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MS tem 6 fazendas selecionadas para disseminação de tecnologias de ILPF

No total, 18 propriedades em 3 estados foram selecionadas em projeto de difusão do sistema de integração

Após um processo de avaliação foram selecionadas  propriedades para participar do Projeto SustenAgro, que é financiado pela Land Innovation Fund e Executado pela Rede ILPF, que tem como objetivo promover a sustentabilidade na cadeia da soja nos estados de Mato Grosso do Sul, Goiás e Mato Grosso. O projeto SustenAgro recebeu uma grande quantidade de inscrições de propriedades interessadas em se tornarem UDT (Unidades de Disseminação de Tecnologia).

Em Mato Grosso do Sul foram selecionadas 6 propriedades, dos produtores rurais: Marcileide Marques, Marilza Coelho de Lima Silva e Paula Pantalena (todas de Sidrolândia), Jonei Schirmann (de Guia Lopes da Laguna), Max Willian Alencar Da Silva (de Campo Grande) e Wilson Gomes Fortes (de Bonito).

Um estudo realizado em 2020 e divulgado pela Associação Rede ILPF constatou que Mato Grosso do Sul é o estado com maior área destinada aos sistemas integrados na produção agropecuária, seguido pelo Mato Grosso e Rio Grande do Sul. São mais de 3,1 milhões de hectares com integração lavoura-pecuária-floresta em diferentes configurações, mesclando dois ou três componentes de cultura no sistema produtivo.

As UDT (Unidades de Disseminação de Tecnologia) terão um papel fundamental na disseminação de conhecimento, inovação e melhores práticas agrícolas sustentáveis.

O projeto SustentAgro terá dois anos de execução e está estruturado em três pilares:

1) monitoramento de diferentes sistemas de ILPF, com o desenvolvimento de um protocolo de uso da terra e práticas sustentáveis, criando um banco de dados de emissões de carbono e gases de efeito estufa para a cultura da soja e promover discussões e treinamentos sobre mecanismos financeiros e negócios verdes;

2) promoção de oficinas, treinamento técnico e atividades de transferência de tecnologia para técnicos e agricultores sobre ILPF e agricultura digital;

3) desenvolvimento uma plataforma integrada com dados de monitoramento e verificação das cadeias produtivas da soja, abrangendo parâmetros e requisitos de sustentabilidade, incluindo cálculos de inventário de carbono e gestão de produtos ESG.

O objetivo é promover a ILPF como estratégia para a sustentabilidade rural, integrando diferentes sistemas de produção em uma mesma área, visando aumentar a produtividade na cadeia da soja.


O que é ILPF

A ILPF (integração lavoura-pecuária-floresta) é uma estratégia de produção que integra diferentes sistemas produtivos, agrícolas, pecuários e florestais dentro de uma mesma área. Pode ser feita em cultivo consorciado, em sucessão ou em rotação, de forma que haja benefício mútuo para todas as atividades.

Esta forma de sistema integrado busca otimizar o uso da terra, elevando os patamares de produtividade, diversificando a produção e gerando produtos de qualidade. Com isso reduz a pressão sobre a abertura de novas áreas.

A ILPF é uma estratégia de produção que pode ser utilizada em quatro possíveis modalidades: integração lavoura-pecuária, integração lavoura-pecuária-floresta, integração pecuária-floresta e integração lavoura-floresta.

O que é a Rede ILPF

A Associação Rede ILPF é formada e co-financiada pelas empresas Bradesco, Cocamar, John Deere, Minerva Foods, Soesp, Suzano, Syngenta, Timac Agro  e pela Embrapa. Teve início em 2012 com o objetivo de acelerar uma ampla adoção das tecnologias de ILPF (integração lavoura-pecuária-floresta) por produtores rurais como parte de um esforço visando a intensificação sustentável da agricultura brasileira.

A Rede ILPF atualmente apoia uma rede com 16 Unidades de Referência Tecnológica e 12 Unidades de Referência Tecnológica e de Pesquisa, distribuídas entre os biomas brasileiros e envolvendo a participação de 22 unidades de pesquisa da Embrapa.

Em 2018 a Rede ILPF transformou-se em uma associação. A nova estrutura jurídica visa ampliar a atuação do grupo e facilitar a entrada de novas empresas interessadas no projeto. A expectativa é que além do recurso destinado pelas empresas participantes, possa ser feita captação em fundos internacionais.

Nesta nova fase, a Rede ILPF continuará o trabalho de transferência de tecnologia, capacitação de assistência técnica e de comunicação que já vem sendo feito, buscando aperfeiçoá-lo. Além disso, terá foco na internacionalização, na agregação de valor por meio da certificação e na inovação.

FONTE: CAMPO GRANDE NEWS

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Caravana ILPF passa por cinco cidades de São Paulo divulgando sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta.

A etapa São Paulo da Caravana ILPF passou por cinco cidades do Estado com visitas técnicas, debates e dia de campo e reuniu cerca de 500 pessoas durante as atividades.

A expedição técnico-científica começou com um painel em Presidente Prudente sobre Integração Lavoura-Pecuária além do campo. Empresários e pesquisadores e técnicos debateram sobre o assunto e responderam as principais dúvidas do público.

Em Campos Novos Paulista o grupo de pesquisadores e parceiros visitou Fazenda São Vicente, Central Pró Ventre Senepol, que faz a Integração com Mogno Africano em sistemas de ILPF. O proprietário Silter Fadel, falou sobre os ganhos conquistados na propriedade após a Integração.

Atualmente a fazenda produz Gado de corte (Senepol), Lavoura (Soja, Mandioca, Amendoim), Floresta (Mogno Africano), Forrageiras (Aveia, Sorgo, Milheto, Capim).

Na visita técnica da Fazenda Passa Cinco do Barreiro, em Itirapina, o produtor rural Norberto Aranha Maia está implantando IPF há um ano e falou sobre a produção Florestal como alternativa de renda para o pecuarista.

São Carlos recebeu o dia de campo na Embrapa Pecuária Sudeste e teve o apoio da Cati (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral), a programação foi dividia em três estações: Balanço de carbono em sistema ILPF, Manejo de Pecuária de Precisão em Sistema ILPF, Produção de Leite em Sistema ILPF.

O evento reuniu cerca de 200 pessoas e teve a participação do presidente da Assembleia da Rede ILPF Luiz Lourenço, Paulo Hermann membro do conselho Assessor Externo da Rede ILPF, Isabel Ferreira, diretora Executiva da Rede ILPF e a presidente da Embrapa, Silvia Masshurá, que ressaltou o trabalho realizado pela instituição, por meio de seus pesquisadores, que viabilizou esse modelo produtivo, hoje disseminado em praticamente em todo o território nacional.

Na oportunidade, foi firmado um termo com a Embrapa para a utilização de uma plataforma, o GeoABC+, que é resultado de pesquisa, desenvolvimento e inovação (P&DI) coordenada pela pesquisadora Margareth Simões da Embrapa Solos (Rio de Janeiro), que visa desenvolver soluções tecnológicas para o monitoramento do sistemas de ILPF, a partir da utilização de imagens de satélite, inteligência artificial e computação de alto desempenho nas nuvens, em apoio às políticas públicas setoriais, como o Plano ABC+.

As atividades terminaram em Barretos com o painel de debates: ILPF como alternativa sustentável para produção de carne, representantes das Associadas e profissionais convidados participaram das discussões.

Sobre a Caravana ILPF

A Caravana Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) é uma realização da Rede ILPF e Associadas (Bradesco, Cocamar, John Deere, Minerva Foods, Soesp, Syngenta, Suzano, Timac Agro e Embrapa), que tem como objetivo difundir os sistemas Integrados para avançar em novas as áreas de Integração no Brasil, além de realizar diagnósticos regionais de desafios e oportunidades para ILPF nas regiões produtoras do país.

.ILPF no Brasil

A ILPF é uma tecnologia de produção agropecuária com grande potencial de mitigação de emissões de gases de efeito estufa e sequestro de carbono pelo solo e biomassa, além de uma série de outros benefícios socioambientais e econômicos. A implementação dos sistemas ILPF variam de acordo com as características de cada região.

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Novo aplicativo permite fazer tour em realidade virtual por fazenda com ILPF

Um aplicativo de realidade virtual possibilita ao usuário fazer um tour, com o uso de um óculos, por fazendas que utilizam sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta.

O aplicativo foi idealizado pelo jornalista da Embrapa Milho e Sorgo José Heitor Vasconcellos e desenvolvido em conjunto com o também jornalista da Embrapa Agrossilvipastoril, Gabriel Faria. Ambos atuam no projeto “Rede de comunicação estratégica e melhoria da divulgação de sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF)”, financiado pela Associação Rede ILPF e na coordenação de comunicação do Portfólio ILPF.

A nova ferramenta teve sua pré-estreia em agosto, durante a Expoforest, maior feira do setor florestal da América Latina, na região de Ribeirão Preto, e já está sendo usada em vários eventos.

Tour virtual

Neste novo aplicativo, o usuário faz um tour virtual, em 360°, por duas fazendas. A bordo de um trator ele percorre lavoura e pastagem de uma fazenda com sistemas convencionais de cultivo e depois passa pela fazenda Novo Mundo, onde é feita a integração lavoura-pecuária (ILP) e a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF). Em ambas as propriedades o percurso passa por dentro de trincheiras, onde é possível ver o comportamento das raízes, da infiltração de água e também a atividade microbiológica do solo. Esta última característica é vista por meio de imagens reais, captadas em microscópio.  A locução pode ser ouvida em português ou inglês. Versões em outros idiomas, como o espanhol, deverão ser desenvolvidas em breve.

“É uma experiência muito interessante, pois assim o público pode entender como funcionam sistemas de Integração, mesmo não estando numa fazenda com ILPF, acrescenta Felipe Martini”, gerente executivo da Rede ILPF.

Esta ferramenta é mais uma evolução dos trabalhos de comunicação da Embrapa, desenvolvidos para melhor divulgar e explicar os sistemas ILPF.

Anteriormente foram criadas duas versões em realidade aumentada, uma mais simples, com um cubo que pode ser visualizado pelo Instagram, e uma maquete virtual de ILPF.  Ambas podem ser acessadas aqui .

A partir da maquete em realidade aumentada foi feita uma versão para ser vista com óculos de realidade virtual em uma estrutura grande em forma de labirinto que era montada em eventos, como feiras, congressos e dias de campo.

De acordo com José Heitor Vasconcellos, o novo aplicativo, além de ser mais imersivo, tem a vantagem de ser mais
prático, não demandando uma infraestrutura cara e espaço para uso. Basta ter óculos da Meta com o aplicativo
instalado e uma cadeira.

Rede ILPF

A Associação Rede ILPF é uma parceria público privada formada pela Embrapa, Bradesco, Cocamar, John Deere, Minerva Foods, Soesp, Suzano, Timac Agro e Syngenta. Tem como objetivo acelerar a adoção de sistemas ILPF no país, por meio de financiamento de projetos de pesquisa para a Embrapa, transferência de tecnologia, capacitações, eventos, comunicação e execução de projetos de ILPF em diversas regiões produtoras do Brasil.

Fonte:
Embrapa Agrossilvipastoril

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Empresa sergipana cultiva laranja em área antes plantada com eucalipto na Bahia

A fazenda teve cultivos de eucalipto por 40 anos. Produtividade de citros vem aumentando e meta é chegar a 50 toneladas por hectare

O céu azul da manhã contrasta com o verde viçoso do laranjal na fazenda Salgado Laranjeira, em Inhambupe (BA). Entre as fileiras de árvores plantadas há 5 anos, o sergipano Edson Santos Rezende, administrador regional do Grupo Elizeu Rezende, observa as plantas carregadas de laranjas em uma área onde antes havia uma plantação de eucalipto. A atividade integra sua rotina há 25 anos, quando iniciou a carreira trabalhando como cabo de turno e depois foi balanceiro, encarregado de turma, tratorista e motorista de caminhão. Esta experiência ajudou a prepará-lo para assumir a gestão do negócio na Bahia, em 2004, liderando cerca de 800 pessoas. Os desafios diários continuam moldando seu perfil e apurando sua percepção sobre a citricultura, setor em que o grupo com sede em Sergipe é um dos líderes de mercado no Nordeste.

Segundo ele, o fato de ter sido plantada com eucalipto durante 40 anos não interferiu na qualidade do solo e na produtividade. Com 268 hectares, a Salgado Laranjeira vem seguindo a tendência de evolução da produtividade de outras propriedades do grupo no litoral norte e agreste da Bahia. “Há 20 anos, a média era de 15 toneladas por hectare. Hoje, já colhemos entre 35 e 40 toneladas por hectare e temos potencial para chegar às 50 toneladas”, explica Sinho, como Edson é conhecido.

Após a retirada dos tocos de eucalipto, os novos proprietários da fazenda consorciaram o plantio de laranja com milho. “Este questionamento sobre plantar numa área onde tinha eucalipto a gente também teve no início. Mas adquirimos a área e, com o manejo correto, fazendo as correções, acompanhando o desenvolvimento da cultura, vimos que achar que o solo, após o eucalipto, não poderia receber outra cultura, era mais uma questão de pouco conhecimento. Para gente, isso não faz mais parte daquela linha de raciocínio. Não tem qualquer problema por causa do eucalipto. Ele não causa nenhuma queda de produtividade”, afirma.

Na opinião dele, a atividade florestal na região não compete com outras nem ameaça a citricultura. “Tem muito espaço. A citricultura recuou há cerca de 10 anos, por conta mesmo de valor agregado e das secas de 2012 e 2015. Mas o nível de tecnologia na citricultura daquela época não nos dava condições de enfrentar a seca e isso dizimou algumas áreas. Nos últimos 2 anos, no entanto, vivemos um cenário positivo para a região”, comemora o executivo, que também planta milho, com bons níveis de produtividade, em uma outra propriedade antes plantada com eucalipto.

A oportunidade de diversificar as atividades agrícolas da região, ampliando as fontes de renda dos proprietários de terra da região, contribuiu para a criação de iniciativas como o Programa Cultive Eucalipto, desenvolvido pela Bracell, e que envolve os produtores rurais no ciclo de produção florestal da empresa. “O objetivo do Cultive Eucalipto não é substituir as culturas já realizadas na propriedade, mas fomentar uma atividade produtiva a mais, aproveitando a vocação florestal da região e contribuindo para agregar ao campo novos negócios com excelentes possibilidades de retorno financeiro e com cuidados ambientais importantes”, destaca Marcos Sacco, gerente sênior florestal da Bracell na Bahia. “Os interessados em conhecer o programa podem acessar o site cultiveeucalipto.com.br e solicitar uma visita de nossos técnicos”, informa.

Laranjal na fazenda Salgado Laranjeira, em Inhambupe/ Foto: Acervo Bracell

Atração de tecnologia

Para o produtor de citros, a presença de empresas como a Bracell na região ajuda a promover a adoção da tecnologia no campo. “Desde nossa chegada aqui, olhando a Bracell, a gente tem oportunidade de conhecer modelos de desenvolvimento e de adaptá-los para o nosso cultivo. Quando se está do lado de grandes empresas, a gente consegue ver a capacidade produtiva delas e se espelhar. Sem dúvida, as experiências bem-sucedidas do setor florestal podem inspirar outros segmentos da agricultura. Cabe ao produtor buscar a tecnologia e adaptá-la à sua necessidade”, afirma Sinho.

Um exemplo é o contato com a técnica de subsolagem, que quebra as camadas superficiais do solo, facilitando o desenvolvimento das plantas. “Antes, os citros eram plantados em covas em que mal ia algum adubo. Eram doses homeopáticas. Hoje, a gente faz a subsolagem que veio da evolução trazida para a cultura do eucalipto. Isso colaborou muito e, junto com outros investimentos para tornar as plantas mais tolerantes à seca, a produtividade mais do que dobrou”, observa.

Sinho ainda destaca o compartilhamento de novas tecnologias: “Sem sombra de dúvida, tudo isso é muito positivo. Sem falar que, muitas vezes, a Bracell atrai para a região investidores e multinacionais para prestar serviço ou vender um produto e estas empresas veem outras culturas aqui e nos apresentam novas tecnologias. É uma coisa atrelada à outra. Temos, no Nordeste, manga, uva, goiaba. A gente precisa estreitar o relacionamento com grandes empresas para que esta difusão de informação chegue a outras pessoas e fortaleça a economia e a qualidade de vida da população”.

Sobre a Bracell

A Bracell é uma das maiores produtoras de celulose solúvel e celulose especial do mundo, com duas principais operações no Brasil, sendo uma em Camaçari, na Bahia, e outra em Lençóis Paulista, em São Paulo. Além de suas operações no Brasil, a Bracell possui um escritório administrativo em Cingapura e escritórios de vendas na Ásia, Europa e Estados Unidos. www.bracell.com

Sobre a RGE

A RGE Pte Ltd gerencia um grupo de empresas com operações globais de manufatura baseadas em recursos naturais. As atividades vão desde o desenvolvimento e a colheita de recursos sustentáveis, até a criação de diversos produtos com valor agregado para o mercado global. O compromisso do grupo RGE com o desenvolvimento sustentável é a base de suas operações. Todos os esforços estão voltados para o que é bom para a comunidade, bom para o país, bom para o clima, bom para o cliente e bom para a empresa. A RGE foi fundada em 1973 e seus ativos atualmente ultrapassam US$ 30 bilhões. Com mais de 60.000 funcionários, o grupo tem operações na Indonésia, China, Brasil, Espanha e Canadá, e continua expandido para envolver novos mercados e comunidades. www.rgei.com

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ILPF: pecuária comemora crescimento com responsabilidade sustentável

Objetivo do setor é expandir a produção de carnes – bovina, suína e aves, com medidas de preservação ambiental

No Dia Nacional da Pecuária, comemorado no último dia 15 de outubro, há muito a comemorar. O Brasil é detentor do segundo maior rebanho do mundo, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Isso faz do país um protagonista no mercado internacional de carnes, abastecendo mais de 150 países. 

Mas um dos um dos principais desafios atuais da cadeia produtiva da pecuária é conciliar o aumento produtivo em consonância com as práticas ambientais. De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a adoção de tecnologias na pecuária brasileira proporcionou a modernização do setor com incremento da produção e da produtividade, em bases sustentáveis. Para se ter uma noção do potencial da atividade, nos últimos 40 anos, a produção avícola aumentou mais de 20 vezes e a de carne suína, carne bovina e leite, quatro vezes.

Tal crescimento se reflete no âmbito econômico, pois o valor da produção agropecuária (VPA) do Estado de São Paulo, em 2022, foi de  aproximadamente R$156 bilhões, 20% maior do que o resultado obtido no ano anterior, segundo dados do Instituto de Economia Agrícola (IEA – APTA), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo (SAA).

Já no âmbito sustentável, o setor atua em diversas frentes, como por exemplo, a capacitação profissional. “Na Cooperativa de Laticínios de Cachoeira Paulista fazemos a adequação Ambiental das Áreas de Preservação Permanente (APPs), nascentes e matas ciliares, mas principalmente buscamos capacitar os proprietários por meio cursos e programas do Serviço de Aprendizagem Rural (SENAR)”, destaca Wander Bastos, pecuarista e presidente do Sindicato Rural de Cruzeiro e Lavrinhas.

Segundo Wander Bastos,  promovemos seminários e palestras para levar informações com foco na melhora da qualidade de vida dos produtores. “Trabalhamos os índices zootécnicos, reprodução e sanidade”, explica o pecuarista.

Uma das principais práticas que vem ganhando espaço no setor é a Integração Lavoura Pecuária – Floresta (ILPF). O conceito visa a utilização de diferentes sistemas produtivos -agrícolas, pecuários e florestais, dentro de uma mesma área. Pode ser feita em cultivo consorciado, em sucessão ou em rotação, de forma que haja benefício mútuo para todas as atividades. A ILPF pode ser aplicada de quatro formas: lavoura-pecuária, lavoura-pecuária-floresta, pecuária-floresta e lavoura-floresta.

A SAA firmou parceria com a Rede ILPF, através do Integra SP Agro, que tem como meta acompanhar centenas de propriedades rurais e implantar mais de 10 mil hectares anuais, com ganhos de produtividade e significativa contribuição para a recuperação dos solos degradados e mitigação das emissões de carbono.

Conforme o balanço realizado pela Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), os números do primeiro semestre deste ano mostram o comprometimento da instituição e de parceiros. Em apenas seis meses, realizaram 10 ações de capacitações, entre Dias de Campo e eventos, com apoio de aproximadamente 300 extensionistas capacitados; e 77 propriedades em todas as regiões paulistas, incluídas no Programa Integra SP Agro. No momento, a SAA e a Rede ILPF estão estudando a extensão da primeira fase do programa e a avaliação da viabilidade de lançamento de uma segunda fase da parceria.

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Técnicos e produtores recebem capacitação em temas florestais durante Seminário em SC

No dia 26/09/23  foi realizado o Seminário “Refloresta Alto Vale”, no município de Agronômica, em Santa Catarina. 
O evento foi promovido e organizado pela Epagri, Sindimade/Floema, com parceiros da ACR (Associação Catarinense de Empresas Florestais), Secretaria Estadual de Agricultura de Santa Catarina e Embrapa Florestas. Cerca de 100 técnicos, representantes de empresas e produtores da região participaram do seminário.

O objetivo foi capacitar técnicos e produtores rurais da região do Alto Vale do Itajaí, envolvendo os municípios de Agronômica e Rio do Sul-SC, entre outros da região. No evento foram realizadas palestras técnicas abordando as florestas plantadas e tendências de consumo da madeira, oportunidades do programa de Agricultura de Baixo Carbono em SC, sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta – ILPF, experiências de plantios florestais e orientações em silvSericultura, panorama do setor florestal e mercado.

A Embrapa Florestas foi representada pelo engenheiro agrônomo Emiliano Santarosa, que ministrou a palestra sobre “Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF): diversificação da produção e manejo florestal”. Na palestra foram abordados aspectos técnicos sobre planejamento e manejo destes sistemas de produção, assim como as principais características e benefícios dos sistemas agrossilvipastoris.

“O seminário foi importante devido ao contato com o setor produtivo em Santa Catarina, contribuindo para troca de informações sobre silvicultura e a agricultura de baixo carbono junto aos produtores, com o objetivo de geração de renda e fomento aos plantios florestais na região. Esta interação e a parceria com as instituições e técnicos que atuam em SC também contribuem para verificarmos as demandas e o panorama do setor florestal, que apresenta grande potencial para o desenvolvimento rural sustentável na região. Neste caso, os sistemas ILPF apresentam-se como uma alternativa para os produtores, principalmente na modalidade silvipastoril, com possibilidades de associar a produção pecuária com a produção florestal”, afirmou Santarosa.

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ILPF: proteína bruta do pasto aumenta com a presença de árvores, diz pesquisa

Confira os detalhes na entrevista com engenheiro agrônomo José Ricardo Pezzopane, pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste

Uma pesquisa da Embrapa Pecuária Sudeste (SP) comprovou que o manejo das árvores é estratégico para garantir o equilíbrio em sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) ou silvipastoril. Assista ao vídeo abaixo e confira os detalhes.

ILPF: proteína bruta do pasto aumenta com a presença de árvores, diz pesquisa

Quem detalhou a pesquisa foi o engenheiro agrônomo José Ricardo Pezzopane, pesquisador da unidade da Embrapa. Ele foi o entrevistado do Giro do Boi do Canal Rural desta terça-feira, 12.

Para o especialista, além de manter a produtividade da pastagem e melhorar a qualidade da madeira remanescente, a forragem nesse sistema apresentou teor elevado de proteína bruta, quando comparada a um modelo pecuário tradicional, sem a presença do componente arbóreo.

ILPF mantém a produção de forrageiras em sistemas integrados

Aréa de pasto com integração com árvores. Foto: Divulgação/Embrapa Pecuária Sudeste

Área de pasto com integração com árvores. Foto: Divulgação/Embrapa Pecuária Sudeste

O avanço é importante porque manter a produção de forragem em sistemas integrados com árvores é um desafio para o produtor rural, uma vez que o desenvolvimento das pastagens depende da incidência de luz.

A diminuição da radiação afeta o crescimento dessas plantas, podendo ocasionar menor produtividade na pecuária.

Os sistemas silvipastoris são opções sustentáveis para o pecuarista realizar a intensificação das pastagens.

Árvores proporcionam mais bem-estar aos animais

Bovinos pastejando o capim em área de pasto com integração com árvores. Foto: Divulgação/Embrapa Pecuária Sudeste

Bovinos pastejando o capim em área de pasto com integração com árvores. Foto: Divulgação/Embrapa Pecuária Sudeste

Com as árvores integradas à pecuária, o produtor proporciona bem-estar aos animais e contribui para a remoção do carbono atmosférico e mitigação das emissões de gases de efeito estufa (GEEs).

Sem contar que o componente arbóreo é uma boa aposta para garantir créditos de carbono no futuro, uma nova alternativa de renda.

O trabalho, publicado no The Journal of Agricultural Science, concluiu que um pasto sombreado tem características nutritivas superiores e produtividade semelhante às de uma pastagem a pleno sol manejada da mesma maneira.

Aumento da produção da forragem com a ILPF

bovino em área de pasto. Foto: Divulgação/Embrapa

bovino em área de pasto. Foto: Divulgação/Embrapa

O manejo das árvores no sistema silvipastoril proporcionou aumento da produção da forragem em comparação aos anos anteriores.

Antes do desbaste, utilizando a média de duas estações – dois verões –, que a época mais produtiva da pastagem, a produção de forragem no silvipastoril foi 45% inferior ao sistema a pleno sol: 996 quilos por hectare contra 1,87 mil quilos por hectare, respectivamente.

Nos dois verões posteriores ao manejo, a produção foi bem diferente: quase 2 mil quilos por hectare no modelo integrado e 2,38 mil quilos por hectare a pleno sol. Segundo Pezzopane, não há diferença estatística nesse caso.

Práticas como o desbaste ou a desrama são opções para diminuir a competição por recursos entre o pasto e as árvores, garantindo uma produção equilibrada entre todos os elementos do sistema.

O manejo de árvores é uma prática estratégica para garantir o equilíbrio e a sustentabilidade dos sistemas ILPF. O desbaste das árvores é uma opção para aumentar a produção de forragem e melhorar a qualidade do alimento aos animais.

Fonte: Canal Rural

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Produtividade e sustentabilidade no sistema integração lavoura-pecuária-floresta com a Macaúba

A S.Oleum é uma empresa dedicada à produção de matérias-primas sustentáveis com
carbono negativo, em larga escala, para a transformação das indústrias de energia,
química e de alimentos, por meio da restauração florestal produtiva.


Aliamos conhecimento e tecnologia às demandas do mundo atual, para repensarmos a
agricultura levando em conta o entendimento de seu impacto na natureza, da mesma
forma que repensamos a indústria, de forma a proporcionar sua renovação, trazendo
mais eficiência para que se abasteça de forma sustentável.


Para isso, desenvolvemos um modelo de agricultura que combina diferentes culturas
dentro de sistemas agroflorestais ou por meio da Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
(ILPF) visando reflorestar e restaurar terras degradadas e de baixa produtividade.


Conforme definição da Embrapa, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) trata-se
da utilização de diferentes sistemas produtivos, agrícolas, pecuários e florestais dentro
de uma mesma área, podendo ser feita em cultivo consorciado, em sucessão ou em
rotação, de forma que haja benefício mútuo para todas as atividades.


O sistema ILPF tem como objetivo otimizar o uso da terra, elevando os patamares de
produtividade em uma mesma área, usando melhor os insumos, diversificando a
produção e gerando mais rentabilidade. Tudo isso, de maneira sustentável, com baixa
emissão ou mitigação de gases de efeito estufa.


E é aqui que entra a Macaúba, a primeira árvore nativa a ser utilizada pela S.Oleum na
produção de matérias-primas sustentáveis e no reflorestamento e restauração de áreas
degradadas. Iniciamos o nosso trabalho de pesquisa e desenvolvimento (P&D) sobre as
árvores oleaginosas brasileiras com a Macaúba, devido às suas incomparáveis
características de produtividade, adaptabilidade e versatilidade.


A macaúba é uma espécie da biodiversidade brasileira. Do seu fruto tudo é aproveitado.
Dele se extrai óleo vegetal, proteína de alto valor nutricional, fibra alimentar, açúcares
e biomassa de alto valor energético, matérias-primas que podem ser aplicadas em
diversas indústrias.


O plantio consorciado de Macaúba com pastagem tem potencial para conciliar a
recuperação de áreas degradadas ou subaproveitadas com o aumento da produtividade.
Além disso, pode reduzir a pressão pelo desmatamento de áreas de florestas tropicais e
demais biomas para a expansão de culturas tradicionais menos produtivas para fins
alimentícios ou energéticos.

No Sistema da S.Oleum não há o dilema entre produzir alimentos e produzir energia.
Geramos matéria-prima para segmentos essenciais da economia que vão desde
ingredientes alimentícios e energia (biocombustíveis avançados) até química verde e
petroquímica (hidrocarbonetos renováveis e especialidades oleoquímicas).


Além disso, a expectativa é que o balanço de carbono em áreas ocupadas somente com animais e pasto passe de positivo para neutro ou negativo em pastagens com consórcio com a Macaúba. Estudos recentes estimam que a árvore da Macaúba com idade de nove anos
sequestra o equivalente a 28,73 toneladas de CO2 equivalente por hectare/ano. Neste
cenário, a S.Oleum pretende produzir de 500 milhões a 1 bilhão de créditos de carbono
até 2045.


Inicialmente, concentraremos nossos esforços nos estados de Minas Gerais, Mato
Grosso do Sul, Goiás e Tocantins, onde pretendemos reflorestar 180.000 hectares até
2028, plantando mais de 65 milhões de árvores de Macaúba e instalar nossas unidades
industriais.


Nossa principal ambição é reflorestar mais de 5 milhões de hectares de áreas
degradadas e de baixa produtividade, plantando mais de 1,8 bilhão de árvores nativas
até 2045.


Dessa forma, temos a oportunidade de construir uma cadeia produtiva brasileira
sustentável; revolucionar a produção de óleos vegetais; fortalecer a bioeconomia e
desenvolver territórios rurais.

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Pesquisa desenvolve técnicas para produção de teca em sistemas ILPF

Cultivo da teca em sistemas de integração ajuda a amortizar o alto investimento inicial e a obter lucro antecipadamente.
Árvores em sistemas ILPF têm maior crescimento do que em cultivo homogêneo.
Uso de mudas clonais resulta em maior produtividade e ganho em tempo de produção.
Madeira obtida no desbaste pode ser usada para energia ou fabricação de mourões.
Recomendações orientam produtor sobre a melhor forma de implantar o sistema ILPF com teca e como manejá-lo para obter melhor desempenho.
Livro reúne conhecimento obtido com experiência de produtores e pesquisas realizadas pela Embrapa.

Produtores rurais contam agora com um pacote completo de técnicas de manejo para usar a teca (Tectona grandis) como componente arbóreo em sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF). Esse conhecimento se deve, especialmente, ao pioneirismo de produtores como Arno Schneider, de Santo Antônio do Leverger (MT), e Antônio Passos, de Alta Floresta (MT), que apostaram no uso dessa árvore em sistemas silvipastoris antes mesmo de haver informações técnicas ou pesquisas que atestassem sua viabilidade. Os erros e acertos cometidos por eles em cerca de 15 a 20 anos e as pesquisas desenvolvidas na última década possibilitaram a abertura de caminho para novos produtores que pensam em utilizar a espécie florestal em ILPF.

As experiências desses pioneiros, os resultados obtidos por eles e as pesquisas realizadas pela Embrapa Agrossilvipastoril (MT) estão reunidas em um capítulo dedicado ao uso da teca em sistemas ILPF que acaba de ser publicado no livro “Teca (Tectona grandis L. f.) no Brasil” (ver quadro abaixo). A publicação reúne, pela primeira vez, recomendações que vão desde o preparo da área para plantio das mudas até a condução das árvores com desbastes e desramas (podas), passando pela definição de espaçamentos e configuração dos renques de árvores.

O trabalho feito pelos pesquisadores da Embrapa Maurel Behling e Flávio Wruck mostra que, ao planejar seu sistema ILPF, o produtor deve definir se utilizará o componente arbóreo como adição ou substituição de renda.

“Em sistemas de ILPF, com foco na pecuária, a implantação de linhas simples facilita o manejo das árvores, exigindo menor demanda de mão de obra. Por outro lado, o sistema pode ser configurado para privilegiar a produção de teca com maior densidade de árvores por área. Nessas configurações, o carro-chefe do sistema passa a ser a teca e pode-se assumir que as perdas de produtividade nos componentes agrícola ou pecuário serão compensadas pelas receitas geradas com as árvores, ou seja, há uma substituição de receitas”, explica Behling.

Livro sobre Teca

O livro Teca (Tectona grandis L. f.) no Brasil foi publicado pela Embrapa Florestas e está disponível gratuitamente para download. A publicação reúne em seus 18 capítulos um grande acervo de informações sobre a cultura da teca no País. A obra teve como editores técnicos os pesquisadores Cristiane ReisEdilson de Oliveira e Alisson Santos e contou com participação de 47 autores da Embrapa, de universidades, empresas privadas e outras instituições parceiras.

As pesquisas realizadas mostram que, considerando a meta de uso da madeira para serraria, atividade em que a teca tem o seu maior valor agregado, o plantio deve ser feito em linha simples com espaçamento de 4 metros entre as plantas. No caso de o plantio ser feito em linhas duplas ou triplas, deve ser adotado o arranjo quincôncio, ou seja, com as árvores de linhas vizinhas formando um triângulo. Isso evita a competição lateral. A distância entre os renques varia conforme o interesse do produtor e seu maquinário, sendo a recomendação mínima de 16 metros para que se mantenha a entrada de luz para a pastagem.

Arte: Maurel Behling

Maior crescimento na ILPF

As árvores de teca em ILPF demonstraram maior crescimento do que árvores cultivadas em plantios homogêneos. Dados mensurados na Fazenda Gamada, em Nova Canaã do Norte (MT), mostraram que, aos 11 anos, as árvores no sistema ILPF estavam mais altas e com o diâmetro à altura do peito (DAP) 52% maior do que aquelas árvores do plantio homogêneo em talhão instalado ao lado.

Dependendo do número de plantas por hectare, será necessária a realização de cortes seletivos anteriores visando aumentar a entrada de luz no sistema e reduzir a competição entre as árvores. Nos anos iniciais, a madeira desse desbaste pode ser usada para energia ou fabricação de mourões, mas já aos 12 anos é possível retirar madeira destinada à serraria.

Para obtenção do melhor desempenho das árvores, os pesquisadores da Embrapa recomendam o uso de mudas clonais e não as produzidas por sementes. Mensurações feitas comparando os dois tipos de uso mostram que árvores clonadas tiveram crescimento 28% maior em DAP, 21% maior em altura total e 80% maior em volume total.

“A expectativa no sistema silvipastoril, com uso de clones de teca, é realizar o corte raso das árvores entre 18 a 20 anos”, afirma Behling. Com uso de mudas seminais, a expectativa sobe para 25 anos.

Outra vantagem do uso dos clones é que, ao crescerem mais rapidamente, essas mudas permitem antecipar a entrada do gado no sistema sem riscos de danificar ou quebrar as plantas. A recomendação é que animais mais jovens entrem nos pastos sombreados pela teca quando as árvores tiverem DAP entre 3 e 4 centímetros.

Recomendações para condução

Para que se obtenha o melhor retorno financeiro com a teca em sistemas integrados, o produtor deve estar atento à condução do sistema. Para isso, pesquisadores recomendam a desrama das árvores a fim de retirar os galhos baixos e evitar a formação de nós na madeira.

Os cuidados com formigas, com mato competição e a atenção para evitar a deriva de herbicidas são outros pontos que devem ser observados, sobretudo nos anos iniciais. Além disso, a prevenção contra o risco de incêndios deve estar presente na agenda da fazenda.

Demanda por teca é maior que oferta

A teca é uma madeira com grande valor agregado e com um mercado amplo para uso na produção de móveis, embarcações e pisos. A demanda mundial por essa madeira é maior do que a oferta, tanto por meio de plantios comerciais quanto pela extração em áreas onde a espécie é endêmica como na Ásia.O alto valor agregado viabiliza custos com frete, o que permite o cultivo em regiões com logística mais complicada. Porém, o longo tempo para retorno do investimento acaba desestimulando o cultivo. Dessa forma, os sistemas de integração são uma alternativa para amortizar os custos, uma vez que é possível obter receitas com a lavoura e a pecuária enquanto as árvores crescem.No aspecto econômico, estudos realizados pela Embrapa Agrossilvipastoril em Unidades de Referência Tecnológica (URT) mostraram que aquelas com uso da teca foram as mais rentáveis, com lucratividade chegando a R$ 3,70 para cada R$ 1 investido e valor presente líquido anual de R$ 2.175,71 por hectare/ano.”A teca é uma das espécies exóticas de maior potencial econômico para uso em sistemas integrados no Brasil. As receitas adicionais geradas, a valorização da propriedade, a biodiversidade criada e inúmeras outras vantagens não deixam dúvidas quanto aos benefícios desse sistema aos proprietários e ao meio ambiente”, afirma Maurel Behling.Porém, o pesquisador alerta sobre os cuidados necessários para obter resultados positivos com o cultivo da teca. “Apesar do mito de que ‘a teca enriquece seu plantador’, deve-se ter em mente que o mercado para a madeira da teca existe, é atrativo e seguro. Porém, o lucro só será obtido com a utilização de tecnologias apropriadas, cuidados ímpares e muita qualidade em todas as operações florestais e de logística na cadeia de suprimento. Não basta apenas plantar as árvores de teca de qualquer jeito no sistema integrado e ficar esperando que elas cresçam para que os lucros brotem para o produtor. É necessário investir em tecnologia, insumos adequados, operações corretas e eficientes, constante monitoramento fitossanitário e garantir produtividade e qualidade da madeira ao longo de todo o ciclo de rotação”, ressalta o pesquisador.A estimativa é que em Mato Grosso a área de sistemas silvipastoris com teca seja de 4 mil hectares. No Brasil a área plantada com essa espécie, incluindo os cultivos homogêneos, é de 94 mil hectares.Foto: Maurel Behling
Software auxilia no manejo de Teca em ILPF

Produtores interessados no plantio de teca em ILPF contam com o apoio de um software gratuito, desenvolvido pela Embrapa Florestas, que visa dar suporte às atividades de manejo, análise econômica e planejamento do componente florestal.O SisILPF Teca funciona como um simulador em que o usuário pode testar, para cada condição de clima e solo, todas as opções de manejo de teca na ILPF. Segundo o pesquisador da Embrapa Edilson Batista de Oliveira, “o produtor pode fazer prognoses de produções de madeira no presente e em condições futuras, efetuar análises econômicas e decidir sobre a melhor alternativa para conduzir sua plantação”. Essas simulações possibilitam a quantificação da madeira produzida por tipo de utilização industrial, desde o seu uso para energia, até toras de diversas dimensões para serraria na produção de blocos e tábuas, e exportação. “Com isso,o produtor poderá manejar suas florestas para a produção de madeira direcionada ao uso mais rentável”, afirma o pesquisador.Outro aspecto importante é que o software calcula o carbono capturado pelas árvores, em equivalentes de gás carbônico e metano, e emite gráficos com estimativas do número de animais que podem ter a emissão de metano compensada pelas árvores do ILPF. “Esses sistemas estão em ascensão e entram na contabilidade do País na mitigação dos impactos da mudança do clima. O SisILPF_Teca é uma ferramenta importante de apoio ao planejamento e manejo dos plantios”, finaliza Oliveira.Foto: Gabriel Faria
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Inscrições abertas para prêmios de jornalismo e de fotografia sobre ILPF

Estão abertas até o dia 1º de março as inscrições para a 3ª edição do Prêmio Rede ILPF de Jornalismo e para a 2ª edição do Prêmio Rede ILPF de Fotografia. Os dois concursos têm como tema “Sistemas ILPF, intensificação sustentável por meio das tecnologias agropecuárias”.

O prêmio de jornalismo contará com cinco categorias, sendo uma para reportagens escritas, outra para reportagem em áudio, outra para reportagem em vídeo, além de uma específica para veículos estrangeiros e uma quinta para profissionais das instituições associadas à Rede ILPF.

Já o prêmio de fotografia terá três categorias. Uma delas é aberta a qualquer pessoa, seja fotógrafa profissional ou amadora. Outra é destinada à fotojornalistas, com fotografias veiculadas na imprensa. A terceira é destinada a profissionais das instituições associadas. Podem concorrer até mesmo fotos tiradas com celular, desde que tenham a resolução mínima definida pelo edital.

Inscrições

As inscrições poderão ser feitas de 1º de fevereiro a 1º de março, no site https://redeilpf.org.br/editais/. Poderão ser inscritas reportagens veiculadas a partir de 29 de maio de 2022 e que não tenham sido inscritas nas edições anteriores do prêmio.

Já as fotografias poderão ser inscritas quaisquer fotos, desde que não tenham sido inscritas na primeira edição.

As informações completas sobre os prêmios podem ser consultadas nos editais, disponíveis em https://redeilpf.org.br/editais/.

Premiação

A premiação será dia 22 de março em Caldas Novas (GO), durante o Encontro Técnico de ILPF, pré-evento do dia de Campo Santa Brígida, dia 23 de março, em Ipameri (GO).

Fonte: Embrapa Agrossilvipastoril

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