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Suzano (SUZB3) conclui aquisição de fatia na austríaca Lenzing

Suzano reitera que operação não traz impacto material para sua alavancagem financeira

A Suzano (BVMF:SUZB3) informou, por meio de fato relevante divulgado na noite da última sexta-feira, 30, que concluiu a aquisição de participação minoritária correspondente a 15% das ações da Lenzing Aktiengesellschaft, com sede em Lenzing, Áustria, detidas pelo Grupo B&C. A operação foi finalizada após o cumprimento de condições aplicáveis.

A Lenzing opera em fibras especiais, com fábricas por todo o mundo. “Reconhecida pelas suas práticas sustentáveis, a Lenzing é especializada na produção de fibras de celulose à base de madeira (liocel, modal e viscose). Com uma capacidade de produção anual superior a 1 milhão de toneladas, lidera a indústria na produção de fibras ecologicamente sustentáveis”, detalha a Suzano no documento.

Segundo a Suzano, a aquisição está de acordo com sua estratégia de expansão para novos mercados e foco em sustentabilidade de fibras têxteis à base de madeira. Além disso, a disse que a compra não traz impacto significativo para sua alavancagem financeira ou nível de endividamento.

Informações: Investing.com

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Suzano: investimento de R$ 650 milhões em fábrica de papel em Aracruz

Empreendimento deve começar a produzir no primeiro trimestre de 2026, gerando cerca de 300 postos de trabalho durante a implantação e 200 na fase de operação

O lançamento da pedra fundamental para implantação da segunda fábrica de papel tissue da Suzano em solo capixaba foi feito na última quinta (18/04), no município de Aracruz, dois anos após a empresa inaugurar a primeira fábrica no Estado, localizada em Cachoeiro, região Sul.

O tissue é um material de alta absorção utilizado na fabricação de papéis sanitários e outros. A empresa está investindo R$ 650 milhões no empreendimento que, além da produção de papel, também fará a sua conversão em papéis higiênicos, inserindo Aracruz no rol de municípios brasileiros com produção desses itens e agregando valor à cadeia produtiva.

A fábrica de papel faz parte de um pacote de investimentos anunciado pela empresa no ano passado para o Espírito Santo, que soma R$ 1,17 bilhão. Está incluída aí a nova caldeira de biomassa, projeto já em execução, que aumentará a eficiência energética da fábrica, contribuindo para a estabilidade operacional.

A nova caldeira também vai resultar em ganho ambiental em relação ao equipamento existente, a partir da redução da emissão de material particulado e reaproveitamento na queima de resíduos da madeira.

Durante o período de obras, a nova fábrica vai gerar 300 postos de trabalho. Após o início da produção, previsto para o primeiro trimestre de 2026, cerca de 200 colaboradores e colaboradoras, diretos e indiretos, trabalharão na unidade. Assim como por ocasião do início de produção na unidade de Cachoeiro de Itapemirim, a Suzano fará parceria com instituições especializadas para qualificar os trabalhadores e trabalhadoras que vão atuar na operação da nova fábrica, priorizando a contratação de pessoas da região das proximidades do empreendimento.

O evento reuniu em Aracruz o atual e o futuro CEO da Suzano, respectivamente, Walter Schalka e Beto Abreu. Schalka destacou que a Suzano começou a produzir papel tissue há seis anos e hoje é líder de mercado no segmento. “Aracruz é uma planta competitiva e tem condições de se tornar ainda mais, estamos a apenas 2 km do Portocel”, destacou ele, numa referência ao porto por onde a produção é escoada.

Presente ao lançamento da pedra fundamental da fábrica, o governador Renato Casagrande abordou a evolução da Suzano no Espírito Santo nos últimos anos, agregando valor à produção. Ele destacou a importância do fortalecimento da atividade industrial para o crescimento da economia.

“Ter uma empresa como a Suzano é um passo importante para que o Espírito Santo tenha posição de destaque no cenário industrial”. O governador acrescentou ainda que, ao produzir bens de consumo, a empresa incrementa a geração de impostos no Espírito Santo, contribuindo para fortalecer o estado.

Verticalização

O diretor de Bens de Consumo e de Relações Corporativas da Suzano, Luís Bueno, observou que a implantação da nova fábrica, em Aracruz, marca a verticalização da indústria de celulose no estado, que passa a ter aqui toda a sua cadeia produtiva: da muda de eucalipto ao produto final. O Espírito Santo já converte tissue em papel higiênico na unidade de Cachoeiro de Itapemirim e, com a nova fábrica, passa a produzir no estado também o papel tissue.

A fábrica que será construída em Aracruz é a sétima da Unidade de Bens de Consumo da Suzano e a segunda no Espírito Santo: a empresa já tem fábricas de produção e conversão de tissue em produtos acabados nos municípios de Mogi das Cruzes (SP), Mucuri (BA), Imperatriz (MA) e Belém (PA), além de unidades exclusivas de conversão nos municípios de Cachoeiro de Itapemirim (ES) e Maracanaú (CE). Em Aracruz, serão produzidas 60 mil toneladas/ano de papel tissue, elevando para 340 mil toneladas anuais a capacidade instalada da unidade de Bens de Consumo da Suzano.

A produção será convertida em 30 mil toneladas/ano de papéis higiênicos das marcas Mimmo, Max Pure e Neve, as mesmas que já são produzidas também em Cachoeiro de Itapemirim, e vai abastecer os mercados da região Sudeste, parte do Centro-Oeste e Sul. A fábrica do sul do estado, cuja capacidade de produção também é de 30 mil toneladas/ano e é abastecida com tissue vindo de outras unidades da Suzano, passará a utilizar o papel produzido em Aracruz.

O prefeito de Aracruz, Dr. Coutinho, também prestigiou o lançamento da pedra fundamental da nova fábrica e salientou a relevância da presença da Suzano no município, como parte de uma cadeia econômica importante para a geração de empregos e de tributos.

O futuro CEO da Suzano, Beto Abreu, enfatizou a importância de um bom ambiente de negócios para as decisões de investimento da empresa, ressaltando que o Espírito Santo demonstra ter harmonia nesse aspecto, com as diversas esferas de poder público e o setor privado caminhando juntos, o que é um ponto bastante positivo.

Informações: ESBrasil.

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De novas estruturas à modernização: Suzano coloca R$ 1,45 bi em Aracruz

Companhia está fazendo aportes relevantes na construção na primeira fábrica de papel do Espírito Santo e na modernização e manutenção de todo o parque fabril

O ano de 2024, principalmente o primeiro semestre, vai ser animado no complexo industrial da Suzano, em Aracruz. Além da construção da primeira fábrica de papel do Estado, que será entregue em 2026, as três linhas de produção de celulose estão passando por um grande processo de manutenção e modernização. O conglomerado está colocando R$ 1,45 bilhão em todo o pacote.

Só a nova caldeira, capaz de atender as três usinas de celulose que funcionam ali, vai consumir R$ 520 milhões de reais. A usina de papel tissue (usado para higiene pessoal) vai consumir R$ 650 milhões. O restante do aporte vai para a manutenção e modernização das unidades.

“São intervenções importantes e complexas, que estão mobilizando cerca de dois mil trabalhadores. A parte mais pesada das manutenções, com paradas de fábrica, se darão no primeiro semestre. Os investimentos na caldeira e na unidade de papel serão entregues em 2025.”

Fabricio José da Silva, executivo responsável pelas fábricas do Espírito Santo.

Importante destacar que boa parte dos fornecedores contratados para tocar as intervenções são do setor metalmecânico do Espírito Santo, um dos mais avançados do Brasil.

Informações: A Gazeta.

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Suzano totaliza R$ 18,6 bilhões em investimentos em 2023

A empresa completou 100 anos em 2024 e investimento anual recorde inclui a construção da maior linha única de celulose do mundo

Referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir de árvores plantadas de eucalipto e maior produtora mundial de celulose, a Suzano encerrou 2023 com um investimento total de R$ 18,6 bilhões, o maior desembolso anual realizado em sua história. Em janeiro de 2024, a companhia completou 100 anos.

O ano passado foi marcado por uma redução nos preços médios da celulose, por uma evolução no desempenho das operações florestais e industriais e pela preparação da Suzano para o futuro. Sobretudo com a ampliação da base florestal para maior competitividade futura e o avanço das obras do Projeto Cerrado, que inclui a maior linha única de produção celulose do mundo e envolve um investimento total de R$ 22,2 bilhões.

Como resultado, a companhia totalizou uma geração de caixa operacional de R$ 11,6 bilhões em 2023. A receita líquida somou R$ 39,8 bilhões e o EBITDA ajustado totalizou R$ 18,3 bilhões. Na última linha do balanço, a empresa registrou resultado líquido positivo de R$ 14,1 bilhões.

O custo caixa de produção de celulose, sem paradas, apresentou evolução contínua com sucessivas quedas ao longo do ano e fechou o ano a um patamar de R$ 816 por tonelada no último trimestre. 

A comercialização de celulose, insumo utilizado na fabricação de produtos sanitários e absorventes, papéis para imprimir e escrever, embalagens e papéis especiais, desenvolvidos a partir do cultivo do eucalipto, movimentou 10,2 milhões de toneladas. As vendas de papéis, por sua vez, totalizaram 1,3 milhão de toneladas.

“Nosso ciclo de investimentos, que inclui o maior desembolso anual da nossa história, em 2023, totalizou mais de R$ 50 bilhões entre 2019 e 2023, e investiremos mais R$ 16,5 bilhões em 2024. Paralelamente, mantivemos uma sólida geração de caixa e conseguimos preservar nossa dívida líquida no saudável patamar de US$ 11,5 bilhões, refletindo nosso compromisso com o crescimento estratégico e a disciplina financeira”, afirma Walter Schalka, presidente da Suzano. 

“Atravessamos um cenário desafiador em 2023 e nossos resultados mostram a resiliência da companhia na geração de valor aos nossos stakeholders. Com a entrada em operação do Projeto Cerrado, nossa competitividade estrutural será ainda mais robusta nos próximos anos”, completa o executivo.

Principal iniciativa do atual plano de investimentos da Suzano, o Projeto Cerrado entrará em operação até junho de 2024. Localizada no município de Ribas do Rio Pardo (MS), a nova fábrica adicionará 2,55 milhões de toneladas de celulose à capacidade instalada da companhia, atualmente da ordem de 10,9 milhões de toneladas de celulose ao ano.

Ampliação da base florestal e fundiária

Outros investimentos de destaque realizados pela Suzano no decorrer de 2023 incluem a aquisição dos ativos de Tissue da Kimberly-Clark no Brasil, a ampliação de sua base florestal e fundiária e modernizações nas Unidades Jacareí (SP) e Aracruz (ES) e em terminais portuários. 

A companhia também anunciou investimentos na construção uma fábrica de papel Tissue em Aracruz e em um projeto para quadruplicar, em Limeira (SP), a capacidade de produção de celulose Fluff, matéria-prima utilizada em produtos absorventes e de higiene pessoal como fraldas infantis e adultas e absorventes femininos.

Destaque em 2023 também para o avanço dos “Compromissos para Renovar a Vida”, conjunto de metas de longo prazo estabelecidas em 2020 pela Suzano em convergência aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. 

Os detalhes dos resultados de iniciativas como diminuição da pobreza e remoção de carbono da atmosfera serão divulgados no Relatório Anual 2023, previsto para março deste ano.

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Com investimento em florestas no MS, Suzano busca garantia de madeira para expansão futura

Da área adquirida, 50 mil hectares estão aptos para plantio e 20 mil hectares têm de ser conservadas pela empresa

No apagar das luzes de 2023, a Suzano – maior companhia de produção de celulose de fibra curta de eucalipto do mundo – fechou uma aquisição estratégica de terras em Mato Grosso do Sul, estado em que a companhia da família Feffer está finalizando seu maior empreendimento, o Projeto Cerrado, de R$ 22,2 bilhões. A empresa adquiriu de fundos específicos 70 mil hectares de terras na região Centro Leste, que abriga suas duas unidades industriais: uma em Três Lagoas e a outra em Ribas do Rio Pardo, sendo a primeira em plena operação e a segunda com 80% das obras já realizadas.

“A aquisição tem foco mais voltado para o futuro, pois no momento já temos uma base de suprimento no estado que dá conforto para nossas operações”, disse Marcelo Bacci, Diretor Executivo de Finanças, Relações com Investidores e Jurídico da Suzano, ao IM Business. “O balanço de madeira da empresa em MS, hoje, está praticamente equacionado”, acrescenta o executivo.

O negócio, de R$ 1,83 bilhão, envolveu a compra integral da Timber VII SPE e da Timber XX SPE, ambas sob o guarda-chuva do BTG Pactual Timberland Investiment Group. Da área adquirida, 50 mil hectares estão aptos para plantios (são regiões de pastagens degradadas), com uma parcela já com eucaliptos de diferentes idades plantados. Os demais 20 mil hectares são de preservação do bioma existente e têm de ser conservadas pela empresa. A operação financeira deve ser concluída, com ajustes, em março.

Base florestal é o coração de uma indústria de celulose e papel, o que garante sustentação futura ao negócio. Segundo Bacci, esse movimento da Suzano vai em duas frentes: primeiro, gera uma opção de crescimento no longo prazo e, segundo, aumenta o nível de segurança operacional de geração de madeira. Principalmente, devido à questão climática vista atualmente, que pode influir no rendimento da produção florestal. Para menos, em caso de secas fortes, ou para mais, em épocas de muita chuva.

Marcelo Bacci, Diretor Executivo de Finanças, Relações com Investidores e Jurídico da Suzano (Divulgação).

O executivo informa que a área adquirida  vai entrar no programa anual de plantio de eucalipto da Suzano, que gira na faixa de 300 mil hectares. Ele abrange renovação de florestas existentes e plantios de áreas novas. O orçamento para 2024, já influindo a aquisição, é de R$ 3,3 bilhões em terras e florestas (20% do capex total da companhia). O eucalipto demanda de seis a sete anos para atingir o ponto de corte e então ser levado à unidade industrial para se obter a celulose.

Em Mato Grosso do Sul, a empresa tem atualmente uma grande área de florestas plantadas – não revela números por unidades estaduais. Com o Projeto Cerrado, a capacidade de produção de celulose da Suzano irá das atuais 3,2 milhões de toneladas por ano (em Três Lagoas) para quase 5,8 milhões de toneladas. A unidade de Ribas do Rio Pardo, a 100 quilômetros da capital Campo Campo, adicionará 2,55 milhões de toneladas/ano, sendo a maior fábrica de celulose de eucalipto do mundo em linha de produção única.

Bacci informa que atualmente dois terços do balanço de oferta de madeira da empresa são próprios. A diferença de fornecimento vem de terceiros que são donos de florestas de eucalipto no raio de atuação de suas fábricas. “Nossa meta é atingir, entre 2029 e 2032, próximo de 90% de base própria. Vamos trazer mais áreas, a exemplo dessa que adquirimos do BTG. É fundamental estar sempre plantado”.

A indústria de celulose no Brasil, como um todo, enfrenta uma competição acirrada por terras com o agronegócio, o que levou ao encarecimento das aquisições. Em Mato Grosso do Sul, de acordo com informações do governo estadual, áreas de plantios de grãos (soja e milho) ocupam mais de 4 milhões de hectares. Florestas plantadas, 1,3 milhão de hectares, com crescente expansão devido a novos projetos previstos de fábricas de celulose no estado. A predominância é de culturas de eucalipto (há apenas pequenas áreas de pinus). De cana de açúcar, eram 832 mil hectares em 2023.

As áreas de pastagens vêm se reduzindo ao longo dos últimos anos com a corrida verificada por terras, pelo agronegócio e indústria papeleira em MS. Em 2023 somavam 17,6 milhões de hectares – menos 4,2 milhões comparado a anos anteriores. Por sua vez, áreas remanescentes, com biomas a serem preservados, registraram aumento, alcançado 10,8 milhões no ano passado.

“Vimos um aumento do preço da terra nos últimos anos, de forma geral, devido a essa demanda nos grãos e cana e não foi diferente no Mato Grosso do Sul”, comenta o diretor da Suzano. Ele informa que em cinco anos a área florestal plantada no país cresceu 10%, porém, o consumo de eucalipto para processamento de celulose e outras aplicações teve aumento de 26%, ocorrendo um descasamento entre oferta e demanda.

Há outro fator importante ligado à recente aquisição: ganho de competitividade relativo ao custo logístico de movimentação da matéria-prima. Isso é medido pelo raio médio, em quilometragem. de transporte da madeira desde a área de colheita até a unidade industrial. “Hoje estamos em 200 quilômetros; queremos reduzir para 150 quilômetros dentro de seis anos, para adiante”, informa.

Bacci destaca que a empresa olha constantemente oportunidades de compra de novas áreas de terras e florestas dentro de sua estratégia de assegurar solidez ao negócio. Ele diz que apesar de preços da commodity em período de baixa, como se verificou no ano passado, essa estratégia de incorporar novos ativos imobiliários e florestais não é freada. “Mesmo o preço de celulose ficando bastante pressionado em 2023, a companhia realizou no ano o maior investimento da sua história”, afirmou.

Além de Mato Grosso do Sul, a Suzano tem unidades operacionais de celulose nos estados de São Paulo, Espírito Santo, Bahia e Maranhão, com capacidade instalada atual de fazer 11 milhões de toneladas ao ano. No todo, são 1,67 milhão de hectares de áreas plantadas de eucalipto mais 1,18 milhão de áreas de reservas protegidas. “Toda a nossa madeira vem de plantios; não entra nada de florestas naturais”, destaca o executivo. A empresa tem ainda florestas em estados vizinhos, caso de  Minas Gerais.

Além da fibra curta de eucalipto (celulose de mercado), que exporta a quase totalidade da produção para diversos mercados, em especial de Ásia (a China é o grande comprador) e Europa, a companhia é fabricante de papéis de escrever e imprimir (revestidos e não revestidos), papel cartão, papel tissue (para fins sanitários) e celulose tipo fluff (usada na fabricação de fraldas, lenços umedecidos e outros itens de proteção higiênica).

No ano passado, a Suzano gerou receita líquida acumulada, até o final do terceiro trimestre, em base acumulada anual, de R$ 43,75 bilhões, com resultado líquido no mesmo período de R$ 17 bilhões. A dívida líquida consolidada era de US$ 11,5 bilhões em 30 de setembro, com alavancagem de 2,7 vezes na relação com o Ebitda (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização) ajustado. O montante é atribuído ao maior ciclo de investimento na história da empresa.

Informações: Notícias do Cerrado.

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Unidade da Suzano em Aracruz (ES) pagou R$ 1,5 bilhão à acionistas nesta última quarta-feira

Confira como foi o ano da empresa no Espírito Santo

Gigante do mercado de celulose e papel, a Suzano (SUZB3) pagou aos seus acionistas nesta última quarta-feira (10)  cerca de R$ 1,5 bilhão em proventos. O valor é baseado no lucro demonstrado no balanço trimestral de 30 de setembro do ano passado.

Os acionistas da empresa recebem R$ 1,1633 por papel, em formato de juros sobre capital próprio (JCP), pagando 15% de Imposto de Renda. Tem direito aos proventos quem tinha ações da Suzano no dia 7 de dezembro.

Em 2023, os destaques no setor de celulose no Estado foram os anúncios de dois projetos para ampliação e modernização da unidade da Suzano em Aracruz. O primeiro foi a construção de uma fábrica de papel “tissue”, utilizado na produção de itens de higiene e limpeza.

A fábrica receberá investimento da ordem de R$ 650 milhões e terá capacidade para produzir 60 mil toneladas. A estimativa é de que a obra seja concluída em dois anos, quando então a Suzano terá capacidade instalada da unidade de Bens de Consumo de 340 mil toneladas anuais.

E o segundo projeto, para o qual a empresa mobilizará outros R$ 520 milhões, trata da substituição de uma caldeira de biomassa, o que ampliará a eficiência energética da fábrica. A substituição resultará também em redução da emissão de material particulado.

A nova caldeira está sendo aguardada para 2025 e usa  biomassa para a produção de vapor, que por sua vez é usado na fabricação de celulose e na geração de energia elétrica.

Informações: ESBrasil.

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Suzano concilia investimento de R$ 22 bi em celulose com expansão gradual em papel “tissue”

Empresa anunciou R$ 650 milhões para construção de fábrica de papel sanitário em Aracruz, no ES

Há pelo menos seis anos, a Suzano tem ampliado investimentos em um segmento menos suscetível a variações de preços e mais estável, em termos de rentabilidade, do que o negócio de celulose: a produção de papel. Essa parte das operações foi responsável por mais de um quarto da receita líquida da companhia no terceiro trimestre de 2023 e sua capacidade produtiva vem se expandindo, com aportes sequenciais, sobretudo em papel tissue, de uso sanitário, como papel toalha, higiênico, lenços e guardanapos.

A compra de ativos brasileiros da Kimberly Clark, por US$ 175 milhões, foi concluída em junho deste ano e levou a Suzano à posição de liderança em tissue no Brasil, com uma participação de mercado da ordem de 24%. “O segmento de papel é onde o consumo mais cresce. Nos papéis sanitários, o foco tem sido o Brasil e a gente tem uma abordagem gradual”, disse Marcelo Bacci, diretor-executivo de finanças da Suzano, em entrevista ao Por Dentro dos Resultados, do InfoMoney.

A abordagem da companhia em tissue começou em 2017, quando a Suzano iniciou a produção de papel sanitário nas fábricas de Mucuri, na Bahia, e em Imperatriz, no Maranhão. No final daquele ano, a empresa ainda adquiriu a Fábrica de Papel da Amazônia (Facepa), por R$ 310 milhões.

“O primeiro objetivo era consolidar a companhia no nordeste e no norte do país. Nos tornamos líderes, nessa primeira fase, e a partir daí começamos uma estratégia focada em expansão regional e em posicionamento de marca”, explica Bacci.

A Kimberly Clark atendia aos dois requisitos, pela maior presença nas regiões sudeste e centro-oeste, onde a Suzano ainda não estava tão presente em bens de consumo, e também pela reputação de seus produtos. “Trouxemos [com a aquisição] a marca Neve, a mais premium do setor. É a marca com melhor valor e melhor precificação”,  diz o CEO.

Os próximos passos da estratégia da Suzano em papel sanitário já estão em curso. Junto com o balanço do terceiro trimestre, a companhia anunciou que trabalha na construção de uma fábrica de tissue em Aracruz, no Espírito Santo, com capacidade de produzir 60 mil toneladas por ano. A previsão é que a unidade inicie suas operações no primeiro trimestre de 2026.

O investimento estimado para a fábrica é de R$ 650 milhões, mas a Suzano pretende desembolsar apenas R$ 130 milhões – o restante do valor seria coberto por saldo de créditos de ICMS que a companhia possui no Estado.

“O segmento de tissue vem crescendo e se consolidando no Brasil. A Suzano e nosso maior concorrente temos, aproximadamente, 45% desse mercado. É uma realidade muito diferente do que era alguns anos atrás, pois era muito mais pulverizado. Ainda existe potencial de crescimento no Brasil, provavelmente mais orgânico do que M&A, mas estamos olhando todas as oportunidades”, afirma Bacci.

Mix não muda

No terceiro trimestre, a receita líquida de papel da Suzano foi de R$ 2,34 bilhões, com um crescimento de 14% em relação ao trimestre imediatamente anterior. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o avanço foi de 3%. Mais de 70% das vendas do segmento foram feitas no mercado interno, responsável pela aquisição de 235 mil toneladas de papel da companhia, de um total de 331 mil, entre os meses de julho e setembro.

Já as vendas de celulose da Suzano sofreram uma queda anual de 11%, para 2,486 milhões de toneladas, o que também representou um recuo de 1% em relação ao segundo trimestre. A receita líquida foi de R$ 6,605 bilhões, cifra 45% menor que a registrada no mesmo período do ano passado.

Mesmo reconhecendo a resiliência e rentabilidade mais estável do papel, a Suzano não vê, necessariamente, um crescimento dessa linha de negócios no mix da companhia. “Apesar de estarmos crescendo nesse segmento, a gente cresce ainda mais em celulose”, afirma Bacci.

A maior parte dos R$ 18,5 bilhões de capex previstos para este ano está sendo investida no Projeto Cerrado, que prevê a construção de uma planta produtora da matéria-prima em Ribas do Rio Pardo, no Mato Grosso do Sul. É o maior programa de investimentos da Suzano, com previsão de R$ 22,2 bilhões em aportes.

A unidade terá capacidade para produzir mais de R$ 2,5 milhões de toneladas de celulose de eucalipto por ano e deve iniciar suas operações na primeira metade do ano que vem. “Vai aumentar nossa capacidade de celulose em mais ou menos 20%. […] Vamos de 11 milhões para 13,5 milhões de toneladas de capacidade, mais ou menos, enquanto no papel nós temos 1,5 milhão de capacidade”, calcula o CEO.

“Por isso você não vai ver uma grande mudança no mix, mas sim um crescimento nos dois segmentos. Pois temos competitividade em ambos para seguir ganhando mercado globalmente”, complementa Bacci.

Junto com o investimento na fábrica de papel tissue em Aracruz, a Suzano também anunciou que vai desembolsar R$ 490 milhões na conversão de uma máquina de secagem da unidade de Limeira, no interior de São Paulo, para viabilizar a produção de 340 mil toneladas de celulose “fluff” – matéria-prima utilizada na fabricação de fraldas, absorventes e tapetes para pets.

De acordo com Bacci, a Suzano é a primeira empresa a fabricar esse tipo de celulose a partir da fibra curta de eucalipto, que, segundo ele, tem “propriedades interessantes de qualidade” e custo de produção mais baixo. A produção de fluff pela Suzano começou há cinco anos, inicialmente com capacidade de produção reduzida, de 90 mil toneladas.

“Demorou para colocar no mercado e hoje vendemos toda a capacidade que temos, o que nos deu segurança para investir em um aumento para 430 mil toneladas de capacidade”, afirma o CFO. “A gente pretende continuar crescendo em fluff, que é um produto mais próximo do consumidor também.”

Informações: InfoMoney.

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