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A importância da mecanização na silvicultura

A base econômica desse setor, que abrange silvicultura, colheita e transporte de madeira, desempenha um papel importante na definição das características do produto final oferecido no mercado. O avanço de tecnologias é fundamental em cada uma dessas etapas.

Inicialmente, a mecanização se concentrou nos setores de colheita e transporte, evidenciando um compromisso crescente com padrões rigorosos de sustentabilidade. Esse desenvolvimento tecnológico está pavimentando o caminho para um futuro ambientalmente responsável. A mecanização da silvicultura emerge como um desafio a ser enfrentado. Atualmente, o plantio de florestas é predominantemente manual ou semimecanizado, e a automação desse processo é essencial para aprimorar a eficiência e a produtividade.

Desde o início da pandemia, a silvicultura está em franca expansão, tornando-se “a menina dos olhos” da cadeia florestal. As indústrias e o agronegócio estão com alta demanda por biomassa florestal, impulsionando o crescimento do setor. Destaca-se o ramo de celulose, no qual o Brasil é atualmente o maior produtor e exportador mundial.

Com o aumento da demanda, surgem inovações tecnológicas para aplicação em plantios florestais. A Reflorestar Soluções Florestais, referência na colheita e no carregamento de madeira em áreas plantadas, está expandindo suas atividades para a silvicultura. Seu processo totalmente mecanizado na colheita e no carregamento de madeira agora se estende à silvicultura. Um exemplo é a plantadora com cabeçote duplo, que planta duas mudas simultaneamente, acelerando o processo e sendo eficiente em áreas planas ou inclinadas, em diversos tipos de solo. 

Este processo mecanizado não só proporciona alta performance, integrando plantio, adubação e irrigação, mas também resulta em baixo índice de reposição de mudas. Além disso, destaca-se pelo baixo consumo de combustível, contribuindo para uma eficiência energética aprimorada e garantindo total segurança para o operador.

Os dados da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS) de 2022, divulgados em setembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam um aumento de 14,9% no plantio de florestas em comparação ao ano anterior. O valor da produção da silvicultura chegou à marca de R$27,4 bilhões. Minas Gerais é o estado com maior valor de produção – R$7,5 bilhões. Vale ressaltar o crescimento da área plantada no Mato Grosso do Sul, alcançando 1,2 milhão de hectares, representando um aumento de 13,2%.

O Brasil está se destacando como líder no agronegócio florestal, impulsionando avanços tecnológicos no campo. O desafio de desenvolvermos uma silvicultura totalmente mecanizada agora fará a diferença para os próximos sete anos, quando chegar o momento da colheita. A cadeira produtiva florestal está aquecida, e é preciso aproveitar este momento para ampliarmos nossa visão para garantir um futuro mais inovador e competitivo no mercado global.

Informação: Rede Comunicação.

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Microsoft compra 1,5 milhão de créditos de remoção de carbono de startup brasileira

Aquisição deve ser feita até 2032 e incentiva projeto que pretende reflorestar parte da Amazônia

Microsoft está investindo no mercado voluntário de carbono do Brasil com um acordo para comprar créditos de um projeto em grande escala para reflorestar partes degradadas da Amazônia.

gigante de tecnologia concordou em comprar até 1,5 milhão de créditos de remoção de carbono até 2032 da startup brasileira Mombak Gestora de Recursos, que está plantando mais de 100 espécies de árvores nativas em terras desmatadas na floresta.

Os valores não foram divulgados, mas a Microsoft passou os últimos dois anos fazendo uma diligência e aconselhando sobre o projeto antes de concordar em comprar créditos, e é o maior acordo da empresa até o momento para créditos de carbono baseados na natureza.

“Tentamos construir os mercados dos quais compramos”, disse Brian Marrs, diretor sênior de energia e remoção de carbono da Microsoft. “Esperamos que este seja um modelo para o futuro. Queremos vê-lo em jurisdições no Brasil e além.”

A Mombak está aproveitando uma mudança nos mercados voluntários de carbono, onde os compradores estão dispostos a pagar mais por projetos que realmente removem carbono, em vez de compensações, que geram créditos mantendo as árvores existentes em pé.

A empresa sediada em São Paulo espera que o Brasil se torne o maior exportador mundial de créditos de remoção de carbono devido à vasta quantidade de terras desmatadas disponíveis na Amazônia, onde as árvores crescem mais rápido do que em climas mais frios. Cada crédito representa uma tonelada de carbono removida da atmosfera.

O acordo da Microsoft faz parte de um projeto para plantar mais de 30 milhões de árvores no estado do Pará. As florestas cobrirão cerca de 70 mil acres, ou cinco vezes o tamanho de Manhattan.

A companhia também planeja fazer parte do plano de se tornar carbono negativa até 2030. O anúncio coincide com as negociações climáticas da COP28 em Dubai, evento no qual a Microsoft e a Mombak estão participando.

Em um mercado que ganhou uma reputação negativa devido a projetos que não eram cientificamente defensáveis, ou até fraudulentos, o acordo com a Microsoft dá à Mombak um selo de aprovação importante que ajudará a levantar dinheiro para mais projetos de reflorestamento no Brasil, de acordo com o principal executivo da startup de remoção de carbono.

“Temos uma das cinco empresas mais valiosas obtendo seu maior suprimento baseado na remoção de carbono no Brasil”, disse o CEO da Mombak, Peter Fernandez, em uma entrevista. “Isso será estratégico para o nosso negócio. Isso nos permitirá levantar mais dinheiro para o reflorestamento.”

A Mombak atraiu investidores, incluindo o Canada Pension Plan Investment Board e a Capital Partnership Strategies, para um fundo de reflorestamento. São os compradores finais dos créditos —neste caso, a Microsoft— e não os investidores que os usam para compensar emissões.

Para a Microsoft, o uso da tecnologia em nuvem, aprendizado de máquina e drones pela startup para selecionar os locais mais adequados para o reflorestamento foi particularmente atraente.

“A Mombak desvendou o código das soluções baseadas na natureza de uma maneira que muitos outros provedores não conseguem”, disse Marrs.

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