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Ferramenta com inteligência artificial identifica espécies florestais de valor comercial

Desenvolvido pela Embrapa, o Netflora reduz custos de produção e torna mais sustentável o manejo florestal

Tecnologia inédita no Brasil utiliza inteligência artificial para identificar e mapear árvores de alto valor comercial na Amazônia. Essa ferramenta inovadora, que funciona como um verdadeiro guia florestal, reconhece espécies como castanheira, cumaru-ferro, açaí e cedro com uma precisão impressionante de 95%, resultado que reduz custos de produção e torna mais sustentável o manejo das florestas na Amazônia

Desenvolvido pela Embrapa, com base em características botânicas, disponíveis em um banco de dados, o Netflora reúne um conjunto de algoritmos treinados com inteligência artificial (IA) para consideração de espécies florestais.

De acordo com o pesquisador da Embrapa Acre Evandro Orfanó, um dos coordenadores de estudos desses, o Netflora confere maior automação ao planejamento da atividade florestal e aumenta a precisão e eficiência na execução de planos de manejo.

“Uma vez treinado e especializado, o algoritmo também fornece evidências, como cerâmico e área de copa, que possibilitam estimar, por meio de equações alométricas (que relacionam formas e tamanhos), o volume de madeira de cada árvore. Essas ferramentas tecnológicas recomendadas para o aumento da produção florestal com conservação ambiental”, afirma.

A adoção dessas tecnologias envolve investimentos em computadores, drones, baterias e estrutura adequada de escritório. Segundo Orfanó, esse gasto inicial é compensado pela redução drástica nos custos de produção, especialmente na etapa do inventário florestal.

Para se ter uma ideia, no levantamento tradicional de espécies, com equipes em campo, um hectare de floresta mapeado tem custo estimado entre R$ 100 e R$ 140, enquanto com a metodologia Netflora esse valor cai para R$ 4 a R$ 6 .

A metodologia pode aumentar até 100 vezes a capacidade de mapeamento da área inventariada, em relação ao método tradicional. Com a ferramenta, a meta da Embrapa é mapear 80 mil hectares de floresta, com inserção de novas áreas de interesse comercial na Amazônia.

Inicialmente, a tecnologia já está validada para uso nos estados do Acre e Rondônia e em processo de implementação nos demais estados amazônicos, onde o recurso pode ser adotado para mapeamento de espécies não-madeireiras.

“Nós temos um algoritmo treinado para identificação de açaí. Nós vamos ter em breve um outro algoritmo treinado para identificação de castanheiras, ou seja, vai ser possível utilizar essa metodologia para identificar de forma muito precisa e com custo baixo onde estão essas árvores”, comenta Bruno Pena Carvalho, chefe-adjunto de transferência de tecnologia da Embrapa Acre.

Apesar da previsão de que o Pará ainda não ter sido contemplado nesta fase do projeto, Walkimário Lemos, chefe da Embrapa Amazônia Oriental, avalia que a ferramenta terá um impacto positivo quando chegar ao estado. Para ele, a agilidade e acurácia no processamento das informações devem impulsionar as atividades ligadas ao manejo florestal e ao extrativismo.

“A tecnologia de inteligência artificial para manejo florestal na Amazônia é capaz de ampliar com rapidez o conhecimento acerca da floresta enriquecendo o conhecimento a respeito do manejo florestal, seja ele comunitário ou tradicional, assim como do manejo racional de açaizeiros nativos. Essa ampliação do conhecimento pode acrescentar melhorias sociais e econômicas para as nossas populações amazônicas uma vez que esse grande valor da floresta em pé passa obrigatoriamente pelo conhecimento da sua diversidade”, acrescenta Walkimário Lemos.

As pesquisas para viabilizar o uso de inteligência artificial no setor florestal são realizadas pela Embrapa desde 2015 e contemplam diferentes aspectos da atividade. Na fase atual, os estudos ocorrem por meio do projeto Geotecnologias aplicadas à automação florestal e espacialização dos estoques de carbono em uso nativo e modificado da terra na Amazônia Ocidental (Geoflora), executados no Acre, Rondônia, Roraima, Amapá, Pará e Amazonas, em parceria com o Fundo JBS pela Amazônia.

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ArcelorMittal e Sipremo avançam com aplicativo para o combate de pragas

Esta é a primeira iniciativa com uso de inteligência artificial para monitoramento de florestas de eucalipto e pinus e controle de pragas no Brasil

A ArcelorMittal e a Sipremo desenvolveram um aplicativo inovador contra pragas e que já conta com um ano de operação bem-sucedida. Após o mapeamento de uma série de variáveis climáticas e operacionais, a produtora de aço e a startup criaram um software de solução preditiva para auxiliar no combate de pragas. É uma iniciativa inédita com uso de inteligência artificial para monitoramento de florestas e previsão e controle no Brasil.

O programa, em operação desde fevereiro de 2022, permite o diagnóstico do nível de infestação e a antecipação de área afetada em hectare com a indicação da praga, data e local. Além do ineditismo na área florestal, o aplicativo é também o primeiro desenvolvido no modelo idealizado pelo Açolab, hub de inovação aberta, criado pela ArcelorMittal em 2018. O laboratório de inovação visa criar e impulsionar novos negócios e produtos para aumentar a competitividade e enriquecer a proposta de valor da cadeia da ArcelorMittal. 

No ano passado, a solução começou a ser testada nas áreas plantadas da BioFlorestas, da ArcelorMittal, responsável pela produção de carvão vegetal a partir de florestas renováveis de eucalipto. 

Os principais pontos positivos com o emprego da solução foram a diminuição da utilização de pesticidas químicos, a redução da emissão de CO2 na atmosfera. Em 2021, durante a Prova de Conceito, o monitoramento de milhares de hectares das áreas da BioFlorestas, apontou uma diminuição de 90% no uso de pesticidas e sem nenhum risco de contaminação química. Para se ter ideia dos ganhos com a instalação do software, a redução do custo de combate de praga por hectare caiu mais de 40%.

“Com a informação antecipada, foram verificados controles mais efetivos. A ação com o suporte da tecnologia proporcionou a redução do impacto ambiental e dos custos com combates às pragas”, revela Gabriel Savio, CEO da Sipremo.

Outro ponto positivo é que o modelo desenvolvido pela Sipremo conta com uma alta taxa de assertividade para o controle das pragas, de aproximadamente 85%, e que por conta do modelo de tecnologia utilizado, tende a crescer conforme se aumenta o uso e a interação com a solução. Com a adoção do aplicativo, os deslocamentos dos colaboradores da BioFlorestas são mais assertivos, o que permite a redução de consumo de combustíveis pelo pessoal de campo nas visitas de combate terrestre e aéreo.

“O app é baseado em inteligência artificial e com os avanços já verificados, a tendência é que novas funcionalidades sejam mapeadas, testadas, desenvolvidas e implementadas na ferramenta. O objetivo é ampliar ainda mais a sua assertividade”, explica Rodrigo Carazolli, Gerente Geral de Inovação, Novos Negócios e Açolab Ventures na ArcelorMittal.

Funcionamento – O aplicativo pode ser usado no celular ou tablet e funciona off-line.  Com a introdução do aplicativo reduziu-se o risco de contar com informações incompletas e não é mais necessária a adoção de pranchetas ou o preenchimento de informações em formulários descentralizados no trabalho de campo. O software já está sendo utilizado por operadores e gerentes das unidades de BioFlorestas. O aplicativo foi desenvolvido com a participação direta da BioFlorestas e do Açolab e é resultado da união de expertises. “O uso do banco de dados de mais de 40 anos da BioFlorestas, o papel potencializador do Açolab e a inteligência artificial nas áreas climática e geográfica da Sipremo trouxeram um novo marco para o mercado de cultivo de eucalipto”, aponta Wagner Barbosa, diretor da BioFlorestas e Mineração ArcelorMittal.

Após um teste bem-sucedido da solução de previsão climática da Sipremo, representantes da BioFlorestas sugeriram o aprimoramento do programa com a atuação proativa no combate às pragas. O aperfeiçoamento do software levou cerca de oito meses (três de construção e mais cinco de testes e melhorias).

Pioneirismo e mercado –  O objetivo da ArcelorMittal e da Sipremo é não apenas utilizar a solução na BioFlorestas, mas também disponibilizá-la no mercado. O foco está nas empresas do setor de siderurgia, papel e celulose, moveleiro e madeireiro. “É um diferencial competitivo para a BioFlorestas. Algumas empresas concorrentes da área de siderurgia e do setor florestal têm manifestado interesse pelo aplicativo”, revela Carazolli. 

Histórico – Até o final da década de 1970, eram raras as epidemias de pragas no setor florestal brasileiro. O aumento da movimentação de mercadorias no comércio e do turismo internacional acarretaram a introdução de novas pragas florestais, ocasionando impactos negativos na produtividade florestal. “O setor florestal é carente de inovação e tecnologia. O grande avanço do aplicativo é gerar decisões inteligentes. Além disso, o uso da tecnologia traz mudanças na gestão florestal, permitindo que as operações deixem de ser feitas de forma reativa e passem a ser proativas”, afirma Savio. 

Sobre a ArcelorMittal – Maior produtora de aço do Brasil e líder no mercado global, o Grupo ArcelorMittal tem cerca de 158 mil empregados, sendo 16 mil  no Brasil, e atende a clientes em 155 países, com o propósito de criar aços inteligentes para as pessoas e o planeta. A empresa tem unidades industriais em sete estados (CE, ES, MG, MS, RJ, SC e SP), além de unidades de distribuição e serviços em todo o país, sendo a única do setor no Brasil a contar com a certificação ResponsibleSteel. As plantas brasileiras têm capacidade de produção anual de 7 milhões de toneladas de minério de ferro e de 15,5 milhões de toneladas de aço bruto, com aplicação nas indústrias automobilística, de eletrodomésticos, construção civil e naval, dentre outras. A empresa atua, ainda, em áreas diversificadas como geração de energia para consumo próprio, produção de biorredutor renovável (carvão vegetal a partir de florestas renováveis de eucalipto) e tecnologia da informação.

Sobre a Sipremo – A Sipremo é uma empresa pioneira no país na geração de decisões inteligentes pela perspectiva do clima, relacionando a previsão e monitoramento de eventos climáticos e desastres naturais, com as operações monitoradas. A Sipremo nasceu junto à Defesa Civil do Estado de São Paulo, estado onde monitora quase 40 cidades.  A tecnologia da Sipremo foi criada para ajudar a resolver os problemas da gestão do clima, por meio da previsão de diferentes condições climáticas e desastres naturais, oferecendo suporte à tomada de decisão proativa para seus clientes, gerando impactos operacionais, financeiros e ambientais positivos.

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Embrapa Acre apresenta uso de drone e inteligência artificial para o manejo florestal na COP28

Conhecido como manejo florestal 4.0, as tecnologias compõem o Projeto Geoflora

O uso de drones para monitorar a dinâmica da floresta, aliado à inteligência artificial para automatizar etapas do  inventário florestal e métodos de monitoramento dos gases de efeito estufa (GEE) em florestas nativas serão apresentados na 28ª conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que segue até 12 de dezembro em Dubai.

Conhecido como manejo florestal 4.0, as tecnologias compõem o Projeto Geoflora, que reúne geotecnologias aplicadas à automação florestal e espacialização dos estoques de carbono em áreas de floresta nativa na Amazônia Ocidental, uma iniciativa da Embrapa Acre com apoio do Fundo JBS pela Amazônia.

Bruno Pena, chefe-geral da Embrapa Acre, e Andrea Azevedo, diretora executiva do Fundo JBS pela Amazônia, compõem a comitiva brasileira que participa do evento. Pena e Azevedo vão apresentar os principais resultados já obtidos com o projeto Geoflora.

“A ideia é mostrar que temos tecnologias inovadoras para o uso sustentável da floresta no manejo florestal de espécies madeireiras e não-madeireiras e na valorização de ativos ambientais importantes, como créditos de carbono”, afirma Pena.

Na opinião de Azevedo, os componentes do projeto Geoflora podem contribuir não apenas para subsidiar a atuação do poder público com relação às políticas florestais, mas também para colaborar no monitoramento dos impactos de projetos dedicados ao bioma Amazônia, fatores que convergem com a temática da COP.

Dinâmica da floresta e de gases de efeito estufa

As atividades do projeto Geoflora envolvem o monitoramento  dos gases de efeito estufa (GEE) e estoques de carbono do solo em florestas nativas. Os resultados mostrarão se o sistema florestal está sequestrando ou emitindo carbono equivalente para a atmosfera, o que permitirá calcular o balanço de carbono nos sistemas florestais avaliados.

Além disso, os pesquisadores usam um sensor de perfilamento a laser (LIDAR – Light Detection And Ranging) acoplado em drone   para estimar com maior precisão  os estoques de biomassa em diferentes ambientes da Amazônia.

A técnica empregada permite escalonar as estimativas obtidas com os dados LiDAR e produzir mapas de biomassa em alta resolução para áreas de interesse estratégico. Os resultados irão subsidiar políticas públicas de uso sustentável, como manejo florestal e pagamento por serviços ambientais.

Inventário Florestal com uso de drones

Outro componente do projeto utiliza drones e inteligência artificial para automatizar etapas do inventário florestal na identificação de espécies estratégicas. Mais de 40 mil hectares de áreas na Amazônia já foram mapeados com o objetivo de coletar informações para compor um banco  de dados de  imagens de espécies florestais obtidas por meio de câmeras RGB a bordo de drones (ortofotos).

No Laboratório de Geotecnologias, da Embrapa Acre, os dados são analisados e o algoritmo de inteligência artificial é treinado para identificar espécies florestais. Esse trabalho já foi realizado em áreas da floresta na Reserva Extrativista Chico Mendes, Floresta Estadual do Antimary (Acre), florestas nacionais de Jacundá e Jamary (Rondônia), parques municipais de Rio Branco e áreas de manejo florestal em propriedades privadas no Acre e Amazonas.

COP28 

A COP28 é composta por três ambientes. O primeiro é o de Promoção, onde estão todos os países, instituições internacionais como FAO, IICA, Banco Mundial, e empresas privadas, com um formato de uma grande feira climática, com diversos pavilhões. Neste local, acontecem grandes eventos, como congressos, palestras, assinatura de acordos bilaterais e lançamento de iniciativas.

No total, deverão ocorrer 120 painéis promovidos pelos governos, sociedade civil e iniciativa privada. A recuperação de pastagens será tema de painel no Pavilhão Brasil na COP28, com o lançamento pelo Mapa do programa de recuperação de áreas degradadas, no qual a Embrapa tem participação direta.

No pavilhão, a Embrapa apresentará suas iniciativas na produção de bioinsumos, tecnologias do Plano ABC, bioeconomia e pastagens e também estará presente em outros painéis temáticos. O chefe-geral da Embrapa Acre participa dos eventos apresentando o Sistema Guaxupé, modelo de intensificação sustentável da produção pecuária.

O segundo ambiente é o chamado Negociação, onde acontecem as negociações e acordos sobre a Convenção do Clima. São mais de cem itens de agenda, organizados em grandes áreas como Ciência e Tecnologia, Adaptação, Mitigação, Mercado de Carbono, Agricultura, entre outras.

E o terceiro ambiente será o espaço de discussão do balanço da implementação do Acordo de Paris (2015) no relatório chamado Global Stocktake (GST). Segundo o Ministério das Relações Exteriores e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, o Brasil reforça o seu compromisso de limitar o aumento da temperatura média global em 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.

Para Pena, a COP28 representa uma oportunidade para a Embrapa mostrar que há ferramentas sustentáveis com foco na  produção de grãos e carne, além de ser um espaço propício para articulação de parcerias com interesse nessas temáticas. “Precisamos unir esforços para continuar gerando tecnologias que cheguem aos produtores rurais e contribuam para uma agricultura mais sustentável e produtiva”, afirma.

Para saber mais sobre as tecnologias da Embrapa presentes na COP28 acesse : https://brunopena.myportfolio.com/work

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Suzano inicia testes com caminhão autônomo para a movimentação de celulose no Porto do Itaqui

A Suzano iniciou os testes com um caminhão autônomo para a movimentação de celulose no Porto do Itaqui, localizado em São Luís (MA). Esses testes estão ocorrendo de forma simultânea no Portocel (sociedade entre a Suzano e Cenibra), em Aracruz (ES).

Os caminhões são totalmente controlados por inteligência artificial e utilizam câmeras e sensores integrados a diversos sistemas robóticos. O Sistema emprega uma abordagem Proporcional Integral Derivativa (PID), resultando em comandos para aceleração, frenagem e direção. Segundo a Suzano, essa abordagem otimiza o consumo de combustível e reduz custos operacionais em cerca de 17% e minimiza o impacto ambiental.

A configuração autônoma dos veículos não apenas aprimora a eficiência operacional e a segurança, mas também oferece vantagens em relação a operações convencionais. Com um tempo de reação padrão de um décimo de segundo, o sistema autônomo supera a capacidade humana, essencial para lidar com eventos simultâneos em emergências.

O projeto considera a utilização de cavalos mecânicos adaptados para transporte interno de celulose, principal carga movimentada pela empresa.

A tecnologia nos veículos, desenvolvida pela empresa Lume Robotics, abrange visão computacional, mapeamento, localização, planejamento de rotas, tomada de decisão, controle e central de operações. Os testes contemplam movimentações internas, desde o transporte da carga de celulose até subprocessos como embarque de navio, descarga de barcaças e movimentações em pátio, armazém e cais.

Essa tecnologia está alinhada com a estratégia da companhia de buscar soluções inovadores e cada vez mais sustentáveis para nossas operações. A iniciativa também reforça o compromisso continuo da Suzano de contribuir com o desenvolvimento do estado do Maranhão.

Temos a expectativa de que essa solução proporcione não apenas mais segurança e eficiência operacional, mas também fortaleça a cultura de inovação do Porto do Itaqui, resultando em ganhos significativos para o negócio e para a gestão, além do reforço da sustentabilidade ambiental por meio de uma operação com menor consumo de combustível”, finaliza Arnaldo Miranda, Gerente de Portos da Suzano.

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