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Ferbasa e Aperam criam empresa para explorar bioenergia

Objetivo é ampliar a competitividade no setor florestal e garantir o suprimento de redutor renovável

A Ferbasa se associou à Aperam Inox América do Sul, empresa controlada pelo grupo ArcelorMittal, para constituição da Bahia Minas Bioenergia Ltda., sediada no estado de Minas Gerais e que terá como propósito específico realizar aquisição de imóveis rurais para exploração da cultura do eucalipto e outras espécies florestais equivalentes.

A empresa baiana informa que, objetivando ampliar sua competitividade no setor florestal e garantir o suprimento de redutor renovável, firmou com Aperam Bioenergia um contrato de fornecimento de carvão, com prazo de 35 anos, envolvendo um volume mínimo de 20 mil toneladas anuais a partir de 2024.

De acordo com a Aperam, a associação com a Ferbasa está em linha com sua estratégia de aumentar em 20% suas operações florestais existentes e expandir para novos modelos de negócio com foco na transição energética.

As operações da Aperam Bioenergia estão localizadas no Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais, e têm capacidade para produzir anualmente 450 mil toneladas de carvão vegetal proveniente de florestas renováveis.

“A parceria também permite à Aperam otimizar e aumentar ainda mais a produção de carvão vegetal – uma fonte de energia renovável e sustentável baseada em biomassa que já está evitando a emissão de 700 mil toneladas de CO2 por ano. A expansão também permitirá à BioEnergia desenvolver significativamente novos modelos de negócios associados à energia renovável e à descarbonização global”, informa a Aperam.

Informações: Brasil Mineral.

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Exclusivo – Maior termelétrica do Brasil em geração a partir de múltiplas biomassas, começa a ser construída no interior de SP

Com investimento superior a meio bilhão de reais, a UTE Cidade do Livro, do Grupo IBS Energy, está sendo construída em Lençóis Paulista (SP)

No dia 30/11, em Lençóis Paulista (SP), foi dado início da construção da maior termelétrica do Brasil voltada para a geração de energia renovável por meio de múltiplas biomassas, a Usina Termelétrica Cidade do Livro, do Grupo IBS Energy. O empreendimento ‘verde’, que recebeu investimentos na ordem de R$ 650 milhões, foi o único a vencer primeiro leilão de reserva de capacidade da ANEEL, em 2021. A cerimônia que marcou o início das obras na cidade, contou com a presença do CEO do Grupo IBS Energy, Luiz Mello, do diretor de Sustentabilidade da companhia, Murillo Gallido, prefeito Anderson Prado, além de membros do Governo de São Paulo, autoridades e empresários locais. 

Autoridades durante ato simbólico de lançamento das obras da UTE Cidade do Livro.

“Lençóis Paulista possui uma grande oferta de biomassa e resíduos oriundos das empresas que ali estão instaladas. Além disso, a região apresenta ótima infraestrutura logística. O apoio do poder público local e a receptividade da comunidade, também foram fatores determinantes na escolha da cidade como berço da nossa termelétrica”, informa Luiz Mello, CEO do Grupo IBS Energy, sobre a escolha de Lençóis Paulista para a instalação da unidade.

Entrevista com CEO do Grupo IBS Energy, Luiz Mello, deputado federal Arnaldo Jardim, e prefeito de Lençóis Paulista, Anderson Prado. Créditos: Acontece na Região.

A UTE Cidade do Livro é o primeiro projeto do Grupo IBS Energy em geração própria, que será comercializada no mercado livre de energia elétrica. O projeto possui todas as condições necessárias, com contratos assinados com a CEETEP e CPFL referente a linha de distribuição e ponto de conexão para o despacho da energia. A operação comercial está prevista para julho de 2026.

“O Brasil conta com uma matriz energética sustentável, com 83% de fontes renováveis. Devido a urgência de se fazer a transição para uma energia de baixo carbono, precisamos investir fontes naturais e que ofereçam segurança energética. Esse é o primeiro projeto com essas características e escala no Brasil, diversas inovações em seus processos, capazes de trazer inovação e desenvolvimento do ponto de vista econômico e ambiental”, finaliza Luiz Mello.

Capacidade e área de instalação

A planta contará com 80 MW de capacidade instalada, o suficiente para abastecer uma cidade de 1 milhão de habitantes. Sua instalação está sendo realizada em uma área de 146 mil m2, e irá movimentar para o seu abastecimento uma área equivalente a 20 mil hectares de floresta plantada de eucalipto. Com a queima direta de biomassa em caldeira a vapor, a planta deverá gerar 250 ton/h de vapor, operando com dois geradores de 40 MW, cada. 

Vista aérea da área de construção – em fase de terraplanagem – da UTE Cidade do Livro.

Insumos para a biomassa

O bagaço e a palha da cana de açúcar, bem como o cavaco de madeira, estão entre os principais insumos utilizados para a geração de bioenergia e bioeletricidade da unidade, com flexibilidade para utilizar outros tipos de biomassa, como resíduos florestais, palha de milho e de mais fontes oriundas da agroindústria da região. O fornecimento será feito pela IBC Biomass Solutions.

Geração de empregos

Outro destaque na instalação do empreendimento, é a geração de emprego e renda na região. Durante a fase de obras, a usina prevê a criação de 1.500 vagas de empregos diretos e indiretos por todo o ciclo de vida do empreendimento, possibilitando incremento de renda para a comunidade local.

UTE e o meio ambiente

Alinhado ao conceito de sustentabilidade, a unidade contribuirá com o meio ambiente por meio da utilização da água do tratamento de esgoto do município de Lençóis Paulista, para resfriamento da planta industrial, poupando recursos naturais, bem como dispêndio de recursos públicos para o tratamento da água. Além disso, toda a energia gerada será certificada com origem de fonte renovável, que comprova a origem do processo, com o balanço positivo na pegada de carbono que o projeto apresenta.

Para o balanço positivo de carbono, em todos os processos do empreendimento, o Grupo IBS Energy conta com:

  • Controle no balanço negativo de carbono, retendo muito mais CO₂ do que irá emitir em seu processo;
  • Indústria com precipitador eletrostático;
  • Sistema de monitoramento contínuo de emissões (CEMS);
  • Projeto de logística da biomassa através de veículos movidos a combustíveis não fósseis;
  • Projeto de captação e industrialização dos gases emitidos pela UTE CDL.

Curiosidade – Origem do nome dado a UTE?

Segundo informa o Grupo IBS Energy, a escolha do nome da UTE é uma homenagem à região onde ela está instalada. Lençóis Paulista, é reconhecida oficialmente pela União como a “Capital Nacional do Livro”. O local reúne uma série de fatores logísticos e ambientais favoráveis, como o apoio da administração pública, acesso logístico, ampla oferta de biomassa, disponibilidade de água e infraestrutura para o escoamento de energia.

Saiba mais detalhes sobre o andamento da construção deste megaempreendimento em: https://www.utelencois.com.br/

Escrito por: redação Mais Floresta.

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Nascida em Três Lagoas, Ramires Reflorestamentos completa 50 anos

Quando Luiz Calvo Ramires chegou em Três Lagoas nem existia o Mato Grosso do Sul. O ano era 1973. Vindo da região de Sorocaba, interior de São Paulo, ele viu nas planícies do cerrado mato-grossense uma oportunidade para aproveitar os incentivos fiscais oferecidos pelo governo brasileiro na época.

“Era um incentivo fiscal para plantar florestas e fazer com que fossem construídas indústrias de celulose, para substituir as importações na época. Isso estava no plano de desenvolvimento do ministro Reis Velloso”, conta Ramires.

Foi assim que começou a história da Ramires Reflorestamentos, na Fazenda Nova Palmito. Na época, as empresas de celulose acabaram não vindo. Mesmo assim, dois anos depois, a empresa transferiu seus investimentos para Ribas do Rio Pardo e chegou a somar, ao lado de outras reflorestadoras, 300 mil hectares de florestas plantadas na década de 70.

Depois de tantos anos, não é difícil encontrar quem já trabalhou para o “seu” Ramires. Em Três Lagoas mesmo, ainda moram algumas famílias que ajudaram a reflorestar o Mato Grosso do Sul junto com a Ramires.

Anúncio divulgava as oportunidades de investimentos no então Mato Grosso

No entanto, foi em Ribas do Rio Pardo que a empresa se consolidou e cresceu. “Das 37 empresas florestais que haviam sido criadas, apenas a Ramires permaneceu, todas as outras fecharam”, lembra o fundador.

Sem demanda local, Luiz Ramires procurou a Nestlé e sugeriu que utilizasse madeira em suas caldeiras. A multinacional gostou da ideia e passou a usar biomassa nas unidades de Araçatuba e São Carlos, ambas no interior de São Paulo.

Outro “caminho” para sobreviver nessa época foi produzir carvão vegetal e exportar para a Europa, via porto de Paranaguá, para abastecer indústrias de ferro e silício, principalmente da Noruega.

Madeira para serraria

Diferente de outras empresas que aproveitaram os incentivos fiscais, a Ramires investiu em melhoramento genético e seleção de mudas mais adequadas às condições de clima e solo arenoso da região.

Só isso já colocou a empresa à frente do seu tempo. O próximo passo foi plantar uma outra espécie florestal que também se adaptou bem no Mato Grosso do Sul: o pinus.

Foi a madeira dessas árvores que abasteceu, por muitos anos, serrarias de Ribas do Rio Pardo, Campo Grande e Água Clara e segurou “as pontas” para o que ainda estava por vir.

Nascido na floresta

Com quase a mesma idade da empresa, Luiz Calvo Ramires Júnior, o primogênito da família, praticamente “nasceu” dentro das florestas plantadas pelo seu pai. Quando assumiu a direção da empresa, em 1996, Júnior passou a olhar – com mais atenção – as oportunidades que o mercado florestal preconizava.

Luiz Calvo Ramires Júnior, CEO da Ramires Reflortec

Parte da madeira produzida foi destinada à produção de carvão vegetal para a siderúrgica de Ribas do Rio Pardo (Vetorial).

O início da década de 2.000, no entanto, demonstrava que os próximos anos seriam bastante promissores.

Com o anúncio dos investimentos no setor de celulose pela Votorantim (antiga VPC) e papel, pela International Paper, em Três Lagoas (MS), Mato Grosso do Sul começou a ser considerada a “bola da vez” do mercado florestal.

Em 2014, um novo marco: a empresa passa a se chamar Ramires Reflortec e recebe investimentos de um sócio internacional, o Forest Investment Associates (FIA), um fundo americano, que hoje detêm 49% das ações da empresa.

História de sucesso

“Ao longo destes 50 anos, a Ramires já plantou 150 mil hectares de florestas, em diversos ciclos, passamos por muitas dificuldades, mas foi uma empresa desenvolvida com muita garra”, destacou Luiz Calvo Ramires em homenagem recebida, recentemente.

Atualmente a empresa trabalha em todas as etapas da floresta, desde a produção de mudas, passando pelo desenvolvimento genético, até a produção da madeira.

A maior parte da receita vem da venda da “madeira em pé”, ou seja, gigantes como Suzano e outras indústrias de papel e celulose, compram o produto, mas elas mesmas fazem o trabalho de corte e transporte do eucalipto até as fábricas.

A empresa conta com 17 mil hectares de florestas cultivadas, todas em áreas arrendadas, e chegará a 20 mil hectares até o fim de 2024.

Suzano, de Ribas do Rio Pardo, vai consumir parte da madeira produzida pela Ramires.

Júnior Ramires explica que dobrou a área cultivada em função da nova fábrica da Suzano, em Ribas do Rio Pardo, que é justamente a região em que sempre atuou.

“A Ramires era um fornecedor de 2 milhões de metros cúbicos e vai passar a ser de 5 milhões de metros cúbicos, para atender 15% da necessidade da Suzano por um período”, revela.

Tudo indica que o crescimento está só começando. Júnior diz que ainda há espaço para plantar mais 10 mil hectares nos próximos dois anos e a intenção é ter outros clientes, para “diluir o risco”.

“O mercado de mudas de eucalipto também é um grande gargalo”, diz.

Festa de 50 anos

Para celebrar as “bodas de ouro”, a Ramires promoveu – em Campo Grande – no último sábado, dia 9, uma festa que reuniu, além da família fundadora da empresa, sócios e diretores, os colaboradores da empresa, incluindo, ex-funcionários.

O secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação do Mato Grosso do Sul, Jaime Verruck, prestigiou o evento. “A história do setor florestal no MS se confunde com a história da Ramires. Eles foram persistentes e hoje, nosso Estado, deve muito à isso”, comentou o secretário.

Ao lado do mestre de cerimonias, Paulo Cardoso, o fundador da empresa Luiz Calvo Ramires.

Visivelmente emocionado, Luiz Calvo Ramires lembrou de toda a sua trajetória. “Plantamos mais de 150 mil hectares de florestas. Tivemos momentos difíceis. Mas, com muito trabalho e resiliência, conseguimos superar todos eles e construir essa história de sucesso”, finalizou.

Três gerações da família Ramires em foto durante comemoração realizada no último sábado, 09/12 (Foto: Divulgação).

Por: Robson Trevisan.

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Suzano compartilha em vídeo avanços nas obras da sua nova fábrica em Ribas do Rio Pardo (MS)

Em novembro foram destaques a conclusão do transportador de biomassa para a Caldeira de Força, o posicionamento do último módulo do digestor e a finalização do primeiro comissionamento

As obras de construção da nova fábrica de celulose da Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, em Ribas do Rio Pardo (MS), seguem o cronograma com importantes avanços registrados até novembro. O andamento das frentes de trabalho pode ser conferido em novo vídeo divulgado pela empresa por meio do link: https://bit.ly/video-status-obra.

Neste mês foram destaques o posicionamento do último módulo do digestor, a conclusão do transportador de biomassa para a Caldeira de Força, e a energização da GIS 34,5 kV da Secagem e da Caldeira de Recuperação. Além disso, houve avanços significativos com a montagem dos dutos de gás de combustão e foram realizados testes com carga do sistema de regeneração na Estação de Tratamento de Água da Caldeira (ETAC).

No vídeo é possível ver também que as obras seguiram com a montagem dos turbogeradores e foi dada a partida parcial da torre de resfriamento e utilidades e dos chillers com a finalização do primeiro comissionamento. Também seguem em ritmo acelerado as obras que fazem parte do Plano Básico Ambiental (PBA), como a construção das 50 casas para a comunidade, da Unidade Básica de Saúde (UBS) Estoril II e da Casa de Acolhimento, além da nova Delegacia de Polícia Civil e da Unidade Operacional da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Projeto Cerrado

Anunciado em maio de 2021 e confirmado pelo Conselho de Administração da Suzano no início de novembro do mesmo ano, o Projeto Cerrado está recebendo investimento total de R$ 22,2 bilhões e, atualmente no pico da obra, está gerando cerca de 10 mil empregos diretos. Prevista para entrar em operação até junho de 2024, a nova fábrica – que será a unidade mais competitiva da Suzano –, vai produzir 2,55 milhões de toneladas de celulose de eucalipto por ano, empregando 3 mil pessoas, entre colaboradores próprios e terceiros, nas áreas florestal e industrial, e movimentando toda a cadeia econômica da região.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papel da América Latina e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras de origem renovável. Os produtos da companhia, que fazem parte da vida de mais de 2 bilhões de pessoas e abastecem mais de 100 países, incluem celulose, papéis para imprimir e escrever, canudos e copos de papel, embalagens de papel, absorventes higiênicos e papel higiênico, entre outros. A Suzano é guiada pelo propósito de Renovar a vida a partir da árvore. A inovabilidade, a busca da sustentabilidade por meio da inovação, orienta o trabalho da companhia no enfrentamento dos desafios da sociedade. Com 99 anos de história, a empresa tem ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: www.suzano.com.br

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