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Manejo adequado é chave para desenvolvimento sustentável do setor florestal

Governo Federal sancionou lei que exclui a silvicultura da lista de atividades poluidoras – Manejo integrado de plantas daninhas potencializa o crescimento das florestas e suas contribuições sustentáveis

Em pleno crescimento no Brasil, o setor florestal vem se consolidando como uma importante vertente da economia nacional em termos de geração de empregos, receita, produtividade e sustentabilidade. Só em 2022, segundo o Relatório Anual da Industria Brasileira de Árvores (IBÁ), o Brasil produziu 25 milhões de toneladas de celulose, um aumento de 10,9% em relação ao ano anterior e um recorde para o setor.

Destaca-se também a produção de 11 milhões de toneladas de papel, 7 milhões de toneladas de carvão vegetal, 8,5 milhões de m³ de painéis de madeira e aproximadamente 8 milhões de m³ de madeira serrada nos últimos anos. Além da utilização para fins comerciais, os quase 10 milhões de hectares de florestas plantadas representam diferentes oportunidades de desenvolvimento sustentável, reconhecidas em junho deste ano pela aprovação da Lei 14.876, de 2024, que exclui a silvicultura da lista de atividades poluidoras.

As florestas plantadas, por exemplo, são importantes vetores para o controle das emissões de gases do efeito estufa na atmosfera. Segundo estudo conduzido pela Embrapa Cerrados em parceria com a Universidade de Brasília (UNB), as florestas de eucalipto têm alta capacidade de armazenamento de carbono em seu ciclo de vida, contribuindo para minimizar o aquecimento global não só através da fixação de carbono, mas reduzindo a circulação de outros gases nocivos como o óxido nitroso (N2O) e o metano (CH4).

E essa não é a única contribuição das florestas plantadas. Em 2022, o setor gerou 2,6 milhões de empregos e movimentou mais de 250 bilhões de reais em receita bruta. O cultivo de Eucalipto e Pinus também se destaca pela origem renovável dos produtos, que podem ser recicláveis ou biodegradáveis e a utilização e consumo de energia limpa na indústria, proveniente da própria floresta através da biomassa.

Práticas para o desenvolvimento sustentável das florestas plantadas

Para maximizar o potencial produtivo das florestas plantadas, especialista da BASF afirma que é necessário um manejo integrado e adequado, bem como soluções tecnológicas que apoiam o desenvolvimento da cultura e contribuam para maximizar a produtividade.

“Além de sua contribuição ambiental, as florestas plantadas oferecem uma alternativa sustentável para a produção de celulose, aliviando a pressão sobre as florestas nativas e promovendo a recuperação de áreas degradadas”, comenta Edicarlos Batista de Castro, Engenheiro Agrônomo, PhD em proteção de plantas (com foco em plantas daninhas) e pesquisador de Desenvolvimento de Produto e Mercado da Divisão de Soluções para Florestas da BASF.

O especialista complementa afirmando que para as florestas alcançarem o seu maior potencial produtivo, é necessário um controle rigoroso de pragas, doenças e plantas daninhas. Dentro desses desafios, o manejo integrado de plantas daninhas visa eliminar a mato competição, que ocorre quando plantas daninhas competem por recursos naturais como luz, água e nutrientes. “Além de serem possíveis hospedeiras de pragas e doenças, essas plantas podem comprometer significativamente o desenvolvimento das árvores, especialmente nos estágios iniciais, nos quais a perda de produtividade pode chegar até a 80%”, pontua o pesquisador da BASF.

Para mitigar o problema, além das boas práticas, é necessário um manejo integrado que inclua:

◼ Uso de materiais genéticos adaptados: seleção de espécies com rápido crescimento e fechamento de copa, resistentes ou tolerantes a doenças e pragas locais.

◼ Controle da densidade populacional: gestão do número de plantas por área para garantir a disponibilidade adequada dos recursos necessários.

◼ Espaçamento adequado entre plantas: plantio com espaçamento estratégico para fechamento rápido de copas, reduzindo a incidência de luz no solo e minimizando a competição com plantas daninhas.

◼ Utilização de soluções como o controle químico: combinado com as ações citadas anteriormente, o controle químico, aquele realizado com a utilização de herbicidas, tem o papel de eliminar ou suprimir as plantas daninhas de forma eficiente em diversas fases de crescimento e desenvolvimento da cultura.

Para suprir as necessidades do mercado florestal e oferecer soluções de alta performance para o manejo adequado, a BASF investe, anualmente, cerca de 900 milhões de euros em pesquisa e desenvolvimento para apoiar o legado de produtores e silvicultores.

“As florestas plantadas constituem um mercado importante para o Brasil. O setor vem se especializando, adotando tecnologias e passando por certificações cada vez mais rigorosas. O papel da BASF nessa cadeia é desenvolver ferramentas que apoiem os produtores e tornem seus resultados ainda mais eficazes,” conclui Edicarlos Batista de Castro.

Informações: Notícias Agrícolas / Imagem: divulgação.

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ApexBrasil aposta no potencial verde do país para conquistar o mundo 

Quando o assunto é sustentabilidade, o Brasil é a bola da vez no mercado internacional. No Dia Nacional do Meio Ambiente, 5 de junho, Agência reforçou o potencial do país para o desenvolvimento sustentável do planeta

Detentor de riquezas naturais e da maior biodiversidade do mundo, o Brasil brilha cada vez mais aos olhos do mundo e, claro, de empreendedores e investidores. Diante da urgência imposta pela crise climática, das tendências globais por alternativas sustentáveis de produção e da crescente necessidade de uma economia de baixa carbono, o potencial do país para contribuir com o desenvolvimento sustentável do planeta está agora – mais do que nunca – despontando à vista de todos. A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) aposta nesse caminho para o país ganhar o mundo, e de forma sustentável.  

Por meio da promoção de exportações e da atração de investimentos estrangeiros diretos (IED) para setores estratégicos da nossa economia, a ApexBrasil vem, desde 2023, promovendo oportunidades de negócios alinhados com a biossocioeconomia – modelo de geração de renda que, além de priorizar a preservação dos recursos naturais do planeta, busca realizar a dignidade humana das populações locais.  

“É um momento muito oportuno para o Brasil se destacar no cenário global, impulsionando um desenvolvimento econômico sustentável e inclusivo”, afirma o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana. “Estamos trabalhando para promover esse modelo, tendo a demanda externa como motor de uma produção interna mais inclusiva, diversificada e equilibrada. Não há mais como pensarmos em desenvolvimento se não for de maneira sustentável”, reforça o presidente da Agência.  

Além de promover os produtos e serviços brasileiros no exterior, por meio de feiras e missões empresariais, bem como programas como o Exporta Mais Brasil e o Exporta Mais Amazônia, a Agência também tem trazido os compradores internacionais para verem de perto a produção nacional – visitando fazendas, indústrias e empresas – com o intuito de mostrar o potencial produtivo e as ações sustentáveis na prática.     

Ao longo dessa semana, Jorge Viana está acompanhando o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, em missão na Arábia Saudita e na China, com foco em atrair investimentos para o Brasil e fazer parcerias para evidenciar a qualidade, a diversidade e a originalidade de produtos brasileiros nesses mercados.  

Sustentabilidade presente 

Desde o início da nova gestão, a pauta da sustentabilidade tem sido imperativa dentro da ApexBrasil e vem permeando todas as iniciativas internas e externas.  “Todos os nossos programas e projetos estão priorizando questões relacionadas ao meio ambiente, à equidade de gênero e inclusão social”, explica a diretora de Negócios da Agência, Ana Paula Repezza. “As empresas lideradas por mulheres, por exemplo, ganham pontuação extra no ranqueamento de seleção para os nossos diversos programas”, complementa Repezza que é também idealizadora do programa Mulheres e Negócios Internacionais da Agência.  “Quando uma mulher se emancipa, toda uma rede de pessoas em volta dela se beneficia”, reforça.  

No dias 05 e 06 de junho, Repezza estará em Manaus (AM) participando da Lac Flavors, o maior fórum de match-making de negócios para o setor de alimentos e bebidas da América Latina e Caribe, que está em sua primeira edição aqui no Brasil e é organizado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em parceria com a ApexBrasil.  Além das reuniões de negócios, o evento também inclui workshops e seminários sobre temas como abastecimento sustentável, tecnologia alimentar, certificações, comércio eletrônico, técnicas de negociação e embalagens sustentáveis. Ao lado do BID, ontem a ApexBrasil realizou no Fórum uma reunião especial com representantes das agências latino-americanas e do caribe homólogas que estarão presentes na LAC Flavors para tratar sobre diversidade e inclusão. Saiba mais sobre a programação da Lav Flavors aqui

Amazônia em foco 

Produzir mais e melhor, vender para o mundo e manter a floresta de pé é o lema do programa Exporta Mais Amazônia que a ApexBrasil criou, no ano passado, dedicado à promoção internacional de produtos da floresta. Por meio do programa, a ApexBrasil tem desenvolvido uma série de iniciativas que levam a biodiversidade brasileira para o mundo e promovem o desenvolvimento de comunidades locais e dos povos que protegem a floresta amazônica. O programa já gerou mais de R$ 50 milhões em negócios que estão sendo reinvestidos na região.  

“Cuidar da Amazônia também passa por valorizar os produtos sustentáveis que geram prosperidade para quem vive e cuida desse patrimônio da humanidade”, explica Jorge Viana. “Nosso objetivo é que o mundo conheça a riqueza cultural e produtiva abrigada nas nossas florestas, que configuram uma alternativa à exploração predatória e que contribui para a manutenção da floresta em pé”, complementa.  

Outra ação que compõe às iniciativas do Exporta Mais Amazônia se dedica à promoção exclusiva da exportação da castanha-do-Brasil. Extraída por comunidades locais, em áreas de manejo florestal, o produto promove a sociobiodiversidade – pois é também fonte de renda para quem mantém a floresta em pé. Apesar de ser uma espécie nativa da Amazônia, o Brasil tem uma baixa participação nas exportações da castanha-do-Brasil e o desafio é justamente reverter esse cenário. Para auxiliar nesse processo, a ApexBrasil desenvolveu, então, o projeto da “Mesa Executiva da Castanha”, o qual vem promovendo, ao longo do ano, diálogos estruturados entre a Agência, empresas produtoras, cooperativas, governo e o setor privado para o apontamento, discussão e priorização de gargalos à exportação do produto.   

Maior fonte de energia limpa e renovável 

A transição energética é outro eixo no qual o Brasil vem se destacando mundialmente e é chave para o processo de descarbonização. Trata-se de uma meta global descarbonizar a matriz energética e reduzir as emissões de gases de efeito estufa, promovendo um setor energético mais limpo e sustentável. Em 2023, o Brasil bateu recorde de produção de energia limpa, consolidando-se como potência em energias renováveis e exemplo de sustentabilidade para o mundo. A atração de investimentos para o desenvolvimento do setor tem sido, portanto, uma das prioridades da ApexBrasil.  

No mês passado, o potencial do país para a produção do hidrogênio verde, principalmente no Nordeste, foi tema de destaque durante a na World Hyrdrogen Summit & Exhibition, a maior feira de hidrogênio verde do mundo, que ocorreu em Roterdã, e reuniu mais de 15 mil profissionais da indústria de energia e mais de 500 expositores. No Pavilhão Brasil, promovido pela ApexBrasil em parceria com o Consórcio Nordeste, foi onde os players do setor puderam exibir as oportunidades do país para investimentos e parcerias na produção dessa tecnologia que pode revolucionar o mercado de energia global e induzir o desenvolvimento do Brasil. Na ocasião, o representante do Porto de Roterdã, Duna Uribe, explicou que a União Europeia pretende importar 10 milhões de toneladas de hidrogênio verde até 2030 – uma grande oportunidade para o Brasil.    

A agenda na feira compôs a programação da missão do Consórcio Nordeste à Europa em busca de investimentos para a produção de energia limpa e que contou com o apoio da ApexBrasil e do Ministério de Relações Exteriores (MRE). Na ocasião, eles se reuniram com os governos belga e alemão e ambos reconheceram o potencial do país como parceiro e como potência verde. “As mudanças climáticas não são um desafio brasileiro ou europeu, mas global, e queremos reconhecer o Brasil como uma superpotência verde, um parceiro na agenda de transição energética”, afirmou a comissária europeia de Parcerias Internacionais, Jutta Urpilainen, durante o encontro.  

Segundo dados do relatório Energy Transition Investment Trends 2024, em 2023, o Brasil foi o 3º país no mundo que mais atraiu investimentos em energias renováveis – mais de US$ 25 bilhões. Durante a última edição do Brasil Investment Forum 2023 (BIF), o maior evento de investimentos da América Latina, organizado pela ApexBrasil, o potencial do país para atrair investimentos na área de produção de energia renovável foi um dos destaques. Na ocasião, o presidente Lula enfatizou que as soluções para o desenvolvimento de uma indústria sustentável que o mundo está em busca estão aqui no Brasil, lugar certo para quem quer investir na produção de uma indústria verde. Segundo Lula, o país tem a possibilidade de se transformar no maior produtor de energia limpa e renovável do planeta Terra. Ainda na última edição do BIF, empresas do setor de energia apoiadas pela ApexBrasil anunciaram quase R$ 40 bilhões de investimentos. Os aportes anunciados foram de R$ 20 bilhões em etanol de segunda geração; R$ 750 milhões em energia limpa; R$ 12 bilhões em novas plantas de biocombustíveis e R$ 4,5 bilhões para a descarbonização da indústria de fertilizantes. 

Para Jorge Viana, o Brasil tem tudo para se tornar referência na questão energética. “Nós temos uma boa matriz energética e, quando trabalharmos com o hidrogênio verde e azul, vamos exportar energia. E isso é o melhor que um país pode fazer em um período de crise climática e de transição energética”, avaliou Viana. 

Além do hidrogênio verde, o país também tem potencial para o desenvolvimento das fontes eólicas e solar e para o armazenamento de baterias.  Recentemente, a ApexBrasil e a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), celebraram parceria estratégica para atração de mais investimentos estrangeiros para o processo de transição energética no país. Segundo a Associação, nos últimos doze anos, os investimentos em energia solar no Brasil somam mais de R$ 184 bilhões.   

“A proposta é alavancar mais oportunidades para o desenvolvimento industrial no setor de renováveis e aproveitar o elevado potencial brasileiro de liderar o processo global de transição energética”, afirmou Jorge Viana na ocasião da oficialização da parceria. 

Sobre a ApexBrasil

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) atua para promover os produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia brasileira. Para alcançar os objetivos, a ApexBrasil realiza ações diversificadas de promoção comercial que visam promover as exportações e valorizar os produtos e serviços brasileiros, como missões prospectivas e comerciais, rodadas de negócios, apoio à participação de empresas brasileiras em grandes feiras internacionais, visitas de compradores estrangeiros e formadores de opinião para conhecer a estrutura produtiva brasileira entre outras plataformas de negócios que também têm por objetivo fortalecer a marca Brasil.

Informações: ApexBrasil.

Legenda imagem: Compradores internacionais em vista à floresta amazônica durante o Exporta Mais Amazônia.

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Desenvolvimento sustentável no setor de base florestal exige eficiência nos insumos

Oregon Tool oferece ao segmento correntes para motosserras que aliam a qualidade e o respeito ao meio ambiente

O setor de base florestal tem buscado aliar o crescimento produtivo com o respeito ao meio ambiente. Relatório da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) mostra que somente em 2022, o segmento registrou crescimento de 6,3% na comparação com o ano anterior, com receita de R$ 260 bilhões. Ao mesmo tempo, as áreas preservadas e produtivas pelas empresas florestais estocam 4,8 milhões de toneladas de CO2 equivalente.

Dessa forma, é importante que as empresas fornecedoras de implementos florestais também sigam com o desenvolvimento sustentável como foco. Líder mundial na produção de correntes e sabres para motosserras, a Oregon Tool oferece ao mercado produtos com maior eficiência, durabilidade e respeito ao meio ambiente, garantindo a aliança da produtividade com a sustentabilidade.

A Oregon Tool tem desenvolvido correntes com ligas de aço e outros materiais que promovem melhor desempenho e durabilidade. Dessa forma, os usuários podem contar por mais tempo com os equipamentos e ter acesso à tecnologia embarcada de forma sustentável.

Um desses exemplos é a linha SpeedMax XL da Oregon Tool, que conta com um conjunto de corte florestal harvester completo com corrente, sabre e coroa. Todos produzidos pela empresa com tecnologia de ponta que permitem maior durabilidade, economia de custos, precisão e aumento na produtividade.

“Nós também temos a preocupação de oferecer a sustentabilidade em toda a nossa cadeia produtiva. Realizamos treinamentos junto a parceiros comerciais e usuários para mostrar a importância de práticas sustentáveis, em especial na utilização dos nossos equipamentos. Queremos fomentar a utilização racional em áreas de reflorestamento e certificadas para operações de base florestal”, pontua Fabio Nardelli, Diretor de Vendas e Marketing da Oregon Tool para a América Latina.

A Oregon já está em pleno andamento nesse movimento, implementando práticas reconhecidas pelo Selo Clima Paraná, conforme indicado no briefing. Reforçando ainda mais seu compromisso com a sustentabilidade, a empresa estabeleceu metas ambiciosas em seu planejamento estratégico.

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Engenheiros florestais terão atuação fundamental em Plano lançado pelo Governo

Portaria Mapa n.º 628 instituiu o Plano de Ação para Recuperação e Manejo de Florestas – Plano Floresta+Sustentável; saiba como os profissionais serão impactados, na prática, e o desafios da execução dessa política pública nacional

Os profissionais da Engenharia, principalmente da modalidade Florestal, estão imersos em discussões e avaliações sobre uma Portaria específica publicada pelo Governo Federal. Trata-se da Portaria Mapa n.º 628/2023, que está em vigor desde o início deste mês. O documento instituiu o Plano de Ação para Recuperação e Manejo de Florestas – Plano Floresta+Sustentável, que será coordenado pelo Departamento de Reflorestamento e Recuperação de Áreas Degradadas (Deflo), da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo (SDI/Mapa).

Com determinações que estão diretamente relacionadas à rotina diária de atuação dos Engenheiros Florestais, a comunidade florestal recebeu com prestígio a publicação, visto que os itens da Portaria têm seus objetivos na ciência florestal, que é a principal atividade do profissional com formação em Engenharia Florestal. Além disso, também trata do Plano de Manejo Florestal, algo ressaltado como importante pelo Sistema Confea/Crea já há alguns anos.

“O Sistema Confea/Crea tem orientado e divulgado a importância do profissional da Engenharia Florestal como principal ator para esse desenvolvimento, sendo esta atividade de uma relevância econômica muito forte para o Brasil e seu desenvolvimento, bem como para as nossas exportações em produtos de base florestal, que é uma forte contribuição na balança comercial e no PIB (Produto Interno Bruto)”, afirma o Coordenador Nacional das Câmaras Especializadas de Engenharia Florestal junto ao Confea, Engenheiro Florestal Reginaldo Rocha Filho.

Na visão técnica do profissional, a Portaria tem alguns desafios a vencer para sua execução, como a consonância entre o setor produtivo e o setor ambiental, neste caso entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério do Meio Ambiente (MMA). “Mesmo o profissional mostrando que a viabilidade existe e é boa para os dois setores, sempre travam uma luta árdua, e quem sofre sempre é o setor produtivo que tem em suas técnicas as mais preservacionistas do que quaisquer outros países do mundo”, analisa Reginaldo.

Neste sentido, a Engenheira Florestal Jaine Ariely Cubas, que atualmente ocupa o cargo de coordenadora-geral de Desenvolvimento Florestal do recém-criado Departamento de Reflorestamento e Recuperação de Áreas Degradadas da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo (SDI) do Mapa, pondera sobre a agenda prioritária com compromissos ambientais e acordos internacionais firmados na Pasta de mudanças climáticas e as ações que o Brasil pode realizar para seu cumprimento.

“Demos um passo significativo em direção à sustentabilidade com o lançamento do Plano Floresta+Sustentável. Este plano abrangente visa impulsionar o desenvolvimento do setor de florestas plantadas no Brasil, focando em estimular a produção, promover a recuperação de áreas degradadas e fortalecer cadeias produtivas. O Plano atende a objetivos específicos, como apoiar o desenvolvimento florestal, promover o uso sustentável das florestas e cooperar com outras entidades para fortalecer a agenda de desenvolvimento florestal”, aponta.

Impacto na Engenharia paranaense

Para implantação e efetividade à realidade estadual, as determinações da Portaria contarão com a expertise dos profissionais do ramo que possuem sólidos conhecimentos nos aspectos ambientais do Estado, sua formação geológica e de solos, o clima e a biodiversidade de espécies presentes, assim como a base legal que rege a implantação de empreendimentos florestais.

Para o Conselheiro do Crea-PR pela Associação dos Engenheiros Florestais do Oeste e Sudoeste do Paraná (Aefos), secretário geral da Sociedade Brasileira de Engenheiros Florestais (SBEF), e professor da UTFPR Campus Dois Vizinhos, Engenheiro Florestal Eleandro José Brun, há tranquilidade no Paraná pela estrutura de “conhecimento e tecnologia que envolve cursos de graduação e de pós-graduação na área, a unidade da Embrapa especializada em florestas, além de empresas florestais coordenadas pela Associação Paranaense de Empresas Florestais (Apre), as cinco associações profissionais, entre outras entidades. Soma-se a isso o Crea-PR que, a partir de 2024, com a implementação da Câmara Especializada em Engenharia Florestal (CEEF), poderá atuar, dentro das suas funções regimentais, em apoio à fiscalização de projetos de qualidade, no acompanhamento do adequado e legal exercício profissional, ofertando seu banco de profissionais para apoio ao desenvolvimento de projetos como esse.”

O desafio, deste modo, é mais operacional do que estrutural. É notório que os objetivos da Portaria são amplos e, se cumpridos, poderão alavancar a economia de muitas regiões e municípios com vocação florestal ou mesmo daqueles com base mais agrícola e industrial, pois poderão ver nas florestas uma forma de diversificação de renda e geração de empregos. Mas, Eleandro destaca que haverá grande necessidade de recursos financeiros claros e acessíveis aos proprietários rurais acompanhando essa Portaria. “A implementação prática dos objetivos e diretrizes do Plano depende de projetos e da articulação entre entes fundamentais da sociedade, como proprietários rurais, empresas, órgãos públicos, entre outros”, justifica.

Desse modo, os profissionais devem estar atentos aos recursos. “Um aspecto fundamental da implementação dos objetivos desta Portaria passa pela mão dos profissionais, pois bons projetos precisam ser elaborados, com base técnico-científica e que tenham também, fundamentalmente, assistência técnica na implantação, condução e manejo destas florestas. Vamos aguardar de que forma esses recursos se tornarão acessíveis, via sistema bancário ou mesmo órgãos públicos (por exemplo, em editais), independentemente da esfera”, finaliza.

De acordo com a Engenheira Florestal Jaine Ariely Cubas, que atua na equipe do Mapa, a captação de recursos já está no radar do Ministério e faz parte das ações iniciais previstas para o primeiro trimestre de 2024. Um exemplo citado pela profissional foi a Rede Floresta+.

“É uma iniciativa para atingir metas globais 2030 e conseguir trazer empresas/parceiros que tenham recursos, fundos socioambientais para ajudar projetos que necessitem de recursos nos Estados, seja para viveiros florestais, para produção de mudas, para plantio ou recuperação de áreas degradadas. Tudo isso pensando em recuperação de pastagens degradadas, podendo virar culturas agrícolas, agroflorestas, ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta) e monoculturas de espécies nativas ou exóticas”, detalha Jaine.

Além disso, outras atividades já devem ser executadas no início do próximo ano, como atualização e publicação do plano e promoção de painéis temáticos.

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Reunião do CECA debate projeto de fábrica de celulose da Arauco e Lei do Pantanal

O projeto da fábrica de celulose da Arauco em Inocência de R$ 28,3 bilhões e a Lei do Pantanal que deve ser sancionada na segunda-feira foram as principais pautas da última reunião do ano do Conselho Estadual de Controle Ambiental (CECA) realizada na sexta-feira (15) na Semadesc.

A reunião foi conduzida pelo secretário de Estado de Meio Ambiente, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) Jaime Verruck que é presidente do Conselho e contou com a presença do secretário-adjunto Walter Carneiro Júnior e o secretário-executivo de Meio Ambiente Arthur Falcette.

Reunião do Conselho Estado de Controle Ambiental (CECA) debateu o projeto da fábrica da Arauco em Inocência e a Lei do Pantanal.

No encontro gerentes da Arauco apresentaram detalhes do projeto que prevê a instalação de uma planta de celulose branqueada que vai produzir 2,57 milhões de toneladas por ano. A estimativa é que sejam geradas até 12 mil vagas durante a obra que deve ter início no primeiro trimestre de 2025.

O objetivo foi mostrar o andamento das ações principalmente ambientais do projeto para conseguir a licença prévia do empreendimento.

Além disso o secretário de Meio Ambiente Arthur Falcette detalhou a Lei do Pantanal que será sancionada nesta segunda-feira pelo governador Eduardo Riedel. Durante a apresentação ele mostrou os principais pontos da Lei, que prevê entre outras medidas, a criação de um fundo para promover o desenvolvimento sustentável; proíbe plantio de soja, eucalipto e cana-de-açúcar; e também veta a instalação de hidrelétricas e carvoarias. A lei deve entrar em vigor em 60 dias, a partir da data de publicação em Diário Oficial.

“Foi um trabalho intenso, conduzido por um Grupo de Trabalho nomeado pelo Ministério do Meio Ambiente que fez quatro reuniões presenciais e inúmeros encontros e contatos virtuais para acertar detalhes. Foram ouvidos representantes de organizações não governamentais, produtores rurais, órgãos ambientais estadual e federal, instituições de pesquisa como a Embrapa e entidades representativas das comunidades que habitam o Pantanal”, destacou.

Informações: Semadesc.

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Gigante brasileira de celulose bate recorde na captura de carbono

As ações em torno das práticas voltadas para o meio ambiente, social e de governança estão em evidência em todo o mundo e se tornaram pauta recorrente entre as organizações comprometidas com um futuro sustentável. Dentro deste cenário, as empresas de base florestal entraram em evidência e destacam o Brasil, por meio de resultados consistentes, principalmente com base na remoção de carbono da atmosfera.

Localizada em Mato Grosso do Sul, a Eldorado Brasil Celulose é um exemplo importante quando o tema é sustentabilidade. Isso porque a companhia, inaugurada em 2012, investe em tecnologia e inovação em todas as suas áreas, desde o cultivo até a produção da celulose, buscando garantir a adoção das melhores práticas em cuidado com pessoas, gestão de recursos e compliance.

A participação no Pacto Global da ONU reforça seus compromissos com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), possibilitando o avanço dessa agenda positiva e fortalecendo o gerenciamento de temas econômicos, sociais e ambientais.

E a estratégia tem se mostrado assertiva, como confirmam os dados da última versão do Relatório de Sustentabilidade. Entre os resultados alcançados, o mais impressionante diz respeito à captura de carbono da atmosfera: aproximadamente 4,5 milhões de toneladas de CO2e (carbono equivalente) foram removidas da atmosfera em 2022 através das florestas da companhia. Isso significa que a Eldorado Brasil capturou 16 vezes mais carbono do que suas emissões diretas para o mesmo período.

Com uma gestão eficiente de recursos e processos de melhoria contínua, a empresa comemorou uma década de atividades, ano passado, produzindo o volume estimado c para 11 anos de operação. Sem renunciar aos seus pilares de boa governança e dentro das melhores práticas ESG, alcançou um marco para uma companhia ‘jovem’, seguindo à risca seu plano de negócios, pensando sempre à frente.

Preocupação com a floresta

Ao longo de todo o ciclo produtivo, que envolve cultivar florestas de eucalipto e extrair a celulose da madeira, há uma série de investimentos em soluções e boas práticas silviculturais e tecnologias que reduzem o impacto na natureza e deixam a operação mais eficiente, provando que agronegócio e meio ambiente andam lado a lado. Tudo comprovado por certificações internacionais e auditorias externas.

“Temos um compromisso com a conservação da biodiversidade em nossas áreas de atuação e influência, e monitoramos sistematicamente indicadores ambientais [energia, água e efluentes, emissões e resíduos] para nos tornarmos cada vez mais eficientes”, explica o diretor de Recursos Humanos, Sustentabilidade e Comunicação, Elcio Trajano Jr.

A base produtiva florestal da Eldorado Brasil é de 293 mil hectares de eucalipto, além de 117 mil hectares de áreas destinadas à conservação, que são refúgio para espécies de animais ameaçadas de extinção.

Eficiência operacional

O complexo industrial de Três Lagoas (MS) é um dos mais modernos, seguros e competitivos do mundo. Seu alto índice de eficiência operacional é resultado dos investimentos em tecnologias que automatizam processos, dos equipamentos e máquinas de última geração e de um Sistema de Gestão Industrial (SGI) focado na melhoria contínua da operação.

Com um time altamente capacitado e inovador, a empresa sustenta a excelência operacional da fábrica, cuja produção de celulose excede em 20% a capacidade nominal do projeto, de 1,5 milhão de toneladas. Assim, em 2022, a Eldorado Brasil atingiu, em 2022, a maior produção de sua história, de 1,8 milhão de toneladas de celulose branqueada de eucalipto, volume 3,1% a mais que em 2021.

Autossuficiência energética

Outro fator que corrobora com os bons índices de sustentabilidade da Eldorado Brasil é a capacidade de gerar toda a energia necessária para a sua operação e seus parceiros do complexo químico-industrial com sobra – esse excedente é comercializado no sistema elétrico nacional. Cerca de 96% da energia vem de fonte limpa e renovável, gerada a partir da biomassa de materiais não aproveitados no processo de fabricação da celulose, como a lignina e resíduos de madeira.

No mesmo complexo da fábrica de celulose, a empresa também mantém a usina termoelétrica Onça Pintada (UTOP), com capacidade instalada de 50 megawatts (MW), que é destinada totalmente ao Sistema Elétrico Nacional, trazendo receita para a empresa e contribuindo para uma matriz energética brasileira mais limpa. O empreendimento se destaca pela tecnologia que utiliza biomassa de resíduos florestais, que não são aproveitados para a produção de celulose.

Apoio à comunidade

 O investimento social é prioridade para a Eldorado Brasil, que busca criar valor compartilhado com a comunidade. “Isso é alcançado por meio de programas e ações de impacto social de grande alcance – um dos tópicos prioritários de nossa estratégia ESG”, afirma Trajano.

Com esse objetivo, a empresa realiza reuniões periódicas com as 15 comunidades mapeadas, desenvolvendo um relacionamento ativo e transparente com as pessoas da região, levantando questões prioritárias e estabelecendo uma agenda positiva para nossa atuação social. Em uma década, promoveu aproximadamente 1.500 encontros com diferentes partes interessadas.

“Nos últimos anos foram investidos mais de R$ 35 milhões em ações e iniciativas sociais com foco nas áreas de saúde, educação, geração de emprego e aquecimento da economia local. Além da participação em fóruns com órgãos de classe, de categoria e governamentais, colaborando com a melhoria de políticas públicas e boas práticas para as pessoas e para o meio ambiente”, destaca o executivo.

A Eldorado Brasil passa anualmente por auditorias externas de certificadoras globalmente conhecidas, oportunidade em que são verificados os padrões de conformidade na gestão de temas, tais como: identificação e monitoramento de possíveis impactos positivos e negativos, ações adotadas para potencializar ou mitigar esses impactos, tratamento para reclamações e anseios da comunidade, projetos sociais implementados e monitoramentos sociais realizados nas áreas de atuação.

Além disso, todos os anos, atualiza sua Matriz Social e identifica, por meio de um trabalho participativo, eventuais impactos negativos, solucionando ou convertendo-os em ações positivas. A partir desse diagnóstico, surgiram duas iniciativas: a manutenção de estradas rurais em Três Lagoas e região, de forma constante, com benefícios diretos aos vizinhos, e o Projeto Pomar, que ajuda pequenos agricultores a ampliar variedade de cultivos. Essa iniciativa começou de forma piloto em dois assentamentos para os quais foram disponibilizados kits de irrigação e 700 mudas certificadas de limão-taiti. Os produtores recebem assistência técnica do Sistema Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) em todas as fases, até a venda e a negociação com o mercado. A expectativa é expandir esse projeto com a inclusão de outras espécies de frutas.

Outros programas desenvolvidos pela Eldorado são:

  • Compra de produtos orgânicos de restaurantes de assentamentos de Três Lagoas e Selvíria para oferta de refeições aos colaboradores da empresa. Em 2022, foram adquiridas 25 mil refeições (proporcionando aumento de 32% na renda dos produtores) e 9.400 unidades de café da manhã.
  • Programa Eldorado de Sustentabilidade (PES): promoção de educação ambiental entre alunos de escolas do Mato Grosso do Sul, comunidades e colaboradores. Em 2022, mais de 14,8 mil pessoas foram impactadas pelas atividades, que inclui a ação de prevenção de incêndios florestais para preservação ambiental.
  • Projeto PAIS (Produção Agroecológica Integrada e Sustentável): realizado desde 2013 em parceria com o Sebrae-MS, o projeto usa uma tecnologia social para ajudar pequenos produtores a praticarem agricultura orgânica, preservando o meio ambiente e promovendo o desenvolvimento econômico. Já foram beneficiadas 45 famílias de Três Lagoas, Selvíria e Aparecida do Taboado. Depois, a empresa adquiriu desses agricultores cerca de 18 toneladas de alimentos direcionados para os refeitórios da fábrica. Como parte do projeto também, durante o ano, a empresa foi apoiadora da primeira vitrine tecnológica em horticultura, no Parque de Exposições de Três Lagoas.
  • Projeto AME (Amigos da Eldorado): iniciativa de voluntariado que reúne colaboradores e seus familiares em causas sociais e comunitárias. Um dos destaques é a campanha de Natal “Fazer o bem, faz bem também”, realizada todos os anos e que já apadrinhou 500 crianças em situação de vulnerabilidade social, contemplando 10 instituições das cidades de São Paulo, Santos, Três Lagoas e Selvíria.
  • Eldorado Run: evento anual que reúne corredores e simpatizantes do esporte em prol da saúde, bem-estar e arrecadação de alimentos e brinquedos, que são repassados para entidades beneficentes.
  • Doações Sociais e Parcerias: frequentemente são realizadas outras ações e campanhas sociais, como a doação de equipamentos médicos, vacinas, cobertores, entre outros. A exemplo, em 2022, foram repassadas as vacinas excedentes contra a de H1N1 da campanha interna da Eldorado para as secretarias de Três Lagoas, Inocência e Selvíria.
  • Construção da nova unidade de saúde da família, no bairro Estuário, em parceria com a prefeitura de Santos (SP) e o Lions Clube Ponta da Praia. Com um investimento de R$ 3,9 milhões, a UBS beneficiará diretamente 16 mil moradores.

“Acreditamos que temos responsabilidade de contribuir com o fortalecimento das comunidades onde vivem nossos colaboradores, suas famílias, parceiros de negócios e futuros talentos. Precisamos entender a realidade dos locais de atuação e promover, por meio de um diálogo aberto e transparente, uma interação positiva que resulta em uma relação genuína, de confiança e de longo prazo”, conclui Trajano.

Sobre a Eldorado Brasil: uma das maiores empresas de celulose do mundo, foi inaugurada em 2012, na cidade de Três Lagoas (MS), e produz mais de 1,8 milhão de toneladas de celulose por ano. Detêm todos os selos internacionais de qualidade, tem mais de 5.000 colaboradores e exporta a maior parte de sua produção para mais de 40 países.

Para acessar o conteúdo de todos os Relatórios de Sustentabilidade da Eldorado Brasil, clique aqui.

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Projeto insere a campanha Plante Uma Árvore na Política Nacional de Educação Ambiental

De autoria do deputado Federal Nilto Tatto, o projeto de lei 5550/23 pretende estimular o plantio de árvores através de uma campanha nacional 

Nesta semana, o deputado Federal Nilto Tatto protocolou na Câmara dos Deputados um Projeto de Lei que insere a campanha Plante Uma Árvore na Política Nacional de Educação Ambiental. O PL 5550/2023 tem o objetivo de estimular o plantio e ajudar a ampliar a cobertura vegetal nas cidades e no campo, preservar as florestas e proteger o meio ambiente, contribuindo com a redução do aquecimento global. 

Desde a década de 1980 o hoje deputado Nilto Tatto atua no movimento socioambientalista junto a povos tradicionais de indígenas, quilombolas, caiçaras e ribeirinhos. Em seu terceiro mandato em Brasília, Tatto se destacou pela capacidade de articular as complexas questões ambientais com temas sociais como a demarcação e posse das terras indígenas e quilombolas; a agricultura familiar; o combate ao uso excessivo de agrotóxicos; os impactos provocados pelas mudanças climáticas, entre outros. 

Segundo o deputado, a ideia do PL 5550/23 nasceu após assistir uma notícia veiculada numa emissora de televisão, informando que o governo do Quênia havia decretado feriado nacional para estimular o plantio de 100 milhões de árvores para combater as mudanças climáticas. Segundo a reportagem, o governo queniano teria disponibilizado cerca de 150 milhões de mudas em viveiros públicos, para cumprir a meta de plantar 15 bilhões de árvores em 10 anos. 

Ao comentar o projeto, Tatto relembra que “num passado recente, dizíamos que as emergências climáticas estavam batendo à nossa porta, mas agora elas já entraram nas casas, especialmente das parcelas mais pobres da população. As ondas de calor, as violentas chuvas e secas prolongadas, que provocam mortes, perdas sociais e econômicas, estão ocorrendo com frequência e intensidade cada vez maiores”, completa. Segundo o deputado, se cada cidadão brasileiro plantasse uma árvore, seríamos capazes de reduzir sobremaneira as consequências das emergências climáticas. 

Desde que foi eleito para seu primeiro mandato em 2014, Tatto tem sido membro da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara, da qual já foi o presidente. O deputado também foi escolhido mais uma vez para ser o coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista. O compromisso de Nilto Tatto tem sido tão grande, que todos os anos ele figura entre os destaques do Prêmio Congresso em Foco, na Categoria Clima & Sustentabilidade. Em 2023, foi eleito pelo juri especializado o melhor parlamentar, entre deputados e senadores, desta categoria. 

Segundo o deputado, que se autodefine como “um ambientalista no Congresso”, uma das principais estratégias para combater o aquecimento global seria o plantio de árvores – seres vivos capazes de retirar dióxido de carbono da atmosfera (um dos principais gases que provocam o aquecimento global), fixando o mesmo em seus troncos e raízes. “Além disso, as árvores são abrigos e oferecem sombra e alimento para diversas espécies de animais, inclusive humanos”, completa. 

Como ambientalista e parlamentar, Tatto manifesta apreensão pela situação das cidades brasileiras, cuja cobertura vegetal vem sendo destruída por loteadores criminosos. Na zona Sul de São Paulo, por exemplo, estas ocupações comprometem totalmente a capacidade de produção de água das represas Billings e Guarapiranga. Além disso, a supressão do “cinturão verde” que circunda a cidade, aumenta ainda mais o calor nos dias mais quentes. 


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