializado, seguro e com performance garantida, atendendo todas as múltiplas exigências legais e tributárias. Na contramão, uma boa parcela do aço importado está trazendo consigo uma carga “invisível” e preocupante que serve de alerta para os consumidores e governos nacionais: uma forte emissão de carbono em sua produção e transporte até o Brasil, aliado as públicas condições questionáveis de trabalho utilizados no processo produtivo.

      Segundo especialistas do tema, para lidar com essa situação, é necessário que o governo adote medidas de proteção à indústria nacional, que controlem com inteligência a importação de aço, bem como medidas já conhecidas e indicadas pela Organização Mundial de Comércio para melhor controle do fluxo de produtos em fronteiras – práticas já adotadas por outros países em situações semelhantes. Além disso, manter investimentos em tecnologia e inovação, agregados à sustentabilidade, são fundamentais para aumentar a competitividade do setor no longo prazo.

      Diante de uma grande oferta de produção, é compreensível a movimentação dos países asiáticos para escoamento de seus produtos, porém, será determinante neste jogo a reação dos mercados internos destes para a retomada de um equilíbrio que torne mais saudável a relação e proporção do aço ofertado em nosso país.

      O Mais Floresta (www.maisfloresta.com.br), falou com Adriana Maugeri, presidente da Associação Mineira da Indústria Florestal (Amif) e presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Florestas Plantadas do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), sobre como os impactos do aço importado mais barato no mercado, tem afetado socioeconomicamente a região e os segmentos do setor de base florestal do estado, detentor da maior área cultivada de florestas plantadas do Brasil.

      Adriana Maugeri. Crédito imagem: AMIF.

      O setor siderúrgico está suspendendo investimentos em produção no Brasil por causa da concorrência do aço da China, grandes empresas do setor já anunciaram efeitos sobre empregos. Com isso, produtores de carvão vegetal e de florestas de eucalipto também são afetados?

      Sendo Minas Gerais um polo produtivo de plantio e produção de madeira, com a redução da demanda por aço nacional, houve uma queda na produção de carvão vegetal. Esta reação apresenta efeitos em cadeia, inclusive influenciando o preço da madeira em pé, até em outros estados.

      Considerando que em MG a produção de carvão vegetal é prioritariamente conduzida por pequenos e médios produtores, a redução da demanda pelo produto, acarreta diretamente uma dificuldade em manutenção de suas estruturas e mão de obra.

      Este cenário traz reflexos econômicos diretos nas economias de mais de 800 municípios mineiros que percebem uma redução na circulação de renda, advinda destes produtores que alimentam a dinâmica econômica local. Menos dinheiro circulando, maior déficit nas contas municipais e maiores os pedidos de ajuda destas localidades ao Estado e à União.

      Quais medidas poderiam ser tomadas para arrefecer o panorama atual com o aumento da oferta do aço estrangeiro no mercado brasileiro?

      A indústria brasileira vem se preparando para a produção de um aço mais sustentável com novos investimentos e expansões, teve a sua atualização de preço que estava defasado há anos, chegando a um valor equilibrado para o produto ofertado. A produção de carvão vegetal para utilização como bioredutor teve um cenário de aquecimentos nos últimos três anos, inclusive. Porém com a desaceleração econômica principalmente chinesa, surgiu uma situação desconfortável – e também perigosa para o mundo inteiro –, onde é preciso escoar sua produção que não é consumida pelo mercado interno.

      É como se fosse um delicado jogo de tabuleiro. Não se trata de forma alguma de criar mecanismos que prejudiquem os países que estão exportando sua produção. Por exemplo, a China possui parcerias importantes com nosso país sendo inclusive o maior consumidor de grande parte de nossos produtos, por isso, questões de aumentos de alíquotas de impostos precisam ser bem avaliadas por entidades ligadas ao setor, junto ao Governo, para evitar atitudes “às cegas”. Podem temporariamente reduzir o desequilíbrio, mas podem na sequência apresentar efeitos colaterais mais danosos, inclusive.

      Especialistas alertam que não estão disponíveis para o governo brasileiro apenas o aumento de alíquotas de impostos e estímulo de consumo interno, como “remédios” para este caso. O Brasil já vem fazendo esses estímulos de consumo internos nos últimos 50, 60 anos, e funcionam por um período pequeno, mas depois a “conta” do endividamento chega. Existem inúmeras formas de proteger com sabedoria a indústria nacional, não somente de aço que está enfrentando esta dificuldade.

      Um dos exemplos do que vem sendo regulamentado na Europa, é a taxação de ajuste de carbono em fronteira, onde, de forma resumida os produtos importados que são maiores emissores de gases de efeito estufa que os produtos do país importador, são submetidos à taxações que promovam o equilíbrio de contas em suas emissões antes de sua entrada e disponibilização.

      Em relação à produção de carvão vegetal no estado, qual o cenário atual no segmento, com o aumento da oferta do aço importado no mercado?

      O que é necessário hoje não se trata de um protecionismo “seco e frio” da indústria nacional, como já vimos o Brasil fazer em décadas passadas. Entendo que o setor, bem como os outros ligados à siderurgia, fazem um pleito de concorrência leal. Não se compara a composição de custos do aço nacional e do importado, suas exigências e processos produtivos são diferentes. O custo Brasil é nosso cabedal de obrigações, que eles não possuem. É compreensível então, o custo deste ser menor que o aço brasileiro, mas a reflexão necessária, e que poucos têm na hora da decisão de compra, não somente do aço, é: considerando que não existe milagre produtivo, como este produto consegue chegar aqui no Brasil neste valor? O que está em jogo?

      Vale ressaltar que produzir o aço verde, ou o aço mais sustentável, custa muito investimento (pesquisa, inovação, escala, especialização, desafios), tudo tem um alto preço, entretanto fico pensativa se a indústria que pleiteia por este aço, busca utilizar em seus produtos um aço com menor emissão de gases de efeito estufa, por exemplo, e com isso ofertar um produto final mais sustentável, se está disposta a pagar por esta conta que não é básica.

      A opção pelo carvão vegetal no processo produtivo do aço, por exemplo, não é uma escolha pelo mais barato, longe disto. Hoje, ainda o carvão mineral é mais competitivo na maior parte das decisões, porém o que está em jogo não é mais somente o custo da matéria prima. É o valor agregado ao produto final que ela apresenta. Na sociedade cada vez mais exigente por produtos menos emissores, não é mais uma opção, é a escolha diferencial.

      O setor

      Segundo o Instituto Aço Brasil – entidade que representa as empresas produtoras de aço no Brasil –, a siderurgia emprega 127 mil brasileiros diretamente, alcançando 3 milhões de vagas se considerada toda a cadeia do setor e os empregos indiretos e induzidos. Ao todo, o país tem 31 fábricas em operação em 9 Estados, espalhados em 4 regiões do país – mais de 20 estão em Minas Gerais. Essa massa de trabalho garante força ao setor na mesa de negociações com o governo.

      Cultura agrícola de florestas plantadas x produção de aço

      A produção de florestas cultivadas em Minas Gerais tem um papel importante na promoção da sustentabilidade e no desenvolvimento econômico do Brasil. A produção de aço e a preservação das florestas são duas áreas distintas, mas se interligam para a produção do insumo do metal. Por exemplo, o setor siderúrgico pode utilizar madeira proveniente de florestas plantadas de forma sustentável para a produção de carvão vegetal, que é um insumo essencial na fabricação de aço, do ferro gusa e de ferro liga. Dessa forma, a produção florestal contribui para a manutenção e expansão das áreas florestais, ao mesmo tempo em que fornece em larga escala a matéria-prima para a indústria do aço em Minas Gerais.

      Setor siderúrgico – Paralisações e demissões

      Recentemente por exemplo, a Usiminas abafou o alto-forno 1 da planta de Ipatinga em virtude da crescente importação de aço, sobretudo, do mercado chinês, e em comunicado recente, informou que poderá em breve abafar o alto-forno 2. A Aperam postergou investimentos que faria em Timóteo. Já a ArcelorMittal prolongou a parada técnica programada para três usinas, incluindo a de Juiz de Fora. E a Gerdau realizou demissões e paralisou algumas unidades no País, sendo que, em Minas Gerais, apenas a de Ouro Branco está com produção normalizada.

      Produção de carvão – Produção x mão de obra mais barata

      Minas Gerais também é o maior produtor e consumidor mundial de carvão vegetal. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado responde por 87,7% do volume nacional. De acordo com a dirigente Adriana, mais de 80% da produção é consumida no Estado, por causa do relevante parque siderúrgico. O restante do que é produzido vai para outros estados, sendo utilizado tanto como fonte de calor quanto como biorredutor. Se a produção de aço diminui, automaticamente, empregos também, gerando um ciclo de desemprego e redução da circulação de renda nos municípios.

      Setor base florestal – Impactos

      No que diz respeito ao setor florestal, é preciso considerar a influência e impactos do aumento da oferta do aço chinês mais barato. Minas atualmente é o maior produtor de florestas cultivadas do Brasil, com 2,3 milhões de hectares e 1,3 milhão de reserva florestal de mata nativa conservada. Perante tamanha representatividade, a indústria madeireira é prejudicada em diferentes áreas, principalmente como fornecedora de madeira para produção de carvão vegetal, entre outras (embalagens, paletes, etc) cujas demandas podem diminuir devido à redução da produção no setor siderúrgico, impactando também nos empregos e economia local.

      Crédito imagem: AMIF.
      Crédito imagem: AMIF.

      Exportações chinesas

      Nas exportações, em 2023 a China exportou 90 milhões de toneladas de aço acabado – o maior desde 2016 – e o Brasil foi o sétimo principal destino dos embarques. Afetando mercados de CSN, Usiminas, Gerdau e outras produtoras locais, mais de 2,5 milhões de toneladas oriundas do país asiático, de um total de 4,4 milhões. Se somar produtos semiacabados, as usinas chinesas despacharam próximo de 3 milhões de toneladas ao Brasil – 60% do total que entrou no país.

      Providências do governo

      As medidas tomadas pelos produtores de aço engrossaram o pleito do setor por isonomia. Eles alegam que a concorrência com as fabricantes chinesas é desleal. As produtoras brasileiras, por meio do Instituto Aço Brasil, almejam como um das providências para análise, o aumento da alíquota de importação de aço de 9,6% para 25%, o mesmo percentual adotado por outros países como os Estados Unidos, visando proteger a indústria siderúrgica nacional.

      As siderúrgicas e as indústrias que compram o aço travam guerra em torno do pedido de aumento da taxação do produto estrangeiro importado. De um lado, as produtoras afirmam que o aço da China vai “abocanhar” grande parte do mercado com preços predatórios, já as fabricantes de produtos de aço alegam que esse aumento vai prejudicar a cadeia produtiva e pode frear a industrialização do país.

      Cinco produtos de aço que tiveram as tarifas de importação reduzidas em 2022 voltarão a pagar as alíquotas originais para entrar no país. O Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex-Camex) aprovou a medida no início de fevereiro, em Brasília, atendendo parcialmente a pedidos dos produtores nacionais, que alegavam concorrência desleal.

      Há dois anos, o governo rebaixou unilateralmente em 10% o Imposto de Importação de uma série de insumos industriais. Segundo a Gecex-Camex, a decisão representa uma recomposição. O órgão continua a analisar pedidos para restaurar a alíquota de outros produtos abrangidos pela redução das tarifas.

      Os cinco produtos que pagarão mais para entrar no país são:

      • Barras de ferro ou aço não ligado, a quente, dentadas, com nervuras, sulcos ou relevos, obtidos durante a laminagem, ou torcidas após laminagem;
      • Tubos e perfis ocos, sem costura, de ferro ou aço, dos tipos utilizados em oleodutos ou gasodutos;
      • Tubos de ligas de aços, não revestidos, sem costura, para revestimento de poços;
      • Tubos soldados, de seção circular, de ferro ou aço não ligado;
      • Tubos soldados, de seção quadrada ou retangular.

      Segundo a Gecex-Camex, o Imposto de Importação de um desses produtos subirá de 10,8% para 12%. A tarifa sobre dois itens passará de 12,6% para 14%. Para os dois produtos restantes, aumentará de 14,4% para 16%. O órgão não detalhou qual alíquota cabe a cada produto. Apenas ressaltou que as tarifas retornarão para a Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul.

      Ao Mais Floresta, o Instituto Aço Brasil informou que “durante todo esse período, foi demonstrado por que é necessário que se eleve, em caráter emergencial e temporário,  a tarifa de importação de aço de 18 NCMs, de 273 existentes, para 25%, ante os 10,8% praticados atualmente para a maioria dos produtos. Restou comprovado que qualquer patamar inferior a esse é insuficiente para fazer frente ao ataque do aço estrangeiro, uma vez que grandes mercados, como Estados Unidos, 27 países da União Europeia, Reino Unido e México, já impuseram barreiras de 25%. Se o Brasil estabelece patamar menor, vai continuar sendo destino preferencial de exportadores de aço que adotam práticas desleais”.

      “Com produção de 31,9 milhões de toneladas em 31 unidades em 2023 (nove das quais em Minas Gerais), a indústria de aço brasileira tem papel prioritário e estratégico no país, garantindo a segurança energética, alimentar e nacional. É constituída de empresas modernas, inovadoras e competitivas. Movimenta 3 milhões de empregos na cadeia, investe R$ 12 bilhões por ano em modernização e inovação, promove desenvolvimento, e paga mais de R$ 30 bilhões em tributos. Se não contida, a importação vai acelerar a transferência dessa geração de riqueza para outros países, mais usinas vão fechar, outros empregos serão eliminados e há grande risco de faltar aço.”

      – Instituto Aço Brasil.

      Investigação de Dumping

      A pedido da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), o Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) abriu uma investigação na última sexta-feira (01/03) para apurar a existência de dumping – exportação de um produto a preço inferior ao de fabricação para conquistar fatia expressiva de mercado – de aço da China. A apuração pode durar até 18 meses. Leia a íntegra da circular (PDF – 5MB).

      No documento, o governo informa que vai investigar se as exportações de folhas metálicas de aço carbono, ligado ou não ligado, de qualquer largura com espessura inferior a 0,5 mm causam danos à indústria nacional.

      Previsões segundo a indústria

      Segundo informa o Instituto Aço Brasil, a indústria brasileira do aço busca, desde meados de 2023, sensibilizar o governo sobre a crítica situação criada pela elevação das importações de aço, que têm acelerado devido a práticas comerciais predatórias e desleais por parte dos exportadores. Em 2023, as importações cresceram 50%, para 5 milhões de toneladas, ou 18,6% do consumo de aço do país.

      Crédito imagem: Agência Brasil.

      Ao longo dos últimos meses, representantes do Instituto participaram de várias reuniões técnicas com representantes do governo, inclusive ministros de Estado, apresentando a realidade do setor e como as importações têm impactado a produção e a venda, levando as siderúrgicas a reduzir, de forma preocupante o uso de sua capacidade instalada para os atuais 60%. E não há, no cenário, qualquer sinal que permita prever melhora nos próximos meses.

      Escrito por: redação Mais Floresta.

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      Presidente da AMIF é nomeada presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Florestas Plantadas do MAPA

      A presidente da AMIF, Adriana Maugeri, foi nomeada nesta última quinta-feira (8), pelo Ministro Carlos Fávaro, como a nova presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Florestas Plantadas do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). É a primeira vez que uma mulher assume este posto.

      Para Adriana Maugeri, essa é uma oportunidade única e estratégica para promover a necessária integração e o desenvolvimento de parcerias em prol do fortalecimento das múltiplas cadeias produtivas da agroindústria florestal brasileira.

      “O nosso objetivo na presidência da Câmara Setorial será ampliar e direcionar a voz e a força das cadeias produtivas do nosso setor, desenvolvendo com estratégia as necessárias alianças que compactuem com a urgente necessidade de dar amplitude ao desenvolvimento da economia verde nacional por meio do seu maior vetor na atualidade, as florestas produtivas”, destaca.

      Ainda de acordo com Adriana Maugeri, a nomeação no MAPA representa a conquista de credenciais frente à lideranças nacionais e internacionais que discutem questões sensíveis, como ao mitigação dos efeitos das mudanças climáticas e a ampliação do acesso à renda e à dignidade humana, dois produtos indiscutíveis da agroindústria florestal brasileira.

      Reconhecimento

      A nomeação destaca a importância do setor de florestas plantadas no contexto agrícola e econômico do país. A Câmara Setorial tem como objetivo promover o diálogo entre os diversos agentes envolvidos na cadeia produtiva, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e a competitividade do setor. A nomeação da Presidente da AMIF para essa posição demonstra o reconhecimento de sua experiência e liderança no setor de florestas plantadas.

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      AMIF celebra Acordo de Cooperação Técnica com Governo de MG para o desenvolvimento das cadeias produtivas da agroindústria de florestas plantadas

      A AMIF publicou nesta última quarta-feira (07), em suas redes sociais, que assinou junto ao Governo de Minas Gerais um Acordo de Cooperação Técnica, com o objetivo de promover o desenvolvimento das cadeias produtivas da agroindústria de florestas plantadas.

      O Acordo visa impulsionar a geração de empregos e renda por meio do desenvolvimento econômico do estado de Minas Gerais de forma sustentável.

      Além disso, o Acordo pretende aliar a estrutura de planejamento e construção das políticas públicas da Administração Direta com a expertise e aproximação do mercado proporcionada pela AMIF e suas 25 empresas associadas.

      A assinatura do Acordo entre a AMIF e o Governo de Minas foi feita com intermédio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (SEDE) e da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SEAPA).

      Sobre a AMIF

      A Associação Mineira da Indústria Florestal (AMIF) representa as principais empresas do setor de florestas plantadas de Minas Gerais, incluindo as maiores siderúrgicas e ferroligas a carvão vegetal, bem como indústrias de celulose, papel, painéis, chapas, produtos sólidos de madeira, TIMOs (Timberland Investment Management Organization) e reflorestadoras.

      Tais empresas exercem atividades ambientalmente sustentáveis, promovem a geração de empregos e contribuem para a economia nacional e internacional. Minas Gerais é líder mundial em produção e consumo de carvão vegetal, além de possuir a maior área de florestas plantadas no Brasil (2,3 milhões de hectares), sendo essas florestas a maior cultura agrícola do Estado. Site: http://www.amif.org.br

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