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Por que o balanço de carbono da Suzano mostra o desafio do net zero

Empresa divulga pela primeira vez contabilidade de CO2 da cadeia completa; saldo é negativo mesmo com as remoções de áreas plantadas e conservadas

Para uma empresa que tem o plantio de árvores na base do negócio, mais precisamente 1,2 milhão de mudas por dia, seria razoável pensar que ela não precisaria se preocupar tanto com a pegada de carbono, já que árvores em pé removem gases da atmosfera. Mas, com quase 3 milhões de hectares de área plantada, a maior produtora de celulose do mundo mostra como alcançar o net zero é difícil.

A Suzano divulgou pela primeira vez seu balanço completo de gases de efeito estufa. O escopo 3, que contabiliza as emissões de fornecedores e clientes, agora está todo registrado – até 2023 esses dados eram parciais. Como previsto, ele pesou na conta.  

As emissões totais da Suzano somaram 22,3 milhões de toneladas em 2024. Só o escopo 3 responde por 87% delas. O fato de uma parte importante da atividade da Suzano remover mais carbono do que emite, porém, ajudou a reduzir o balanço nal – ou seja, após o desconto das remoções pelas árvores plantadas – para 16 milhões de toneladas no ano passado.

Nos chamados escopos 1 e 2, respectivamente o impacto climático das atividades diretas da empresa e da energia que ela utiliza, o saldo é negativo. A Suzano emite 3,9 milhões de toneladas de CO2 e remove 6,2 milhões. Uma parte desse “excedente” ela vende na forma de créditos de carbono.

“Tanto o eucalipto quanto as nossas reservas orestais capturam muito carbono. Se analisar só a emissão que parte da nossa indústria, isso já resolve [a pegada de carbono]. Mas na hora que você põe o escopo 3, não”, diz Marina Negrisoli, diretora de sustentabilidade da Suzano. Como são uma relação entre produção e emissões, a medida, porém, pode esconder altas no total.

A empresa possui 2,9 milhões de hectares de terras – cada hectare equivale a, mais ou menos, a área de um campo de futebol. Desses, 60% são de plantação de eucalipto e 40% são de orestas nativas na Amazônia, Mata Atlântica e Cerrado. A empresa adquiriu uma série de ativos orestais nos últimos anos.

Calcular a pegada de carbono da cadeia de valor inteira de uma empresa não é tarefa fácil, mas é essencial para os planos de descarbonização da economia. Todos os setores têm enfrentado desaos para contabilizar e reduzir emissões que não estão sob sua responsabilidade direta.

No caso da Suzano, um dos principais vilões são os gases gerados por clientes industriais que usam a celulose para a fabricação de papel, por exemplo. O transporte e frete dessas compras e vendas também entram na conta das emissões da Suzano.

“Sempre falo para o meu time: ‘No dia em que todas as em que todas as empresas focarem no escopo 1, ninguém mais vai precisar olhar o escopo 2 e 3. No fim, o meu escopo 3 é o escopo 1 do meu fornecedor e do meu cliente”, diz Negrisoli. 

Com faturamento de R$ 47 bilhões no ano passado, a Suzano exporta para mais de 100 países e tem capacidade de produzir 13,4 milhões de toneladas de celulose por ano. 

Metas para a pegada de carbono

A companhia não tem metas públicas de redução de emissões de escopo 3, mas os planos incluem parcerias com clientes e fornecedores para incentivá-los na jornada de descarbonização de suas operações. Em parte da logística, por exemplo, existem projetos para contratar fornecedores que usam caminhões elétricos.

Ela vê a intensidade de carbono da sua celulose como um diferencial para descarbonizar operações “à frente” da sua cadeia industrial.

As metas de redução da empresa estão, hoje, focadas na própria operação. A Suzano assumiu dois grandes compromissos em relação aos escopos 1 e 2.

O primeiro é remover . Até agora, 73% foram removidas a partir do saldo de emissões de carbono da empresa, possível graças ao plantio de eucaliptos e a conservação e recuperação de áreas nativas. Em 2024, essas iniciativas somaram 6,3 milhões de toneladas removidas.

O segundo compromisso é reduzir a emissão de CO2 por tonelada de celulose em 15% até 2030. Metade dele foi alcançada, principalmente com a substituição de combustível fóssil na produção.

A nova fábrica em Ribas do Rio Pardo, em Mato Grosso do Sul, por exemplo, utiliza biomassa feita do próprio eucalipto para reduzir a pegada de carbono em 97%. O investimento na fábrica, Eucalipto protegido Mais do Reset 40 milhões de toneladas de CO2 entre 2020 até 2025 agora a maior da empresa, foi de R$ 22 bilhões.

Eucalipto protegido

Mudanças climáticas globais têm inuenciado o cultivo de eucalipto na Suzano.

“Elas não afetam só o eucalipto, mas também outros cultivos, como cana-de-açúcar. Os grandes vetores são a regularidade e a frequência do sol, da água e as ondas de calor”, explica Marina Negrisoli.

Para driblar secas, como a que afetou o país entre 2023 e 2024, uma das estratégias de curto prazo é conhecida como “mosaico de idade”. Ou seja, as árvores são plantadas em momentos diferentes, dividindo o crescimento e a demanda de água do solo ao longo dos anos.

No médio e longo prazo entram as orestas nativas em recuperação.

Além de garantir as remoções e gerar créditos, as têm impacto na produtividade do eucalipto. A oresta tende a proteger a entrada de pragas na plantação e garante a oferta de água no solo, essencial para o cultivo.

Numa perspectiva mais ampla, de recuperação de biomas, a principal iniciativa é a criação dos corredores ecológicos pelo Brasil, hoje separados por áreas degradadas e permitem a circulação da fauna.

“O grande problema da perda de biodiversidade do Brasil é a fragmentação dos polígonos de regeneração ou de conservação. Quando comparado com outros grandes territórios, ainda temos uma massa relevante de vegetação nativa. O ponto é a desconexão entre eles”, arma Negrisoli.

A meta é conectar 500 mil hectares pelo Brasil até 2030, até agora foram alcançados 150 mil impulsionado pela conexão entre o Parque do Descobrimento e o Monte Pascoal, ambos no sul da Bahia.

Informações: Capital Reset/Uol.

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A onda do carbono – Que o sonho não vire pesadelo

*Artigo de Nelson Barboza Leite

A silvicultura brasileira está entrando numa nova onda de crescimento. Chegou firme e forte o carbono! Embora existam inúmeras alternativas para captação de carbono, sem nenhuma dúvida, as opções que envolvem a silvicultura estão se despontando como as mais promissoras. E num país continental como o Brasil é fácil imaginar que serão ilimitadas as oportunidades de negócios de carbono para mitigação de problemas climáticos. E tudo na escala de milhões e bilhões. É aí que mora o perigo!

Já tivemos no Brasil episódio muito parecido com o incentivo fiscal para reflorestamento da década 60/70. Um sucesso para alguns, uma vergonha para muitos! Há de se reconhecer que o setor de celulose, a siderurgia a carvão vegetal, enfim, todas as indústrias à base de florestas plantadas não podem negar que um dia usaram os incentivos fiscais para reflorestamento. Mas esses são os que conseguiram escapar do mundo de erros estratégicos e agentes mal-intencionados. São os bem sucedidos que salvaram os incentivos e não querem nem ouvir falar de suas origens.

E os incentivos só conseguiram subsistir, graças ao esforço gigantesco de entidades representativas e de empresas com empreendimentos muito bem sucedidos. Esses mostraram a viabilidade do negócio bem feito. O próprio Governo, convencido da imprescindível necessidade de madeira, também não poupou esforço para acelerar o “rapa” na picaretagem, que pululava para todos os cantos. A atividade vivia sob intensa repulsa da sociedade diante de abusos escandalosos. As lições ficaram. Uma pena que os bons exemplos não sejam aproveitados, mas que jamais sejam esquecidos os erros, primariamente, cometidos. E lembrar que quase mataram a silvicultura!

Mas está aí o carbono. Firme e forte com milhões e bilhões e despertando interessados para todos os lados. Os mais bem informados já encontraram os atalhos para caminharem. Talvez a desinformação esteja dificultando o “caminho das pedras”, mas o barulho provocativo é enorme!

Causa muita estranheza, o fato, de não existir nenhuma instituição para comandar e orientar os programas, estabelecer as diretrizes prioritárias, dar rumo às atividades. Não é fácil o acesso a documentos que mostrem o que fazer, como fazer, onde fazer, com quem se informar.
Faltam informações claras sobre a metodologia para apresentar programas, quem monitora, quem corrige e até onde aprender. Tudo parece muito abstrato! Até os milhões e bilhões que encantam, só poucos sabem como se habilitar ao acesso!

Não se duvida da competência e idoneidade de profissionais que se encontram ligados ao assunto, mas é de se lamentar que não se criem, com certa urgência, os caminhos, as regras e critérios para que o assunto cresça e se desenvolva sem os riscos de se transformar numa tremenda encrenca, e mate excepcional alternativa para criação de benefícios sociais e ambientais para toda a sociedade!


*Nelson Barboza Leite é agrônomo e silvicultor.

Crédito imagem: Mais Floresta.

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Mercado de Carbono: Brasil espera se colocar na vanguarda com novo Projeto de Lei

Aprovado pela Câmara Federal no fim de 2023, o PL 2.148/15 está sob análise do Senado, visando criar um Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa

O Brasil pode ser um dos principais players no mercado de carbono. Ao menos é o que aponta um estudo da ICC Brasil, que estima em US$ 120 bilhões o volume de receitas que podem ingressar no país até 2030. A expectativa é de que o Brasil possa suprir quase um quarto (22%) da demanda global do mercado de carbono regulado e mais de um terço (37,5%) do mercado voluntário. Para atingir este potencial, porém, é preciso ultrapassar barreiras regulatórias, trazendo segurança jurídica no tratamento da matéria.

No final de 2023, a Câmara dos Deputados aprovou uma proposta para regulamentar o mercado de carbono no Brasil, o PL 2.148/15. O projeto de lei institui o “Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa” (SBCE), estabelecendo tetos para emissões de gases de efeito estufa (GEE) e um mercado de comercialização de ativos desse sistema. Agora, o PL aguarda a avaliação do Senado Federal, podendo sofrer alterações até entrar definitivamente em vigor.

“Os números dos estudos relacionados ao mercado de carbono chamam a atenção e o Brasil realmente pode ser um dos players mais importantes em escala global. Entretanto, é preciso eliminar as principais barreiras e inseguranças relacionadas ao tema”, explica Nahima Razuk, sócia do escritório Razuk Barreto Valiati. “Entre elas, não podemos esquecer da titularidade dos créditos, a definição das metodologias de monitoramento das emissões de crédito de carbano, regulamentação de unidades de conservação e a regulamentação da convivência entre projetos de carbono e de manejo florestal (REDD+)”, ressalta.

Diante de um tema complexo, a existência de legislação com regras claras traz benefícios a todos os envolvidos. “A presença de um arcabouço normativo garante segurança jurídica para todos os players e potenciais investidores, tornando mais eficiente o desenvolvimento de projetos e de comercialização de créditos de carbono”, afirma Nahima Razuk.

Brasil é visto como líder

De acordo com o ICC, o Brasil é visto como um exemplo em iniciativas globais sustentáveis e um dos caminhos naturais para os recursos do mercado de carbono. Com uma matriz energética renovável em sua maioria, além da presença da Floresta Amazônica e outros ecossistemas únicos em seu território, o país tem um enorme potencial para se destacar e assumir a postura de líder na busca por soluções para a compensação dos danos causados pela emissão de GEE. 

Recentemente, por exemplo, o Brasil criou um ministério para tratar das mudanças do clima – um movimento que pode ser visto como avançado. “O PL 2.148, entre outras iniciativas, é um passo importante para se estabelecer regras claras, porém, deixa para posterior regulamentação diversos aspectos essenciais ao funcionamento do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), o que poderá ser óbice ao início da efetiva operacionalização do sistema”, explica Nahima Razuk.

As diferenças entre os mercados de carbono

No texto aprovado, adota-se o modelo cap-and-trade, também adotado pela União Europeia e outros países, com instituição do mercado regulado e do mercado voluntário. No primeiro caso, cria-se um limite de emissão de GEE para as empresas e um sistema de comércio de emissões para atividades que estão abaixo de um limite de emissão de GEE, podendo negociá-los para outras empresas. 

Por outro lado, no mercado voluntário não há obrigações legais de redução de emissões, adotando-se, voluntariamente, mecanismos de compensação de emissão de GEE, metas voluntárias, corporativas ou individuais relativas a compromissos climáticos.

Nos próximos anos, a busca para garantir que os negócios sejam capazes de não poluir ou de mitigar os seus impactos ao meio ambiente deve gerar grandes investimentos. A consultoria McKinsey, por exemplo, estima que o processo de descarbonização da economia deve custar US$ 275 trilhões até 2050. 

“Falar em 2050 parece um período muito distante, mas a realidade é que essas transformações são, em grande parte, complexas e dependem de planejamento de longo prazo para definir diversos aspectos relacionados ao desenvolvimento da atividade. Afinal de contas, essa transição no modo de produzir tende a ser um tema sensível para a maioria das empresas, e envolverá, invariavelmente, um planejamento voltado à realização de investimentos sustentáveis”, pondera Nahima Razuk.

Para mais informações sobre o escritório Razuk Barreto Valiati, acesse o site.

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Plantios florestais e o solo

Existe uma importante relação entre os plantios florestais e a qualidade do solo. Para descobrir mais sobre esta cooperação a Florestar São Paulo conversou com o professor José Leonardo Gonçalves, do Departamento de Ciências Florestais da ESALQ, área de solo e nutrição florestal.

Veja os cinco pontos que ele elencou sobre impactos de plantações florestais de pinus e eucalipto no solo:

Estagnação do processo de erosão

Entre 03 e 06 meses o terreno ficará coberto e a chuva não vai mais bater no terreno descoberto. A água vai infiltrar melhor. Com a presença da floresta, o escorrimento da água é mais lento. Isso faz com que o processo de erosão seja estagnado.

Melhor estrutura do solo

Caso o solo apresente compactações moderadas, elas serão revertidas em um processo de crescimento radicular muito profuso. As raízes irão romper as camadas compactadas com deposição de matéria orgânica para agregar as partículas no solo, melhorando a estrutura. O solo ficará mais permeável e melhor estruturado, com a infiltração de água melhorada.

Sequestro de carbono

Um crescimento contínuo de raízes devido à deposição de serapilheira, que irá aumentar o teor de matéria orgânica. Sobretudo em solos degradados. A adição de matéria orgânica é de uma tonelada e meia a duas toneladas de carbono por hectare por ano. Isso representa um sequestro alto de carbono no ambiente.

Aumento da fertilidade do solo

Na matéria orgânica é onde estão as maiores reservas de nutrientes como nitrogênio, fósforo e enxofre. Aumentando a disponibilidade da matéria orgânica irá aumentar a disponibilidade destes nutrientes. Plantações de eucalipto, onde existe o uso de fertilizantes, terão, também, a fertilidade do solo aumentada.

Maior infiltração de água

Com um solo de melhor estrutura irá haver maior infiltração de água no solo, com menor perda de água nas enxurradas. Um solo mais poroso tem maior absorção de água. Este estoque de água servirá para a hidratação das árvores no período de seca e o excesso chegará ao lençol freático. Depois de semanas ou meses estará de volta às nascentes.

Informações: Florestar.

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Descobrimos a maior floresta do planeta, e não é a Amazônia!

Com uma área de cerca de 17 milhões de quilômetros quadrados, ela cobre 15% da superfície terrestre, superando os 6 milhões da Amazônia. Saiba mais;

Não é a Amazônia, nem mesmo a vasta floresta tropical da bacia do rio Congo, na África Central. A maior floresta da Terra é a taiga euro-asiática, conhecida como “floresta boreal”, uma gigantesca floresta de coníferas que desde a Escandinávia, passando pela Rússia europeia, irrompe na fronteira dos Montes Urais, para atravessar toda a Sibéria, até ao Oceano Pacífico.

Pelo seu tamanho, a taiga é a maior área florestal do nosso planeta, pois abrange não só a área da Eurásia, mas também o território canadense. Esta imensa floresta de coníferas tem uma função muito importante para o nosso planeta, pois ajuda a absorver carbono, produzindo oxigênio.

Quais suas dimensões?

Com base nesta descrição é fácil entender porque ela pode ser considerada a maior floresta do mundo. Com área aproximada de 17 milhões de quilômetros quadrados, cobre 15% da superfície terrestre terrestre, superando os 6 milhões do Amazonas. No entanto, esta medida é aproximada porque, ao cobrir uma porção tão grande do planeta, os próprios especialistas não costumam dar uma estimativa definitiva.

Naturalmente, dada a sua enorme extensão, a sua composição difere de uma área para outra. No extremo norte encontramos a tundra ártica, enquanto que avançando para o sul encontramos a porção de floresta formada por espécies definidas como caducifólias, ou seja, aquelas que perdem naturalmente suas folhas no outono.

É claro que, dado o seu enorme tamanho, a sua composição difere de uma área para outra.
O clima é seco e rígido, caracterizado por invernos rigorosos e verões curtos, e seu desenvolvimento ocorre em solos predominantemente úmidos. No seu interior, podemos encontrar zonas com elevado nível de umidade como pântanos, poças e turfeiras que congelam durante o inverno.

Fauna e flora da taiga

Ao contrário da crença popular, a taiga é caracterizada por uma considerável biodiversidade vegetal, com abetos siberianos e finlandeses, e pinheiros silvestres. Muitas endêmicas estão presentes em algumas áreas remotas do território siberiano. Esta é a parte da Eurásia.

Passando para a parte canadense, porém, encontramos ainda mais flora como o abeto negro, rochoso ou bálsamo, o lariço-americano ou do Alasca e até a bétula e o licopódio, além de alguns tipos de ericáceas e cornáceas.

A presença de vida selvagem é igualmente surpreendente, com uma longa lista de espécies como alces europeus, siberianos e do Alasca, diferentes tipos de veados, raposas, lobos e linces. Também encontramos espécies raras, como o famoso tigre siberiano, depois ursos, arminhos, mas também doninhas-fedorentas, castores e guaxinins.

As graves ameaças que a taiga enfrenta hoje

Se sempre estivemos atentos aos riscos e perigos para a floresta amazônica, os que dizem respeito à Taiga são os mesmos: o desmatamento excessivo, os incêndios e os efeitos das mudanças climáticas, com períodos quentes cada vez mais longos nos meses de verão que podem favorecer a eclosão de grandes incêndios florestais (muitas vezes provocados pelo homem).

Especialistas apontam esse problema principalmente na região da Sibéria, devido à demanda excessiva por madeira. Outro grande problema é, naturalmente, aquele que afeta o planeta como um todo: as mudanças climáticas são, sem dúvida, a emergência mais urgente e preocupante.

Secas e inundações afetam o delicado ecossistema da taiga todos os dias. Segundo os especialistas, os governos de todo o mundo devem tomar medidas para remediar o problema, caso contrário corremos o risco de comprometer a sobrevivência deste ‘pulmão verde’, permitindo que as áreas florestais diminuam em favor das pastagens.

Informações: tempo.com

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Finite Carbon nomeia Carrie Gombos e Brandon Vickery codiretores executivos

A Finite Carbon, principal desenvolvedora e fornecedora de compensações de carbono florestal da América do Norte, anunciou hoje que nomeou Carrie Gombos e Brandon Vickery como codiretores executivos. Simultaneamente, ambos foram adicionados ao Conselho de Administração da Finite, com Gombos atuando como Diretor e Vickery como Observador.

Combinados, eles trazem décadas de experiência na indústria de carbono em operações e silvicultura para suas novas funções. A mudança posiciona a Finite Carbon para um crescimento contínuo à medida que a empresa traz novas soluções ao mercado, aproveitando seu papel como líder do setor e parceiro de confiança para proprietários de terras e compradores de créditos de carbono.

Como co-CEOs, Gombos e Vickery sucedem a Sean Carney, que fundou a Finite Carbon em 2009. Carney continuará a servir como consultor, permanecendo ao mesmo tempo membro do Conselho de Administração e mantendo a sua participação acionária na empresa. Durante o mandato de Carney como CEO, a Finite Carbon desempenhou um papel de liderança na indústria, desenvolvendo múltiplas metodologias e fazendo inovações tecnológicas significativas que ajudaram a promover os mercados de carbono florestal.

Após um forte 2023, a empresa entra no novo ano com um impulso significativo. Em agosto, a Finite anunciou uma colaboração para desbloquear a inscrição em programas voluntários de compensação de carbono para proprietários de terras não industriais em 13 estados do sudeste por meio de sua plataforma Core Carbon®. A empresa também expandiu com sucesso a sua posição no mercado voluntário de carbono com grandes proprietários de terras, com mais de dois milhões de compensações voluntárias emitidas no ano passado e assinou o seu primeiro projeto voluntário no Canadá. Até o momento, a Finite gerou 100 milhões de créditos de compensação de carbono florestal nos mercados voluntários e de conformidade para clientes em quatro milhões de acres florestados na América do Norte.

A nova estrutura de liderança permitirá que Carrie e Brandon aproveitem seus pontos fortes únicos, garantindo ao mesmo tempo uma transição perfeita e foco contínuo nos principais valores e objetivos estratégicos da empresa. Como co-CEO, Gombos supervisionará a equipe jurídica da empresa e supervisionará as operações de pessoal e a linha de negócios Core Carbon®. Enquanto isso, Vickery continuará liderando a equipe de desenvolvimento e supervisionando as unidades comerciais e financeiras da empresa.

Gombos está na Finite Carbon desde 2016, atuando mais recentemente como Vice-Presidente Sênior de Jurídico e Operações, onde supervisionou todos os requisitos de contratação, legais e de conformidade e operações para os portfólios de conformidade e projetos voluntários de carbono da Finite. Ela liderou a colaboração com a liderança sênior em gestão de risco e estratégia durante um período de amplo crescimento.

Vickery está na Finite Carbon desde 2015 e assume sua nova função vindo de seu cargo anterior como vice-presidente sênior de desenvolvimento de projetos. Brandon iniciou sua carreira na Finite em uma função analítica, desenvolvendo profundo conhecimento nos fundamentos do desenvolvimento de projetos de compensação de carbono florestal, depois gerenciou a equipe de desenvolvimento da empresa para implantar os recursos necessários em apoio aos portfólios de desenvolvimento de projetos de compensação de carbono florestal da Finite Carbon, tanto para o compliance e mercados voluntários.

“Desde a sua criação, a Finite Carbon tem-se concentrado em trazer soluções confiáveis ​​de capital natural e em proporcionar oportunidades para a gestão ambiental através do desenvolvimento de melhores práticas, ao mesmo tempo que impulsiona a inovação nos mercados de carbono”, disse Gombos. “Tive a sorte dos anos que passei trabalhando ao lado de Sean, à medida que a empresa crescia e comemorava marcos. Estou entusiasmado com a oportunidade de fazer parceria com Brandon para capitalizar o impulso que construímos para ajudar a conduzir a empresa para o futuro.”

“Estou honrado com a oportunidade de servir como administrador da reputação da Finite como o nome mais confiável em carbono florestal”, disse Vickery. “Espero continuar a trabalhar ao lado de proprietários de terras, compradores e nossos parceiros comerciais para liderar soluções inovadoras que proporcionem reduções de carbono reais e mensuráveis ​​e outros benefícios para ecossistemas e comunidades.”

Antes da Finite Carbon, Gombos passou quase uma década no The Conservation Fund como Diretora de Conformidade de Carbono, onde trabalhou em todos os aspectos do portfólio de carbono do The Conservation Fund, incluindo o programa de compensação de conformidade da Califórnia e o programa voluntário de carbono do Fundo, Go Zero. Ela é bacharel em Ciências pela Cornell University e Juris Doctor pela Harvard Law School.

Vickery tem mais de 20 anos de experiência em gestão florestal nas áreas de conservação, investimento, modelagem e análise. Anteriormente, ele trabalhou com Mason, Bruce e Girard, fornecendo suporte analítico para projetos de planejamento de manejo florestal, programação de colheita, avaliações de áreas florestais, inventário e análise de avaliações. Vickery se formou como bacharel em ciências pela Universidade de Maryland e mestre em ciências pela Faculdade de Ciências Ambientais e Florestais da Universidade Estadual de Nova York.

Sobre carbono finito:

A Finite Carbon é líder no desenvolvimento de serviços completos de compensação de carbono florestal na América do Norte, combinando experiência incomparável em desenvolvimento de projetos com amplo conhecimento do mercado de carbono. A Finite Carbon gerou mais de um terço de todo o fornecimento de compensação de conformidade da Califórnia e entregou mais de US$ 1 bilhão aos proprietários de terras. Seu portfólio de projetos inclui quatro milhões de acres de áreas florestais em atividade, representando todas as regiões e principais tipos de floresta, desde os Apalaches até a costa do Alasca.

Aproveitando sua experiência em sensoriamento remoto e software, a Finite Carbon desenvolveu a plataforma CORE Carbon, uma plataforma avançada de mapeamento digital que agiliza o desenvolvimento de projetos de carbono para proprietários de terras com entre 40 e 5.000 acres. A plataforma CORE Carbon contém uma ferramenta de mapeamento digital fácil de usar que fornece aos proprietários de terras uma proposta imediata de receita de carbono para suas terras, sem nenhum custo, e permite o gerenciamento contínuo de seu projeto.

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Oportunidades do setor florestal

O mercado do crédito de carbono tem vários obstáculos a ultrapassar antes de poder realmente acelerar

Empresas nos setores florestal, de papel e celulose têm potencial para se destacar no mercado voluntário de crédito de carbono como emissores de créditos NBS (“nature-based solutions”) nos próximos anos. No entanto, a oferta de créditos confiáveis é limitada, e a confiança dos compradores na qualidade desses créditos está em declínio.

Para ter sucesso, essas empresas podem aproveitar seu conhecimento em gestão florestal, reputação e força institucional, por meio de parcerias e alianças com outras entidades e produtores rurais, para emitir créditos certificados confiáveis. No entanto, enfrentar os desafios de um mercado voluntário de crédito de carbono requer a implementação de projetos fora das operações diárias, atendendo aos princípios de adicionalidade e permanência, superando obstáculos como metodologias rigorosas em evolução, legislação incipiente e limitações na acreditação e certificação de créditos de terceiros.

“O mercado do crédito de carbono tem vários obstáculos a ultrapassar antes de poder realmente acelerar e atingir o seu potencial. Os compradores são cada vez mais seletivos e exigentes quando procuram novos créditos. Em consequência, algumas agências de acreditação reforçaram os seus critérios para projetos florestais por várias razões. Ainda assim, em muitos casos, os sistemas de certificação avulsos continuam representando um risco significativo para a viabilidade deste mercado. Estes critérios estão aumentando os tempos de processamento para a certificação e podem também levar a custos adicionais, o que significa que a oferta de créditos que chegam ao mercado continuará a ser lenta”, diz o Rabobank.

Informações: Agrolink.

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Veracel realiza encontro anual de Parceiros Florestais destacando inovações ambientais

Nesta sexta-feira (17), a Veracel realizou o seu Encontro Anual de Parceiros Florestais, no Centro de Eunápolis, na Bahia. O evento reuniu aproximadamente 50 parceiros e mais de 100 convidados para abordar as mais recentes inovações ambientais, bem como discutir parcerias sustentáveis, tendências e os resultados obtidos ao longo do ano.

José Henrique do Nascimento Junior, Gerente de Negócios e Administração de Terras da Veracel, ressaltou a importância do evento: “Além de analisar casos de sucesso e os resultados anuais, o encontro deste ano concentrou-se no compromisso contínuo da Veracel com a inovação ambiental, a sustentabilidade e o fortalecimento das nossas parcerias”.

O encontro contemplou apresentações de especialistas da empresa, abordando os temas “Otimização de Produtividade” e “Oportunidades e Desafios diante das Mudanças Climáticas”. Além disso, o tema “Captura de Carbono”, de extrema relevância para o setor florestal, foi destacado durante o evento, além das demais iniciativas e  busca por iniciativas relacionadas ao negócio e à sustentabilidade.

O evento também marcou a comemoração dos 20 anos do lançamento do Programa Produtor Florestal (PPF) da Veracel, que surgiu como uma oportunidade para suprir a demanda de matéria prima por parte das indústrias de base florestal e se destacou no setor como uma importante possibilidade de gerar benefícios mútuos para os produtores e empresa. O resultado do trabalho do PPF é o compartilhamento de boas práticas de gestão, da geração de renda e tributos, a desconcentração fundiária e a diversificação de produção nestas propriedades.

Programa Aliança da Veracel

O Programa de Parcerias Florestais da Veracel, conhecido como Programa Aliança, oferece diversas modalidades de parceria, como arrendamento, fomento, compra de terra, aquisição futura de madeira e a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF). 

As parcerias estabelecidas pela Veracel com produtores rurais visam a garantir a autossuficiência de madeira para a produção de celulose da empresa, ao mesmo tempo em que proporcionam oportunidades de diversificação de renda e atividades rurais. Essas parcerias contribuem significativamente para a geração de empregos e o desenvolvimento da região.

Com 32 anos de experiência, a Veracel é uma empresa sólida, mantendo mais de 100 contratos de parceria em andamento, alguns com duração superior a duas décadas, o que equivale a três ciclos de plantio. Esse modelo de negócios é caracterizado por liquidez, rentabilidade e segurança, garantindo renda a longo prazo, aquisição garantida da produção, e tudo isso associado ao compromisso com a preservação do meio ambiente e da terra. Por meio dessas parcerias, os produtores são parceiros na promoção de práticas sustentáveis.

“A Veracel reforça seu compromisso com a inovação ambiental, a sustentabilidade e a promoção de parcerias duradouras com sua comunidade de produtores. Este evento anual é um exemplo claro do compromisso da empresa em impulsionar o setor florestal e nossos parceiros em direção a um futuro mais sustentável”, finaliza José Henrique.

A Veracel criou um canal específico para o atendimento dos interessados em ter o eucalipto como uma alternativa de negócio. Para mais informações, acesse o site da companhia. 

Sobre a Veracel

A Veracel Celulose é uma empresa de bioeconomia brasileira que integra operações florestais, industriais e de logística, que resultam em uma produção anual média de 1,1 milhão de toneladas de celulose, gerando mais de 3,2 mil empregos próprios e de terceiros, na região da Costa do Descobrimento, sul da Bahia e no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. Além da geração de empregos, renda e tributos, a Veracel é protagonista em iniciativas socioambientais no território. O ranking Great Place to Work (GPTW) validou a Veracel como uma das melhores empresas para trabalhar do Brasil pelo 5º ano consecutivo.

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