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Exclusiva – Série de documentos históricos sobre o eucalipto resguarda acervo e relembra estudos pioneiros; confira

Um resgate de livros e documentos históricos sobre o eucalipto, datados a partir do séc. XVIII até meados do século XX, foi lançado recentemente pelo Prof. Dr. e pesquisador Celso Foelkel; a leitura e a navegação são imperdíveis para amantes do assunto

“Garimpei cuidadosamente para encontrar e selecionar o que de melhor encontrei em termos de livros e documentos históricos disponíveis na web e em minha biblioteca particular”, é assim que o Prof. Dr. Celso Foelkel, classifica a valiosa seleção com resgates históricos de documentos de estudos pioneiros sobre os eucaliptos, o que contribui diretamente para a preservação do acervo sobre a eucaliptocultura e para a propagação de conhecimento.  

O material é composto por livros e documentos datados a partir do século XVIII entre 1.725 a 1.961 – esse último ano escolhido por ser o ano de lançamento da segunda edição atualizada e revisada do Livro “O Eucalipto” de Edmundo Navarro de Andrade e também da realização da 2ª Conferência Mundial do Eucalipto”, organizada pela Food and Agriculture Organization (FAO) e entidades brasileiras no Rio de Janeiro.

 “Amigos(as), um dos estudos que me trouxe uma enorme alegria e diversos sentimentos de emoção foi esse com o qual estive envolvido em realizar nas últimas semanas. Sempre tive a curiosidade em saber como foi a evolução dos conhecimentos sobre o eucalipto, e muito disso está associado à “descoberta” da Austrália e à difusão de mudas e sementes dos eucaliptos pelo mundo em função das aplicações encontradas neles em benefício da sociedade. Essa história toda é relativamente recente, pois data do início do século XVIII com as descobertas e textos sobre os eucaliptos, mas com uma aceleração de publicações de livros e documentos a partir do início do século XX”, informa Foelkel sobre o material produzido.

O levantamento foi feito especialmente para aqueles que se interessam pelos eucaliptos, portanto, um material de leitura imperdível, e rico em informações que remetem ao início da eucaliptocultura, onde consagrados botânicos, naturalistas e engenheiros agrônomos procuravam aprender e a desenvolver os principais aspectos da morfologia, anatomia, identificação, silvicultura e utilizações para essas “fantásticas árvores”, como descreve Foelkel.

“Com recursos reduzidos e instrumentações precárias, mas com enorme disposição para identificar peculiaridades científicas e utilizações para os diversos eucaliptos, os pesquisadores se valiam das técnicas físicas, químicas e biológicas disponíveis. O que me causou surpresa foi encontrar os maravilhosos desenhos feitos a mão sobre aspectos morfológicos e anatômicos dos eucaliptos, já que não existiam recursos adequados como hoje para fotografias e fotomicrografias. Ao mesmo tempo em que a ciência evoluía, a arte a acompanhava”, comenta o Professor em uma prévia de sua publicação.

Relembrando “Os Amigos do Eucalyptus

A partir de 2007, Celso Foelkel produziu e publicou uma série de materiais técnicos para contribuir com o setor, desta vez através da seção “Os Amigos do Eucalyptus”, na Eucalyptus Newsletter, com um conjunto de mais de 50 biografias e produções técnicas de profissionais envolvidos com a valorização dos eucaliptos. Segundo informa o professor Foelkel, o objetivo do trabalho foi uma forma de homenagear esses profissionais de destaque, que atuam junto à base florestal plantada dos eucaliptos, e que impulsionam o setor, por meio de suas ideias, publicações e serviços prestados.

“Essa série começou em 2007 em minha publicação Eucalyptus Newsletter. A forma curiosa como essas biografias foram iniciadas em minhas publicações se deve a um presente que ganhei do grande amigo e autor de centenas de publicações globais, o Dr. Herbert Sixta, profissional austríaco, que atuou também brevemente no Brasil e seguiu carreira na Finlândia como professor da Aalto University. Ele me presenteou em 2007 com uma coleção composta de dois volumes autografados de sua obra-prima (Handbook of Pulp), que na época custava “apenas” 500 dólares (os dois livros juntos). Fiquei muito honrado com o presente, mas precisava achar uma forma de retribuir o mesmo. “Inventei” então a série “Os Amigos do Eucalyptus“, tendo sido ele o primeiro homenageado com muita justiça. Como navego bem em terras brasileiras e internacionais, com muitos amigos por esse mundo florestal e celulósico/papeleiro, fui convidando diversos de meus amigos – ou mesmo não amigos diretos, mas valorosos conhecedores dos temas de interesse setorial – para serem homenageados. Criei algo similar também para os pinheiros, tendo o Pinus como protagonista principal em edições da minha outra publicação, a PinusLetter. Temos celebridades do Brasil em maior número, mas temos da Argentina, Chile, Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia, Espanha, Portugal, etc. Enfim, um aprendizado e um compartilhamento de amizades e conhecimentos em benefício de todo o setor. Todos ficam felizes e a sociedade setorial agradece pelos presentes na forma de conhecimentos compartilhados”, conta Foelkel.

Uma das personalidades entrevistadas no trabalho de Foelkel “Os Amigos do Eucalyptus“, foi Paulo Cardoso, CEO e diretor do Mais Floresta (www.maisfloresta.com.br), atuante no setor há mais de 17 anos, contribuindo com informação, estimulando o negócio na base florestal, promovendo oportunidades por meio de seu portal online e também a realização de eventos e congressos, com sua empresa Paulo Cardoso Comunicações, e com a produtora Bit Vídeo.

“O Prof. Dr. Celso Foelkel é com certeza um dos maiores pesquisadores que eu conheço, um profissional altamente gabaritado, e reconhecido internacionalmente. Seus estudos e pesquisas em muito contribuem para a silvicultura brasileira. E ser uma das personalidades do setor escolhidas para a série de entrevistas ‘Os Amigos do Eucalyptus’, foi uma honra. Espero ter contribuído com informação, e assim como o amigo Foelkel, continuar nesta missão de disseminar conhecimento afim de alavancarmos cada vez mais o setor de árvores cultivadas em nosso país, bem como o eucalipto, árvore sinônimo de riquezas e sustentabilidade”, destaca Paulo Cardoso.

Celso Foelkel

Doutor Honoris causa pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Mestre em Ciências pela State University  of  New  York  e  Syracuse  University, USA pelo College of  Environmental Science and Forestry. Ex-professor da USP, UFSM, PUC-RS, UCS, MacKenzie, FAAP/SP, UNOESC e UFV. Conselheiro da ABTCP – Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel. Trabalhou 3  anos  na  Cenibra,  19 anos  na  Riocell e 23 anos na Grau Celsius, onde ocupou posições executivas de gerência e diretoria em todas elas. Consultor internacional desde 1998. Criador do Eucalyptus Online Book & Newsletter e da PinusLetter. Autor de mais de 500 artigos técnicos, também criador e mantenedor dos websites https://www.eucalyptus.com.br/ e https://www.celso-foelkel.com.br/.

Resgates Históricos por Celso Foelkel: Documentos Pioneiros sobre o Eucalipto

>https://www.eucalyptus.com.br/artigos/2024_Resgates_Documentos+Historicos_Web+Eucaliptos.pdf

Entrevista com Paulo Cardoso em “Os Amigos do Eucalyptus”

>https://www.eucalyptus.com.br/Eucalyptus+Newsletter+69_Paulo_Cardoso.pdf

Escrito por: Mais Floresta.

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Contribuição do eucalipto geneticamente modificado em uma perspectiva de demanda global e produção sustentável

O ILSI atendeu ao 16º Simpósio ISBR em St. Louis nos EUA. Um dos temas expostos que se destacou foi apresentado pela empresa FuturaGene (departamento de Biotecnologia da Suzano). O tema trata da contribuição do eucalipto geneticamente modificado no impacto da produção sustentável por meio da biotecnologia.

O crescimento da população mundial, juntamente com os desafios das mudanças climáticas, exigirá maior disponibilidade de produtos à base de madeira, que aliada a esforços eficazes, baseados em avanços científicos, permitirá a adoção de uma produção mais sustentável e com menor emissão de carbono.

A ciência e a tecnologia são essenciais para o desenvolvimento de produtos e recursos aprimorados, oriundos de matérias-primas renováveis.

A biotecnologia é uma das ferramentas utilizadas em árvores de florestas plantadas para acelerar os potenciais da produção. O estudo da genômica do eucalipto juntamente com tecnologia de transformação genética e novas tecnologias de edição de genes, são utilizadas para introduzir alterações genéticas nas árvores. O uso dessas tecnologias visa desenvolver resistência a pragas e doenças, resistência ao stress hídrico e as mudanças climáticas a fim de aumentar a resiliência dessas espécies diante de ameaças bióticas e abióticas.

Tecnologias adicionais que alteram a composição e as propriedades da madeira são avaliadas com o intuito de reduzir a quantidade de produtos químicos utilizados durante o processamento e cozimento da madeira e consequentemente a redução do consumo de energia.

A FuturaGene, Divisão de Biotecnologia da Suzano, desenvolve árvores geneticamente modificadas a fim de obter árvores com características que contribuam para o aumento da produtividade e melhoria das propriedades da madeira.

As tecnologias de eucalipto geneticamente modificado aprovadas pela CTNBio para uso comercial são:

– Eucalipto com aumento de produtividade, que confere a característica de aumento de produtividade da área plantada e potencialmente sequestra maiores quantidades de carbono;

– Eucalipto tolerante ao herbicida glifosato, uma alternativa eficiente e ecologicamente segura para o controle de plantas daninhas competitivas, evitando danos às plântulas sensíveis causados pela deriva, redução nos custos operacionais e melhoria nas condições de trabalho por meio de aplicações mecanizadas;

– Eucalipto Bt, que é eficiente no controle de lagartas (praga desfolhadora chave) desde o primeiro dia de infestação, antes que qualquer dano seja visível, eliminando a necessidade de pulverizações de inseticidas, um impulso significativo para o meio ambiente.

Como as plantações renováveis cobrem extensas áreas, as árvores geneticamente modificadas representam um fator significativo na mitigação das emissões de gases de efeito estufa, na redução de uso de defensivos agrícolas no ambiente, no aumento do sequestro de carbono e na diminuição dos insumos químicos e energéticos no processamento industrial pós-colheita de produtos de madeira renováveis.

Essas tecnologias desenvolvidas pela FuturaGene auxiliarão na demanda por madeira garantindo uma produção mais sustentável.

Informações: ILSI Brasil.

Foto: Mais Floresta.

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