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Incêndios devastam mais de 10 mil hectares de eucalipto em Água Clara (MS)

Com o apoio do Corpo de Bombeiros, brigadistas locais, equipes da Força Nacional e bombeiros do Rio Grande do Sul, os focos de incêndio foram enfrentados

Na última semana, mais de 10 mil hectares de fazendas de eucalipto foram devastados por um incêndio em Água Clara (MS), a 193 km de Campo Grande. Após o controle inicial, as chamas reacenderam com intensidade. O Corpo de Bombeiros, brigadistas locais e equipes da Força Nacional, além de bombeiros do Rio Grande do Sul, estiveram no local para reforçar a Operação Pantanal e conter o avanço do fogo.

O incêndio inicial devastou 6,5 mil hectares, e o retorno das chamas consumiu outros 3,5 mil hectares. As fazendas atingidas incluem a Lobo, da Arauco, além de Bananal, Boa Vista, Filomena, Cachoeira Alta e Eucalipto, todas dedicadas à produção de eucalipto para o setor de celulose.

Informações: Compre Rural.

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Vivi para contar: ‘A fumaça funde a terra, as pessoas, a vegetação’, narra repórter que cruza o Pantanal de MS

Jornalista mostra a devastação causada pelo fogo que encontrou nos dois lados da estrada em que viaja pela região

“A chegada ao Pantanal do Mato Grosso do Sul na terça-feira para cobrir os efeitos da queimada que assola o bioma desde junho acabou antecipada para nós pela fumaça. O voo da Azul que levava a mim e a fotojornalista Márcia Foletto para Corumbá teve de aterrissar em Bonito, devido às colunas de fuligem que estão prejudicando o tráfego aéreo. Tivemos de continuar nossa jornada até Corumbá, conhecida como capital do Pantanal, pela BR-262.

Só o que cai do céu no Pantanal são cinzas. Nem uma gota d’água. A fumaça funde a terra, as pessoas, as casas, a vegetação, numa única paisagem ocre, da cor das brasas. O fogo que se intensificou há uma semana na região dos municípios de Miranda e de Aquidauana se alastrou, levado pelo vento forte e temperatura à beira dos 40°C.

Em Salobra, um incêndio bloqueou os dois lados da única estrada. Uma longa fila de caminhões, ônibus e carros aguardava a Polícia Rodoviária Federal liberar a estrada noite adentro.

As colunas de muitos focos de fogo se unem numa só nuvem, que se ergue do solo e engole o sol. A fumaça onipresente consome a paisagem e cria um cenário como os que se vê em filmes apocalípticos.

Onça carbonizada

Aos animais, as maiores vítimas, só resta fugir. Tucanos-do-bico-amarelo se refugiam nos galhos secos de uma piúva, o nome pantaneiro do ipê rosa. Moradores contam que uma onça pintada não teve tanta sorte. Cercada pelas chamas, morreu carbonizada.

A intensificação do fogo levou ao desespero no fim de semana a bióloga Neiva Guedes, conhecida mundialmente por salvar as araras-azuis da beira da extinção. Guedes precisou retirar sua equipe de campo porque já não havia mais condições de segurança. Ela não sabia se as araras poderiam escapar. Segundo ela, em alguns lugares a situação já está pior do que em 2020.

Na raiz de todos os males está o calor seco que não cede. A esperança é que a frente fria prevista para a madrugada de quinta-feira traga alívio e apague focos, não deixando outros se espalharem.”

Informações: O Globo.

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Combate aos incêndios no Pantanal (MS) tem reforço com equipes de bombeiros do PR e GO

O trabalho de combate aos incêndios florestais no Pantanal, em Mato Grosso do Sul, recebe reforço bombeiros militares do Paraná e Goiás. Também há previsão de chegada de outros bombeiros dos estados de São Paulo, Sergipe, Pará, Rondônia e Paraíba.

O Corpo de Bombeiros de Goiás enviou oito militares especialistas em combate a incêndios florestais, que já atua na Operação Pantanal 2024.

Ontem (23), primeiro dia de operações, a GCIF (Guarnição de Combate a Incêndios Florestais) de Goiás participou de sua primeira missão na região de Maracangalha, a aproximadamente 50 km ao norte de Corumbá, próximo ao Rio Paraguai.

Outro grupo, com 12 bombeiros do Paraná, já está em deslocamento para Corumbá, com previsão de chegada amanhã (25).

“A previsão é de que todos sigam direto para Corumbá. O pessoal do Paraná confirmou que dia 26 estará disponível para a operação”, explicou a tenente-coronel Tatiane Inoue, diretora de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros Militar, responsável pelo monitoramento e ações de combate aos incêndios florestais em Mato Grosso do Sul. 

O Corpo de Bombeiros Militar do Paraná enviou ao Estado, quatro guarnições, e equipamentos específicos, para colaborar nas ações de controle e extinção do fogo no Pantanal. “Neste momento estamos na rodovia, deslocando até o Pantanal, com previsão de chegada no fim da tarde de amanhã (25). Estamos levando diversos equipamentos de combate a incêndio florestal, material de comunicação, EPI, para podermos auxiliar”, disse o capitão do Corpo de Bombeiros do Paraná, Alexandre Cavalca.

Bombeiros de outros cinco estados, por meio da LigaBom (Conselho Nacional dos Corpos de Bombeiros Militares do Brasil), também são mobilizados para auxiliar no bioma. A previsão é de que nos próximos dias, bombeiros dos estados de São Paulo, Sergipe, Pará, Rondônia e Paraíba, também cheguem ao Mato Grosso do Sul para contribuir nas ações.

Ações

A Operação Pantanal 2024, completa 114 dias hoje (24), com atuação de 500 pessoas no combate aos incêndios no atual ciclo de trabalho. Mas com mais de 1 mil envolvidos desde o início das ações, em abril deste ano, antes do período regular de incêndios florestais.

Ontem (23), a região do Pantanal sul-mato-grossense enfrentou um dia de condições climáticas extremas, o que elevou o risco de incêndios florestais na região. A temperatura atingiu picos de 33°C, enquanto as rajadas de vento chegaram a 30 km/h. A ausência de chuva, combinada com a umidade relativa do ar chegando a apenas 20%, criou um ambiente propício para a propagação rápida de incêndios.

Por conta dessa situação, as operações de combate aos incêndios florestais foram intensificadas, com continuidade aos serviços iniciados no dia anterior e focando no monitoramento e rescaldo das áreas já queimadas.

As ações estão direcionadas em quatro focos de incêndio ativos, na região próxima da fazenda Caiman, no Porto da Manga, na área de adestramento do Rabicho e na região da Maracangalha.

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Governo autoriza repasse de R$ 13 milhões para combate a incêndios florestais em MS

Transferência será feita em até 180 dias, segundo informações da portaria publicada nesta terça-feira

A Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil publicou uma portaria no Diário Oficial da União desta terça-feira (16) que autoriza o repasse de R$ 13.422.870,49 para a execução de ações da Defesa Civil no estado do Mato Grosso do Sul. A região enfrenta a pior estiagem dos últimos 70 anos, o que contribuiu para o aumento de focos de calor e incêndios florestais no Pantanal. De acordo como texto, a transferência dos recursos deverá ser feita em até 180 dias, por conta da “a natureza e o volume de ações a serem implementadas”.

O estado deverá apresentar uma prestação de contas no prazo ao final das ações. Além disso, a utilização dos recursos transferidos está vinculada exclusivamente à execução das ações especificadas na portaria.

Incêndios

Desde o começo do ano até 9 de julho, 594 mil hectares foram queimados no Pantanal sul-mato-grossense, correspondendo a 6% do total de 9 milhões de hectares da região pantaneira no estado. O aumento chega a 159% em relação ao mesmo período de 2020, quando foram queimados 229,4 mil hectares — considerada até então, a pior temporada de incêndios. Os números são do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais do Departamento de Meteorologia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Os focos de calor detectados via satélite chegam a 3.098 de janeiro até 9 de julho, segundo dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Aumento de 46,8% em relação ao mesmo período de 2020, quando foram 2.111 registros.

Atualmente são 95 bombeiros militares locais, dos quais 60 estão nas equipes de combate em solo e 35 compõem o Sistema de Comando de Incidentes, distribuídos em Campo Grande e Corumbá. Existe também o apoio efetivo de 80 militares da Força Nacional de Segurança Pública, além de militares das Forças Armadas (Marinha, Exército e Força Aérea Brasileira), da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul e 233 agentes do IBAMA, ICMBio e brigadistas do PrevFogo.

Informações: Portal R7.

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Incêndios no Pantanal só são controlados com chegada do frio

Mesmo com mais de 500 pessoas, entre militares e brigadistas, e aeronaves atuando contra o fogo, mudança do tempo foi o que fez zerar fogos no bioma

O maior esforço com intervenção humana e de equipamento para combate aos incêndios florestais no Pantanal, em Mato Grosso do Sul, completou 10 dias de emprego, mas o controle total das chamas, de fato, não conseguiu ser feito por ação humana. São mais de 500 pessoas envolvidas diretamente, além de mais de 20 aeronaves, embarcações e veículos. 

A redução drástica do fogo foi registrada ontem depois que as condições climáticas passaram a ser favoráveis – redução da temperatura mínima na região de Corumbá para 14°C e máxima para cerca de 20°C, umidade do ar ficando entre 90% e 40% e velocidade do vento para cerca de 10 km/h.

Dados do programa BD Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), indicaram que não houve registro de focos ontem, quando o frio chegou com força na região de Corumbá. Até o sábado (6), quando as baixas temperaturas ainda não estavam fixadas, o Inpe indicou 21 focos para o território.

A maior estrutura para enfrentamento da situação começou em 28 de junho, quando houve a visita das ministras Marina Silva (Meio Ambiente e Mudanças Climáticas) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), além do governador Eduardo Riedel (PSDB) a Corumbá, município que concentra disparado a porcentagem dos focos de calor em todo o Brasil, desde começo de junho (37%), conforme o programa BD Queimadas, do Inpe. 

O segundo município nesse ranking é Porto Murtinho, também em MS, que registrou 6% dos focos no país. 

A chegada de toda essa estrutura para Corumbá ocorreu mais de 20 dias depois que os incêndios no Pantanal já estavam instalados. Entre os dias 1 e 6 de junho, o município já registrava a maior concentração de focos no Brasil, com 12% das identificações em mais de 4 mil cidades, observando dados do BD Queimadas. 

Somente em aeronaves diretas para operação, existe 9 do governo federal, além de outras 5 das Forças Armadas usadas para transporte de pessoas e equipamentos. Há ainda 8 embarcações em operação que pertencem a Marinha, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováseis (Ibama) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). 

Sem contar a estrutura do governo do Estado, com Bombeiros e Polícia Militar Ambiental. 

Em termos de estrutura de recursos humanos, desde o dia 28 de junho chegou a Corumbá o maior efetivo para atuação nos incêndios florestais no Pantanal. 

Tanto para as operações de campo, como agentes mobilizados, há profissionais e brigadistas do Ibama, técnicos do ICBMBio, militares do 6º Comando do Distrito Naval (Marinha), bombeiros do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, além de integrantes da Força Nacional.

Nessa estrutura, são 501 pessoas empenhadas diretamente por parte do governo federal.

Com todo esse aparelhamento, o fogo no bioma acabou consumindo até este dia 7 de julho pouco mais de 5% da área total do Pantanal, o que equivale a 763, 7 mil hectares, ou 30 vezes o tamanho de Campo Grande. 

MONITORAMENTO

O monitoramento de área queimada vem sendo atualizado pelo Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Inclusive, os dados históricos medidos desde 2012 mostraram que o mês de junho de 2024 foi o mais devastador em termos de área queimada pelos incêndios, com 406.750 hectares atingidos.

E mesmo com todo esse cenário de danos por conta do fogo e o empenho em combater os incêndios, não houve indicativo que as chamas ficaram controladas no Pantanal empregando somente o aparelhamento humano. 

O coordenador do Prevfogo/Ibama no Mato Grosso do Sul, Márcio Yule, reconhece que a complexidade de combate torna a “guerra” contra os incêndios desafiadora. 

“A grande dificuldade no Pantanal é a logística para o combate. Chegar na linha do fogo, permanecer na linha do fogo, ter um local para os combatentes possam se alimentar, possam pernoitar, possam descansar minimamente. O cenário de alta temperatura, baixa umidade do ar, dificuldade de acesso complica todo o trabalho. E cada fogo é um cenário diferente. Tudo isso exige que os recursos estejam muito bem organizados para que a gente tenha a efetividade no combate do incêndio”, afirmou Yule.

O presidente do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), Angelo Rabelo, completa que as condições climáticas, de fato, tornam-se complicadoras ou um “reforço” importante para ganhar do fogo após ele sair de controle no Pantanal.

O Instituto mantém uma brigada permanente para atuar na prevenção em uma região que forma um corredor de biodiversidade de quase 300 mil hectares e que compreende parte da Serra do Amolar, ao norte de Corumbá. 

“O fator climático pode ser um complicador, com ventos norte (norte-sul) que ajudaram a espalhar o fogo. Já o vento sul (sul-norte) faz as temperaturas abaixarem. Além disso, toda a estrutura que chegou (em 28/6) permite haver o controle (dos incêndios). Mas temos que ficar prontos, pois historicamente temos meses mais críticos a partir de agosto. O que está sendo mostrado é que o município de Corumbá precisa ter uma estrutura, com sala de situação, aeronaves para enfrentamento”, ponderou.

PANTANAL – Estrutura de combate a incêndios (a partir de 28/06/24)

  • 193 profissionais do Ibama e ICBMBio para o campo
  • 92 militares da Marinha (6º Comando do Distrito Naval)
  • 80 bombeiros de MS com diárias pagas pelo Ministério da Justiça
  • 134 brigadistas do Ibama
  • 82 integrantes da Força Nacional
  • 4 aviões lançadores de água Ibama e ICMBio
  • 3 helicópteros do Ibama e ICBMBio
  • 1 avião da FAB lançador de 12 mil litros de água (KC-390)
  • 2 helicópteros do Exército
  • 1 helicóptero da Marinha
  • 1 helicóptero da FAB
  • 1 avião FAB transporte brigadistas (Caravan C-98)
  • 8 embarcações da Marinha, Ibama e ICMBio
  • 466 bombeiros de Mato Grosso do Sul
  • 39 veículos estaduais (caminhonetes, caminhões, lanchas); apoios diferentes de fazendeiros atingidos

Informações: Correio do Estado.

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Governo de MS e Consulado Geral dos EUA vão tratar sobre incêndios florestais no dia mundial do meio ambiente em Campo Grande

    O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, através da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), em conjunto com o Consulado Geral dos Estados Unidos em São Paulo (SP) promove o 2º Seminário presencial em Mato Grosso do Sul: resiliência da população frente aos incêndios florestais em Campo Grande. O evento contará com sistema de tradução simultânea.

    O Serviço Florestal dos Estados Unidos (USFS), por meio dos Programas Internacionais, trabalha em parceria com o Governo do Brasil há mais de 30 anos junto à várias instituições parceiras, como o ICMBio, o Ibama, a Funai, o Serviço Florestal Brasileiro, comunidades, universidades americanas e brasileiras, organizações da sociedade civil e setor privado para fortalecer o manejo integrado, prevenção, e resposta ao fogo, assim como a gestão florestal, fortalecimento da sociobioeconomia, governança e a gestão de áreas protegidas e Terras Indígenas na Amazônia e outros biomas. As atividades são apoiadas por diferentes parcerias, como a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), Departamento de Estado dos Estados Unidos e Departamento de Defesa.

    Além de profissionais palestrantes do Estado de Mato Grosso do Sul, está confirmada a presença da palestrante Brenda Bowen (Brenda.bowen@usda.gov), especialista em Recursos e oficial de informação pública, da equipe de manejo de florestas, pastagens e ecologia vegetal do Serviço Florestal dos Estados Unidos (United States Forest Service).

    Palestrante  Brenda Bowen dos EUA

    Brenda iniciou sua carreira no Serviço Florestal dos EUA, em 1999, na Floresta Nacional Black Hills, Dakota do Sul.  Nesta função, trabalhou como membro de uma equipe de combate ao fogo, bem como técnica de chamadas de emergências médicas. Em 2000, tornou-se oficial de informação pública e serviu em equipes de gerenciamento de incidentes nas Montanhas Rochosas. Desde 2014, tem sido a oficial chefe do setor de informações públicas.

    Nos últimos 24 anos, Brenda participou de inúmeras ocorrências ligadas a incêndios florestais e a outros incidentes arriscados, incluindo a ajuda internacional prestada à Nova Zelândia, por ocasião da passagem do ciclone Gabrielle, em 2023. Sua equipe de gerenciamento de incidentes tem estado à frente de muitas iniciativas nos Estados Unidos, como o gerenciamento de incidentes complexos e os processos de avaliação de risco estratégico. Por muitos anos, Brenda tem sido instrutora do curso de introdução à informação de incidentes (S-203), na região das Montanhas Rochosas. Ela ajudou a ministrar cursos S-203 virtuais e presencias no Brasil, sendo que em outubro de 2022, foi uma das instrutoras de um curso presencial no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, Mato Grosso, Brasil.

    Brenda é bacharel em Ciências dos Recursos da Recreação e Turismo pela Universidade de Idaho e, após graduar-se, trabalhou como intérprete/guarda-florestal no Monte St. Helens e na Torre dos Diabos.  Brenda foi criada no Estado de Idaho, trabalhou na agricultura e pecuária por 20 anos, em Dakota do Sul e, atualmente, reside no Estado do Colorado.

    Confira a programação do evento:

    Em português / 2º Seminário presencial Brasil & Estados Unidos: resiliência da população frente aos incêndios florestais.

    Data do evento: 05 de junho de 2024 (quarta-feira).

    Horário do evento: Das 8h às 12h e das 14h às 18h (horário oficial de MS).

    Local: Auditório Principal da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), sito a Av. Dom Antônio Barbosa, 4155 – Vila Santo Amaro, Campo Grande – MS, CEP , 79115-898.

    Lotação máxima: 450 (quatrocentos e cinquenta) lugares. 188 (cento e oitenta e oito) vagas disponíveis, sendo que conforme o preenchimento das vagas forem ocorrendo o link de inscrição será encerrado ao término das vagas disponíveis.

    Programação:

    Dia 5 de junho de 2024 (quarta-feira)

    8h às 8h30: Abertura e Composição da mesa

    Painéis dos Estados Unidos da América (EUA):

    8h30 às 9h20h – Estratégias adotadas de comunicação do Serviço Florestal dos Estados Unidos (USFS) com a população em geral e população diretamente afetada pelos incêndios florestais, com apresentação de cases de sucesso nos Estados Unidos da América e no Brasil.

    9h20 às 10h – Perguntas e respostas (Q&A).

    10h às 10h15 – Coffee break

    10h15 às 11h05 – Coordenação e interação multi agências em incidentes de grande porte por incêndios florestais na fase da resposta: considerações sobre o emprego do Sistema de Comando de Incidentes (SCI) nos Estados Unidos.

    11h05 às 11h45 – Perguntas e respostas (Q&A).

    Almoço

    Painéis do Estado de Mato Grosso do Sul – Brasil:

    14h às 14h50 – Estratégias adotadas de comunicação pelo Governo do Estado de MS com a população em geral e população diretamente afetada pelos incêndios florestais, com apresentação de cases de Mato Grosso do Sul.

    14h50 às 15h30 – Perguntas e respostas (Q&A) e apontamentos de interesse do SFA para comentários.

    15h45 às 16h35 – Coordenação e interação multi agências em incidentes de grande porte por incêndios florestais na fase da resposta: considerações sobre o emprego do Sistema de Comando de Incidentes (SCI) no Mato Grosso do Sul.

    15h30 às 15h45 – Coffee break

    16h35 às 17h15 – Perguntas e respostas (Q&A) e apontamentos de interesse do SFA para comentários.

    17h15 às 17h30 – Encerramento oficial.

    In English / 2nd U.S. – Brazil Seminar on “The Resilience of the Population in the Face of Forest Fire”

    CONFERENCE PROGRAM

    Date: Wednesday, June 5, 2024

    Time: 8:00 – 11:45 a.m./2:00 – 5:30 p.m.

    Venue: Main auditorium of Mato Grosso do Sul State University (UEMS)

    8:00 a.m.– 8:30 a.m. – Official opening of the Seminar

    U.S. panels:

    8:30 a.m. – 9:20 a.m. – Communications strategies adopted by the U.S. Forest Service for the general public and those directly affected by wildfires. Examples of successful cases in the United States and in Brazil (Brenda Bowen).

    9:20 a.m. – 10:00 a.m. – Q&A session.

    10:00 a.m. – 10:15 a.m. – Coffee break.

    10:15 a.m. – 11:05 a.m. – Coordination and interaction between different agencies during the management of large-scale wildfires: use of the Incident Command System in the United States (Brenda Bowen).

    11:05 a.m. – 11:45 a.m. – Q&A session.

    11:45 a.m. – 2:00 p.m. – Lunch.

    Mato Grosso do Sul (MS) panels:

    2:00 – 2:50 p.m. – Communications strategies adopted by the Government of Mato Grosso do Sul State for the general public and those directly affected by wildfires. Examples of successful cases in MS.

    2:50 – 3:30 p.m. – Q&A session and Brenda Bowen’s comments on the presentation.

    3:30 – 3:45 p.m. – Coffee break.

    3:45 – 4:35 p.m. – Coordination and interaction between different agencies during the management of large-scale wildfires: use of the Incident Command System in MS.

    4:35 – 5:15 p.m. – Q&A session and Brenda Bowen’s comments on the presentation.

    5:15 – 5:30 p.m. – Official Closing of the Seminar

    Informações: SEMADESC/MS.

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    Com o tema ´Prevenir é combater´, Reflore/MS realiza “12ª Campanha de Prevenção e Combate a Incêndios”

    Com o tema ´Prevenir é combater´, a Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas (Reflore/MS) e as empresas associadas, com parceria do Sistema Famasul e Senar/MS, e apoio do Governo de MS, Corpo de Bombeiros Militar e Ibama, realizam a ´12a Campanha de Prevenção e Combate a Incêndios´.

    O setor florestal de Mato Grosso do Sul tem crescido a passos largos. Hoje, o estado concentra cerca de um milhão e quinhentos mil hectares de florestas plantadas de eucalipto, três linhas de produção de celulose em operação em Três Lagoas (e uma em construção em Ribas do Rio Pardo), além de indústria de ferro gusa, fábrica de MDF, entre outros. Um setor pujante, que tem transformado a vida de milhares de pessoas em MS.

    “Há 18 anos a Reflore/MS busca congregar, representar, promover e defender o setor de base florestal de MS, para tanto, realizamos diversas ações e projetos, entre eles, a nossa tradicional Campanha de Prevenção e Combate a Incêndios. Com a campanha buscamos criar uma cultura permanente de prevenção; educar a sociedade sobre os malefícios sociais, ambientais e econômicos que os incêndios podem gerar; capacitar o agronegócio para o combate e; fomentar a união e cooperação entre indústrias, pequenos produtores, associações e sindicatos”, destaca Junior Ramires, presidente da Reflore/MS.

    Cada vez mais o setor tem se unido e se preparado. Hoje, muitas empresas deste segmento contam com brigadas de incêndios, profissionais capacitados para lidarem de forma rápida e eficaz em situações de risco e fazem monitoramento de focos por câmeras e sensores de fumaça, utilizando a tecnologia como uma grande aliada nesta luta.

    “A Famasul e o Senar/MS atuam constantemente na orientação e capacitação do produtor e trabalhador rural na prevenção e combate aos incêndios. Temos contato direto a mais de 9 mil produtores da Assistência Técnica e Gerencial e só no ano passado tivemos mais de 50 turmas do curso que instrui esse combate aos focos. O produtor rural é o primeiro a chegar no fogo, antes mesmo dos Bombeiros, então é importante que todos estejam preparados”, relata o presidente do Sistema Famasul, Marcelo Bertoni.

    Em 2023, mais de 4 mil focos de incêndios foram registrados em MS

    Os incêndios têm diversas origens, incluindo fenômenos naturais, incidentes, expansão das áreas rurais e aspectos culturais como hábitos e comportamentos. Entretanto, o fator humano, em especial o analfabetismo ambiental, desempenha um papel significativo. Estudos indicam que a maioria dos incêndios é provocada por atividades humanas.

    Conforme dados divulgados pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec) e pelo instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em 2023 foram registrados 4.529 focos de calor em Mato Grosso do Sul.

    Ações levam conhecimento sobre prevenção e capacitação

    O fogo é perigoso e pode gerar diversos malefícios: empobrece o solo, contamina o ar que respiramos, prejudica ecossistemas, representa perigo nas estradas devido à fumaça, pode levar a morte de animais e seres humanos, e gera prejuízos financeiros aos produtores. Por isso, a importância de sensibilizar tanto as comunidades rurais quanto as urbanas sobre medidas preventivas e de combate.

    Ações nas rodovias da costa leste: para orientar e informar as pessoas que trafegam pelas rodovias da costa leste de MS foram instaladas diversas placas informativas (com contatos para casos de emergência). E, em 05 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, a Reflore/MS e profissionais das empresas associadas, farão uma blitz educativa, levando informações aos condutores de veículos em pontos estratégicos dessas rodovias, distribuindo panfletos e adesivos.

    Ações em canais de comunicação: serão realizadas veiculações informativas em estações de rádio, e um trabalho contínuo será feito nas redes sociais da Reflore/MS, das empresas associadas e dos parceiros da campanha, com a divulgação de materiais educativos e vídeos virais com informações relevantes. E, pela primeira vez, neste ano a Campanha contará com a parceria do influenciador digital Antonio Côrtes, que tem presença forte nas redes sociais.

    Ações nas escolas: um dos principais objetivos da Campanha é levar conhecimento para as crianças, pois para a Reflore/MS levar informações para os pequenos é plantar uma semente da cultura da prevenção nas gerações futuras. Estão previstas palestras educativas em escolas rurais e urbanas da costa leste do estado, que serão conduzidas por profissionais das empresas associadas.

    Treinamentos: junto a prevenção, também é preciso capacitar para o combate. Anualmente profissionais do setor são capacitados para agirem em casos de incêndios florestais. Em parceria com o Senar/MS e o Corpo de Bombeiros Militar de MS, serão realizados o Treinamento de Brigadas de Incêndios e Treinamento SCI – Sistema de Comando de Incidentes.

    Você também faz parte desta Campanha!

    Estamos nos aproximando do período mais crítico do ano, quando a combinação de baixa umidade do ar, ventos intensos, calor e escassez de chuvas pode aumentar o risco de incêndios. Assim, é importante que cada um de nós adote atitudes responsáveis no dia a dia.

    Seja consciente: não acenda fogueiras próximas a áreas florestais, não queime lixo ou vegetação, não descarte resíduos nas margens das estradas (objetos como vidros e latas podem concentrar luz e iniciar incêndios), realize manutenção regular em veículos como caminhões, máquinas e tratores para prevenir faíscas provenientes do escapamento, e não solte balões. A prevenção é fundamental para proteger nossas florestas e comunidades. Para denunciar focos de incêndio ligue 193.

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    Mato Grosso do Sul decreta emergência ambiental por causa de incêndios florestais

    Decreto tem validade de 180 dias e prevê, entre outras medidas, o investimento de R$ 25 milhões para adoção de medidas de combate e prevenção a queimadas

    O governo do Mato Grosso do Sul decretou situação de emergência ambiental por causa das ocorrências de incêndios florestais no estado. O decreto foi assinado pelo governador Eduardo Riedel (PSDB) durante um seminário.

    O estado tem enfrentado desafios no combate às queimadas devido ao volume de chuvas abaixo da média histórica desde dezembro de 2023. De acordo com o governo estadual, os focos de incêndio registrados neste ano equivalem ao dobro do mesmo período do ano passado.

    O decreto tem validade de 180 dias e prevê, entre outras medidas, o investimento de R$ 25 milhões e autoriza a adoção de medidas para contratação temporária de pessoal.

    “Temos R$ 25 milhões em recursos para atuação preventiva, prontos para serem usados e evitar que a gente tenha milhões de hectares queimados. Estamos nos preparando para minimizar caso ocorra algum problema”, afirmou o governador.

    De acordo com o decreto, o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) será o único autorizado a realizar queima controlada, atividade anteriormente realizada por organizações não governamentais, fazendeiros e moradores tradicionais. Além disso, a queima prescrita preventiva deverá seguir as rotinas estabelecidas pelo Centro Integrado de Coordenação Estadual.

    O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação do estado, Jaime Verruck, destacou a “inovação” do plano.

    “O decreto é para o estado todo, com atenção especial ao Pantanal. Estamos propondo a queima prescrita, que é uma inversão da lógica, com o estado identificando locais com acúmulo de biomassa. É uma inovação do ponto de vista de combate a incêndio”, disse Verruck.

    Informações: CNN Brasil.

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    Bombeiros são acionados para atuar em combate a incêndio na Serra do Amolar

    O Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul foi acionado e está em atuação para combate e controle de incêndio florestal na região da Serra do Amolar, no Pantanal.

    As chamas foram identificadas no começo da tarde de sábado (27), e até ontem (29), o fogo de grandes proporções já havia consumido mais de mil hectares.

    A área é de difícil acesso, por isso a equipe do Corpo de Bombeiros está em deslocamento no rio, com utilização de barco.

    “A guarnição está saindo de Corumbá para acessar o incêndio na Serra do Amolar”, explicou a tenente-coronel Tatiane Inoue, chefe do CPA (Centro de Proteção Ambiental), que realiza o monitoramento dos incêndios florestais no Estado.

    O combate inicial das chamas foi realizado por equipes permanentes de brigadistas do IHP (Instituto do Homem Pantaneiro). E devido a gravidade da situação, outras equipes – que já aturam no Prevfogo/Ibama – também passaram a atuar nesta terça-feira (30).

    O IHP informou que um proprietário rural da região – de uma pequena área – pode ter começado o fogo na tentativa de limpar baceiro (vegetação flutuante que pode aglomerar-se de tal forma que cria pequenas ilhas que impedem o acesso a corixos ao longo do Rio Paraguai) que estava no acesso para a propriedade. Após constatação do caso na central de monitoramento do IHP em Corumbá, o homem foi informado sobre o início das chamas, bem como a PMA (Polícia Militar Ambiental).

    Serra do Amolar

    A região da Serra do Amolar, que está dentro do Pantanal, no município de Corumbá (MS), compreende um território de grande biodiversidade, é área de Reserva da Biosfera, além de ser um Patrimônio Natural da Humanidade. O território é formado por 80 km de extensão de morrarias que chegam a ter quase 1 mil de altitude. Essa área fica a cerca de 700 km de Campo Grande, a partir de Corumbá e por via fluvial. Só é possível chegar nesse local por ar ou pelo rio Paraguai.

    Devido a várias particularidades, incluindo os seus elementos naturais, geográficos e ecológicos, a região tem potencial de abrigar espécies de plantas e animais que são de exclusividade da Serra do Amolar. Por ali, há interações de fatores geográficos, climáticos e ecológicos que criam ecossistemas particulares que não são encontrados em outras partes do Pantanal.

    Além disso, trata-se de um território considerado uma barreira natural para o fluxo das águas, que se difere completamente de todo o restante do bioma. Ali existe uma variedade de terrenos e paisagens, áreas com características de Mata Atlântica, de Pantanal, de Amazônia, o que resulta na sua riqueza de biodiversidade.

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