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FASB abre inscrições para o 3º Study Tour Brasil 

O evento terá programação de seis dias visitando iniciativas de restauração florestal e uso sustentável do solo, entre Vitória e Porto Seguro, em uma das regiões mais relevantes da Mata Atlântica 

Nos dias 13 a 18 de maio o FASB realizará o 3º Study Tour, com uma programação que inclui visitas a iniciativas e projetos socioambientais, em comunidades tradicionais e propriedades privadas entre as cidades de Vitória/ES e Porto Seguro/BA, em uma região chamada de Hileia Baiana, que compõe uma das áreas com o maior número de fragmentos florestas significativas para a conservação da Mata Atlântica. As inscrições estão abertas para profissionais, instituições, lideranças e empresas que atuam e desenvolvem projetos socioambientais e têm foco na restauração de paisagens no site do FASB.

Em sua terceira edição, o evento preparou uma jornada que irá explorar como promover ações integradas para o fortalecimento da cadeia da restauração florestal na Hileia Baiana. Serão seis dias de atividades para conhecer as diferentes intervenções que estão programadas e sendo realizadas no território, além de apresentar os desafios a serem enfrentados e as oportunidades de melhorias.

Para Márcio Braga, coordenador geral do FASB, “este será um momento para refletir sobre o desenvolvimento de projetos que reestruturem a cobertura vegetal de um dos ecossistemas mais importantes do país, com destaque na aplicação de novas tecnologias, investimento de recursos financeiros, parcerias institucionais, geração de renda e eficiência.”

O evento conta com apoio do WWF-Brasil, que atua coletivamente na conservação ambiental da região da Hileia Baiana, e do Diálogo Florestal por meio do Fórum Florestal da Bahia, que é um espaço permanente de diálogo da sociedade sobre as florestas no sul e extremo sul da Bahia.

“A expansão do FASB para o Espírito Santo é uma oportunidade de fortalecer a cadeia da restauração na região e de apoiar as organizações na implementação de projetos desenvolvidos localmente”, afirma Daniel Venturi, especialista de Conservação e líder da estratégia de Mata Atlântica do WWF-Brasil.  De acordo com a Secretária Executiva do Fórum Florestal da Bahia, Erica Munaro, “o Study Tour será uma oportunidade de nos aproximar das diferentes realidades de comunidades e instituições que estão atuando na construção de soluções para uso e conservação de paisagens sustentáveis. Dessa forma, poderemos refletir sobre os desafios e oportunidades visando a conectividade da rica biodiversidade existente no Corredor Central da Mata Atlântica”.

O Study Tour dar-lhe-á a oportunidade de aprofundar questões de como reforçar a governança para que os diferentes atores possam ser integrados na tomada de decisões a nível territorial, como garantir o apoio financeiro para o fortalecimento da cadeia da restauração florestal e promover um impacto significativo na paisagem, como a construção de um corredor ecológico de 500 km.

Além da programação, o evento será o marco para o lançamento do segundo ciclo de investimentos do FASB em projetos socioambientais de origem do sul da Bahia e expandindo para o norte do Espírito Santo, divulgando o período e o processo de inscrição de novos projetos.

Nessa jornada, o participante terá uma experiência de aprendizagem, em que poderá explorar em conjunto as ações de restauração florestal mais adequadas para a construção de um corredor ecológico na Hileia Baiana e o que é necessário para colocá-las em prática.

Serviço:

Sobre o FASB

O FASB é um programa de incubação e aceleração que segue um ciclo de projeto em várias etapas, fornecendo assistência técnica desde a origem até sua implementação completa, apoiando a evolução do projeto desde os estágios iniciais até sua conclusão. O trabalho é feito com base em uma abordagem inovadora, posicionando as partes interessadas no centro do desenvolvimento dos projetos, obtendo uma grande diversidade de instituições envolvidas. Estão previstos investimentos entre 20 e 40 milhões de reais destinados a projetos para restauração da Mata Atlântica no norte do ES e no sul da Bahia.

Sobre o WWF-Brasil

O WWF-Brasil é uma ONG brasileira que há 27 anos atua coletivamente com parceiros da sociedade civil, academia, governos e empresas em todo país para combater a degradação socioambiental e defender a vida das pessoas e da natureza. Estamos conectados numa rede global interdependente que busca soluções urgentes para a emergência climática. Conheça: www.wwf.org.br

Sobre o Diálogo Florestal/FFBA

O Fórum Florestal da Bahia é um canal dialógico que tem como objetivo identificar agendas comuns entre empresas do setor florestal, organizações não governamentais, organizações sociais, instituições de pesquisas e órgãos governamentais de regulamentação e preservação para a promoção de ações efetivas, visando a conservação e restauração do meio ambiente e a geração de benefícios tangíveis, tanto para os participantes do diálogo quanto para a sociedade em geral. O Diálogo Florestal é uma iniciativa pioneira e independente que desde 2005 facilita a interação entre representantes de empresas, associações setoriais, organizações da sociedade civil, grupos comunitários, povos indígenas, associações de classe e instituições de ensino, pesquisa e extensão. Conta com 245 membros em sete Fóruns Florestais regionais e um conselho de coordenação nacional formado por representantes de empresas do setor florestal, organizações da sociedade civil e instituições de ensino e pesquisa.

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Fórum aborda controle de emissão de carbono na cadeia florestal

A dinâmica das florestas em relação ao Plano Estadual de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC RS) foi o tema central do 16º Fórum Florestal do RS, que aconteceu nesta quinta-feira, 7 de março, no auditório central da Expodireto Cotrijal 2024.

O Plano ABC RS é um programa da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) dedicado à agricultura de baixa emissão de carbono. Seu objetivo central é promover a adaptação às mudanças climáticas e o controle das emissões de gases de efeito estufa na agropecuária.

O coordenador do Plano ABC RS, Jackson Brilhante, explicou que o objetivo estratégico deste plano é implementar no Rio Grande do Sul uma agropecuária com características de viabilidade econômica, conservacionista e de baixa emissão de carbono.

O plano ABC RS é composto por oito tecnologias que são mitigadoras de emissões de carbono: o sistema de plantio direto de grãos; o plantio direto de hortaliças; florestas plantadas; sistemas de integração; bioinsumos; terminação intensiva; práticas de recuperação de pastagens degradadas e sistemas irrigados.

“Nosso compromisso é, até 2030, ampliar em 1,43 mi/ha as áreas com adoção de Práticas para Recuperação de Pastagens Degradadas (PRPD) e estender em 600 mil hectares a área com adoção de Sistema de Plantio Direto”, disse Brilhante.

Ele também falou sobre o projeto que está sendo desenvolvido pela Seapi, com a utilização de equipamentos para analisar em tempo real a emissão de gases de efeito estufa. “O estudo está sendo realizado em sistemas de erva-mate em pleno sol e sombreado e mostra quanto a cultura sequestrou de carbono por tonelada produzida”, informou.

O diretor técnico da Emater/RS-Ascar, Claudinei Baldissera, destacou as ações da entidade com foco na agricultura de baixa emissão de carbono. Neste sentido, apontou o papel fundamental das Assistências Técnicas e Extensão Rural (ATERS), que trabalham junto aos produtores na capacitação e orientação técnica, na adoção de tecnologias sustentáveis, no manejo eficiente de resíduos, no manejo sustentável do solo e na integração de políticas públicas.

Melhores práticas na erva-mate

As melhores práticas para o trabalho relacionado a uma agenda climática em cima da cultura de erva-mate e a estruturação de uma calculadora de carbono foram apresentas pelo coordenador dos programas de Erva-Mate e Café da Fundação Solidaridad, Gabriel Dedini.

“Em cima dessa calculadora, a gente vem trabalhando com as melhores práticas, tentando buscar uma máxima performance entre um contexto ambiental e um contexto produtivo de valor econômico, a fim de dar sustentabilidade e viabilidade para a atividade”, pontuou.

Ele ressaltou que a calculadora é uma ferramenta que pode ser acessada de forma gratuita pelos produtores, por meio do site da Embrapa Florestas, e dá suporte para trabalhar junto com o programa ABC.

“Ela ajuda a contabilizar os estoques de carbono e faz uma interface com as práticas de manejo que são adotadas pelo agricultor. Então, a gente consegue fazer uma adequação de melhores práticas, olhando também para esse resultado do sequestro de carbono dentro dos sistemas de produção”, destacou.

O Fórum Florestal é uma promoção da Emater/RS-Ascar, Cotrijal, Embrapa Florestas, Ageflor, Sindimate/RS, Sindimadeira, Programa Gaúcho para a Qualidade e a Valorização da Erva-mate, Ibramate e Apromate.

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