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Bracell recebe selo prata do Ecovadis em reconhecimento às práticas de ESG

O selo coloca a companhia entre as 25% melhores empresas avaliadas pelo Ecovadis

A Bracell, líder global na produção de celulose solúvel, acaba de receber o selo prata do Ecovadis, um dos maiores fornecedores mundiais de classificações de sustentabilidade empresarial. O reconhecimento é uma comprovação das excelentes práticas de sustentabilidade da companhia no ano de 2023. Com o resultado, a Bracell está entre as 25% melhores empresas avaliadas pelo Ecovadis no mundo.

“Estamos muito satisfeitos com mais esse reconhecimento das práticas de sustentabilidade da Bracell. Esse resultado foi alcançado graças ao empenho de todo o time da companhia, que está 100% comprometido com as melhores práticas de ESG. Recentemente, a Bracell lançou seu compromisso de sustentabilidade para 2030, com metas ambiciosas. O recebimento de selos como esse mostra que estamos no caminho certo”, afirma Lais Drezza, gerente de sustentabilidade responsável pelo processo do Ecovadis.

O Ecovadis avalia e classifica a gestão de sustentabilidade das empresas nos pilares meio ambiente, práticas trabalhistas e direitos humanos, ética e compras sustentáveissendo um índice de sustentabilidade empresarial estratégico mundialmente reconhecido, que contempla o desempenho e compromisso na gestão de temas socioambientais.O questionário respondido pelas empresas é composto por 381 perguntas e, também, é necessário enviar evidências que comprovem as boas práticas de gestão.

As fábricas da Bracell na Bahia e em São Paulo receberam o selo. “A notícia é excelente! Foi a primeira avaliação da Bracell São Paulo no Ecovadis e estreamos com o selo prata. Já a Bracell na Bahia aumentou sua pontuação, saindo do selo bronze, em 2022, para o selo prata, em 2023. É muito gratificante poder trazer mais essa evidência das boas práticas ESG da companhia para os nossos clientes”, explica Andressa Malcher, especialista de sustentabilidade que coordenou o processo junto às áreas apoiadoras.

A metodologia do Ecovadis é baseada em padrões internacionais de sustentabilidade, incluindo a Global Reporting Initiative, o Pacto Global da ONU e a ISO 26000. Mais de 1,6 milhão de empresas no mundo, de 175 países e 200 indústrias, já foram analisadas.

Sobre a Bracell

A Bracell é uma das maiores produtoras de celulose solúvel e celulose especial do mundo, com duas principais operações no Brasil, sendo uma em Camaçari, na Bahia, e outra em Lençóis Paulista, em São Paulo. Além de suas operações no Brasil, a Bracell possui um escritório administrativo em Cingapura e escritórios de vendas na Ásia, Europa e Estados Unidos. www.bracell.com

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Suzano recebe da Cosco Shipping navio especializado para o transporte de celulose

Com capacidade para 77 mil toneladas, embarcação é a maior do mundo desta categoria

Suzano, uma das principais referências globais na fabricação de bioprodutos a partir do cultivo de eucalipto, celebra com a Cosco Shipping Specialized Carriers a entrega do “Green Santos”, nome dado ao primeiro navio projetado especificamente pela empresa chinesa para atender a Suzano. A embarcação, lançada ao mar no dia 22 de dezembro, no Porto de Dalian, na província de Liaoning, na China, possui capacidade (deadweight tonnage – DWT, na sigla em inglês) para transportar 77 mil toneladas e é o maior navio desta categoria em todo o mundo. A maior capacidade da embarcação resulta em uma menor pegada de carbono por tonelada transportada, tornando o modelo mais amigável ao meio ambiente.

A partir desse semestre, o “Green Santos” terá um papel relevante no transporte da celulose da Suzano que parte do Porto de Santos, no estado de São Paulo, para vários destinos no mundo, principalmente a China. A embarcação, integrante de uma frota de navios com porte semelhante que deve ser entregue em 2024, foi construída para atender o aumento previsto das exportações de celulose proveniente da fábrica da Suzano em construção em Ribas do Rio Pardo (MS). Conhecida como Projeto Cerrado, a unidade entrará em operação até junho de 2024 e terá sua produção escoada a partir da cidade do litoral paulista, primeiro destino do “Green Santos”.

Uma vez iniciada, a nova unidade industrial será a maior fábrica de celulose de linha única do mundo e aumentará a capacidade de produção da Suzano em mais de 20%, ou 2,55 milhões de toneladas por ano. Além disso, a unidade será autossuficiente em energia, com 100% da energia proveniente de fontes renováveis, e exportará um excedente de 180 megawatts (MW) para o sistema nacional de energia.

‘’Estamos orgulhosos de testemunhar a entrega bem-sucedida do primeiro navio desse porte e que será operado pela Suzano. Essa embarcação nos permite atender a demanda crescente por produtos sustentáveis à base de celulose no mundo todo”, diz o diretor comercial da Suzano na Ásia, Jeff Yang.

“A ampliação da parceria com a Cosco Shipping reforça o nosso compromisso com o aumento de produtividade, com a qualidade do serviço prestado aos nossos clientes e com a sustentabilidade, uma vez que os novos navios terão maior capacidade de carregamento de celulose e permitirão a otimização do fluxo marítimo em nossas operações”, complementa a diretora de Logística e Planejamento Comercial da Suzano, Silvia Krueger Pela.

Inicialmente, a Suzano e a Cosco Shipping Corporation se tornaram parceiras no transporte de celulose em 2017. Desde então, a parceria se expandiu tanto em volume quanto no escopo do serviço, à medida que o negócio da Suzano crescia na China. Em 2022, as empresas assinaram um novo contrato de longo prazo, que prevê que Cosco Shipping irá construir um lote de novas embarcações customizadas para a Suzano.

O comunicado sobre a entrega do “Green Santos” foi feito pela companhia (BOV:SUZB3) nesta quarta-feira (03/01).

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Exclusivo – Suzano atinge marca de 30 milhões de toneladas de celulose em Três Lagoas

A indústria movimenta a economia no município e região; com o alcance, o município lidera o ranking nacional de plantio de eucalipto

Com 14 anos de operação em Mato Grosso do Sul, a Suzano Papel e Celulose atingiu recentemente – em dezembro de 2023 – a marca de produção de 30 milhões de toneladas de celulose. A unidade da indústria em Três Lagoas (MS), uma das referências na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, fechou o ano com um marco histórico. Com este alcance, o município lidera o ranking nacional de plantio de eucalipto.

De acordo com um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Mato Grosso do Sul abriga os quatro maiores municípios produtores de eucalipto do país, sendo eles: Três Lagoas, Ribas do Rio Pardo, Brasilândia e Água Clara. E a Suzano, colabora diretamente para esse para os resultados e dados do levantamento.

Árvores plantadas

O estado de Mato Grosso do Sul atualmente ocupa a 3º colocação como o maior produtor de eucalipto do país, ficando atrás apenas de Minas Gerais e São Paulo, de acordo com o Censo Agropecuário 2017 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A atividade movimenta a economia no município e região. Em Três Lagoas, são mais de 267.993 árvores plantadas destinadas para produção de celulose.

Para alcançar o resultado obtido pela Suzano, a companhia colheu 100 milhões de metros cúbicos de madeira, o que é equivalente a algo em torno de 500 milhões de eucaliptos plantados pela companhia ao longo de quase duas décadas.

Este recorde coloca a unidade da Suzano em Três Lagoas, como a primeira do mundo a alcançar esse marco em tão pouco tempo.

Áreas de cultivo e conservação

A Suzano foi uma das pioneiras na região a apostar e acreditar na silvicultura e produção de celulose e papel. Atualmente, a companhia mantém uma base florestal de 599.996 hectares de florestas plantadas de eucalipto e nativas em MS, deste total, 143.129 hectares são exclusivos para a conservação da biodiversidade.

Geração de empregos

Investindo há cerca de 90 anos em inovação e tecnologia, atualmente a Suzano possui capacidade instalada de 10,9 milhões de toneladas de celulose de mercado e 1,4 milhão de toneladas de papéis por ano. Para que todos esses avanços sejam possíveis, a companhia conta com equipes de aproximadamente 35 mil colaboradores. Em Três lagoas, no início de suas operações, em 2009, eram cerca de dois mil postos de trabalho. Os anos se passaram e a expectativa para o futuro é gerar cerca de 9 mil postos de trabalho diretos e indiretos no estado.

Novos investimentos

A todo vapor, a companhia constrói em Ribas do Rio Pardo (MS), com um investimento de R$ 22,2 bilhões,  o seu megaempreendimento denominado ‘Projeto Cerrado’, que compreende na maior fábrica de celulose em linha única do mundo, com capacidade produtiva de 2,55 milhões de toneladas de celulose por ano, um dos maiores do setor privado no Brasil na atualidade. Cerca de 10 mil empregos diretos foram gerados durante o pico da construção, além de milhares de empregos indiretos. Quando entrar em operação, no final do primeiro semestre de 2024, a nova unidade contará com 3 mil colaboradores próprios e terceiros.

Consolidada no setor, a Suzano anunciou recentemente, a assinatura de contrato para aquisição de ativos florestais geridos pelo BTG Pactual Timberland Investment Group no Mato Grosso do Sul. A transação foi avaliada em R$ 1,83 bilhão, informou a produtora de papel e celulose em fato relevante no final de dezembro de 2023, e envolve a compra de duas sociedades de propósito específico que detém aproximadamente 70 mil hectares de terra no MS, onde a empresa já possui operações. O objetivo da transação é aumentar o suprimento próprio da madeira, segundo a compradora.

Escrito por: redação Mais Floresta.

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Incra oficia órgãos para impedir venda da Eldorado à Paper Excellence

Incra enviou ofícios à Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp) e à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) 

Em procedimento administrativo, o Instituto determinou que a Paper Excellence deveria ter obtido autorização prévia do Congresso Nacional para formalizar o contrato de aquisição da Eldorado em 2017. Como isso não aconteceu, o Incra enviou ofícios à Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp) e à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para tentar barrar a venda.

O contrato, segundo o Incra, representa a aquisição de empresa com propriedade e arrendamento de imóveis rurais por empresa estrangeira, exigindo autorização prévia. A conclusão é baseada na análise das leis brasileiras sobre compra e arrendamento de terras por estrangeiros.

Como o contrato terá que ser desfeito, a J&F terá que restituir os recursos à Paper Excellence, visto que o Incra emitiu notificações à Jucesp e à CVM com o objetivo de vetar a realização do negócio. 

Considerando a nulidade do contrato, o Incra abriu em seu processo administrativo a possibilidade de uma solução negociada entre J&F e Paper Excellence, orientando sobre a possibilidade de as empresas desfazerem o negócio voluntariamente.

Já a Eldorado divulgou nesta primeira semana de janeiro, um Comunicado ao Mercado sobre o ofício do Incra, afirmando que as medidas  necessárias incluem “a anulação da aquisição” e “se houver interesse de ambas as partes em nova transação, solicitar ao INCRA e aos demais órgãos competentes prévia autorização para o negócio”. Confira o Comunicado emitido:

Comunicado ao Mercado

A Eldorado Brasil Celulose S.A. (“Companhia” ou “Eldorado”), sociedade por ações de capital aberto, com sede no estado de São Paulo, na cidade de São Paulo, na Avenida Marginal Direita do Tietê, 500, Vila Jaguara, vem, por meio deste, comunicar a seus acionistas e ao mercado em geral que foi emitida Nota Técnica pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (“INCRA”), aprovada pela Superintendência Regional do INCRA, concluindo que o Contrato de Compra e Venda de Ações celebrado entre a J&F Investimentos S.A. e a CA Investment (Brazil) S.A., tendo por objeto a transferência do controle da Companhia, demandava prévia autorização do Congresso Nacional e demais órgãos competentes, em razão de tal transação representar a aquisição da Eldorado, empresa proprietária e arrendatária de imóveis rurais, por empresa equiparada a estrangeira. Como tal autorização não foi obtida, o INCRA comunica a Eldorado e suas acionistas que como o Contrato violou as Leis nº 5.709/1971 e 9.629/1993, o Decreto nº 74.965/1974 e a Instrução Normativa nº 88/2017 e é nula de pleno direito, nos termos do art. 15 da Lei nº 5.709/1971, tendo como solução o desfazimento do negócio entabulado em 2017, e determina a comunicação à Junta Comercial do Estado de São Paulo e CVM. 

A Eldorado informa que orientará as suas acionistas a adotar as providências cabíveis que, nos termos da Nota Técnica, incluem cancelar a aquisição e, se houver interesse de ambas as partes em nova transação, solicitar ao INCRA e aos demais órgãos competentes prévia autorização para o negócio. A Companhia manterá o mercado oportuna e adequadamente informado sobre quaisquer outros desdobramentos relevantes relativos a esse tema, nos termos da legislação e regulamentação aplicáveis. São Paulo, 02 de janeiro de 2024. Fernando Storchi, diretor de Relações com Investidores.

Nota técnica do INCRA/MS:

Um parecer da Advocacia-Geral da União, emitido em agosto, reforça que a realização do negócio em desacordo com a lei resultaria na nulidade da aquisição dos imóveis.

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Suzano é destaque nos principais índices e ratings que avaliam práticas ESG das empresas

Prestes a completar 100 anos, companhia obteve boa avaliação em critérios ambientais, sociais e de governança corporativa

A Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, prestes a completar 100 anos, aparece entre as empresas do Brasil e do mundo mais bem avaliadas em diferentes índices e ratings ESG divulgados nos últimos meses, que analisaram critérios ambientais, sociais e de governança corporativa.

Pela Sustainalytics, empresa global de pesquisa, classificações e dados, a avaliação da companhia teve sua atualização anual realizada, se manteve em ”Baixo risco”, melhor categoria na avaliação. Isso significa que, segundo a avaliadora, a Suzano tem baixa chance de sofrer impactos relevantes em decorrência de aspectos ESG, sigla utilizada mundialmente para sintetizar as práticas ambientais, sociais e de governança.

A Suzano também foi avaliada no Índice Dow Jones de Sustentabilidade (DJSI), um dos mais importantes índices de sustentabilidade no mundo. A companhia manteve sua posição sólida como a terceira empresa mais bem pontuada no setor, demonstrando consistência em práticas ESG e trazendo avanços nos temas de segurança da informação, estratégia climática, análise de ciclo de vida, saúde e segurança, diversidade e gestão de fornecedores.

            Além dessas classificações, em dezembro também foi anunciada a lista de companhias que compõem o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) 2024 da B3. E, mais uma vez, a Suzano está presente na carteira, apresentando evolução em sua nota de 81,8 para 85,3. O índice conta com 78 companhias de 36 setores, sendo uma ferramenta que avalia o desempenho das empresas listadas, considerando critérios como sustentabilidade corporativa, justiça social, equilíbrio ambiental e governança corporativa.

         Ainda em 2023, a companhia recebeu também o selo Platinum no EcoVadis Sustainability Rating 2023, organização de classificação de sustentabilidade empresarial que mensura a qualidade do processo de gestão de Responsabilidade Social de companhias em todo o mundo. Pelo segundo ano consecutivo de participação no rating, a companhia teve nota 78 – nove pontos a mais do que o resultado de 2022 –, o que a classificou entre as 1% melhores empresas avaliadas globalmente pela EcoVadis.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papel da América Latina e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras de origem renovável. Os produtos da companhia, que fazem parte da vida de mais de 2 bilhões de pessoas e abastecem mais de 100 países, incluem celulose, papéis para imprimir e escrever, canudos e copos de papel, embalagens de papel, absorventes higiênicos e papel higiênico, entre outros. A Suzano é guiada pelo propósito de ‘Renovar a vida a partir da árvore’. A inovabilidade, a busca da sustentabilidade por meio da inovação, orienta o trabalho da companhia no enfrentamento dos desafios da sociedade. Com 99 anos de história, a empresa tem ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em: suzano.com.br   

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Confira as vagas de emprego na Klabin

A Klabin, maior produtora e exportadora de papéis do Brasil, é líder na produção de papéis e cartões para embalagens, embalagens de papelão ondulado e sacos industriais, além de comercializar madeira em toras.

É também a única empresa do país a fornecer simultaneamente ao mercado celulose de fibra curta (eucalipto), celulose de fibra longa (pínus) e celulose fluff.

Toda a gestão da empresa está orientada para o Desenvolvimento Sustentável, buscando crescimento integrado e responsável, que une rentabilidade, desenvolvimento social e compromisso ambiental.

Clique no titulo sublinhado abaixo  para saber mais detalhes das vagas:

Técnica (o) Eletrônica II

Mantenedora (or) Civil I

Aprendiz

Aprendiz

Banco de Talentos – Projeto Figueira – Vaga Exclusiva PCD

Engenheira(o) de desenvolvimento de processos júnior

Balanceiro

Coordenadora (or) Contábil

Operadora(or) de Embalagem III – Onduladeira

Consultora (or) de Valuation e M&A

Banco de Talentos Afirmativo para pessoas com deficiência- Ajudante de Expedicao II – Jundiaí/SP

Analista meio ambiente pleno

Analista de planejamento estratégico pleno – Inteligência de mercado

Analista de suprimentos pleno – Matéria prima

Supervisora (or) de Logística Internacional – Shipping

Observação: dependendo do dia que estiver vendo esta publicação a vaga poderá não estar mais disponível.

Para conferir mais oportunidades clique aqui.

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Arauco promove encontro com a comunidade de Inocência e aponta planejamento para o próximo ano

Balanço das ações realizadas neste ano e perspectivas para 2024 foram tratados em reuniões com a Prefeitura Municipal, Câmara de Vereadores e comunidade

Referência global nos setores de celulose, produtos de madeira, reservas florestais e bioenergia, a Arauco apresentou nessa terça-feira, 19/12, em reuniões com lideranças da sociedade civil e representantes da Prefeitura Municipal e da Câmara de Vereadores de Inocência (MS), as ações desenvolvidas ao longo de 2023 e perspectivas para 2024 com foco no Projeto Sucuriú, primeira fábrica de celulose da empresa no Brasil. Em mais uma edição do Encontro Aberto com a Comunidade, a empresa prestou esclarecimentos sobre sua atuação e apontou o cronograma para os próximos anos, além de anunciar o plano estratégico com ações que visam o desenvolvimento socioambiental na região.

“É importante que todos os moradores da cidade estejam envolvidos e conheçam cada etapa do nosso planejamento. A atuação conjunta com os governos do Estado e do município, com entidades do Sistema S e lideranças locais têm proporcionado um direcionamento de como podemos avançar. Enquanto aguardamos a licença ambiental, trabalhamos com foco em conhecer a realidade local e, assim, traçar um planejamento que permita que o crescimento da cidade aconteça em harmonia com as demandas que a indústria irá trazer, induzindo o desenvolvimento local de maneira inclusiva e equilibrada e construindo um legado positivo na região”, disse o gerente executivo de ESG & Relações Institucionais da Arauco, Theófilo Militão.

Na apresentação, os participantes puderam conhecer os principais marcos da Arauco na região desde a assinatura do termo de acordo, em julho de 2022, para instalação do Projeto Sucuriú. Entre as ações realizadas pela empresa, Militão destacou as capacitações educacionais e profissionalizantes realizadas em Inocência e região; a audiência pública para apresentação do Relatório de Impacto Ambiental (RIMA); as reuniões mensais de alinhamento realizadas para garantir a infraestrutura necessária na cidade e no Estado para que a indústria possa se instalar e colaborar para o crescimento sustentável da região, entre outras iniciativas.

Presente nos encontros, o prefeito municipal Antônio Ângelo Garcia, trouxe um panorama das mudanças que a cidade tem vivido nos últimos meses. “Inocência já vem apresentando um crescimento não apenas pelo anúncio da chegada da Arauco, mas pela presença de outras indústrias na região, com trabalhadores que já atuam em áreas de plantio e movimentam a nossa cidade”, afirmou. Toninho reforçou o compromisso da Prefeitura para priorizar o ordenamento a partir do Plano Estratégico de Organização Territorial (PEOT), que colabora com a evolução de Inocência de forma estruturada.

Com previsão de início das obras em 2025 e operação em 2028, o Projeto Sucuriú estará localizado a 50km do centro da cidade de Inocência. No pico das obras, o contingente de trabalhadores deve chegar a 12 mil pessoas, que ficarão abrigadas em um alojamento centralizado, próximo à indústria, minimizando, desta forma, os impactos no dia a dia da cidade. “Atualmente apenas os trabalhadores da área florestal estão alojados na região, em estrutura localizada na entrada da cidade e distante do centro urbano. Somente com a obtenção da licença ambiental poderemos planejar as obras. A partir disso o volume de contratação deve aumentar, porém de forma faseada e planejada, já utilizando o alojamento centralizado da empresa”, explicou Theófilo Militão.

Para o alojamento, a Arauco prevê uma estrutura completa de moradia e lazer, centro médico para atendimento de emergências de média/alta complexidade, área de serviços, refeitórios, entre outras estruturas. O alojamento deve concentrar colaboradores próprios, terceiros, fornecedores e parceiros que não sejam moradores da cidade.

Dentre as medidas elencadas para 2024, a Arauco anunciou que estruturará um Plano Estratégico que contempla diferentes áreas, desenvolvido a partir de estudos feitos com a comunidade local de forma a apontar iniciativas que promovam a transformação social, econômica, cultural e ambiental de Inocência. “O plano irá possibilitar a pactuação de ações de curto, médio e longo prazo com a sociedade local”, finalizou Militão.

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Exclusivo – Governo Federal divulga repasse de R$ 25 milhões para obras em rodovias de MS; duplicação da BR-262 não está incluída

Importante rodovia no transporte logístico será atendida em um trecho, porém duplicação está “fora” do pacote anunciado

Nesta última quarta-feira (27), o Governo Federal, por meio do Ministério de Estado do Planejamento e Orçamento, divulgou abertura de crédito suplementar. Para Mato Grosso do Sul, serão destinados mais de R$ 25 milhões. De acordo com a portaria, assinada pelo ministro substituto Gustavo José de Guimarães e Souza, fica aberto o orçamento da Seguridade Social da União, em favor do Ministério da Previdência Social.

O valor total é de R$ 2.686.344.524, para atender demandas já programadas. Para Mato Grosso do Sul, são dois programas que receberão os investimentos.

Rodovias contempladas

Para construção de trecho rodoviário no entroncamento da BR-163 em Rio Verde de Mato Grosso e entroncamento da BR-262 em Aquidauana, na BR-419, serão destinados R$ 14.951.393.

Para adequação do trecho rodoviário Bataguassu – Porto Murtinho, na BR-267, serão repassados R$ 10.208.878.

O caso da BR-262

O pacote de obras anunciado, não inclui a duplicação da BR-262, também conhecida como “rodovia da morte”, devido às constantes ocorrências de acidentes em todo o seu percurso. A rodovia liga várias cidades de MS, e segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal), um dos trechos mais perigosos inclui as cidades de Três Lagoas a Campo Grande, devido às condições da estrada, e alto fluxo de carretas.

A instalação de novas atividades econômicas na região, ligadas à silvicultura/celulose, influenciam diretamente no fluxo de veículos, também em maior número de acidentes. A BR-262, é um dos principais trechos de transporte logístico, e tem sido há anos alvo de reclamações de motoristas.

Escrito por: redação Mais Floresta.

Crédito imagem: Rádio 90 FM.

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Exclusivo – Diagnóstico inédito do IPEF e Reflore identifica principais demandas em recursos humanos para plantações florestais em MS

Para o estudo, foi desenvolvido um questionário respondido pelas principais empresas de base florestal que atuam na região, aplicado no período de maio a julho de 2023

O estado de Mato Grosso do Sul concentra o mais intenso desenvolvimento de ações ligadas ao setor de plantações florestais do Brasil. Diante deste cenário, o IPEF e a Reflore-MS (Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas) realizaram um diagnóstico inédito visando o estabelecimento de estratégias de treinamento e qualificação de recursos humanos para o setor florestal do estado.

O estudo teve como base um questionário respondido pelas principais empresas de base florestal que atuam na região, aplicado no período de maio a julho de 2023, e que abordou itens das principais operações destinadas ao plantio de florestas, considerando as etapas de produção de mudas em viveiro, até a colheita de madeira.

Demandas que lideram

De acordo com o estudo, confirmou-se se que a demanda por recursos humanos para atuação na área de plantios florestais no MS é altamente expressiva, numa estimativa mínima total de 9.350 pessoas, considerando-se o contingente vinculado apenas às atividades de produção de mudas, operações de plantio, operações de colheita de madeira e atividades complementares afins.

O conjunto líderes-supervisores nas operações de plantio (4.350) foi a demanda mais expressiva dentre todos os resultados alcançados, distribuídos em cinco principais itens, que foram: o combate de pragas e doenças (975), o plantio (900), a irrigação (775) a mato competição (400) e a aplicação de fertilizante (400).

O segundo maior conjunto de demandas ficou por conta dos trabalhadores rurais polivalentes (1.450), divididos entre plantio (750) e viveiro (700). 

Em terceiro lugar ficaram as demandas por operadores de máquinas de plantio (1.850) com destaque para trator agrícola (675) e operadores de máquinas de colheita (800), sobretudo para operações de harvester e forwarder (450).

Operador em treinamento. Foto: Komatsu.

Segundo o diretor executivo da Reflores-MS, Benedito Mario Lazaro, a alta demanda por esses profissionais em específico, seria o aumento de áreas de florestas plantadas na região. “A expansão da silvicultura, são as principais causadoras do aumento dessas demandas por profissionais dessas áreas, como no plantio, por exemplo. Há o aumento das áreas, e também a instalação de novas empresas, e por vezes, não há mão de obra o suficiente para acompanhar o crescimento e desenvolvimento do setor. E este estudo que realizamos, visa estabelecer um treinamento e qualificação de recursos humanos para o setor florestal no estado”, destaca.

“Com a instalação das novas empresas do setor de celulose no estado, como a Suzano, com previsão de conclusão já para o primeiro semestre de 2024, e em seguida a Arauco, com previsão para 2028, temos ainda uma estimativa de expansão de área florestal de eucalipto de 2 milhões de hectares. Empresas desse setor são propulsoras na economia de Mato Grosso do Sul, e do país, têm alta relevância na geração de emprego, renda, e na parte socioeconômica nas regiões em que possuem atuação. O mercado segue aquecido, e demanda por profissionais preparados para atuação desde o plantio, máquinas pesadas, e indústria”, informa Benedito.

Outras áreas em destaque

Ainda de acordo com o levantamento, entre outras demandas gerais para o setor, destacaram-se os mecânicos para manutenção de máquinas e equipamentos (575), e os motoristas para transporte de caminhão em geral e motoristas para transporte de madeira (500).

Empresas participantes

No total, 11 empresas participaram, o que equivale à cerca de 1 milhão de hectares de plantações florestais, sendo ARAUCO, Brasilwood, Copa Investimentos, Eldorado Brasil Celulose S.A, Grupo Atallah, Grupo Innovatech, Manulife, Quilombo, Reflortec, TTG Brasil Investimentos Florestais LTDA e Suzano.

Confira a síntese do diagnóstico, disponível no site do IPEF:

Escrito por: redação Mais Floresta.

Foto em destaque: Mais Floresta.

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Como o Brasil se tornou líder mundial em celulose

São números impressionantes: em 2022, gerou 2,6 milhões de empregos diretos e indiretos, alcançou uma receita bruta de R$ 260 bilhões e bateu recorde de produção, ao atingir 25 milhões de toneladas de celulose, 11 milhões de toneladas de papel e 8,5 milhões de m³ de painéis de madeira

O Brasil conta com uma carteira de investimentos de quase R$ 62 bilhões, abrindo uma nova fábrica a cada ano e meio, em média. É um setor que está do lado certo da equação climática e motivo de orgulho para os brasileiros e brasileiras. É, atualmente, um dos motores da economia brasileira. Para se ter uma ideia, foi o quarto item da pauta de exportações do pujante agro brasileiro em 2022, consolidando-se como um forte segmento da agroindústria. Gerou divisas no montante de US$ 14,29 bilhões, resultantes de exportações na ordem de 19,1 milhões de toneladas de celulose, 2,5 milhões de toneladas de papel e 1,5 milhão de m³ de painéis de madeira.

Setor consolidado

O Brasil é o maior exportador de celulose do mundo, segundo dados da Ibá (Indústria Brasileira de Árvores). A indústria de base florestal plantada vem se consolidando há décadas como um modelo de bioeconomia em larga escala, se submetendo voluntariamente a rigorosas certificações internacionais há anos.

Atua ao lado da sociedade para gerar valor compartilhado e crescimento mútuo, comprovando, todos os dias, a compatibilidade entre produzir e conservar. No Brasil, 100% do papel provém de árvores cultivadas para essa finalidade.

O setor planta, colhe e replanta em uma área de 9,94 milhões de hectares. A expansão dos cultivos tem ocorrido em áreas previamente antropizadas, substituindo pastos de baixa produtividade por florestas cultivadas, principalmente de pinus e eucalipto, manejadas com as mais modernas técnicas e amplamente apoiadas em ciência.

Esse processo de recuperação de áreas degradadas amplia ainda mais a relevância do segmento no importante desafio planetário de combate aos efeitos das mudanças climáticas, já que as árvores são a mais eficiente solução baseada na natureza para a mitigação das mudanças climáticas.
Sequestram e estocam gás carbônico, cujas altas concentrações são a principal responsável por empurrar o planeta para o aquecimento global.

Além das áreas produtivas, este setor conserva, simultaneamente, outros 6,7 milhões de hectares de mata nativa, o que equivale ao território do Estado do Rio de Janeiro.

Oportunidades

Paulo Hartung, presidente-executivo da Ibá, relata que, competitivo globalmente, o setor enxerga enormes oportunidades na economia de baixo carbono, por meio da oferta de produtos oriundos de fonte renovável, que são recicláveis e biodegradáveis.

Usando a árvore como uma biorrefinaria, este segmento separa duas matérias-primas centrais: a fibra da árvore, que é usada na fabricação de mais de 5.000 bioprodutos, como livros, embalagens de papel, roupas e lenços de papel; e a lignina, parte da estrutura que dá sustentação para as árvores, usada para produção de energia.

O executivo se orgulha de informar que quase toda a energia consumida pelo setor de árvores cultivadas para fins industriais é limpa, produzida pelo próprio setor a partir da biomassa florestal.

Setor de celulose não para de crescer

O Brasil é o maior exportador de celulose no mundo, e 2º maior produtor (atrás dos EUA). Foram 19,1 milhões de toneladas exportadas em 2022, um total de US$ 8,4 bi (EUA exportou US$ 7,7 mi).
Estima-se que 25 milhões de toneladas foram produzidas, sendo 22 mi para fibra curta; 2,5 mi fibra longa e 0,5 mi para pasta de alto rendimento (recorde do setor no Brasil); EUA produziu 49,7 milhões de toneladas, um crescimento de 10,9% na produção em relação a 2021. As informações são do Relatório Anual Ibá 2023.

Receita
R$ 260,0 bilhões/ano (RECORDE)
1,3% do PIB nacional
4,1% do PIB do Agro, 4º item da balança de exportação do agro
7,2% do PIB industrial

Empregos
614 mil diretos
2,6 milhões diretos e indiretos (RAIS & ESG Tech)

Tributos
R$ 25 bilhões/ano federais e estaduais

Presença
9,94 milhões de hectares de área de plantação (novo indicador com dados mais avançados)
6,7 milhões de hectares de florestas naturais para conservação

Exportação
US$ 14,3 bilhões (RECORDE)
19,1 milhões toneladas celulose
2,5 milhões toneladas papel
1,5 milhão m³ painéis de madeira

Produção
25 milhões de toneladas de celulose (RECORDE)
11 milhões de toneladas de papel (RECORDE)
8,5 milhões de m³ de painéis de madeira

Autogeração de fonte renovável
86% de tudo que consome (RECORDE)
+44% frente a 2021
132,5 milhões de GJ

Investimento até 2028
R$ 61,9 bilhões
Média de abertura de, pelo menos, 1 fábrica a cada ano e meio

Produtividade florestal: (novo indicador com dados mais avançados)
Eucalipto – 32,7 m³/há/ano
Pinus – 30,9 m³/há/ano

Remoção e estoque de CO2
4,8 milhões de toneladas

Ascensão

Paulo Hartung atribui o crescimento acelerado do setor de celulose no Brasil ao investimento maciço em ciência e tecnologia aplicada. “Na década de 70, a produtividade média era de aproximadamente 10 metros cúbicos por hectare/ano. Atualmente, o país atinge uma impressionante marca de 33 metros cúbicos por ano, posicionando-se como um dos líderes mundiais em produtividade na produção de pinos e eucaliptos”.
Ainda segundo ele, o setor abraçou a inovação como pilar fundamental para o sucesso, resultando em técnicas de silvicultura tropical que se destacam globalmente. Esse avanço é crucial para atender à crescente demanda por celulose de forma eficiente e sustentável.

Capital humano e formação profissional

Outro fator-chave é a formação de capital humano. Empresas como a antiga Aracruz Celulose (hoje Suzano) e a Klabin desempenharam um papel crucial na formação de profissionais do setor.

“O envio de funcionários para estudar no exterior possibilitou a aplicação de conhecimentos globais na silvicultura tropical brasileira. Essa estratégia não apenas impulsionou a eficiência operacional, mas também estimulou a inovação contínua”, opina o executivo.

Nos últimos 20 anos, o setor brasileiro de celulose desenvolveu uma abordagem proativa em relação à busca por certificações internacionais, como o FSC (Forest Stewardship Council) e o PFC (Programme for the Endorsement of Forest Certification).

Tais certificações não apenas validam as práticas sustentáveis adotadas pelas empresas, mas também conferem substituição aos produtos no mercado internacional.

Expansão global e competitividade

Enquanto muitos setores industriais buscam subsídios, o setor de celulose brasileiro expande sua presença global. Com uma forte participação nas exportações para a Ásia, China, Europa, América do Norte e América Latina, as empresas brasileiras competem de igual para igual.

Paulo Hartung avalia que essa expansão é resultado de décadas de busca pelas melhores tecnologias industriais no mundo, resultando em um parque industrial avançado e sustentável.

“As plantas industriais, como o Projeto Puma II, da Klabin e Rio Pardo, da Suzano, estão utilizando tecnologias de descarbonização e gaseificação da biomassa, transformando resíduos em fertilizantes e buscando formas de reutilização na própria área agrícola. O sucesso do setor agrícola está mais ligado à ciência aplicada do que aos fatores naturais, como terra, clima e sol”, expõe.

Os fatores naturais ajudam, mas ter terra não é o suficiente para fazer o setor crescer. É preciso fazê-lo sem desmatar ou destruir as florestas nativas. “O setor não apenas utiliza a terra de forma inteligente, cuidando do meio ambiente e das pessoas, mas também a preserva. Nossa área de plantio é de 9,9 milhões de hectares, enquanto a área de conservação de florestas nativas em nossas fazendas é de 6,7 milhões de hectares. Você não encontrará nenhuma outra atividade que utiliza terra no Brasil com números tão impressionantes como esses”, garante Hartung.

Os olhos do mundo se voltam para nós

O Brasil abriga uma gama diversificada de players nacionais e internacionais no setor de base florestal. Entre os nomes nacionais, destacam-se Suzano, Klabin, Dexco e o grupo Berneck. A presença de investidores chilenos, como a CMPC Arauco, e de grupos tradicionais americanos, a exemplo da WestRock e Sylvamo, evidencia a importância do país no mapa global.

Hartung destaca ainda a entrada de gigantes asiáticos, como a RGE, detentora da Bracell, e o Paper Excellence, este último em processo de disputa pelo controle da Eldorado. O interesse estrangeiro e nacional no Brasil, segundo o presidente da Ibá, reflete a visão de que o país se configura como um terreno fértil para investimentos.

“O Brasil é a bola da vez”, ressalta Hartung, apontando para a vastidão de terras degradadas e a tecnologia tropicalizada, características que tornam o país singular no contexto global.

Floresta sustentável e biodiversidade

Além da quantidade abundante de terras disponíveis, o Brasil se destaca pelo desenvolvimento de tecnologias inteligentes, como o manejo florestal. Este sistema inovador utiliza mosaicos, nas quais árvores cultivadas coexistem harmoniosamente com espécies nativas, formando corredores ecológicos que enriquecem a biodiversidade no setor.

“Nossas plantas industriais são de última geração e estão entre as mais competitivas do mundo”, afirma Hartung, evidenciando o compromisso do setor com a sustentabilidade e a eficiência.

Apesar dos desafios globais, Hartung enfatiza que o Brasil possui ações ambientais competitivas, destacando a importância de aprender com setores bem-sucedidos, como o de tecnologia e agronegócio.

Do laboratório para o campo

A versátil celulose tem sido objeto de estudos e suas micropartículas já dão origem a incontáveis itens essenciais e de origem renovável no dia a dia das pessoas.

Na dimensão nanométrica, a nanocelulose é considerada um “supermaterial”, por ser resistente, leve e impermeável. As indústrias automotiva e aeronáutica já vêm sendo beneficiadas pelo desenvolvimento desse tipo de material inovador.

Já as nanofibrilas de celulose têm como uma de suas características a menor capacidade de absorção de água, por isso são ideais para aplicações como barreiras, usadas em embalagens de alimentos, biomedicina, contenção para gases e até mesmo cosméticos. Nesse sentido, a Klabin investiu na startup israelense Melodea para desenvolvimento de novas soluções para as barreiras.

Transparentes e com alta resistência, os cristais de nanocelulose podem ser empregados na condução elétrica. Uma das aplicações é na tela do celular dobrável. De origem renovável e mais sustentável, os bio-óleos já são empregados na geração de energia, como aditivos para melhorar a eficiência de combustíveis ou como o combustível em si, após refino.

Nesse mesmo sentido, empresas do setor já vêm usando bio-gases e bio-óleos derivados da queima de biomassa, em substituição ao óleo combustível na operação de caldeiras dos fornos de cal, uma importante etapa do processo de recuperação dos coprodutos da fabricação de celulose e que tem papel de destaque na descarbonização das operações industriais.

Inovação originada da celulose

Na indústria têxtil, por outro lado, a ascensão da viscose oriunda da celulose solúvel é outro fenômeno notável, como parte do movimento global pela sustentabilidade, já representando cerca de 6% do mercado têxtil global.

No Brasil, para essa demanda específica, temos a Bracell, com duas fábricas habilitadas, em São Paulo e na Bahia; e a LD Celulose, em Minas Gerais, um joint venture entre a Dexco e a austríaca Lenzing. A viscose vem sendo utilizada como opção em roupas, inclusive em tecidos delicados, para dar textura, como em gravatas, roupas íntimas, vestidos e até jeans, além de toalhas e roupa de cama. Outra versão da celulose, a microfibrilada, também está sendo desenvolvida para ampliar a oferta de fios têxteis, com investimentos como o da Suzano na startup finlandesa Spinnova.

Com constantes investimentos em inovação, ciência e tecnologia, a indústria de base florestal segue desenvolvendo inesgotáveis soluções sustentáveis, ajudando a construir um mundo melhor.

COP 28

No cenário global, a Conferência do Clima de Paris, mais conhecida como COP28, marcou um ponto de virada nas discussões ambientais, reunindo líderes de todo o mundo em busca de soluções concretas para os desafios climáticos.

“A COP de Paris foi um marco não só para o Brasil, mas para o mundo. O Brasil esteve na mesa com protagonismo, e decidiu muita coisa importante naquele momento”, destaca Hartung. Ele se refere à relevância do mercado regulado de carbono e do financiamento climático para os países mais impactados pelos problemas ambientais, resultantes, em grande parte, da revolução industrial. No entanto, ao olhar da COP de Paris para os dias atuais, Hartung ressalta que o mundo avançou pouco em relação à ambição inicial. Ele alerta que soluções simplistas para problemas complexos não são viáveis e destaca a necessidade de paciência na busca por respostas efetivas.

Quando o foco volta para o Brasil, Hartung aponta para as características únicas do país. “Com uma matriz energética diferenciada, com mais de 40% proveniente de fontes renováveis, e mais de 80% de energia elétrica gerada a partir de fontes renováveis, o Brasil está à frente de muitos países desenvolvidos nesse aspecto”, opina.

O território brasileiro também abriga a maior floresta tropical do planeta, cobrindo quase 60% do país e contribuindo para a maior biodiversidade global. Além disso, detém 12% da água doce do planeta e apresenta uma experiência notável em biomassa, tanto da cana como da biomassa florestal. Hartung destaca que os brasileiros muitas vezes subestimam ou não registram regularmente esses ativos ambientais prejudiciais.

“É preciso compreender a importância e o potencial que o Brasil possui. Nossa responsabilidade vai além das fronteiras. Temos uma riqueza ambiental que, se bem gerida, pode contribuir significativamente para os esforços globais na mitigação das mudanças climáticas”, ressalta Hartung.

Direto ao ponto

Hartung provoca uma reflexão sobre a necessidade de o Brasil abandonar a cultura de criar soluções exclusivas, as chamadas “jabuticabas”, e buscar a integração com os mercados globais, especialmente o europeu.

Ele enfatiza a importância de desenvolver um mercado de carbono alinhado às práticas internacionais, fazendo com que o Brasil não seja apenas consumidor, mas também fornecedor de energia limpa e produtos sustentáveis.

“É urgente a criação de incentivos para o desenvolvimento de fontes de energia limpa no Brasil, não apenas para a sustentabilidade ambiental, mas também para a oportunidade de se tornar um líder global na oferta desses recursos. A possibilidade de uma reindustrialização do país, impulsionada por práticas sustentáveis, cria uma nova dinâmica econômica”, justifica.

Política pública baseada em evidências

Hartung é incisivo ao afirmar que a elaboração de políticas públicas não pode ser feita de maneira improvisada. Ele destaca a importância de embasar as decisões em ciência e evidências, evitando o aumento das despesas energéticas do país.

Para ele, é essencial desenhar políticas que atendam aos desafios específicos do Brasil, levando em conta a desigualdade social e a pobreza existentes, e ressalta o papel fundamental de que o Brasil desempenha na produção global de alimentos, fornecendo 10% do que a população mundial consome.

Pesquisas à frente do tempo

A pesquisa científica desempenha um papel imprescindível para o avanço da indústria de celulose. Flavio Hirotaka Mine, coordenador da Comissão Técnica de Transformação Digital da Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABTCP), destaca as seguintes contribuições:

  • Melhorias em processos: otimizações em métodos de extração, redução na geração de resíduos, elevação da eficiência energética, redução consumo de água e reuso da água nos processos produtivos.
  • Tecnologias: a inteligência Artificial, sensoriamento remoto de precisão tem elevado a eficiência e segurança dos processos.
  • Biotecnologia: contribuição para o desenvolvimento de árvores geneticamente modificadas contribuindo para maior produtividade, resistência a pragas, maior qualidade de fibra.
  • Desenvolvimento de novos produtos: avanços na diversificação de produtos derivados de celulose como a nanocelulose e celulose microfibrilada.
  • Sustentabilidade: desenvolvimento de métodos mais eficientes de reciclagem de produtos e reutilização de resíduos.

Tendências de mercado

“Temos a crescente demanda por produtos cada vez mais sustentáveis que levam ao desenvolvimento de produtos derivados da celulose, avançando em setores como a indústria têxtil e de biomateriais. Além disso, o setor enfrenta desafios relacionados à infraestrutura e logística para envio dos produtos até os mercados consumidores”, pontua Flavio Hirotaka.

Ainda assim, ele diz que as oscilações nas taxas de câmbio impactam a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional.

Consciência da sustentabilidade

O aumento da conscientização sobre questões ambientais tem impulsionado a demanda por produtos mais sustentáveis. Neste sentido, as recentes descobertas estão na reutilização dos resíduos industriais gerados no processo de fabricação, no desenvolvimento de novos produtos que contribuem com a redução do uso do plástico, relacionado ao desenvolvimento de embalagens à base de celulose.

De acordo com Flavio Hirotaka, práticas sustentáveis têm pressionado os setores econômicos para o alinhamento das demandas por responsabilidade ambiental e social. “A pesquisa científica aborda os desafios técnicos e ambientais para o desenvolvimento de processos mais limpos, a redução de resíduos, o uso eficiente de recursos naturais e a minimização do impacto ambiental”, considera.

No 55° Congresso Internacional de Celulose e Papel promovido pela ABTCP foram compartilhados exemplos de avanços sustentáveis para o setor de celulose e papel. Produção de SAF (Sustainable Aviation Fuel) à partir do Bioetanol, Celulose Nano Fibrilada (CNF), usos da nanocelulose.

Informações: Campo & Negócios.

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