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Fumaça toma conta de céu em Brasília e Goiás e voos são cancelados

Brasília e Goiás amanheceram com fumaça neste domingo (25). As autoridades locais afirmam que não há focos de incêndio na região e que a fumaça vem de locais como São Paulo.

O que aconteceu

  • Não há focos de incêndio em Brasília. A secretaria do Meio Ambiente do Distrito Federal afirma que está monitorando a situação e que a maior parte da fumaça é da região de São Paulo e do triângulo mineiro.
  • O Corpo de Bombeiros de Goiás afirma que foram combatidos diversos focos de incêndio no sábado (24). O órgão diz que isso pode ter provocado a névoa de fumaça vista pela manhã em Goiânia e região metropolitana. A previsão é de que a fumaça se dissipe gradativamente até quarta-feira (28).
  • Avanço de frente fria contribui para fumaça na região. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás afirma que a fumaça vem da região amazônica e sudeste do Brasil, além da fumaça produzida pelas queimadas em Goiás no sábado. As condições respiratórias da população estão piores.
  • A recomendação é que a população tome mais cuidados. Até sábado, houve registro de 897 focos de queimadas em Goiás. No mesmo período de 2023, foram 488 focos.

Voos

  • O aeroporto de Goiânia opera com baixa visibilidade e com restrições de pouso. Foram registrados oito cancelamentos de voos e as decolagens seguem normalmente.
  • A Azul informa que um voo precisou retornar para Campinas. “O voo AD2695 (Viracopos-Goiânia) precisou retornar para Campinas. Já os voos AD2869 (Goiânia-Viracopos), AD4223, AD2867 (ambos Belo Horizonte-Goiânia), AD4016 e AD4125 (ambos Goiânia-Belo Horizonte) precisaram ser cancelados”, afirma Azul em nota.
  • Azul afirma que clientes afetados vão receber a assistência necessária. “A Azul lamenta eventuais transtornos causados e reforça que ações como essa são necessárias para garantir a segurança de suas operações, valor primordial para a Companhia”, afirma em nota.
  • A Latam afirma que também precisou alterar e cancelar voos. A orientação da companhia é que os consumidores consultem o status do seu voo antes de se dirigirem ao aeroporto. “A companhia ofereceu assistência aos passageiros afetados e reitera que adota todas as medidas de segurança técnicas e operacionais para garantir uma viagem segura para todos”, afirma a aérea em nota.

Informações: UOL.

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Incêndios na Amazônia brasileira batem recorde para primeiro semestre em 20 anos

Incêndios florestais também atingiram níveis recordes no primeiro semestre na região do Pantanal, a maior área úmida do mundo, e do cerrado

O Brasil registou 13.489 focos de incêndio na Amazônia no primeiro semestre, o pior número em duas décadas e um aumento de 61% em comparação com o ano passado, segundo dados de satélite publicados nesta segunda-feira. Desde que esses dados começaram a ser compilados em 1998 pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a maior floresta tropical do mundo sofreu mais incêndios no primeiro semestre apenas em 2003 (17.143) e 2004 (17.340).

O número total de incêndios ocorridos no primeiro semestre do ano é muito superior ao mesmo período do ano passado (8.344). Esta é uma má notícia para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deve enfrentar este aumento dos incêndios enquanto o desmatamento continua a diminuir na Amazônia.

Segundo dados do INPE, de 1º de janeiro a 21 de junho (última data disponível) foram desmatados 1.525 km², ante 2.649 km² no primeiro semestre de 2023, uma redução de 42%. No ano passado, o desmatamento já havia sido reduzido pela metade em relação a 2022.

Amazônia e o crônico mal das queimadas

Membro da brigada de incêndio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) tenta controlar um incêndio em uma área da floresta amazônica, em Apuí, no AmazonasREUTERS
Moradores e bombeiros no noroeste do Brasil estão lutando contra os incêndios que assolam a Amazônia, destruindo terras agrícolas e ameaçando suas casas, em Porto VelhoREUTERS
Rosalino de Oliveira joga água tentando proteger sua casa enquanto o fogo se aproxima em uma área da floresta amazônica, perto de Porto Velho, RondôniaREUTERS

Lula prometeu acabar com o desmatamento ilegal na Amazônia até 2030, que havia aumentado durante o governo de seu antecessor, Jair Bolsonaro. Segundo Rômulo Batista, porta-voz do Greenpeace Brasil, “as mudanças climáticas contribuem” para este aumento dos incêndios florestais, causados ​​principalmente por uma seca excepcional que afetou a Amazônia no ano passado.

“Infelizmente, boa parte dos biomas brasileiros está sob estresse hídrico por falta de chuvas”, explicou à AFP. “O ambiente fica mais seco e a vegetação mais seca é mais propícia a incêndios”, disse.

O especialista estimou, no entanto, que “a maioria destes incêndios não ocorre espontaneamente ou devido à queda de raios”, mas sim devido à “ação humana”, especialmente para limpar terrenos para expandir as atividades agrícolas.

Recorde do Pantanal

Os incêndios florestais também atingiram níveis recordes no primeiro semestre na região do Pantanal, a maior área úmida do mundo, e do cerrado, ambas no sul da Amazônia. No Pantanal, que vive momentos dramáticos com vastas áreas cobertas de fumaça e céu vermelho de fogo, foram identificados 3.538 focos desde o início do ano, um aumento de 2.018% em relação ao primeiro semestre do ano passado.

Bombeiros tentam conter as chamas em uma área rural de Corumbá, em Mato Grosso do Sul — Foto: Florian PLAUCHEUR / AFP
Focos de calor no bioma bateram recorde no primeiro semestre do ano.

Isso representa também um aumento de cerca de 40% em relação a 2020, quando todos os recordes foram quebrados e 30% do bioma foi afetado pelo fogo. Só no mês de junho foram identificados 2.639 focos de incêndio, seis vezes mais que o anterior recorde deste mês do ano, que remonta a 2005.

A situação é mais preocupante se tivermos em conta que o pico dos incêndios é normalmente atingido no segundo semestre do ano, especialmente em setembro, em plena estação seca. O estado de Mato Grosso (centro-oeste), onde fica grande parte do Pantanal, declarou estado de emergência na semana passada, e o governo anunciou o envio de reforços de bombeiros de outras regiões para combater as chamas.

O Cerrado, por sua vez, registrou quase tantos focos de incêndio quanto a Amazônia no primeiro semestre (13.229), batendo o recorde anterior, de 2007 (13.214).

Informações: O Globo.

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