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Unidade da Suzano em Aracruz (ES) pagou R$ 1,5 bilhão à acionistas nesta última quarta-feira

Confira como foi o ano da empresa no Espírito Santo

Gigante do mercado de celulose e papel, a Suzano (SUZB3) pagou aos seus acionistas nesta última quarta-feira (10)  cerca de R$ 1,5 bilhão em proventos. O valor é baseado no lucro demonstrado no balanço trimestral de 30 de setembro do ano passado.

Os acionistas da empresa recebem R$ 1,1633 por papel, em formato de juros sobre capital próprio (JCP), pagando 15% de Imposto de Renda. Tem direito aos proventos quem tinha ações da Suzano no dia 7 de dezembro.

Em 2023, os destaques no setor de celulose no Estado foram os anúncios de dois projetos para ampliação e modernização da unidade da Suzano em Aracruz. O primeiro foi a construção de uma fábrica de papel “tissue”, utilizado na produção de itens de higiene e limpeza.

A fábrica receberá investimento da ordem de R$ 650 milhões e terá capacidade para produzir 60 mil toneladas. A estimativa é de que a obra seja concluída em dois anos, quando então a Suzano terá capacidade instalada da unidade de Bens de Consumo de 340 mil toneladas anuais.

E o segundo projeto, para o qual a empresa mobilizará outros R$ 520 milhões, trata da substituição de uma caldeira de biomassa, o que ampliará a eficiência energética da fábrica. A substituição resultará também em redução da emissão de material particulado.

A nova caldeira está sendo aguardada para 2025 e usa  biomassa para a produção de vapor, que por sua vez é usado na fabricação de celulose e na geração de energia elétrica.

Informações: ESBrasil.

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Aperam suspende investimentos em Timóteo por causa da invasão de aço chinês

Setor siderúrgico está suspendendo investimentos em produção no Brasil por causa da concorrência do aço da China; Usiminas e Gerdau já anunciaram efeitos sobre empregos

 A Aperam, empresa global no segmento de aços inoxidáveis, elétricos e especiais, bem como no segmento de reciclagem com clientes em aproximadamente 40 países, tem unidade em Timóteo, no Vale do Aço, com capacidade para produzir cerca de 900 mil toneladas por ano. Segundo a empresa, essa nova etapa de investimentos estava planejada como continuação dos investimentos iniciados em 2021 e que estão atualmente em execução. “O projeto que será adiado inclui a instalação de um novo laminador a frio de bobinas de alta produtividade com um nível de automação nunca antes visto”, informou a empresa. A Aperam tinha anunciado no ano passado investimentos de R$ 588 milhões em Minas Gerais até 2024. Havia a expectativa de geração de 1.500 empregos temporários nesse ciclo de investimentos.  

No fim de novembro, a Usiminas confirmou efeitos da alta de importação de aço em seus negócios, o que levou a empresa a deixar de abrir cerca de 600 vagas de emprego em Ipatinga, também no Vale do Aço. A siderúrgica afirma, ainda, que estuda desligar o alto-forno 1, como forma de adequar a produção a esse cenário.  

Em entrevista dada a O TEMPO no fim de setembro deste ano, o CEO da Gerdau, Gustavo Werneck, disse que duas unidades produtivas do grupo, uma em Caucaia (CE) e outra em Mogi das Cruzes (SP), estavam paradas para ajustar produção e demanda, que foram afetadas pela importação de aço da China. Cerca de 600 dos 20 mil trabalhadores da Gerdau estavam, na ocasião, com contrato suspenso. Por diversas ocasiões, o executivo informou que planos de investimentos da empresa e contratações estão ameaçados pela “importação predatória”.

O Diretor-Presidente da Aperam South America, Frederico Ayres Lima, disse que o cenário é desafiador. “Como uma empresa que sempre acreditou no Brasil e no crescimento da economia, nos deparamos com um cenário muito desafiador que nos leva a repensar nossos planos de expansão para os próximos anos. Devido a uma questão de sustentabilidade do negócio, vamos reavaliar esse projeto”, afirma.  

Ayres Lima acredita que a entrada massiva de aço chinês no mercado brasileiro em 2023 associada à redução da demanda devido à desaceleração econômica mundial está asfixiando o setor siderúrgico nacional. De acordo com dados divulgados pelo Instituto Aço Brasil, somente em setembro deste ano, as importações de aço da China cresceram 133,8% em relação ao mesmo mês de 2022, atingindo, assim, 549 mil toneladas.  

“Em específico no caso dos aços inoxidáveis e elétricos, que são o carro-chefe da Aperam, as importações cresceram 18% no primeiro semestre do ano em relação ao 1º semestre do ano anterior. No entanto, o número excessivo de produtos chineses no mercado, a política predatória de preços e a demanda reduzida representaram uma queda de mais de US$ 800 por tonelada nos preços internacionais, comprometendo seriamente os projetos de longo prazo da empresa. O problema não é novo, já que as importações de aço inoxidável nos últimos quatro anos cresceram 128%”, informou a companhia.  

 “Justificar novos investimentos na usina, mesmo com todo o diferencial da produção sustentável da Aperam, está se tornando cada vez mais desafiador. Os números não batem,” disse o Diretor-Presidente da Aperam South America e BioEnergia. O executivo acrescenta que o aço chinês chega ao Brasil subsidiado pelo governo do país asiático e com a maior pegada de carbono do mundo, o que prejudica muito não só a competitividade da indústria siderúrgica nacional, bem como o processo de descarbonização do setor.  

O Diretor-Presidente da Aperam South America classifica a situação como “muito séria e insustentável”, portanto, é uma grande ameaça à continuidade da produção nacional. Ele lembra que países como EUA, México, membros da União Europeia — e, possivelmente, o Chile agora — adotaram medidas para combater o comércio desleal chinês que “claramente causa um desvio de volumes de material para países como o Brasil.” O setor pede que o governo brasileiro imponha sobretaxa nas importações de aço da china, de 25%, a exemplo dos países citados.  

Ayres Lima salienta que a Aperam é altamente favorável ao livre mercado internacional, mas a agressividade chinesa que, “por sua vez, ignora as regras da Organização Mundial do Comércio”, tem minado a possibilidade da participação em mercados ao redor do globo como resultado da adoção de medidas protetivas, como a Seção 232 dos EUA, que estabelece um freio no volume de produtos que o Brasil pode exportar. “Isto torna ainda mais importante que o governo federal adote medidas urgentes para salvaguardar toda uma indústria comprometida com o país, com investimentos previstos de R$ 63 bilhões, segundo o Instituto Aço Brasil, para os próximos quatro anos”, afirma o Diretor-Presidente da Aperam South America.  

Segundo recentes levantamentos do Instituto Aço Brasil (Iabr), a previsão final para 2023 é de queda de 8% na produção de aço no Brasil, para 31,4 milhões de toneladas, e recuo de 5,6% nas vendas internas, para 19,2 milhões de toneladas. Por outro lado, de acordo com a entidade, houve um salto de 48,6% das importações, para 4,98 milhões de toneladas de aço estrangeiro. “A indústria brasileira do aço enfrenta uma guerra assimétrica, provocada pela avalanche de aço estrangeiro. Não se trata de questão de falta de competitividade da indústria brasileira, mas da submissão do setor a uma concorrência desleal diante um produto colocado no mercado a preço artificialmente baixo, o que torna urgente o reforço das nossas defesas comerciais, sob risco de repetirmos o triste desempenho deste ano em 2024”, diz Marco Polo de Mello Lopes, presidente executivo do Aço Brasil, em coletiva sobre a crise do aço realizada em novembro.

Cálculos realizados pela entidade indicam que o volume de 4,98 milhões de toneladas de aço importado em 2023 representa, para o país, uma perda de arrecadação de R$ 2,8 bilhões e de 248.225 mil empregos, que estão sendo deslocados para os países produtores desse aço. A perda de faturamento nas usinas de aço chega a R$ 30,6 bilhões, pelos cálculos da entidade. 

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MS fecha ano como o maior destino de investimentos privados no País

Mato Grosso do Sul finaliza 2023 como o maior destino de investimentos privados no País, que superam os R$ 70 bilhões nos próximos anos. São megaempreendimentos que carregam em seu DNA a sustentabilidade. Entre os projetos em andamento estão fábricas de celulose, etanol de milho, esmagamento de grãos, produção de proteína animal e, acima de tudo, energia renovável. Tudo para atender os quatro grandes eixos do Governo do Estado: digital, inclusivo, próspero e verde.

Na avaliação do secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, a pasta comandada por ele caminha atendendo todos estes pilares do governo.

“Foi um ano de conquistas, de expansão no desenvolvimento em projetos da secretaria em itens que o governador estabeleceu como um Estado próspero.  Conseguimos consolidar MS como o maior destino de investimentos privados no Brasil”, frisou o secretário.

“Temos o maior investimento privado do País que é a Suzano e conseguimos também atrair o segundo projeto que é da Arauco. Conseguimos avançar na questão do etanol de milho, novas usinas de etanol. Toda a questão de PPPs nas rodovias e ferrovia. Avançamos na regulamentação ferroviária do Estado”, destacou.

Além disso, o secretário sinalizou que Mato Grosso do Sul cresce acima da média nacional. “De 2020 a 2021, foi mais de 15% de crescimento no PIB nominal, isso é sem parâmetro no País. O Estado continua se desenvolvendo e este é o papel da secretaria, atrair empreendimentos e fazer com que eles se tornem inclusivos, as pessoas sejam qualificadas e a população consiga absorver todas as possibilidades”, comentou.

Mudanças

Na Semadesc, o primeiro ano de Governo foi de muitos ajustes em toda a estrutura organizacional da secretaria, que ficou ainda maior. “Além de Meio Ambiente, Ciência, Desenvolvimento Econômico, que já faziam parte da secretaria, foram incluídos o Trabalho, com a ideia do governador que neste setor caberia buscar mais produtividade, e a Agricultura Familiar”, destacou Verruck.

Diante dos desafios, o secretário relembra que os primeiros resultados apareceram com a intensificação dos trabalhos na agricultura familiar. “Criamos ali um tratamento específico, inclusive quando olhamos o Verde, foi o primeiro Estado que trouxe para a agricultura familiar o desenvolvimento de crédito de carbono por meio de sistemas agroflorestais. Ou seja, a agricultura familiar também passa a fazer parte deste processo do Estado Carbono Neutro”, acrescentou.

No ponto de vista tecnológico, o secretário salienta que MS tem hoje seu plano estadual de Ciência e Tecnologia. “Terminamos o ano com investimentos elevados e recorde com R$ 100 milhões em projetos acadêmicos de carbono neutro, mudanças climáticas, na área da saúde e veterinária. Então, no primeiro ano do governo Riedel, a Semadesc na linha definida pelo governador, nós conseguimos fazer uma entrega, tanto que na última reunião com os secretários de Governo apresentamos 54 projetos e tivemos 92% dos projetos executados. Isso mostra que o compromisso assumido pela Semadesc e vinculadas está sendo cumprido”, complementou Verruck.

Carbono Neutro

Entre as grandes bandeiras do Governo Riedel, a busca do Estado Carbono Neutro em 20230 continua sendo uma das mais priorizadas. “Tivemos um trabalho intenso neste período primeiro na agricultura com a intensificação da produção de baixo carbono. Então, colocamos todo o FCO mais de R$ 1 bilhão financiando atividades que são sustentáveis. Aí entra avicultura, suinocultura, reforma de pastagem. Esta linha é fundamental para que a agricultura sul-mato-grossense efetivamente seja reconhecida como sustentável. Por outro lado, temos o inventário do crédito de carbono. Colocamos uma lei de manejo integrado do fogo, que é um dos principais emissores de CO2. Também no âmbito do Imasul, a obrigação que toda empresa licenciada em MS faça o seu inventário”, afirmou.

Mas, a maior conquista do Estado, na avaliação de Verruck, foi a criação da primeira Lei do Pantanal. “Com a lei estamos preservando a agropecuária e aumentando o nível de preservação. Finalizamos com um grande projeto criando proteção e desenvolvimento sustentável neste bioma”, assegurou.

Qualificação para crescer

Outro avanço do Estado foi adequar as necessidades de demanda por mão de obra capacitada e a projetos que atendessem o setor produtivo. Um deles é o Voucher Transportador. “Identificamos mais de 500 vagas para motoristas com caminhões parados no Estado. Criamos um grande programa para subsidiar a produção de carteiras D e E, e já começamos a ter os primeiros resultados, com pessoas conseguindo empregos e elevando sua renda”, concluiu.

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Exportações do agronegócio capixaba de janeiro a novembro de 2023 ultrapassam o valor comercializado em todo ano passado

Os três principais produtos da pauta das exportações do agronegócio capixaba — complexo cafeeiro, celulose e pimenta-do-reino — representaram mais de 92,5% do valor total comercializado de janeiro a novembro deste ano

De janeiro a novembro de 2023, as divisas somaram mais de US$ 1,9 bilhão, ou R$ 9,4 bi, valor 12% superior ao total exportado em todo o ano passado (US$ 1,7 bi). No acumulado deste ano, o crescimento foi de 21,4% no valor comercializado e de 6,7% em volume, na comparação com o mesmo período de 2022. Mais de 2,3 milhões de toneladas de produtos do agronegócio capixaba foram embarcadas para o exterior.

As maiores variações positivas no valor comercializado foram para gengibre (+94%), café cru em grãos (+54,8%), carne bovina (+37,6%), café solúvel (+12,4%) e celulose (+6,8%), que compensaram a queda em divisas da carne de frango (-45,5%), peixes (-40,2%), mamão (-15,4%) e pimenta-do-reino (-9,1%). Os três principais produtos da pauta das exportações do agronegócio capixaba — complexo cafeeiro, celulose e pimenta-do-reino —representaram mais de 92,5% do valor total comercializado de janeiro a novembro deste ano.

Em relação ao volume comercializado, houve variações positivas para café cru em grãos (+99,4%), carne bovina (+41,8%) e pimenta-do-reino (+8,2%). Houve queda na quantidade exportada de carne de frango (-49,7%), peixes (-37,2%), mamão (-27,5%), gengibre (-9,8%), álcool etílico (-8%), café solúvel (-3,9%) e chocolates e preparados com cacau (-2%).

“Com resultados apresentados até aqui, é possível ultrapassar neste ano os US$ 2,1 bilhões em divisas com as exportações do agronegócio capixaba para mais de 100 países e alcançar o melhor resultado desde 2011, fruto de muito trabalho e resiliência dos produtores e das agroindústrias do Espírito Santo, que conseguem atingir mercados em todos os continentes com produtos de qualidade e sustentáveis”, afirma o secretário de Estado de Agricultura, Enio Bergoli.

No acumulado de janeiro a novembro, dez produtos se destacaram no valor comercializado. O complexo cafeeiro permanece em primeiro lugar na geração de divisas com US$ 923 milhões (48%), seguido por celulose com US$ 704,2 milhões (36,6%), pimenta-do-reino com US$ 151,6 milhões (7,9%), gengibre com US$ 34,2 milhões (1,8%), mamão com US$ 18,9 milhões (0,98%), carne bovina com US$ 17,6 milhões (0,91%), chocolates e preparados com cacau com US$ 14,8 milhões (0,77%), álcool etílico com US$ 12,4 milhões (0,65%), carne de frango com US$ 8,6 milhões (0,45%) e peixes com US$ 5,3 milhões. O conjunto de outros diversos produtos do agronegócio somou US$ 31,2 milhões (1,62%).

Na pauta de exportação do ano passado, a celulose foi o principal produto do agronegócio capixaba, correspondendo a 40,53% do valor das exportações. Contudo, em 2023, o complexo cafeeiro passou a ocupar o primeiro lugar, impulsionado pelo café conilon que quase triplicou o volume de sacas exportadas neste ano. De acordo com o Centro de Comércio do Café de Vitória (CCCV), de janeiro a novembro deste ano, foram exportadas 3.512.621 sacas de café conilon cru em grãos, enquanto no total de 2022 foram exportadas 1.182.864 sacas.

Além das exportações de café conilon cru em grãos, ainda há volumes consideráveis de café solúvel, cuja exportação foi de 435.457 sacas de janeiro a novembro de 2023. O café conilon está cada vez mais eficiente em logística e aumentou a oferta de cafés com certificações de qualidade e sustentabilidade, permitindo ao Brasil acessar mercados consumidores dessa espécie que antes eram compradores de outras origens produtoras. 

“O complexo cafeeiro foi o grande destaque das exportações do agronegócio, consolidando o principal arranjo produtivo agrícola como o primeiro em geração de divisas, superando e muito as exportações de celulose. E o café conilon, presente em cerca de 50 mil propriedades rurais capixabas, foi o grande responsável por impulsionar esse resultado, visto que essa espécie representa mais de 76% do volume exportado do complexo cafeeiro”, complementa Bergoli.

O Espírito Santo foi o maior exportador de pimenta-do-reino, mamão e gengibre entre os estados brasileiros, além de terceiro colocado na comercialização do complexo cafeeiro, envolvendo café cru em grãos, solúvel e torrado/moído.

A Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), por meio da Gerência de Dados e Análises (GDN), realiza mensalmente um levantamento detalhado das exportações do agronegócio capixaba, a partir dos dados originais do Agrostat/Mapa e do Comexstat/MDIC.

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Setor florestal pode liderar crédito de carbono ‘baseado na natureza’ — será que consegue?

Rabobank aponta que indefinição sobre leis, desconfiança sobre qualidade dos créditos e processos longos de certificação são obstáculos para geração de crédito, cujo potencial é de US$ 50 bilhões até 2030

Antes de realmente ganhar tração, o mercado voluntário de crédito de carbono precisa ultrapassar um obstáculo crucial: ofertar créditos robustos e confiáveis — algo que ainda é limitado e tem deixado os compradores em dúvida. É esta credibilidade que o setor florestal precisa mostrar para liderar esta nova economia no Brasil.

“Metodologias rigorosas e em evolução, legislação incipiente a nível nacional e internacional, além da capacidade limitada de acreditação e certificação de créditos de terceiros respeitáveis são apenas alguns dos obstáculos que o setor precisa enfrentar”, afirma Andrés Padilla, analista de Celulose do Rabobank Brasil, em estudo divulgado nesta quarta-feira, 13.

Para que a estruturação dos créditos tenha aval das certificadoras e possam ser comercializados de forma transparente, um caminho para o Brasil é apostar no critério de ‘soluções baseadas na natureza’ (nature-based solutions ou NBS, em inglês). De acordo com estimativas da McKinsey, a demanda potencial por créditos advindos do NBS pode chegar a US$ 50 bilhões até 2030.

O Brasil poderia participar com aproximadamente 15% dos créditos, mas para isso precisa — junto com o mundo — driblar as adversidades que vêm se mostrando mais evidentes.

“Chegar nesse patamar de US$ 50 bi será bastante desafiador considerando as condições do mercado hoje: oferta limitada de créditos robustos e certificados, indefinição sobre legislação na maioria dos países, o que atrasa investimentos, confiança menor dos compradores por problemas recentes com a qualidade dos créditos e processos longos de certificação com custos elevados”, afirma Padilla à EXAME

Quem planta, colhe

Florestas plantadas, dedicadas a segmentos como papel e celulose, “têm o potencial para se tornar ator relevante no mercado voluntário de crédito de carbono como emissores de créditos NBS nos próximos anos”. No Brasil, diferentes formatos de atuação do setor florestal podem contribuir para a credibilidade tão procurada pelos compradores.

De acordo com dados da Forest Trends, organização sem fins lucrativos que rastreia transações de crédito de carbono, as transações de crédito de carbono florestais atingiram US$ 1,3 bilhão em 2021, em comparação com apenas US$ 67 milhões em 2016, e são a maior parcela do mercado voluntário de crédito de carbono.

“Em parte, por isso consideramos que o setor formal de Papel e Celulose poderia se tornar um player relevante nesse mercado, considerando o conhecimento que eles têm no manejo florestal e também pela reputação e solidez institucional das empresas no setor”, diz o analista do Rabobank. 

A conversão de terras degradadas para o plantio de árvores comerciais, projetos agroflorestais e integração entre pecuária e floresta são alguns dos formatos de atividade que o setor pode desenvolver, a fim de atender às métricas de NBS e ao mesmo tempo fornecer serviços ecossistêmicos ao ambiente.

Outros projetos que podem produzir resultados significativos em florestas comerciais são fazendas de duplo propósito que podem incluir gado e florestas plantadas comerciais de baixa densidade, por exemplo.

Essas estimativas colocam o Brasil e a Indonésia como os dois maiores locais possíveis para projetos NBS, dadas as florestas existentes e a disponibilidade de terras para conversão em projetos.

Informações: Exame Agro.

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Mercado de papel e celulose deve ficar equilibrado no curto prazo, diz Santander

Investing.com – Os mercados de papel e celulose devem ficar relativamente equilibrados no primeiro semestre do ano que vem, antes de uma pequena sobreoferta no segundo, com início do Projeto Cerrado, segundo relatório do Santander (BVMF:SANB11) enviado aos clientes e ao mercado. Ao atualizar as perspectivas para o setor, o Santander manteve a Suzano  como principal escolha e afirma ter preferência por exposição no Brasil.

Os analistas Aline Cardoso e Arthur Biscuola avaliam que mesmo com o rali recente, as ações do setor Suzano, Klabin, CMPC e Copec refletem preços da celulose próximos de US$ 530/ tonelada para o ano que vem, o que seria inferior ao custo marginal atual da indústria de US$ 580/t e abaixo do nível intermediário de US$ 550/t.

Para Dexco (BVMF:DXCO3), o Santander manteve a recomendação de manutenção e elevou o preço-alvo de R$6 para R$8,50. No entanto, o banco segue enxergando “incertezas relacionadas à rentabilidade dos painéis de madeira, dada a falta de visibilidade sobre a melhoria da demanda no curto prazo”.

Já a Klabin teve indicação de compra reforçada e alta no preço-alvo de R$29 para R$ 31. Além das iniciativas voltadas ao crescimento, o Santander vê um valuation atraente e destaca a posição de liderança nos segmentos de embalagens.

A Suzano também segue com compra e preço-alvo elevado de R$70 para R$75. Precificação atrativa, iniciativas de expansão, fundamentos ESG e balanço patrimonial sólidos apoiam a tese da empresa.

Às 16h17 (de Brasília), as ações da Dexco (BVMF:DXCO3) caíam 0,81%, a R$7,33, enquanto as da Suzano (BVMF:SUZB3) estavam em baixa de 0,06%, a R$51,42. As Units da Klabin (BVMF:KLBN11) ganhavam 0,43%, a R$21,22.

Informações: Investing.

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Bracell presença marcante na economia da Bahia e do Brasil

Quando uma indústria de porte global opta por se instalar em um determinado estado, é claro que seus executivos não estão olhando apenas para o presente, para o cenário do momento. Aliás, perceber o futuro e a evolução histórica do cenário econômico local em suas diversas nuances é primordial para que os investidores identifiquem as tendências e possam delinear estratégias que vão orientar a tomada de decisões com vistas a pavimentar a sobrevivência do negócio.

Para o setor de celulose e papel esta análise de cenário envolve uma gama de aspectos que vão do básico comum ao absolutamente específico – sem que nada seja menos importante, como os dentes de uma engrenagem. Por sua natureza, estes empreendimentos normalmente envolvem, além das unidades industriais, dezenas de municípios, centenas de comunidades rurais, milhares de hectares de terras que alternam áreas produtivas, remanescentes de vegetação nativa, nascentes e cursos d’água, rodovias, ferrovias e portos. Tudo isso sem falar na gestão de pessoas, uma vez que o setor responde por milhares de empregos diretos e indiretos; no impacto econômico dos negócios de pequeno e médio portes que orbitam as empresas e na influência das políticas econômicas dentro e fora do Brasil.

A Bracell Bahia, em especial, lida com uma particularidade interessante: o fato de ter praticamente toda a sua produção negociada antes mesmo de que os eucaliptos sejam colhidos para extração da celulose solúvel em sua fábrica no Polo de Camaçari, na região metropolitana de Salvador. É como seus produtos destinam-se a aplicações específicas, como medicamentos, cosméticos, alimentos, tecidos, cigarros, pneus e outros, a produção já acontece atendendo a requisitos previamente definidos em contrato pelos clientes. Essa característica oferece um certo conforto para as operações da companhia, mesmo em cenários de oscilação do mercado, mas não a isentam da necessidade de controlar custos para que os contratos possam ser cumpridos mesmo diante de eventuais interferências políticas e econômicas que interferem diretamente em sua cadeia de produção, logo, nos preços das matérias-primas que a empresa adquire no mercado nacional.

Cenários internacionais adversos, como os gerados pelos ataques da Rússia à Ucrânia desde fevereiro de 2022, deixam claro que prudência é, mais do que nunca, palavra de ordem para o mercado. Até porque, se paira no ar uma nova ameaça de crise econômica na China, provocada por uma potencial explosão de uma bolha imobiliária local, o mundo inteiro precisa estar preparado para sobreviver aos impactos disso no mercado, já tão baqueado pelos efeitos dos ataques da Rússia à vizinha Ucrânia.

O que temos aprendido com o exercício diário de interpretar múltiplos cenários é que há fatores externos cuja intensidade e alcance não podemos dominar, mas podemos sim aprimorar nossos processos, qualificar continuamente nossos profissionais e modernizar nossos equipamentos e sistemas de modo a fortalecer a musculatura da companhia para o enfrentamento de tempos difíceis.

Internamente, temos buscado fortalecer filosofias que estão, de fato, promovendo uma mudança do mindset nas equipes nas unidades de negócios da RGE no Brasil e no mundo. Para citar três delas, trago os 5C, que, na tradução para o português, define que um negócio só será bom para a Bracell se, antes, for positivo também para o clima, a comunidade, o país e o clima. Outra se refere aos Valores Fundamentais Topicc, cujos pilares são Times que se complementam, Olhar de dono, Pessoas, Integridade, Cliente e Melhoria contínua. Por último, a orientação pelo QPC (Qualidade, Produtividade e Custo), lembrando que todos estes aspectos trazem intrínseca a atenção aos fatores sociais e ambientais que são exaustivamente discutidos com colaboradores em todos os níveis.

Com esta abordagem, preparamos as pessoas que atuam conosco para a evolução profissional e para uma atuação responsável e o que temos percebido, de modo muito positivo, é que a Bracell vem conquistando um espaço que vai além do mercado em si. Ser reconhecida como uma empresa socialmente justa, ambientalmente correta e economicamente viável é um valor agregado que nosso jeito de agir tem impresso ao negócio. E essa marca a Bracell Bahia leva para o Brasil e o mundo por meio de produtos de alto padrão fornecidos com serviços técnicos estáveis e confiáveis.

EXPECTATIVA POSITIVA

Como uma das líderes em seu segmento, a Bracell opera atenta aos sinais do mercado e municiando suas equipes de informações e conhecimentos que as preparem tanto para os desafios quanto para as oportunidades. E é importante ter em mente que, muitas vezes, as oportunidades são tão ou mais desafiadoras do que as adversidades, porque em qualquer cenário são as decisões estratégicas que manter-nos-ão no controle da situação. É preciso ter pulso forte para enfrentar as oscilações e os humores do mercado sem soltar as mãos dos parceiros ideais.

Uma evidência da aposta da Bracell na Bahia é a aquisição, no primeiro quadrimestre desde ano de uma empresa com três unidades de produção – duas no estado e uma em Pernambuco – no segmento de tissue que passaram a integrar a Bracell Papéis, que marca nosso ingresso no segmento B2C, com fraldas, papel toalha, guardanapos e papéis higiênicos. A aquisição posicionou a empresa, logo de início, como a segunda maior fabricante de papéis tissue do Nordeste. E a Bracell nasceu com a ambição de se tornar uma das líderes nacionais no setor. Este projeto dará mais um passo com o início das operações, em 2024, da unidade de tissue atualmente em construção no município de Lençóis Paulista, no estado de São Paulo. A futura unidade está sendo instalada ao lado da fábrica de celulose da Bracell e contará com quatro máquinas para produção de papel tissue utilizado para fabricar papel higiênico e papel toalha. Com capacidade produtiva de 240 mil toneladas anuais, a fábrica será uma das mais modernas e sustentáveis do mundo, 100% automatizada e a única no Brasil a operar totalmente livre de combustíveis fósseis.

Tais investimentos se somam a outros que têm sido feitos nas unidades florestais e industriais da Bracell na Bahia, numa inequívoca demonstração de confiança na economia e na política baianas e em como operamos aqui em sinergia com nossas atividades em outros estados brasileiros, com respeito ao meio ambiente, às comunidades vizinhas e aos mais de 6.400 colaboradores próprios e aproximadamente 17.800 terceirizados que atuam conosco, conforme dados de dezembro de 2022, viabilizando nossa capacidade de produção para disponibilizar para o mercado, por ano, 2 milhões de toneladas de celulose solúvel ou até 3 milhões de toneladas de celulose kraft.

Este grande movimento formaliza nossa expectativa de crescimento da economia nacional. Porém, o crescimento é uma tendência, mas não se faz sozinho. Neste sentido, os setores privados e públicos se complementam e precisam criar um ambiente cada vez mais propício à prosperidade da Bahia e do Brasil, para o bem dos baianos e de todos os brasileiros.

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