Já estão em operação os novos caminhões Volvo FMX 6×6 para 250 toneladas, em conjuntos hexatrens, considerado atualmente o maior veículo florestal do mundo. Transportando toras de eucalipto exclusivamente em estradas fechadas, dentro de fazendas, os novos veículos são mais um projeto da engenharia da marca para garantir produtividade ainda maior para as imensas composições off-road com seis reboques, as maiores em operação no País. Inovações permitiram aumento de 25% na capacidade máxima, na comparação com a versão anterior, de 200 toneladas.
O maior veículo florestal do mundo faz parte das operações de transporte da Suzano, uma gigante do setor e maior produtora global de celulose de eucalipto proveniente de florestas plantadas. Os 14 hexatrens Volvo FMX 6×6 com motor de 540 cv puxam cargas para abastecer a nova fábrica da empresa, localizada no município de Ribas do Rio Pardo, no Mato Grosso do Sul.
A unidade começou a operar recentemente, dando prosseguimento às operações florestais do Projeto Cerrado, que recebeu investimentos de R$ 22,2 bilhões. O complexo reúne alta capacidade de produção e várias práticas de sustentabilidade como, por exemplo, o uso ainda mais eficiente da bioenergia.
Mais robustez
Com a nova aquisição, a Suzano agora soma 47 unidades do Volvo FMX hexatrem, distribuídas em operações em diversas localidades. As novas composições (cavalo mecânico mais os implementos) têm 60 metros de comprimento, um metro a mais que as anteriores. O incremento na capacidade de carga foi possível graças a uma nova configuração, com reforços nos eixos e longarinas duplas. Além disso, o veículo recebeu um novo eixo com tração dianteira.
“Os aprimoramentos permitiram ao conjunto suportar maior carga vertical e maior capacidade de tração, assim como evitar paradas indesejadas por conta de patinação. O projeto é mais um importante passo na parceria da Volvo com a Suzano, que precisa de soluções customizadas para ampliar a produtividade, mas por meio de iniciativas que não impactem o meio ambiente”, afirma Jeseniel Valério, gerente de engenharia de vendas caminhões da Volvo. Outra novidade foi a colocação de um engate na parte frontal da cabine, para eventual auxílio de tração, que pode acontecer em uma aplicação severa como o transporte florestal.
“A parceria entre Suzano e Volvo vem de longa data. No projeto de Ribas do Rio Pardo, optamos pela Volvo como fornecedora devido ao seu reconhecimento no mercado e à disposição para atender nossas necessidades de desenvolver um veículo com CMT de até 250 toneladas. O desempenho do caminhão tem sido consistente com o escopo proposto, trazendo um custo-benefício dentro do esperado”, destaca Rodrigo Zagonel, diretor de Operações Florestais da Suzano em Ribas do Rio Pardo.
Em utilização pela Suzano desde 2019, quando foram implantados na Unidade Três Lagoas, os hexatrens trafegam somente dentro das fazendas de eucalipto da empresa, diferentemente dos caminhões bitrens ou tritrens, o que contribui para reduzir bastante o tráfego nas rodovias. Na Unidade Ribas do Rio Pardo, a companhia chegará a cerca de 50% de sua logística florestal com hexatrens, o que resulta em menor consumo de combustível no transporte de madeira e, consequentemente, menor emissão de CO₂/m³.
O Volvo FMX vem ganhando espaço cada vez maior no segmento vocacional. “Além da aplicação florestal, o veículo amplia sua participação em operações canavieiras e de mineração, principalmente por sua robustez, alta disponibilidade mecânica e eficiente consumo de combustível”, assegura Gelson Philippsen, engenheiro de vendas da Volvo.
Gigante sustentável
Formada por um time de mais de 40 mil colaboradores, entre próprios e terceiros, a Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável.
Com 12 fábricas no Brasil, e outras na América do Norte e na Europa, a companhia tem capacidade instalada anual de 13,4 milhões de toneladas de celulose, 1,7 milhão de toneladas de papéis e 280 mil toneladas de itens de higiene. Abastece mais de 100 países e seus produtos incluem celulose, papéis para imprimir e escrever, papéis para embalagens, copos e canudos, papéis sanitários e produtos absorventes, bem como novos bioprodutos desenvolvidos para atender a demanda global, alcançando mais de 2 bilhões de pessoas em todo o mundo.
A indústria de celulose e papel brasileira está entre os maiores players do setor no mundo. A produção local de celulose em 2023 foi de 24,3 milhões de toneladas. Maior exportador mundial, o País vendeu 18 milhões de toneladas de celulose no mercado externo no ano passado e tem 220 empresas e 255 unidades fabris nessa área.