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#CirculeUmLivro cresce e chega à terceira edição em seis capitais

Projeto da Ibá e Abigraf incentiva a leitura e a economia circular a partir da troca gratuita de livros em áreas de grande circulação

A Campanha #CirculeUmLivro chega maior à sua terceira edição em 2024, com o objetivo de alcançar milhares de pessoas em seis estados brasileiros. Realizada conjuntamente pela Ibá (Indústria Brasileira de Árvores), entidade que representa o setor de árvores cultivadas para fins industriais no país, e pela Abigraf (Associação Brasileira da Indústria Gráfica), entidade que representa a indústria brasileira de impressão, a ação convida a população a trocar livros já lidos por outros disponíveis em pontos de grande circulação das cidades. Este ano, a campanha acontecerá entre os dias 22 e 28 de abril.

#CirculeUmLivro na Estação República de metrô (SP).

Nesta edição, para além de São Paulo, haverá pontos de troca de livros no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Curitiba e Brasília — a expansão acontece graças ao apoio das entidades regionais de representação do setor. Alguns endereços ainda contarão com atividades culturais gratuitas para todas as idades. A ação reflete a importância da leitura e da sustentabilidade do papel, produzido a partir de árvores plantadas, colhidas e replantadas para este fim, comumente em áreas antes degradadas.

Na largada da campanha, os locais de troca já estarão abastecidos com mais de 11 mil livros de diferentes gêneros, doados pelas mais de 35 editoras, entidades e empresas que apoiam a ação. Livros como “O Fantasma da Ópera”, a saga de Percy Jackson, exemplares da Marvel, da DC, mangás, edições sobre bichos incríveis, histórias extraordinárias e muitos gibis da Turma da Mônica. Clássicos da literatura, livros de culinária e biografias estarão disponíveis para as pessoas retirarem gratuitamente, deixando outro no lugar, para o próximo que chegar.

Os pontos de troca estarão localizados em áreas de grande circulação, como centros culturais, estações de metrô, rodoviárias e ruas centrais das cidades que recebem o projeto. Desta forma, a iniciativa busca atingir mais pessoas com o objetivo de estimular a leitura, a interação entre as pessoas, a criatividade, a imaginação e uma reflexão sobre a cidade e o espaço em que vivemos.

“Chegamos à terceira edição do Circule que, a cada ano, cresce e atinge mais pessoas. Nacionalizamos a campanha, levando o projeto para mais estados e ampliando a promoção da leitura, hábito fundamental para o desenvolvimento de crianças, jovens e adultos”, destaca Paulo Hartung, presidente da Ibá. “Não só isso, nosso objetivo é também fomentar a economia circular a partir de uma matéria-prima sustentável, que é o papel. O livro tem origem em árvores cultivadas para esse fim, são recicláveis e têm um pós-uso consolidado, podendo ser passado de gerações a gerações. Participamos assim da construção de uma economia verde, com proteção de florestas nativas e da biodiversidade.”

“O objetivo do projeto #CirculeUmLivro é contribuir para o desenvolvimento social, cultural e educacional do Brasil. Para nossa grande alegria, o setor gráfico, tanto por meio das empresas, como de pessoas físicas, participou ativamente, superando todas as expectativas em relação à doação de títulos e mostrando real engajamento nesse projeto tão importante e bonito. Como autor, editor, gráfico, livreiro e apaixonado pela leitura, me sinto realizado. Agradeço a todos os que contribuíram com esse trabalho voluntário, em especial ao apoio do Projeto Livros para Todos, que coordenou a grande corrente de arrecadação de livros para essa edição de 2024”, destaca João Scortecci, Presidente da Abigraf Regional São Paulo.

Atividades culturais

As atividades culturais acontecem em São Paulo ao longo do final de semana, nos dias 27 e 28 de abril.  Na estação Tatuapé, haverá uma oficina de máscara de papel e um painel interativo, das 9h às 17h. Já no Centro Cultural FIESP/SESI, na Avenida Paulista, haverá também mediação de leitura, das 11h às 16h.

Pontos de troca

São Paulo

– Nas estações do Metrô de São Paulo:

Sé, Tatuapé, Corinthians-Itaquera, Consolação, Sacomã, Portuguesa-Tietê e São Mateus

– Centro Cultural FIESP/SESI

Avenida Paulista, 1313, Bela Vista, São Paulo

Rio de Janeiro

– Centro de Referência Firjan SENAI SESI

Rua São Francisco Xavier 417, Maracanã, Rio de Janeiro

Brasília

– SESI/DF

SCN Quadra 1, Bloco E, Ed.Central Park, Brasília

Bahia

– Rodoviária de Salvador

Avenida Antônio Carlos Magalhães, 4362 – Pernambués, Salvador, Bahia

Paraná

– Rua XV de Novembro, Curitiba, Paraná

Minas Gerais

– Estações do Metrô de Belo Horizonte

São Gabriel, Central, Minas Shopping e Santa Tereza

Parceiros

Metrô de São Paulo, ABAF, AMIF, APRE, Firjan Senai, Rodoviária Salvador, Metrô de Belo Horizonte, Embrapa, SESI SP, SESI DF, Fibra.

Apoiadores

Projeto Livros para Todos; Grupo Editorial Scortecci; Two Sides; Editora Panini; Florestar; Bracell; Irani; Melhoramentos; Norflor; Editora do Brasil; Câmara Brasileira de Livros; UBE-RJ; Leograf; Loyola Editora; Litoband; Parceiros do Livro; Embalagens Santa Inês; APS – Eventos; Gráfica Brogotá; Gráfica Viena; Voo Livre – Revista Literária; Ventania Cultural; e as Abigrafs Regionais do DF, PR, RJ e RS.

Sobre a Ibá

A Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) é a associação responsável pela representação institucional da cadeia produtiva de árvores plantadas, do campo à indústria, junto a seus principais públicos de interesse. Lançada em abril de 2014, representa 48 empresas e 10 entidades estaduais de produtos originários do cultivo de árvores plantadas – painéis de madeira, pisos laminados, celulose, papel, florestas energéticas e biomassa -, além dos produtores independentes de árvores plantadas e investidores institucionais.

Site: https://iba.org/

Instagram: https://www.instagram.com/iba_oficial/

Facebook: https://web.facebook.com/industriabrasileiradearvores

Sobre a Abrigraf

Fundada em 1965 inicialmente na cidade de São Paulo, a ABIGRAF (Associação Brasileira da Indústria Gráfica) está presente hoje em 21 estados com suas regionais, mais o Distrito Federal, atuando de forma coordenada em busca de resultados concretos e de melhorias para a Indústria Gráfica Brasileira.

É com esse foco que a entidade vem trabalhando nas esferas privada e pública com o objetivo de unir, fortalecer e expandir o setor gráfico brasileiro, interagindo de forma sustentável com outros setores da cadeia produtiva, promovendo a disseminação de conhecimento por meio de treinamentos, consultorias e cursos, apoiando eventos setoriais e participando ativamente de pleitos que visam garantir e proteger as conquistas do segmento de impressão, empreendedores e profissionais.

Site: www.abigraf.org.br
Instagram: @abigrafoficial 
Facebook: https://www.facebook.com/ABIGRAFNACIONAL

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Embalagens de papel crescem como alternativa sustentável no e-commerce

SEE aponta tendência no aumento do papel como alternativa de proteção na logística do e-commerce. A busca por sustentabilidade é a principal motivação

As embalagens de papel crescem como uma alternativa sustentável no e-commerce neste final de ano e para 2024, de acordo com a SEE, empresa especializada em embalagens. Isso porque, de acordo com um levantamento interno, dos players que buscam por sustentabilidade em embalagens para o e-commerce, metade têm apostado no papel, enquanto a outra metade busca soluções com conteúdo reciclado.

A SEE, que desenvolveu o plástico bolha e hoje conta com portfólio crescente de soluções de plástico e papel para o mercado do e-commerce, revela que atualmente as empresas estão diversificando os materiais de embalagem em prol de uma operação mais sustentável. 

A Gerente de Marketing de Protective Packaging da SEE para América do Sul, Erika Martínez, explica que o cenário é um reflexo do movimento vivido pelo e-commerce em direção a operações que colaboram para uma economia circular. “Sem dúvida, a busca por uma operação mais segura e ao mesmo tempo sustentável é o que tem feito o varejo evoluir na maneira de proteger as mercadorias em suas jornadas até o cliente. Hoje no Brasil temos uma cadeia de reciclagem de papel muito mais evoluída que a do plástico, o que potencializa a reinserção deste material no processo produtivo”, comenta. Segundo dados compilados pelo CEMPRE, a taxa de reciclagem do plástico no Brasil é de 23%, enquanto a do papel chega a 66%.

A executiva pontua ainda que a evolução do papel como embalagem não invalida os esforços de uso de plástico reciclado, pois o mercado demanda diferentes categorias de proteção e o plástico continuará sendo extremamente necessário. “Quando falamos sobre a escolha da melhor embalagem, junto como material é importante que se avalie sua capacidade de resistência, seu impacto na cubagem e na experiência de unboxing e descarte realizado pelo cliente”, explica.

Além das caixas de papelão, o papel está presente em soluções para amortecimento e preenchimento de espaços vazios, e ainda, envelopes, conhecidos como mailers, que contam com sistema de bolhas de papel. Esta categoria de mailer elimina a necessidade de materiais de preenchimento e pode substituir as caixas de papelão, influenciando na redução de cubagem e custo de frete. “Estes envelopes atendem tranquilamente segmentos como vestuário, saúde, beleza e eletrônico; todos mercados aquecidos para as compras neste fim de ano”, comenta Martinez.

Por fim, a especialista acrescenta que soluções funcionais de papel, como os envelopes, tendem a favorecer a eficiência operacional dos fullfilments, podendo tornar a operação até três vezes mais ágil do que um processo com caixas, já que demanda menos procedimentos. “Acredito muito que daqui para frente deve crescer ainda mais a busca por opções de papel que otimizam material e entregam alta resistência e proteção. Afinal, essa é uma combinação certeira para atender as demandas de agilidade, experiência do cliente e sustentabilidade”, finaliza Martinez.

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Lançada na COP norma técnica que fortalecerá manejo florestal feito por madeireiras de Mato Grosso

Uma das mais recentes ações na COP 28, a conferência do clima, feita pela ONU, em Dubai, foi o lançamento da norma 1020 da ABNT, que irá dará mais força e valorizar o manejo florestal sustentável, feito por indústrias do setor madeireiro de Mato Grosso para extração seletiva de árvores, com a sistematização do processo de rastreabilidade. O trabalho teve o apoio da Associação Brasileira de entidades de Meio Ambiente, da qual a secretária de Meio Ambiente de Mato Grosso, Mauren Lazzaretti é presidente. Esta norma vai ajudar a promover a valorização do produto florestal de origem nativa e fortalecer a economia a partir da floresta.

O presidente da ABNT, Mário Esper, explicou que essa norma técnica brasileira vai servir de base para um regulamento internacional, ou seja, essa prática será respeitada mundialmente. O presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso, Silvio Rangel, participou do evento e solicitou ao presidente a criação de uma certificação para quem atende a essas normas e ambas as instituições assinarão um acordo de cooperação para a realização deste trabalho. A reivindicação foi feita a pedido do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (CIPEM).

Ainda na COP, Silvio Rangel, destacou na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), em Dubai, as ações da indústria brasileira e mato-grossense que contribuem para a consolidação do segmento como exemplo de economia verde. “A indústria já reconheceu a importância dessa agenda climática para o mundo e tem investido cada vez mais em modernização da sua produção aliada a técnicas ambientalmente corretas, estamos transformando os desafios de sustentabilidade em oportunidades de negócios. Temos orgulho de dizer que somos, sim, exemplo para o mundo, produzindo, gerando desenvolvimento econômico e social com sustentabilidade”, afirmou Silvio.

Ele citou o exemplo das indústrias de bioenergia, que são exemplos de economia circular. Na produção de etanol ou biodiesel, nada se perde. Essas indústrias não produzem apenas o biocombustível, mas vários outros produtos, como energia elétrica e ração animal, entre outros. “Em um mundo digitalizado como o nosso, a tecnologia e a inovação têm, cada vez mais, papel essencial na construção do futuro da bioeconomia. Foi muito graças a inovação e a o desenvolvimento tecnológico que o Brasil se tornou um dos maiores produtores de etanol no mundo e tem a chance de ser protagonista mundial nesta transição energética. Em Mato Grosso, por exemplo, o que vimos nos últimos anos foi uma revolução na nossa atividade. De uma indústria que entrega biocombustível e açúcar, para um setor que gera energia elétrica renovável, está fortalecendo a cadeia de alimentos e supre de carbono setores onde a descarbonização ocorre em um ritmo mais lento”, afirmou, através da assessoria.

Informações: Só Notícias.

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Farol do Bem: Portocel conquista três prêmios em iniciativa que reconhece impacto positivo sobre a sociedade

Três projetos desenvolvidos pelo terminal foram destaque nas categorias Meio Ambiente Empresas, Inovação nas Organizações e Empresa Destaque

O Portocel, terminal portuário localizado em Aracruz (ES), foi o maior premiado na 6ª edição do Farol do Bem, prêmio conferido pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Espírito Santo (Sindifer-ES) a iniciativas que se destacam pelo impacto positivo na sociedade, nos eixos de meio ambiente, qualidade de vida e economia. O terminal saiu da solenidade de premiação, realizada na noite de quinta-feira (30) na Findes, em Vitória, com três troféus, inclusive o de Empresa Destaque da premiação.

O troféu de Empresa Destaque foi pelo projeto Ecociclo, desenvolvido em parceria com a Criarte – Associação de Artesãos de Barra do Riacho, que alia destinação adequada de resíduos e incentivo ao empreendedorismo. O projeto consiste em fornecer lonas de banners publicitários para a confecção de ecobags, entre outros artigos, que são vendidos e geram renda para mulheres da comunidade de Barra do Riacho, em Aracruz, vizinha ao porto. A iniciativa também tem forte apelo ambiental, ao praticar a economia circular, dando utilidade a lonas que seriam descartadas como resíduo. O Ecociclo também ficou em 2º lugar na categoria Meio Ambiente do Prêmio Biguá, que reconhece iniciativas nessa área.

Outro projeto que ficou em 1º lugar no Farol do Bem, na categoria Inovação nas Organizações, foi o Spreader Automático, equipamento desenvolvido pelas equipes do porto, em parceria com empresas especializadas, que oferece mais segurança e agilidade ao processo de içamento de cargas. Recentemente, o Spreader Automático também conquistou o 1º lugar em prêmio nacional promovido pela Associação dos Terminais de Uso Privado (ATP), na categoria Inovação Tecnológica Portuária. Por iniciativa do Ministério dos Transportes, será apresentado na COP28, a Conferência do Clima da ONU, que acontece em Dubai, juntamente com o projeto Manobras Portuárias Sustentáveis, outra iniciativa do Portocel, em parceria com a Wilson Sons, que conquistou o 2º lugar na categoria Sustentabilidade Energética Portuária na premiação da ATP.

No Farol do Bem, Portocel conquistou, ainda, o 1º lugar na categoria Ação Social, com o Agente do Bem, que visa a conscientização sobre o combate à violência infantojuvenil. Com esse projeto, o terminal apoiou o desenvolvimento do Plano de Enfrentamento à Violência contra Crianças e Adolescentes, que foi a base para a criação da Lei Municipal 4.325, em Aracruz, estabelecendo fluxos e diretrizes para lidar com o assunto. O projeto inclui ainda a formação de multiplicadores no município, que contribuem para identificar e tratar temas relacionados à violência sexual contra crianças e adolescentes, atuando sobretudo na prevenção.

“Os três prêmios conquistados na 6ª edição do Farol do Bem atestam que o Portocel está alinhado às melhores práticas operacionais e de gestão, sobretudo no que diz respeito ao relacionamento com as comunidades. Este ano, seguimos consolidando nossas políticas voltadas para ações de ESG e os prêmios demonstram o reconhecimento de que a empresa está no caminho certo”, reforça Júlio César Lourenço, executivo da área comercial, novos negócios e comunicação do Portocel. Nesta sexta edição do Farol do Bem, 50 empresas inscreveram seus projetos e 24 tiveram iniciativas selecionadas como finalistas.

Sobre Portocel – Com capacidade para embarcar 7,5 milhões de toneladas/ano, Portocel é reconhecido por sua eficiência operacional, dispondo de completa infraestrutura logística, instalações e equipamentos integrados a diferentes modalidades de transporte: importação e exportação, longo curso e cabotagem, cargas gerais, projetos, granéis e operações de óleo e gás. Com localização privilegiada no município de Aracruz (ES), o terminal está conectado por malha rodoviária e ferroviária aos principais centros produtivos e de consumo do país. O porto é controlado por dois grandes players do setor de celulose e papel: a Suzano e a Cenibra e segue perseguindo oportunidades que confirmem a sua trajetória como um grande porto de negócios.

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Na semana da COP28, União Europeia defende economia circular para reduzir a poluição na Amazônia

Instituição lançou estudo que defende protocolo entre os países da região para promoção de ações conjuntas na área, com alinhamento de políticas públicas e regulações 

A União Europeia promoveu um encontro com autoridades nacionais e internacionais para debater o problema da poluição plástica na Amazônia, na semana de início da COP28. O evento, que foi realizado em Brasília com apoio da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), defendeu que a solução passa por iniciativas de economia circular nos países amazônicos. 

Durante o evento, a União Europeia lançou um estudo do Programa Plásticos Circulares nas Américas (CPAP) que destaca a necessidade de um protocolo de cooperação para promoção da economia circular na região, com a participação de todos os países, para o compartilhamento de políticas públicas, práticas e regulamentações. 

“O Rio Amazonas é o segundo rio mais poluído do mundo em termos de plástico, atrás apenas do Rio Yangtze, na China. Esse plástico acaba sendo transportado até o Oceano Atlântico, tornando a Amazônia uma das novas fronteiras da poluição plástica. Por isso, surge a necessidade de enfrentar este desafio de maneira coordenada. O Programa Plásticos Circulares nas Américas junta vários atores para colocar a economia circular no topo das discussões relacionadas com as mudanças climáticas e a transição ecológica”, disse Jean-Pierre Bou, chefe adjunto da Delegação da União Europeia no Brasil.

A iniciativa faz parte do roadshow da “União Europeia-Brasil: Soluções para a Economia Circular”, que já percorreu Rio de Janeiro, São Paulo e Fortaleza, e veio a Brasília para estimular a articulação dos setores público e privado na busca de soluções concretas para o problema da poluição plástica na Amazônia, visando a construção de uma agenda comum entre os oito países que compartilham a maior bacia hidrográfica do mundo. 

“Nós temos 50 milhões de habitantes na bacia do Rio Amazonas e 60% deles habitam na parte urbana. Este é um grande desafio da economia circular e da bioeconomia, que são temas da Declaração de Belém. Temos também um problema da questão fronteiriça para tratar de agendas regionais e nacionais. É um dos assuntos que estamos nos dedicando e ganhando experiência para poder trabalhar com diferentes países”, afirma Alexandra Moreira, secretária geral da Secretaria Permanente da OTCA.

Protocolo de regulações

O estudo divulgado foi realizado por Fabricio Soler, especialista em direito ambiental, e fez uma comparação entre as legislações nacionais, estaduais e municipais, do Brasil, Peru e Colômbia, em relação à economia circular e gestão de plástico na bacia do Rio Amazonas.

O protocolo defendido na pesquisa envolve regulação de plásticos, gestão de resíduos sólidos, instrumentos de promoção e financiamento, responsabilidade ampliada do produtor, eliminação de lixões, dentre outros temas.

“Os países, estados e cidades têm conhecimento. Alguns são mais avançados em um assunto e alguns são em outros. Por isso, é necessário o compartilhamento desse conhecimento”, afirmou Soler.

Por seu mandato institucional e intergovernamental, a OTCA é a organização recomendada no estudo para assumir a coordenação desta agenda para a região.

Histórico

A ideia do evento do Programa Plásticos Circulares nas Américas (CPAP), da União Europeia, surgiu de uma missão exploratória na cidade colombiana de Letícia, que faz fronteira com o Brasil e com o Peru. No local, a equipe identificou diversos problemas fronteiriços relacionados à gestão de resíduos, como, por exemplo, o fato de que resíduo reciclável do município vai por avião militar para Bogotá para ser tratado, ao invés de ir à Tabatinga, a 10 minutos da fronteira com o Brasil, ou por rio para Manaus. Com isso, CPAP percebeu que são necessários novos modelos de negócios transnacionais mais compatíveis com os princípios da economia circular. 

“A poluição plástica não reconhece fronteiras. O plástico deixado em Iquitos ou em Letícia seguramente vai acabar no Atlântico. Então é muito importante que esse problema seja tratado por todos os países. O princípio da economia circular é que não existem resíduos, pois tudo se aproveita. Quando a gente pensa na economia circular do plástico, é como as grandes empresas vão produzir esses produtos sabendo a sua disposição final”, disse Stephanie Horel, representante da Delegação da União Europeia no Brasil.

Seminário

Durante o evento “Ambição para uma Amazônia Circular: Cooperação regional no combate à poluição plástica”, foram reunidos representantes do setor privado, ONGs, comunidades locais e agentes do setor público para promover uma união de esforços para ampliar as discussões sobre o tema.

O encontro teve a participação de Jean-Pierre Bou, chefe adjunto da Delegação da União Europeia no Brasil; Stephanie Horel, representante da Delegação da União Europeia no Brasil; Alexandra Moreira, secretária geral da Secretaria Permanente da OTCA; Marco Diogo, chefe da Representação do Banco Europeu de Investimento no Brasil; Cecília Guerra, executiva sênior da Diretoria de Assessoria Técnica de Biodiversidade e Clima, da Gestão de Ação Climática e Biodiversidade Positiva, do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF); Vitor Leal Pinheiro, gerente de Políticas para o Clima do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA); Adalberto Maluf Filho, secretário de Meio Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental, do Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas; Aline Damasceno Ferreira Schleicher, secretária-executiva adjunta do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio (MDIC); Sissi Alves, coordenadora-geral de Economia Circular do MDIC; entre outras autoridades.

O seminário foi realizado na sede da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica e é fruto de uma parceria entre a União Europeia, por meio do Programa Plásticos Circulares nas Américas, OTCA e a Prefeitura de Manaus, representada pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SEMMAS), com o apoio do Governo do Estado do Amazonas.

Sobre o Programa Plásticos Circulares nas Américas

Lançado em janeiro de 2021, o Programa Plásticos Circulares nas Américas (CPAP) é uma iniciativa financiada pela União Europeia para a troca de experiência em ações de fomento à agenda verde. O CPAP tem o objetivo de apoiar a transição para uma economia circular de plásticos por meio do diálogo e da cooperação internacional, no Brasil e na Colômbia. O programa promove encontros para estimular a busca de alternativas viáveis e alinhadas com os objetivos da iniciativa e conta com o apoio dos governos locais, instituições de ensino e pesquisa, organizações do trade turístico e parceiros da iniciativa privada. O intuito é engajar diferentes atores do cenário nacional para a implementação de iniciativas concretas a serem apoiadas pelo programa e também por parceiros europeus.

A Delegação da União Europeia no Brasil é uma das 146 missões diplomáticas da União Europeia em todo o mundo. Trabalha em estreita coordenação com as missões diplomáticas dos 25 Estados-Membros da UE acreditadas no país, promovendo os valores e as políticas da União Europeia, representando a UE e os seus cidadãos e criando redes e parcerias.

Veja vídeos sobre o programa:

Amazônia Circular – Episódio 1: https://drive.google.com/file/d/1YGD8iei7UORW7DAmucQq4diGlUgRDV9q/view?usp=sharing

Amazônia Circular – Episódio 2: https://drive.google.com/file/d/1YK3pb55paQPUnY71inCF570uILkAP4vR/view?usp=sharing

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Bracell participa do primeiro Fórum Nordeste de Economia Circular em Salvador

Representantes da empresa estarão nos painéis “Plano de Transição Ecológica” e “Economia Circular para uma indústria mais sustentável”

A cidade de Salvador sediará, a partir desta quinta-feira, 23, o Fórum Nordeste de Economia Circular (FNEC), o primeiro do segmento do Brasil. O evento  – voltado para a sociedade civil, gestores públicos, formadores de opinião, cooperativas, empresários, indústrias, lideranças, estudantes e tomadores de decisão – terá diversos painéis, como o apresentado por Márcio Nappo, vice-presidente de Sustentabilidade e Comunicação da Bracell, e Adalberto Maluf, secretário Nacional de Meio Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental (MMA), sobre o tema “Plano de Transição Ecológica”. 

A apresentação do primeiro dia do fórum ocorrerá no Museu de Arte Contemporânea, no bairro da Graça, das 11h30 às 12h30, e abordará “os planos de transição ecológica implementados por governos, destacando as políticas e medidas adotadas para promover a sustentabilidade ambiental em diferentes setores, como energia, transporte, agricultura e indústria”. 

Márcio Nappo e Meryellen Baldim/ Fotos: Acervo Bracell.

Na ocasião, Nappo falará sobre as metas e compromissos de sustentabilidade da empresa dentro da Agenda 2030, como reduzir em 75% as emissões de carbono por tonelada de celulose produzida; igualar a conservação, restauração e proteção das áreas de vegetação nativa em tamanho igual às áreas de plantio de eucalipto da empresa; reduzir em 47% o consumo de água; e aumentar em 20% a renda de famílias que participam de projetos de geração de renda da Bracell.

Já o segundo dia do evento, que ocorrerá nesta sexta, 24, das 15h40 às 16h20, contará com um painel sobre “Economia Circular para uma indústria mais sustentável”, com Meryellen Baldim, gerente de Meio Ambiente e Certificações Florestais da Bracell Bahia, e Gerusa Rios Maia (Basf), com mediação de Arlinda Coelho, gerente de Meio Ambiente e Responsabilidade Social na Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb). O encontro será no Museu de Arte da Bahia. 

O fórum seguirá até o sábado, 24, e contará, nos três dias, com ambientes da Bracell no Museu de Arte Contemporânea: um sobre a Agenda 2030, com destaques para as metas ambientais e projetos sociais apoiados pela empresa, como o Farmácia Verde, desenvolvido por mulheres da comunidade quilombola do Cangula, em Alagoinhas, e outro sobre o Floresta Sempre Viva, que mostra a riqueza da flora e da fauna em áreas de conservação da companhia na Bahia.

Sobre a BracellA Bracell é uma das maiores produtoras de celulose solúvel e celulose especial do mundo, com duas principais operações no Brasil, sendo uma em Camaçari, na Bahia, e outra em Lençóis Paulista, em São Paulo. Além de suas operações no Brasil, a Bracell possui um escritório administrativo em Cingapura e escritórios de vendas na Ásia, Europa e Estados Unidos. www.bracell.com

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