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Setor de árvores cultivadas bate recordes de receita, produção e exportação, aponta novo Relatório da Ibá

Lançado em reunião com o ministro da Fazenda, material aponta série de recordes do setor de árvores cultivadas, incluindo R$ 260 bilhões em receita

O novo Relatório Anual da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) foi lançado nesta sexta-feira, 17, em reunião com o ministro da Fazenda. Na ocasião, Haddad recebeu o relatório do presidente da entidade, Paulo Hartung. O documento aponta que o setor de árvores cultivadas acumulou uma série de recordes, entre receita, produção, exportação e geração de bioenergia. Com dados referentes ao ano de 2022, o documento, produzido pela primeira vez em parceria com a ESG Tech, aponta que o setor que planta árvores para fins industriais teve receita de R$ 260 bilhões, crescimento de 6,3% sobre o ano anterior.

As empresas de base florestal produziram 25 milhões de toneladas de celulose, 11 milhões de toneladas de papel, números mais altos já registrados pelo anuário da entidade, além de 8,5 milhões de m³ de painéis de madeira.  Preservando seu posto como maior exportador de celulose do mundo, o Brasil bateu recorde de exportação, com 19,1 milhões de toneladas. O setor também vendeu no mercado externo 1,5 milhão de m³ de painéis de madeira, 2,5 milhões de toneladas de papel, maiores números já registrados até hoje. As vendas geraram divisas no montante de US$ 14,3 bilhões ao País, outro recorde de acordo com a série histórica do setor.

Tais recordes se refletem na ampla carteira de investimentos do setor, no montante de R$ 61,9 bilhões até 2028. Desse total, R$ 22,2 bilhões estão sendo investidos na nova fábrica da Suzano, em Ribas do Rio Pardo (MS). Com capacidade para produção de 2,55 milhões de toneladas de celulose por ano, a fábrica deve entrar em 2024.

Para produzir mais de 5 mil bioprodutos, como celulose, embalagens de papel, papel higiênico, pisos laminados, móveis, entre outros, o setor já planta, colhe e replanta árvores em 9,94 milhões de hectares no Brasil, expandindo-se principalmente sobre áreas previamente degradadas ou com baixa produtividade. O eucalipto segue como a cultura mais difundida nas áreas de cultivo, abrangendo 7,6 milhões de hectares (76%), seguido pelo pinus, com 1,9 milhão de hectares (19%).

Entre os estados, Minas Gerais continua liderando em extensão de áreas plantadas, com 2,2 milhões de hectares (29%), seguido por Mato Grosso do Sul, com 1,1 milhão (15%) e São Paulo, que mantém 1 milhão de hectares de áreas de cultivo (13%).

Além disso, o setor agora conserva outros 6,73 milhões de hectares de mata nativa, uma área maior que o estado do Rio de Janeiro, aumento de cerca de 10% com relação ao ano anterior.

Em técnica de manejo sustentável chamada mosaico florestal, as áreas de preservação são integradas com os cultivos produtivos, regulando o fluxo hídrico e beneficiando a biodiversidade. Segundo o relatório, entre áreas preservadas e produtivas, o setor já estoca 4,8 milhões de toneladas de CO2 equivalente, contribuindo com a mitigação da crise climática.

Aprofundando-se na rota da descarbonização, o setor já gera 86% de toda energia que consome a partir de fontes renováveis, principalmente a partir do licor preto, um subproduto da fabricação de celulose.

Essa circularidade também está presente no pós-uso dos produtos do setor. Segundo dados da Ibá e IBRE/FGV, o índice de reciclagem das aparas de papel ficou em 69,9%. Quando considerado apenas o papel para embalagem, este número é de 75,8%, colocando o setor de papel brasileiro entre os maiores recicladores globais do produto.

“Vivemos um cenário de turbulências climáticas, geopolíticas e econômicas. Uma realidade complexa que também ecoa no Brasil. Mas, além de constatar e enfrentar desafios, é preciso que enxerguemos as oportunidades de cada tempo e saibamos aproveitá-las. Nesse processo, é fundamental ter em mãos as bússolas dos bons caminhos. Este Relatório Anual da Ibá é um verdadeiro mapa de saídas, rumos, alternativas e sinalizações para a travessia socioeconômica e ambiental que se impõe ao Brasil e ao planeta”, afirma Paulo Hartung, presidente da Ibá.

O documento também aponta que o setor gerou 2,6 milhões de empregos diretos e indiretos no Brasil em 2022, segundo dados RAIS & ESG Tech. Atestando sua responsabilidade socioambiental com colaboradores, comunidades e seu impacto sobre a natureza, as empresas de base florestal são certificadas por respeitados esquemas internacionais, como o FSC e PEFC, algumas há mais de 20 anos. Segundo o Relatório, as áreas certificadas do setor tiveram um considerável salto de 7,5 milhões de hectares em 2021 para 9,1 milhões de hectares em 2022.

O material completo pode ser encontrado nas versões português e inglês aqui.

SOBRE A IBÁ

A Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) é a associação responsável pela representação institucional da cadeia produtiva de árvores plantadas, do campo à indústria, junto a seus principais públicos de interesse. Lançada em abril de 2014, representa 48 empresas e 10 entidades estaduais de produtos originários do cultivo de árvores plantadas – painéis de madeira, pisos laminados, celulose, papel, florestas energéticas e biomassa -, além dos produtores independentes de árvores plantadas e investidores institucionais.

Por: Ibá.

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ABAF apresenta a sustentabilidade da silvicultura na e-Agro 2023

A sustentabilidade da silvicultura, as vantagens econômicas, sociais e ambientais do setor de base florestal, o uso da madeira cultivada no dia a dia das pessoas. Tudo isso será apresentado pela Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF) em seu estande e na “Rota da Silvicultura” que será a entrada da feira de inovação agropecuária da Bahia e-Agro 2023 que acontece no Centro de Convenções de Salvador, de 16 a 18/11.

Realizada pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (FAEB) e o Sebrae-BA, a feira tem como missão aproximar os produtores do campo dos geradores de inovação e tecnologia. Neste sentido, a ABAF participa novamente para divulgar o setor florestal e seus projetos, a exemplo do Programa Ambiente Florestal Sustentável (PAFS) que vem trabalhando importantes tópicos para a diversificação e sustentabilidade da atividade agropecuária; e o Plano Bahia Florestal 2033 que está sendo construído em parceria com o Governo do Estado.

“O objetivo do Plano é a atração de novos investimentos para ampliar e fortalecer a cadeia produtiva de florestas plantadas no estado, para que a Bahia atenda plenamente sua própria demanda de madeira. Com isso também vamos intensificar o que já temos feito para o uso múltiplo da madeira e estimular ainda mais a Integração Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF), a diversificação e a sustentabilidade das atividades rurais com a inclusão dos pequenos e médios produtores e processadores de madeira. Com isso, poderemos atender a crescente demanda por produtos de madeira, gerando ainda, principalmente no interior, mais empregos qualificados, capacitações, tecnologia, renda, impostos e contribuições ambientais de elevada significância”, explica Mariana Lisbôa, presidente da ABAF.

Produtos de origem florestal estão presentes no nosso dia a dia e vão desde os mais evidentes, como papel e móveis, até produtos de beleza, alimentos e roupas. Entre os segmentos que usam a madeira como principal matéria-prima, podemos citar o de celulose e papel, o de painéis de madeira, o de pisos laminados, o de serrados e compensados, o de siderurgia a carvão vegetal, o de secagem de grãos e o de energia. “Da garantia de suprimento de matéria-prima para todos os usos da madeira – atuais e potenciais – a uma nova economia de baixo carbono, a solução passa pelas florestas plantadas. Para isso, precisamos trabalhar na ampliação de mecanismos que incentivem o consumo de produtos florestais”, acrescenta Wilson Andrade, diretor executivo da ABAF.

Lançada em 2019, a Feira já recebeu mais de 40 mil pessoas, gerou mais de 100 milhões de reais em negócios e teve a presença de mais de 200 expositores. Entre os públicos-alvo estão produtores rurais, trabalhadores rurais, dirigentes sindicais, empresários, empreendedores, profissionais e estudantes das Ciências Agrárias, pesquisadores, técnicos de instituições de ensino e pesquisa e empresas que atuam no setor. A ABAF participou de todas as edições: Vitória da Conquista (2019); Edição Digital (2020); Teixeira de Freitas (2021) e Salvador (2022).

A ABAF representa as empresas de base florestal do estado, assim como os seus fornecedores. Essa pluralidade dá à associação a possibilidade de planejar e agir com respaldo nos mais variados âmbitos e em horizontes largos. A indústria de base florestal usa a madeira como matéria-prima, com destaque para a produção de celulose, papel, ferro liga, madeira tratada, carvão vegetal e lenha para o processamento de grãos. A madeira utilizada é plantada e é considerada uma matéria-prima renovável, reciclável e amigável ao meio ambiente, à biodiversidade e à vida humana.

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