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Ferbasa e Aperam criam empresa para explorar bioenergia

Objetivo é ampliar a competitividade no setor florestal e garantir o suprimento de redutor renovável

A Ferbasa se associou à Aperam Inox América do Sul, empresa controlada pelo grupo ArcelorMittal, para constituição da Bahia Minas Bioenergia Ltda., sediada no estado de Minas Gerais e que terá como propósito específico realizar aquisição de imóveis rurais para exploração da cultura do eucalipto e outras espécies florestais equivalentes.

A empresa baiana informa que, objetivando ampliar sua competitividade no setor florestal e garantir o suprimento de redutor renovável, firmou com Aperam Bioenergia um contrato de fornecimento de carvão, com prazo de 35 anos, envolvendo um volume mínimo de 20 mil toneladas anuais a partir de 2024.

De acordo com a Aperam, a associação com a Ferbasa está em linha com sua estratégia de aumentar em 20% suas operações florestais existentes e expandir para novos modelos de negócio com foco na transição energética.

As operações da Aperam Bioenergia estão localizadas no Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais, e têm capacidade para produzir anualmente 450 mil toneladas de carvão vegetal proveniente de florestas renováveis.

“A parceria também permite à Aperam otimizar e aumentar ainda mais a produção de carvão vegetal – uma fonte de energia renovável e sustentável baseada em biomassa que já está evitando a emissão de 700 mil toneladas de CO2 por ano. A expansão também permitirá à BioEnergia desenvolver significativamente novos modelos de negócios associados à energia renovável e à descarbonização global”, informa a Aperam.

Informações: Brasil Mineral.

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Arauco promove encontro com a comunidade de Inocência e aponta planejamento para o próximo ano

Balanço das ações realizadas neste ano e perspectivas para 2024 foram tratados em reuniões com a Prefeitura Municipal, Câmara de Vereadores e comunidade

Referência global nos setores de celulose, produtos de madeira, reservas florestais e bioenergia, a Arauco apresentou nessa terça-feira, 19/12, em reuniões com lideranças da sociedade civil e representantes da Prefeitura Municipal e da Câmara de Vereadores de Inocência (MS), as ações desenvolvidas ao longo de 2023 e perspectivas para 2024 com foco no Projeto Sucuriú, primeira fábrica de celulose da empresa no Brasil. Em mais uma edição do Encontro Aberto com a Comunidade, a empresa prestou esclarecimentos sobre sua atuação e apontou o cronograma para os próximos anos, além de anunciar o plano estratégico com ações que visam o desenvolvimento socioambiental na região.

“É importante que todos os moradores da cidade estejam envolvidos e conheçam cada etapa do nosso planejamento. A atuação conjunta com os governos do Estado e do município, com entidades do Sistema S e lideranças locais têm proporcionado um direcionamento de como podemos avançar. Enquanto aguardamos a licença ambiental, trabalhamos com foco em conhecer a realidade local e, assim, traçar um planejamento que permita que o crescimento da cidade aconteça em harmonia com as demandas que a indústria irá trazer, induzindo o desenvolvimento local de maneira inclusiva e equilibrada e construindo um legado positivo na região”, disse o gerente executivo de ESG & Relações Institucionais da Arauco, Theófilo Militão.

Na apresentação, os participantes puderam conhecer os principais marcos da Arauco na região desde a assinatura do termo de acordo, em julho de 2022, para instalação do Projeto Sucuriú. Entre as ações realizadas pela empresa, Militão destacou as capacitações educacionais e profissionalizantes realizadas em Inocência e região; a audiência pública para apresentação do Relatório de Impacto Ambiental (RIMA); as reuniões mensais de alinhamento realizadas para garantir a infraestrutura necessária na cidade e no Estado para que a indústria possa se instalar e colaborar para o crescimento sustentável da região, entre outras iniciativas.

Presente nos encontros, o prefeito municipal Antônio Ângelo Garcia, trouxe um panorama das mudanças que a cidade tem vivido nos últimos meses. “Inocência já vem apresentando um crescimento não apenas pelo anúncio da chegada da Arauco, mas pela presença de outras indústrias na região, com trabalhadores que já atuam em áreas de plantio e movimentam a nossa cidade”, afirmou. Toninho reforçou o compromisso da Prefeitura para priorizar o ordenamento a partir do Plano Estratégico de Organização Territorial (PEOT), que colabora com a evolução de Inocência de forma estruturada.

Com previsão de início das obras em 2025 e operação em 2028, o Projeto Sucuriú estará localizado a 50km do centro da cidade de Inocência. No pico das obras, o contingente de trabalhadores deve chegar a 12 mil pessoas, que ficarão abrigadas em um alojamento centralizado, próximo à indústria, minimizando, desta forma, os impactos no dia a dia da cidade. “Atualmente apenas os trabalhadores da área florestal estão alojados na região, em estrutura localizada na entrada da cidade e distante do centro urbano. Somente com a obtenção da licença ambiental poderemos planejar as obras. A partir disso o volume de contratação deve aumentar, porém de forma faseada e planejada, já utilizando o alojamento centralizado da empresa”, explicou Theófilo Militão.

Para o alojamento, a Arauco prevê uma estrutura completa de moradia e lazer, centro médico para atendimento de emergências de média/alta complexidade, área de serviços, refeitórios, entre outras estruturas. O alojamento deve concentrar colaboradores próprios, terceiros, fornecedores e parceiros que não sejam moradores da cidade.

Dentre as medidas elencadas para 2024, a Arauco anunciou que estruturará um Plano Estratégico que contempla diferentes áreas, desenvolvido a partir de estudos feitos com a comunidade local de forma a apontar iniciativas que promovam a transformação social, econômica, cultural e ambiental de Inocência. “O plano irá possibilitar a pactuação de ações de curto, médio e longo prazo com a sociedade local”, finalizou Militão.

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Lançada na COP norma técnica que fortalecerá manejo florestal feito por madeireiras de Mato Grosso

Uma das mais recentes ações na COP 28, a conferência do clima, feita pela ONU, em Dubai, foi o lançamento da norma 1020 da ABNT, que irá dará mais força e valorizar o manejo florestal sustentável, feito por indústrias do setor madeireiro de Mato Grosso para extração seletiva de árvores, com a sistematização do processo de rastreabilidade. O trabalho teve o apoio da Associação Brasileira de entidades de Meio Ambiente, da qual a secretária de Meio Ambiente de Mato Grosso, Mauren Lazzaretti é presidente. Esta norma vai ajudar a promover a valorização do produto florestal de origem nativa e fortalecer a economia a partir da floresta.

O presidente da ABNT, Mário Esper, explicou que essa norma técnica brasileira vai servir de base para um regulamento internacional, ou seja, essa prática será respeitada mundialmente. O presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso, Silvio Rangel, participou do evento e solicitou ao presidente a criação de uma certificação para quem atende a essas normas e ambas as instituições assinarão um acordo de cooperação para a realização deste trabalho. A reivindicação foi feita a pedido do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (CIPEM).

Ainda na COP, Silvio Rangel, destacou na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), em Dubai, as ações da indústria brasileira e mato-grossense que contribuem para a consolidação do segmento como exemplo de economia verde. “A indústria já reconheceu a importância dessa agenda climática para o mundo e tem investido cada vez mais em modernização da sua produção aliada a técnicas ambientalmente corretas, estamos transformando os desafios de sustentabilidade em oportunidades de negócios. Temos orgulho de dizer que somos, sim, exemplo para o mundo, produzindo, gerando desenvolvimento econômico e social com sustentabilidade”, afirmou Silvio.

Ele citou o exemplo das indústrias de bioenergia, que são exemplos de economia circular. Na produção de etanol ou biodiesel, nada se perde. Essas indústrias não produzem apenas o biocombustível, mas vários outros produtos, como energia elétrica e ração animal, entre outros. “Em um mundo digitalizado como o nosso, a tecnologia e a inovação têm, cada vez mais, papel essencial na construção do futuro da bioeconomia. Foi muito graças a inovação e a o desenvolvimento tecnológico que o Brasil se tornou um dos maiores produtores de etanol no mundo e tem a chance de ser protagonista mundial nesta transição energética. Em Mato Grosso, por exemplo, o que vimos nos últimos anos foi uma revolução na nossa atividade. De uma indústria que entrega biocombustível e açúcar, para um setor que gera energia elétrica renovável, está fortalecendo a cadeia de alimentos e supre de carbono setores onde a descarbonização ocorre em um ritmo mais lento”, afirmou, através da assessoria.

Informações: Só Notícias.

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Setor de árvores cultivadas bate recordes de receita, produção e exportação, aponta novo Relatório da Ibá

Lançado em reunião com o ministro da Fazenda, material aponta série de recordes do setor de árvores cultivadas, incluindo R$ 260 bilhões em receita

O novo Relatório Anual da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) foi lançado nesta sexta-feira, 17, em reunião com o ministro da Fazenda. Na ocasião, Haddad recebeu o relatório do presidente da entidade, Paulo Hartung. O documento aponta que o setor de árvores cultivadas acumulou uma série de recordes, entre receita, produção, exportação e geração de bioenergia. Com dados referentes ao ano de 2022, o documento, produzido pela primeira vez em parceria com a ESG Tech, aponta que o setor que planta árvores para fins industriais teve receita de R$ 260 bilhões, crescimento de 6,3% sobre o ano anterior.

As empresas de base florestal produziram 25 milhões de toneladas de celulose, 11 milhões de toneladas de papel, números mais altos já registrados pelo anuário da entidade, além de 8,5 milhões de m³ de painéis de madeira.  Preservando seu posto como maior exportador de celulose do mundo, o Brasil bateu recorde de exportação, com 19,1 milhões de toneladas. O setor também vendeu no mercado externo 1,5 milhão de m³ de painéis de madeira, 2,5 milhões de toneladas de papel, maiores números já registrados até hoje. As vendas geraram divisas no montante de US$ 14,3 bilhões ao País, outro recorde de acordo com a série histórica do setor.

Tais recordes se refletem na ampla carteira de investimentos do setor, no montante de R$ 61,9 bilhões até 2028. Desse total, R$ 22,2 bilhões estão sendo investidos na nova fábrica da Suzano, em Ribas do Rio Pardo (MS). Com capacidade para produção de 2,55 milhões de toneladas de celulose por ano, a fábrica deve entrar em 2024.

Para produzir mais de 5 mil bioprodutos, como celulose, embalagens de papel, papel higiênico, pisos laminados, móveis, entre outros, o setor já planta, colhe e replanta árvores em 9,94 milhões de hectares no Brasil, expandindo-se principalmente sobre áreas previamente degradadas ou com baixa produtividade. O eucalipto segue como a cultura mais difundida nas áreas de cultivo, abrangendo 7,6 milhões de hectares (76%), seguido pelo pinus, com 1,9 milhão de hectares (19%).

Entre os estados, Minas Gerais continua liderando em extensão de áreas plantadas, com 2,2 milhões de hectares (29%), seguido por Mato Grosso do Sul, com 1,1 milhão (15%) e São Paulo, que mantém 1 milhão de hectares de áreas de cultivo (13%).

Além disso, o setor agora conserva outros 6,73 milhões de hectares de mata nativa, uma área maior que o estado do Rio de Janeiro, aumento de cerca de 10% com relação ao ano anterior.

Em técnica de manejo sustentável chamada mosaico florestal, as áreas de preservação são integradas com os cultivos produtivos, regulando o fluxo hídrico e beneficiando a biodiversidade. Segundo o relatório, entre áreas preservadas e produtivas, o setor já estoca 4,8 milhões de toneladas de CO2 equivalente, contribuindo com a mitigação da crise climática.

Aprofundando-se na rota da descarbonização, o setor já gera 86% de toda energia que consome a partir de fontes renováveis, principalmente a partir do licor preto, um subproduto da fabricação de celulose.

Essa circularidade também está presente no pós-uso dos produtos do setor. Segundo dados da Ibá e IBRE/FGV, o índice de reciclagem das aparas de papel ficou em 69,9%. Quando considerado apenas o papel para embalagem, este número é de 75,8%, colocando o setor de papel brasileiro entre os maiores recicladores globais do produto.

“Vivemos um cenário de turbulências climáticas, geopolíticas e econômicas. Uma realidade complexa que também ecoa no Brasil. Mas, além de constatar e enfrentar desafios, é preciso que enxerguemos as oportunidades de cada tempo e saibamos aproveitá-las. Nesse processo, é fundamental ter em mãos as bússolas dos bons caminhos. Este Relatório Anual da Ibá é um verdadeiro mapa de saídas, rumos, alternativas e sinalizações para a travessia socioeconômica e ambiental que se impõe ao Brasil e ao planeta”, afirma Paulo Hartung, presidente da Ibá.

O documento também aponta que o setor gerou 2,6 milhões de empregos diretos e indiretos no Brasil em 2022, segundo dados RAIS & ESG Tech. Atestando sua responsabilidade socioambiental com colaboradores, comunidades e seu impacto sobre a natureza, as empresas de base florestal são certificadas por respeitados esquemas internacionais, como o FSC e PEFC, algumas há mais de 20 anos. Segundo o Relatório, as áreas certificadas do setor tiveram um considerável salto de 7,5 milhões de hectares em 2021 para 9,1 milhões de hectares em 2022.

O material completo pode ser encontrado nas versões português e inglês aqui.

SOBRE A IBÁ

A Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) é a associação responsável pela representação institucional da cadeia produtiva de árvores plantadas, do campo à indústria, junto a seus principais públicos de interesse. Lançada em abril de 2014, representa 48 empresas e 10 entidades estaduais de produtos originários do cultivo de árvores plantadas – painéis de madeira, pisos laminados, celulose, papel, florestas energéticas e biomassa -, além dos produtores independentes de árvores plantadas e investidores institucionais.

Por: Ibá.

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