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Enfrentando a crise de incêndios florestais no Brasil: um apelo à ação unificada e estratégia nacional

Artigo de Osmar Bambini (worktivist) cofounder & cio – innovability at 1.5°C Wildland Fire Technologies- Certified B Corp®

Nos últimos anos, o Brasil enfrentou uma crise ambiental sem precedentes, com incêndios florestais devastando a Floresta Amazônica a uma taxa alarmante. A situação atual, intensificada pelo fenômeno Super El Niño, resultou nos incêndios mais graves que o país viu em 15 anos e o Pantanal volta a queimar afetando a sua vasta e única biodiversidade e comunidades Essa crise não é apenas um desastre natural, mas um problema complexo enraizado em fatores ambientais, políticos e sociais.

O Quebra-Cabeças do Gerenciamento de Incêndios

Imagine o gerenciamento de incêndios florestais como um quebra-cabeças complexo, onde cada peça representa uma instituição ou parte interessada envolvida no combate a esses incêndios devastadores. Essas instituições, que vão desde a defesa civil até unidades de combate a incêndios, muitas vezes operam de forma independente, focando em seus próprios objetivos e, por vezes, não alinhando suas ações com as de outras. Essa abordagem fragmentada pode dificultar uma resposta eficaz e o gerenciamento de crises ambientais desse tipo.

As Causas Fundamentais

A escalada dos incêndios florestais no Brasil pode ser atribuída a uma combinação de condições climáticas extremas e atividades humanas destrutivas. O Super El Niño, um fenômeno climático caracterizado por temperaturas oceânicas anormalmente quentes, trouxe um clima excepcionalmente quente e seco para a região. Esse período prolongado de seca criou condições ideais para que os incêndios se iniciassem e se espalhassem rapidamente.

Uma das principais atividades humanas que estão exacerbando essa crise são as práticas de corte e queima usadas para diversos fins, incluindo criação de gado e desmatamento para agricultura. Essas práticas não apenas liberam grandes quantidades de dióxido de carbono na atmosfera, mas também removem a cobertura vegetal protetora da Amazônia, tornando-a mais suscetível a incêndios.

Atividades ilegais, como roubo de madeira e mineração de ouro na Amazônia, contribuem ainda mais para o desmatamento e a degradação da floresta tropical. Essas atividades frequentemente envolvem a limpeza de terras por meio do fogo, o que pode rapidamente fugir do controle, levando a incêndios generalizados.

A Necessidade de uma Abordagem Unificada

A nova administração federal brasileira, apesar de reduzir o desmatamento na Amazônia em 20%, em seu primeiro ano, ainda enfrenta dificuldades no controle dos incêndios florestais. Isso destaca a necessidade de uma abordagem holística e unificada para o gerenciamento de incêndios. Atualmente, o Brasil carece de um protocolo padronizado para sua defesa civil, unidades de combate a incêndios e brigadas nacionais. Vale a pena destacar o nobre e árduo trabalho do Prevfogo se dedicou a reconstruir as operações desmanteladas pelo último governo. Retomadas as operações a expectativa é que 2024 trará não apenas uma redução significativa no desmatamento, mas também uma operação mais coordenada entre todas as instituições envolvidas, sejam federais, estaduais, municipais, privadas ou voluntárias

O Framework AGIF: Um Modelo de Colaboração

O Brasil pode se inspirar em modelos bem-sucedidos como o framework de Governança Associativa para o Gerenciamento Integrado de Incêndios (AGIF) de Portugal. O AGIF enfatiza a colaboração, a unidade e a ação coletiva entre todas as partes interessadas envolvidas no gerenciamento de incêndios. Seus estágios incluem:

Preparação e Prevenção: Desenvolvimento de protocolos alinhados para prevenção de incêndios, detecção precoce e preparação, garantindo que todas as partes envolvidas estejam bem preparadas e coordenadas.

Supressão e Controle: Implementação de técnicas eficazes de supressão de incêndios, mobilização eficiente de recursos para combater incêndios.

Envolvimento das Comunidades Locais: Uma parte fundamental da solução é envolver as comunidades locais, pois elas são os principais guardiões das florestas. Ao capacitar e treinar as comunidades locais, podemos criar uma rede de protetores da floresta que desempenham um papel crucial na detecção precoce e prevenção de incêndios.

Pesquisa e Inovação: Colaboração com instituições acadêmicas e o setor privado para inovar em técnicas e tecnologias de gerenciamento de incêndios.

Política e Governança: Garantia de que políticas estejam em vigor para apoiar os esforços de gerenciamento de incêndios e que as estruturas de governança sejam transparentes e eficazes.

Monitoramento e Avaliação: Avaliação regular da eficácia dos esforços de gerenciamento de incêndios e ajustes necessários.

Uma Receita Global para a Colaboração

Em certos casos, instituições tendem a agir como se fossem as únicas detentoras da solução para os incêndios, focando em objetivos individuais e, por vezes, não conseguem se ver verdadeiramente como colaboradoras. No entanto, quando se trata de incêndios florestais, é fundamental que todos estejam alinhados, pois cada instituição desempenha um papel no quebra-cabeça conhecido como Gerenciamento de Incêndios Florestais Extremos.

Seguir interesses individuais neste quebra-cabeça leva a um desastre coletivo. Cada peça do quebra-cabeça deve estar em seu devido lugar, desempenhando seu papel na batalha contra o mega campo de batalha de incêndios. É por isso que o framework AGIF se destaca como o azimute para enfrentar a crise de mega incêndios enfatizando a importância da colaboração, unidade e ação coletiva na proteção de nosso meio ambiente e comunidades.

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Equipamento multiuso é “coringa” para o dia a dia nas propriedades rurais

Carreta tanque três em um pode ser utilizada para combate a incêndio, como abastecedor de pulverizador e ainda conta com sistema de preparação de calda

Um dos principais objetivos de homens e mulheres do campo é conciliar a eficiência nos processos produtivos à economia financeira. Mas, essa missão não é tão simples e há diversos desafios. Um deles é o acesso às linhas de crédito que na maioria das vezes é burocrático, com isso, o investimento em novos maquinários para a fazenda precisa ser certeiro, sem margem para erros.

Para ajudar os produtores nesse desafio, a Mepel Máquinas e Equipamentos disponibiliza a Carreta Tanque Combate Incêndio Max Calda (CARTBB Max Calda). Esse equipamento foi projetado para ser versátil e útil para o dia a dia, ou seja, um importante “coringa” na fazenda por ser uma solução três em um. Sua função principal é a de combate a incêndios, mas também funciona de forma eficiente no abastecimento de pulverizadores com a incorporação de defensivos.  

Além disso, a CARTBB Max Calda conta com sistema exclusivo de preparação de calda com esfera de polietileno. “Com um único investimento, o agricultor terá um implemento robusto e completo que pode ser usado em diversas tarefas, como por exemplo: irrigação de gramados ou limpeza de máquinas e pavimentações”, diz o engenheiro mecânico, Cácio Vargas, representante comercial da região Centro-Oeste e Nordeste do Brasil da Mepel.

Customização

Pensando nos mais diversos perfis de produtores, a CARTBB Max Calda tem outro importante diferencial: a customização, ou seja, se adapta de acordo com as necessidades de cada cliente. O tanque de água limpa varia de 6.500L a 18.500L. Já a esfera de preparo de calda pronta vai de 3.500L a 5.000L. “Dentro dessa configuração, o produtor pode ajustar tanto o tanque de água limpa bem como a esfera de preparo de calda do jeito que necessitar. Por ser uma solução multiúso, somos bem flexíveis”, reforça o engenheiro mecânico.

Outro importante diferencial é a opção de poder acrescentar o canhão elétrico de combate ao incêndio. Essa particularidade é muito importante, pois elimina a necessidade da presença de mais de um operador sobre a máquina. “A colheita geralmente é o momento mais tenso para o produtor, pois a combinação de altas temperaturas com o período seco e a palhada torna o risco de incêndio mais alto. Por isso pensamos na eficiência: em vez do operador ter que subir no equipamento, por meio de um joystick, que fica dentro do trator, ele consegue sozinho realizar a função de direcionar o canhão e mirar o jato de água no foco com muito mais rapidez e precisão”, destaca o especialista.

A Mepel tem ainda em seu portfólio o Tanque Combate Incêndio Rodoviário, disponível nas versões com bomba lobular ou com bomba centrífuga, em capacidades que vão desde 6.000 até 20.000L, ambos também disponíveis na versão Max Calda. “Oferecemos a possibilidade de adicionar o sistema de calda pronta em todos os modelos de tanques combate incêndio e confeccionar equipamentos personalizados conforme a necessidade de cada cliente”, finaliza Vargas.

Mepel – A empresa nasceu em Estação-RS e atua desde 1966 produzindo implementos agrícolas e equipamentos rodoviários para os segmentos agrícola, pecuário, florestal, canavieiro, rodoviário e de construção. É uma referência nacional na fabricação de tanques distribuidores e equipamentos customizados, atuando em todo o território nacional através de uma rede com mais de 500 revendas.

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