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Bracell confirma investimento de US$ 4 bilhões em fábrica de celulose em MS

Unidade em Água Clara (MS) terá capacidade de produzir 2,8 milhões de toneladas e gerar até 13 mil empregos

A Bracell, empresa do grupo indonésio RGE, confirmou o investimento de US$ 4 bilhões para a construção de uma nova fábrica de celulose no município de Água Clara, em Mato Grosso do Sul. O anúncio foi feito durante o Fórum Empresarial Brasil-Indonésia, realizado no Rio de Janeiro no último domingo (17).

A unidade, que terá capacidade de produção de 2,8 milhões de toneladas de celulose por ano, está localizada a 15 quilômetros do centro urbano de Água Clara e promete gerar até 13 mil empregos, sendo 10 mil durante a construção e 3 mil na operação.

O processo de licenciamento ambiental já foi iniciado, com previsão de conclusão do estudo até fevereiro de 2025. Esse é mais um grande investimento no setor de celulose em Mato Grosso do Sul, que se consolidou como um dos principais polos desse segmento no Brasil.

O governador do Estado, Eduardo Riedel, destacou a importância da parceria com a Bracell e enfatizou os benefícios econômicos para a população local. “Estes novos investimentos vão gerar empregos e melhorar a renda dos cidadãos de Mato Grosso do Sul”, afirmou Riedel.

Mato Grosso do Sul: o “Vale da Celulose”

Mato Grosso do Sul já é reconhecido nacionalmente como o “Vale da Celulose”, respondendo por 24% da produção nacional do setor. O Estado possui a segunda maior área cultivada de eucalipto do Brasil e ocupa o primeiro lugar na produção de madeira em tora para a fabricação de papel e celulose. Além disso, é vice-líder em área plantada com árvores, atrás apenas de Minas Gerais.

A cadeia produtiva florestal em MS é responsável por mais de 14,9 mil empregos diretos e 12 mil indiretos. O Estado conta com quatro fábricas de celulose em operação e já anunciou a construção de outras duas unidades, incluindo a da Bracell, que será a sexta planta no Estado.

Ambiente favorável aos negócios

Esse crescimento do setor de celulose em Mato Grosso do Sul é resultado de um ambiente positivo de negócios criado pelo Governo Estadual. A combinação de incentivos fiscais, infraestrutura de logística e o apoio a novos empreendimentos contribuem para atrair grandes investimentos como o da Bracell, que se junta a outras multinacionais que apostam na região como polo industrial.

Informações: MS TODO DIA.

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“Conciliação na Eldorado pode trazer investimento considerável em celulose e ferrovias”, diz governador Eduardo Riedel

Grupo J&F pretende adquirir participação da Paper na Eldorado e realizar investimento de R$ 25 bilhões que vinha sendo travado pela empresa sino-indonésia

Na segunda-feira (18), uma audiência de conciliação realizada no Supremo Tribunal Federal (STF) trouxe avanços nas negociações entre a J&F Investimentos e a Paper Excellence, envolvendo a Eldorado Brasil Celulose, embora um acordo definitivo ainda não tenha sido alcançado. Sob condução do ministro Kassio Nunes Marques, o encontro marcou um novo capítulo no litígio que se estende há sete anos e que tem travado um plano de expansão da Eldorado estimado em R$ 25 bilhões. A J&F propôs adquirir a participação da Paper, medida que poderia desbloquear esse investimento substancial.

O governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), destacou a relevância desse possível acordo para o estado e para o país. “O Estado de Mato Grosso do Sul é hoje uma nova fronteira de desenvolvimento e crescimento econômico do país. A gente acompanha essa possibilidade de conciliação com a expectativa de que o resultado seja positivo para o Mato Grosso do Sul e o Brasil, uma vez que há possibilidade de um investimento considerável na expansão da planta de celulose da Eldorado, bem como no modal ferroviário para escoamento da produção”, afirmou Riedel à reportagem do Brasil 247.

A proposta da J&F para adquirir a participação da Paper Excellence foi confirmada em nota oficial. A empresa declarou estar “pronta e com recursos disponíveis para fazer uma proposta pela totalidade das ações detidas pela Paper Excellence na Eldorado por um valor de mercado, que garanta alta rentabilidade para seu investimento e liberte a Eldorado do litígio promovido há sete anos pela empresa estrangeira, possibilitando a retomada dos investimentos e da geração de empregos”.

Histórico do Litígio e Intervenções

O conflito começou em 2017, quando a Paper adquiriu 49,41% da Eldorado, enquanto a J&F manteve 50,59%. No entanto, a Paper não obteve as autorizações necessárias do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e do Congresso Nacional, resultando na anulação do contrato pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), decisão mantida pelo STF. A situação foi agravada pelas acusações de má-fé processual, levantadas por Nunes Marques.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) também interveio, suspendendo os direitos de voto da Paper na Eldorado por considerar que a empresa agia de forma anticompetitiva, o que dificultava a expansão da companhia e ameaçava a concorrência no setor de celulose.

Impactos Potenciais e Benefícios Econômicos

Segundo Wesley Batista, acionista da J&F, a expansão da Eldorado, que incluiria a construção de uma nova linha de produção, poderia aumentar a capacidade da empresa de 1,8 milhão para 4,4 milhões de toneladas anuais, gerando cerca de 10 mil empregos durante a fase de construção e 2 mil na operação. O projeto também prevê uma ferrovia de 90 quilômetros, ligando Três Lagoas a Aparecida do Taboado, fortalecendo a infraestrutura regional, como também destacou o governador Eduardo Riedel.

O prefeito de Três Lagoas, Angelo Guerreiro, também destacou o potencial de desenvolvimento que o acordo poderia trazer. “O impacto será totalmente positivo tanto para o município quanto para o estado. Serão novas vagas de emprego para a população e desenvolvimento humano e financeiro para todos”, disse Guerreiro à reportagem do Brasil 247, apontando a importância de um desfecho que beneficie o crescimento sustentável da cidade e da região.

Expectativas para o Futuro

A continuidade das negociações no STF pode sinalizar uma solução iminente que destrave os investimentos, consolidando a posição do Brasil como um dos principais exportadores de celulose no mercado global. Para Riedel, além de fomentar a economia, um acordo trará novos empregos e uma infraestrutura ampliada que atrai outros investimentos. “E novos investimentos consequentemente geram novos empregos, novas oportunidades, melhoram a renda, e aportam na ampliação da capacidade de escoamento, na atração de outros players, novas moradias, enfim, uma gama de serviços que vem atrelada ao desenvolvimento”, concluiu o governador.

Informações: Correio de Corumbá.

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Pode outra profissão substituir o engenheiro florestal no manejo florestal sem prejuízo ao meio ambiente?

*Artigo de Cícero Ramos

Mais de 250 anos de ciência florestal se passaram desde que o saxão Hans Carl von Carlowitz criou o tema “sustentabilidade” para a produção perpétua das florestas. No Brasil, há 64 anos foi criado o curso de Engenharia Florestal. Esse curso é uma invenção nacional? Ele pode ser substituído por outra formação?

Respondendo a primeira pergunta, não, o curso já existe há vários anos nos principais países do mundo, como principalmente a Alemanha, Áustria, Estados Unidos, França, Suécia, dentre outros. Quase uma década antes do Brasil, a Colômbia, o Chile e a Argentina, já tinham, na América Latina, criado também seus cursos de engenharia florestal que surgiram por meio interferência da Sub-Comissão sobre Florestas Inexploradas da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), isso ocorreu devido à importância ambiental e econômica das florestas nativas no pós-guerra, buscando a produção de produtos florestais como madeira e energia.

Por que criaram um curso com especialização tão focada, tão específica, outros cursos não cobririam estas necessidades? Já agora respondendo a uma segunda questão, recursos abundantes e ecossistemas florestais diferenciados, recomposição de florestas, técnicas de regeneração e plantio, manutenção de habitas, alternativas de uso do solo, previsões de produção em floresta, produtos não madeireiros oriundos da floresta, manutenção de florestas, necessidades econômicas, dentre outras variáveis heterogenias, clamavam, como clamaram antes na Europa, por alternativas técnicas e ciências que pudessem responder de forma organizada há estas questões que variavam de ambiental a econômica.

A engenharia florestal contribuiu para os avanços no Código Florestal de 1965, que aperfeiçoou o Código de 1934, incluindo a proibição da exploração empírica das florestas primitivas da região amazônica, que só poderiam ser exploradas mediante planos técnicos de condução e manejo.

Em que pese a legislação, de forma bem intencionada, tentar simplificar as normas para o manejo de florestas naturais (esse é o tema que abordaremos aqui), e isso é compreensível, continuam subjacentes as necessidades de conhecimentos técnico-científicos para elaboração e execução dos planos de manejo.

Por exemplo: O engenheiro florestal precisa saber o ambiente ideal para a regeneração natural de determinada espécies, e também se algum tratamento silvicultural adicional será necessário. 

O engenheiro florestal precisa saber planejar e calcular a rede ideal   de estradas, pátios e trilhas de arraste visando menor dano ambiental e com menor custo. Precisa conhecimentos de exploração de impacto reduzido. Precisa entender e combinar rede de estradas e arraste com menor dano as áreas de preservação permanente (APP).

Precisa conhecimento sólidos de estratificação das diferentes tipologias e sub-tipologias, e sua combinação de espécies florestais para um melhor lançamento amostral estatístico, o qual não comprometa a regeneração da floresta quando explorada.

Além disso, precisa saber identificar a qualidade, sanidade e potencial dos fustes a serem manejados e quais devem ficar como árvores matrizes ideais.

O engenheiro florestal precisa estudar a capacidade suporte da floresta a ser manejada e qual a intensidade de exploração que deve ser utilizada de maneira a que não ponha em risco a sustentabilidade da mesma. A floresta, e dentro dela, todas a suas espécies, possuem uma “faixa de variação ótima” na sua curva de desenvolvimento e formação. Retiradas que perturbem esta faixa de variação, implicarão no “ponto de não retorno” mencionado por especialistas e seguidamente mencionado na mídia.

O engenheiro florestal precisa saber monitorar a floresta em exploração. Para isso não são suficientes a correta instalação de parcelas permanentes, mas saber calcular sua intensidade ideal, e mais que isso, interpretar seus resultados a luz das informações das fases sucessionais da floresta.

Quais classes diametricas merecem abertura para luminosidade? E para qual espécie? E em que intensidade? Como está a estrutura da floresta? Os ciclos de corte estarão adequados? Quando ela estará produtiva de novo? Já pode haver uma reentrada no talhão? Como pleitear isto junto aos órgãos ambientais? Quais medidas mitigadoras devem ser utilizadas no caso de impactos imprevistos?

Com o advento da preocupação ambiental, várias profissões passaram a opinar sobre o meio ambiente de forma caótica. Sem uma direção clara. Isso foi tomando proporções maiores sem a ação corretiva das instituições responsáveis. A questão, é que já havia uma formação que permitia trabalhar com as florestas naturais de formas produtiva, quando necessário. Afinal, o manejo florestal, é bom lembrar, é o único uso do solo que mantém a cobertura florestal. Grandes cientistas do passado, como Carlowitz,  Hartig, Cotta, Liocourt, Brandis, Odum, Osmaston, Whitmore, Dawkins, mais recentemente, Natalino Silva, dentre vários,  já tinham pensado o uso das florestas naturais de forma sustentável e estes conhecimentos encontram-se TODOS dentro do Curso de Engenharia Florestal.

O manejo de florestas naturais está alinhado com as metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, especialmente nos objetivos 8, 12, 13, 15 e 17. Esses objetivos buscam aumentar a produtividade e preservar a cobertura florestal, ao mesmo tempo que promovem a conservação dos ecossistemas, a biodiversidade, a mitigação das mudanças climáticas e geram emprego e renda nos estados amazônicos, oferecendo uma alternativa viável ao desmatamento ilegal.

Em função do exposto, o engenheiro florestal precisa saber identificar as áreas de ocorrência principal das espécies e diferenciar das ocasionais e identificar o risco local de determinada espécie, se esse for o caso. Ele também precisa entender de modelos matemáticos de crescimento e volume de madeira, ajustar equações hipsométricas.  Combinar variáveis dendrométricas com ambientais.

Por outro lado sabemos, que todas estas preocupações não utilizam talvez até o momento, 20 ou 30% do aporte e estoque cientifico que a Engenharia Florestal possui. Mas ela possui!!! E só ela está qualificada a enfrentar os novos desafios que surgirão quando das necessidades já em discussão sobre o aperfeiçoamento do manejo se tornarem mais fortes. Manejo de precisão, manejo por espécie são novos desafios! A ciência não para! Embrapa, INPA, faculdades, continuam apresentando sugestões de modernização do manejo. Mais e mais especialistas com sólida formação e Ciência Florestal serão necessários. Novos protocolos de manejo estão sendo desenvolvidos.

Para compor a Ciência Florestal são necessárias várias disciplinas, entre as principais, resumiríamos: Ecologia Florestal, Botânica florestal, Dendrologia, Entomologia Florestal, Dendrometria, Colheita florestal, Inventário Florestal, Economia Florestal, Estradas Florestais, Silvicultura e tratamentos silviculturais, Tecnologia da madeira, Melhoramento Florestal, Estatística florestal, e muitas outras as quais fecham numa disciplina que une todos estes pontos: o Manejo de Florestas Naturais.

Transferir a responsabilidade técnica e científica para profissionais sem a devida qualificação seria irresponsável. O conhecimento das normas de uma operação médica não torna o indivíduo capacitado a operar em nome do cirurgião que estudou para isso e conhece os meandros do corpo humano.  Repetimos, subjacente a norma, existe a necessidade do conhecimento da ciência. 

Quem se responsabiliza por autorizar a outrem o direito a manejar os recursos florestais se responsabilizará por previsíveis danos ambientais e econômicos que ocorrerem no futuro? Fica a pergunta.


*Cícero Ramos é engenheiro florestal e vice-presidente da Associação Mato-grossense dos Engenheiros Florestais.

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Armac mostra soluções para operações florestais em encontro internacional na Bahia

Evento em Salvador reuniu pesquisadores e empresas do segmento para discutir avanços tecnológicos

Barueri, 19 de novembro de 2024 – A Armac, referência nacional em prestação de serviços especializados e complexos e locação de equipamentos, foi o destaque entre os prestadores de serviço do 1º Encontro Internacional de Colheita e Logística Florestal da América Latina, realizado de 12 a 14 de novembro, em Salvador (BA).

O encontro, que tem como um dos organizadores a UFV (Universidade Federal de Viçosa), teve palestras, mesas redondas, painéis e apresentações sobre inovações e novas tecnologias em colheita e logística florestais e conservação de vias e estradas para transporte e escoamento destas produções.

“O evento reuniu grandes acadêmicos e estudiosos especializados em operações florestais e as maiores empresas de papel e celulose do Brasil. Esse mercado necessita de prestadores de serviços especializados e, quando apresentamos o potencial da Armac, todos ficaram impressionados com o tamanho e a capacidade da empresa. Fomos citados por clientes importantes do setor, em palestras e painéis, e procurados por outros clientes importantes na América do Sul para novas parcerias”, afirma Bruno Damazo, gerente sênior da Unidade de Negócios de Operações Florestais da Armac. O executivo também foi um dos palestrantes do evento.

A companhia atua em mais de 10 operações florestais no Brasil, com mais de 100 equipamentos e 125 colaboradores no setor. A empresa apoia com a gestão e a operação de serviços essenciais para a produtividade das operações, como destoca, enleiramento e transbordo de tocos de eucalipto, movimentação de toras e biomassa de madeira, silvicultura, realinhamento e preparo de solo, construção e manutenção de vias e estradas e carregamento e descarregamento de caminhões.

Atualmente, as principais operações da Armac no setor florestal estão no Sul do País: Telêmaco Borba (PR), Monte Carlo (SC), Guaíba (RS) e Pinheiro Machado (RS). Nas operações gaúchas, a empresa trabalha há mais de 900 dias sem acidentes com afastamento.

Sobre a Armac

Fundada há 30 anos, a Armac é referência na prestação de serviços especializados e complexos e na locação de equipamentos. Com mais de 11,2 mil ativos de Linha Amarela, caminhões, empilhadeiras e plataformas elevatórias, apoia setores estratégicos da economia brasileira, em operações de mineração, siderurgia, portos e terminais ferroviários, fertilizantes, florestais, agroindústria, indústria, infraestrutura e construção. Com operações em mais de 200 projetos de longo prazo em todo o Brasil, movimenta anualmente mais de 125 milhões de toneladas de materiais.

A empresa se destaca pela excelência operacional, eficiência em produtividade e compromisso com a segurança. Conta com uma equipe de mais de 6 mil colaboradores, entre eles 1,1 mil mecânicos e 3 mil operadores e motoristas.

Com um complexo de manutenção de 300 mil m² em Vargem Grande Paulista (SP), é líder em serviços de manutenção, com 30 estruturas próprias de apoio logístico em 12 estados. Listada no Novo Mercado da B3, a companhia adota as melhores práticas de governança corporativa e continua expandindo suas operações para apoiar as pessoas que constroem o Brasil.

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Novo projeto de CMPC prevê construção da maior planta de celulose em Barra do Ribeiro (RS)

A CMPC, empresa chilena, e o governo do Rio Grande do Sul, firmaram um protocolo de intenções para o Projeto Natureza CMPC, que prevê a instalação de um parque industrial no município de Barra do Ribeiro-RS.

Mesmo com o impacto das fortes chuvas que atingiram o estado no final do primeiro semestre deste ano, a CMPC manteve o investimento de R$ 24 bilhões para seguir com o projeto que é composto por quatro eixos de desenvolvimento, sendo eles: silvicultura sustentável, infraestrutura logística, crescimento industrial e conservação ambiental e cultural.

A iniciativa, que contempla uma série de melhorias na infraestrutura rodoviária e portuária para serem realizadas em parceria entre a empresa e o governo do Estado, estimula a silvicultura produtiva e a ampliação das áreas de plantio de eucalipto, por meio do fomento a produtores rurais. Entre as diversas ações de modernização e logística estão a duplicação de 376 km da BR-290, que liga Eldorado do Sul e Rosário do Sul, além do término do trecho da BR-116, obras de pavimentação asfáltica, melhorias em trevos de acesso a diversos municípios onde a CMPC possui operação florestal e a construção de novos acessos rodoviários para o Porto de Pelotas e para a Fazenda Barba Negra, facilitando o fluxo de caminhões e reduzindo o percurso em áreas urbanas.

No protocolo de intenções também foi acordado a instalação de um novo Terminal de Uso Privado no Porto de Rio Grande, bem como obras de dragagem e de ampliação da capacidade de armazenagem e operação da CMPC nos portos de Rio Grande e Pelotas. Dessa forma, o projeto contribui com a ampliação do uso da hidrovia do Rio Grande do Sul, sendo que hoje a empresa já é responsável por aproximadamente 44% do volume total transportado por esse modal.

Atualmente, a planta localizada em Guaíba tem capacidade para produção de aproximadamente 2,4 milhões de toneladas por ano de celulose por ano e conta somente com empresas e fornedores gaúchos envolvidos nesse projeto. A nova unidade industrial da companhia irá valorizar a reserva natural a partir da criação do Parque Ecológico Barba Negra, que ficará aberto para visitação e realização de roteiros turísticos, com estimativa de 2,5 milhões de toneladas de celulose branqueada de eucalipto, que é utilizado na fabricação de diferentes tipos de papeis, produtos higiênicos, embalagens e que também podem ser encontrados em itens como alimentos, medicamentos e cosméticos. O objetivo é tornar o local uma referência em preservação, biodiversidade, estudos ambientais e promover o contato das pessoas com a flora e a fauna nativas de maior relevância para o Rio Grande do Sul. Além disso, a empresa assume o compromisso de promover um programa de qualificação de mão de obra e priorizar a contratação de fornecedores gaúchos. A expectativa é que sejam gerados aproximadamente 12 mil empregos durante as obras.

Para Francisco Ruiz-Tagle, CEO do Grupo CMPC, a empresa tem como objetivo construir a maior planta de celulose do Brasil, promover a sustentabilidade e economia local. “Queremos implementar um projeto completamente inovador e pioneiro em tecnologias de produção amigáveis ao meio ambiente, em gestão de resíduos, controle da emissão de gases e uso racional de recursos. Tudo será desenvolvido com o máximo respeito à natureza e à população do município de Barra do Ribeiro. Seremos referência mundial em sustentabilidade”, comenta o executivo.

O novo projeto ainda está em fase preliminar para licenças e autorizações necessárias, assim que aprovados, a empresa divulgará a data prevista para início das obras.

Resultados da Planta Guaíba com a sua gestão de água

Através de várias ações lideradas por sua Comissão Interna de Uso da Água, a fábrica brasileira de celulose tem se destacado com seus resultados na redução do uso de água, eliminação de desperdícios, otimização de processos e implementação de novas ideias. Demonstrando o seu compromisso diário com a Estratégia CMPC 2030, que inclui a gestão do consumo de água entre suas metas, a Planta Guaíba tem trabalhado em diversas ações lideradas por sua Comissão Interna de Uso da Água, apresentando resultados notáveis, com o objetivo de buscar constantemente oportunidades para reduzir o uso de água, eliminar desperdícios, otimizar processos e implementar novas ideias.

De acordo com Djalma Ferreira Gusmão, Especialista de Meio Ambiente da Planta Guaíba, entre as ações realizadas, destacam-se as estratégias com o uso de ferramentas de qualidade Lean Six Sigma; a criação de um grupo focado no tema da água na unidade de Guaíba, que é a Comissão Interna de Uso da Água; além de estudos e projetos de engenharia para reduzir o consumo de água.

“Em busca de conscientização e adesão dos profissionais da CMPC à redução do uso de água, implementamos diversas atividades internas e com o uso da tecnologia; gerenciamos o consumo de água diariamente em nossas reuniões de gestão em níveis operacionais, de coordenação e gerência, mantendo um alinhamento constante com as equipes no DDMA (Diálogo Diário do Meio Ambiente) e por meio dos membros da Comissão Interna da Água e utilizamos a ferramenta PI VISION para a gestão online dos consumos setoriais, para análises e tomadas de decisões mais imediatas”, explicou Djalma.

Até o momento, os resultados alcançados, expressos em m³/adt economizados, mostram que a Planta Guaíba reduziu o uso de água na CMPC em comparação com o ano de 2022, que era de 29,4 m³/adt. Até setembro de 2023, o consumo acumulado foi de 28,05 m³/adt, resultando em uma economia de 1,35 m³/adt. Além disso, também estabeleceram um recorde de uso de água em julho de 2023, com um valor de 24,99 m³/adt, superando mais de 2,8 bilhões de litros de água economizados de janeiro a setembro em comparação com o mesmo período de 2022.

Principais atividades do projeto BioCMPC

O BioCMPC é um projeto que engloba 31 ações de melhorias em modernização e controle ambiental. As principais delas são:

– Desativação da caldeira de força movida à carvão

– Construção de um painel acústico

– Instalação de nariz eletrônico para monitorar odor

– Implementação de novo sistema de controle de odores na etapa de evaporação

– Criação do Centro de Controle Ambiental

– Realização de obra de ciclovia e pista de caminhada no entorno da unidade

– Construção de uma nova caldeira

Principais fornecedores:

Afry (antiga Poyry); Valmet; Demuth; Veolia e Siemens.

Informações: Revista OE.

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J&F diz estar pronta para comprar por preço justo a participação da Paper na Eldorado

Com isso, o grupo industrial brasileiro pretende encerrar um litígio com a empresa sino-indonésia e investir R$ 25 bilhões na ampliação de sua fábrica

A J&F Investimentos, controladora majoritária da Eldorado Brasil Celulose, reafirmou nesta segunda-feira (18) sua disposição de adquirir a participação da Paper Excellence na companhia, com o objetivo de encerrar um prolongado litígio que já dura sete anos. A proposta, segundo a J&F, será feita a valor de mercado, garantindo um retorno justo para a empresa sino-indonésia e permitindo que a Eldorado avance com seu plano de expansão, um investimento estimado em R$ 25 bilhões em Mato Grosso do Sul. A audiência de conciliação, que ocorreu no Supremo Tribunal Federal (STF) e foi conduzida pelo ministro Kassio Nunes Marques, representou um avanço nas negociações entre as partes, mesmo sem um acordo definitivo até o momento.

A proposta de compra foi confirmada pela J&F em nota oficial: “A J&F está pronta e com recursos disponíveis para fazer uma proposta pela totalidade das ações detidas pela Paper Excellence na Eldorado por um valor de mercado, que garanta alta rentabilidade para seu investimento e liberte a Eldorado do litígio promovido há sete anos pela empresa estrangeira, possibilitando a retomada dos investimentos e da geração de empregos”.

A mediação no STF foi marcada após o ministro Nunes Marques rejeitar um recurso da Paper contra uma decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que já havia declarado nulo o contrato de venda de ações da Eldorado para a Paper, sob a justificativa de que a empresa estrangeira não possuía as autorizações necessárias para deter terras no Brasil. A decisão de Nunes Marques indicou indícios de “má-fé processual” por parte da Paper, motivando a audiência de conciliação desta segunda-feira.

Contexto do Litígio e Impacto no Investimento

A disputa pelo controle da Eldorado começou em 2017, quando a Paper Excellence adquiriu 49,41% das ações da empresa, enquanto a J&F manteve 50,59%. Entretanto, a Paper nunca obteve as autorizações exigidas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e pelo Congresso Nacional para assumir posse de terras no Brasil, o que levou à anulação do contrato pela Justiça, com apoio da Advocacia-Geral da União (AGU) e do Ministério Público Federal (MPF).

A paralisação do projeto de expansão da Eldorado tem gerado preocupações econômicas e estratégicas. Segundo Wesley Batista, acionista da J&F, o plano de construir uma segunda linha de produção na fábrica de Três Lagoas aumentaria a capacidade anual da companhia de 1,8 milhão para 4,4 milhões de toneladas de celulose, além de gerar aproximadamente 10 mil empregos na fase de construção e 2 mil na operação. A Paper, no entanto, afirmou que não permitiria o investimento enquanto não assumisse o controle integral da Eldorado.

Decisões e Medidas do Cade

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) também interveio no caso, retirando os poderes de voto da Paper na Eldorado devido a condutas consideradas anticompetitivas. Em sua análise, o Cade observou que a empresa estrangeira usava sua posição para obstruir a expansão da Eldorado e potencialmente beneficiar seus próprios interesses, incluindo um projeto paralelo de fábrica de celulose no Brasil.

“Considerando os prejuízos financeiros que aparentam advir de condutas praticadas pela Representada, temos que a Eldorado e o mercado de celulose do Brasil podem sofrer danos de difícil reparação em razão da possível diminuição de oferta da celulose produzida pela Eldorado”, concluiu o Cade em sua análise.

Próximos Passos

Com a abertura de um procedimento conciliatório pelo STF, a expectativa é que ambas as partes apresentem suas propostas e cheguem a um entendimento que viabilize a continuidade dos investimentos e do crescimento da Eldorado. Esse acordo pode consolidar um avanço significativo para a indústria de celulose no Brasil, fortalecendo a competitividade do setor no mercado global e promovendo benefícios econômicos regionais e nacionais, com forte impacto na balança comercial brasileira.

Informações: Brasil247.

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Forest.Bot: tecnologia nacional revoluciona o reflorestamento com capacidade de plantio de 1.800 árvores por hora

Startup brasileira AutoAgroMachines desenvolve robô com Inteligência Artificial para automatizar o plantio em grande escala

A AutoAgroMachines, startup 100% brasileira especializada em soluções tecnológicas para o agronegócio, está prestes a transformar o setor de reflorestamento e silvicultura com seu inovador robô Forest.Bot. Em fase final de testes, o dispositivo utiliza inteligência artificial para realizar o plantio automatizado de mudas em grandes áreas, com uma impressionante capacidade de até 1.800 mudas por hora – equivalente ao tamanho de 1,5 estádios do Maracanã.

Desenvolvido em parceria com a Incomagri, fabricante de máquinas agrícolas localizada em Itapira, interior de São Paulo, o Forest.Bot já desperta o interesse de gigantes do setor como Suzano e Eldorado. Marcello Guimarães, fundador da AutoAgroMachines e criador do Forest.Bot, destaca que o sucesso do projeto vai além da impressionante capacidade quantitativa de plantio, sendo também resultado da avançada tecnologia de inteligência artificial. A máquina utiliza um sistema de plantio deslizante patenteado, que garante a correta inserção das mudas no solo sem causar danos ao seu desenvolvimento, como ocorre com outras máquinas que exigem ajustes manuais posteriores.

Além disso, o robô assegura que o substrato da raiz da muda não seja exposto ao ar nem afogado na terra, otimizando o crescimento das árvores. O processo é totalmente automatizado, com a inteligência artificial monitorando, em tempo real, a qualidade do plantio e criando um mapa georreferenciado com as informações de cada muda. Esses dados podem ser utilizados posteriormente para sistemas mecanizados de manejo florestal, como irrigação inteligente, adubação ponto a ponto, controle de pragas e monitoramento da saúde da floresta.

Guimarães enfatiza a relevância da precisão tecnológica não só para a melhoria da produção, mas também para a sustentabilidade das empresas. “O Brasil é um dos maiores emissores de CO₂ no mundo devido ao desmatamento. A solução não está apenas em parar de desmatar, mas em recuperar as áreas degradadas. A Forest.Bot é uma solução ágil que pode contribuir significativamente para essa recuperação”, afirma.

Após oito anos de desenvolvimento e a criação de nove protótipos, o Forest.Bot chega ao mercado com grande potencial. A máquina já é aguardada com expectativa tanto no Brasil quanto internacionalmente, com interesse crescente de empresas da Austrália, Canadá, América Latina, África e Europa.

Com um custo inicial de R$ 4,53 milhões, a AutoAgroMachines projeta a venda de até 6.500 unidades nos próximos dez anos. Além disso, planos futuros incluem versões mais potentes, com capacidade para plantar até 3.600 mudas por hora, avançando para a automação total do manejo florestal. “Estamos entusiasmados com as perspectivas do mercado, pois temos uma solução única. O Forest.Bot é apenas o começo de uma revolução na silvicultura e no reflorestamento”, conclui Guimarães.

Informações: Portal do Agronegócio.

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Em fórum entre Brasil e Indonésia, empresa confirma construção de nova fábrica de celulose em MS

O Governo de Mato Grosso do Sul participou neste domingo (17) do Fórum Empresarial entre Brasil e Indonésia, no Rio de Janeiro. O evento que é paralelo ao G20, foi mais uma oportunidade ao Estado para viabilizar grandes investimentos privados. Uma das reuniões foi com a Bracell, que confirmou e alinhou os próximos passos para construção de uma fábrica de celulose em Água Clara.

A empresa pretende investir US$ 4 bilhões (dólares) na unidade em Mato Grosso do Sul. Já foi iniciado o processo de licenciamento ambiental, com estudo previsto para ficar pronto até fevereiro do ano que vem, sendo mais um empreendimento no setor dentro do Estado.

A unidade terá capacidade produtiva de 2,8 milhões de toneladas de celulose, em uma área localizada a 15 quilômetros do perímetro urbano da cidade. A perspectiva é de gerar 10 mil empregos nas obras e 3 mil na operação.

“Participamos do Fórum empresarial indonésia e Brasil, onde tivemos uma rodada de negócios com empresários dos dois países. O motivo principal da nossa vinda é para nos reunirmos com a Bracell, que é uma e empresa do grupo RGE, da indonésia, que discute uma planta industrial no Estado”, afirmou o governador Eduardo Riedel.

Governo de MS participou do Fórum Empresarial entre Brasil e Indonésia

Riedel destacou que estes novos investimentos da Bracell no Estado vão gerar empregos e melhorar a renda dos cidadãos. “ Foi uma reunião muito produtiva, que conseguimos alinhar uma série de pontos específicos. Ainda prestigiamos este Fórum de Negócios, que é mais uma oportunidade para buscar novos investimentos ao Estado”, completou o governador.

O evento ocorreu no Copacabana Palace, tendo a presença do CEO da Bracell, Anderson Tanoto, além do presidente da República da Indonésia, Prabowo Subianto e empresários dos dois países. Da comitiva do Mato Grosso do Sul, também estiveram presentes os secretários Jaime Verruck da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) e Rodrigo Perez da Segov (Secretaria Estadual de Governo e Gestão Estratégica).

Verruck destaca que a nova fábrica de celulose no Estado, mostra a força do Mato Grosso do Sul no setor. “O governador aproveitou a oportunidade para apresentar toda a estrutura em termos de licenciamento ambiental, política de incentivos fiscais e investimentos em logística, que é importante para estas empresas. Inclusive citou o leilão das rodovias que fazem parte da Rota da Celulose, que vai ocorrer em 6 de dezembro na Bolsa de Valores”.

Governador (centro) ao lado dos secretários Rodrigo Perez (esquerda) e Jaime Verruck (direita)

Sobre a Bracell, o secretário citou que a empresa já tem investimentos importantes no Estado. “Ela tem sua base de plantio em Água Clara, que já está se expandindo para Santa Rita do Pardo e Bataguassu. Começou no Estado há cinco anos, tem mais de dois mil empregos aqui e inaugurou recentemente um viveiro com mais de 250 mulheres contratadas”.

Mato Grosso do Sul já é reconhecido nacionalmente como o “Vale da Celulose”, tendo 24% da produção nacional. O Estado já dispõe da segunda maior área cultivada de eucalipto e o primeiro na produção de madeira em tora para papel e celulose. Também é vice-líder em área plantada com árvores, ficando atrás apenas de Minas Gerais.

A cadeia produtiva florestal em MS gera mais de 14,9 mil empregos diretos e 12 mil indiretos. conta com quatro fábricas de celulose em operação, já tendo anunciado a quinta (Arauco) e confirmada a sexta (Bracell). Este cenário é fruto de um ambiente positivo de negócios construído pelo Governo do Mato Grosso do Sul.

Reunião do Governo de MS com a direção da Bracell

Discussão e novos negócios

O Fórum Empresarial entre Brasil e Indonésia, realizado no Rio de Janeiro, foi mais uma oportunidade para troca de informações entre autoridades e empresários dos dois países, que desejam investir em diferentes setores.

O encontro também discutiu temas centrais que estão na pauta do mundo, como colaboração estratégica nas áreas de segurança alimentar, segurança energética, segurança sanitária e desenvolvimento sustentável, onde ambos os países possuem pontos fortes complementares.

O governador Eduardo Riedel destacou no evento que Mato Grosso do Sul tem se posicionado de forma estratégica sobre estes temas globais, com investimentos robustos em infraestrutura, assim como incentivando a produção sustentável, atraindo inclusive investimentos que vêm da Indonésia.

“A Indonésia tem aparecido no nosso Estado, como a Bracell que tem investimentos importantes, naquele que vem a ser uma das grande fronteiras de investimentos na área de celulose, já chegando a 1,6 milhão de hectares de florestas plantadas. Nossa parte é criar cada vez mais um ambiente de negócios favoráveis para que empresas destes segmentos e outros possam investir”.

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Espírito Madeira é marco de inovação, conexões e crescimento no setor

Com edição histórica de 07 a 09 de novembro deste ano, a Feira já tem data confirmada para retornar em 2025

A edição de 2024 da feira Espírito Madeira-Design de Origem se consolidou como um marco no setor de madeira e design no Brasil. O evento, de 07 a 09 de novembro, em Venda Nova do Imigrante (ES), atraiu público estimado em 7.000 visitantes, movimentando cerca de R$ 27 milhões em negócios, com a participação de cem  empresas e representações de 12 Estados brasileiros, entre eles Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso, Bahia e Pernambuco. A terceira edição já está confirmada para 2025.

A Espírito Madeira é organizada pelo Montanhas Capixabas Convention & Visitors Bureau (MCC&VB) e Interação, apoio da Prefeitura de Venda Nova do Imigrante e apoio institucional de Aderes, Senar-ES, Governo do Estado, Faes/Senar/Sindicatos, Findes/Sesi/Senai, FNBF, Cipem, Sebrae, Destinejá, Acomac, VP Madeiras. Durante três dias, o evento  reuniu palestras, paineis, workshops, rodadas de negócios, feira expositiva, Olimpíadas da Madeira, shows musicais e dia de campo conectando toda a cadeia produtiva, da floresta comercial ao alto design. A ocupação da rede hoteleira da região chegou a 80% e o turismo local registrou um aumento de 50% no fluxo de visitantes durante a programação, no Centro de Eventos Padre Cleto Caliman, o “Polentão“, principal parque de exposições da “Capital Nacional do Agroturismo”.

Paula Maciel, uma das idealizadoras, celebra o sucesso da segunda edição da Feira. “Esta edição da Espírito Madeira foi um marco para o setor de madeira e móveis nacional. Tivemos visitantes de diversos Estados e até internacionais que vieram em busca de inovações em máquinas florestais”, comentou Paula, reforçando a importância de integrar o turismo nas Montanhas Capixabas ao desenvolvimento da cadeia produtiva. Ela revelou ainda a confirmação de uma nova edição em 2025, já planejada para o segundo semestre, prometendo ainda mais inovações e parcerias.

Outro entusiasta do evento, Antonio Nicola Brazolino, também um dos organizadores, expressa entusiasmo com os resultados e o potencial futuro. “Tenho certeza de que o Brasil inteiro se rendeu à celebração das conexões da cadeia florestal ao alto design”, afirma, ressaltando que a Feira desperta no público o desejo por informação e capacitação. Segundo ele, a Espírito Madeira proporciona o encontro ideal entre o conhecimento e a prática, especialmente para aqueles que já empreendem no setor. Um dos destaques mencionados foi o encontro entre marceneiros da Bahia e representantes do Observatório da Indústria da Findes, que trocaram experiências e dados importantes sobre o uso de resíduos de madeira.

A Espírito Madeira foi também espaço de descoberta e troca para visitantes como Marina Dias, arquiteta de Alto Jequitibá (MG), que destacou a importância do evento para a valorização da madeira local. “Acho que é um evento importante para a região, porque geralmente só encontramos parecidos na capital. Interessante ter eventos assim perto da gente, para vermos novas tecnologias, reforçar a qualidade do material madeira, que é abundante no estado”, comentou. Diego Ricardo Vieira, da DRV, de Curitiba, que atende clientes importantes no Espírito Santo, expressou sua satisfação em visitar a Feira pela primeira vez. “Está gostoso ver os estandes, o povo bem receptivo e acredito que estaremos aqui na próxima edição”.

O presidente do Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF), Frank Almeida, destacou o Espírito Santo como um importante mercado para a madeira nativa e elogiou a receptividade local. “O Espírito Santo é um cliente carinhoso, que usa muita madeira nas obras. A Feira é sempre um bom momento para rever clientes e prospectar novos negócios”, disse. De forma similar, Ednei Blasius, presidente do Centro de Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem), enfatizou a relação comercial entre Mato Grosso e Espírito Santo. “O Espírito Santo compra muita madeira dos produtores do Mato Grosso. É importante criarmos esse diálogo para mostrarmos toda a procedência e qualidade da nossa madeira sustentável”, afirmou.

Além dos negócios, o evento também proporcionou uma experiência cultural enriquecedora, com a distribuição de 100 casacas, símbolo da musicalidade e tradição capixabas, e a inclusão de expositores que trouxeram peças únicas, como a mostra “Espírito Vintage”, com ferramentas antigas, e a exposição “Expo Wood”, com peças de design inovador. O empresário alemão Robert Wolf Hugo, que mora na Bahia, participou da oficina de casaca promovida pelo Instituto “Nós Mulheres”. “Fiquei sabendo da Feira no ano passado e soube que este ano iria aumentar muito a qualidade de expositores e de interessados, por isso vim”, explicou.

Sustentabilidade e inovação

Com um aumento expressivo no número de empresas do setor de madeira no Espírito Santo — passando de 726 para mais de mil entre 2022 e 2023 —, a Espírito Madeira reflete um crescimento notável que já sustenta cerca de 14 mil empregos no estado, de acordo com dados do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN). Segundo João Carlos Dordetti Heringer, da Florestal Heringer, “é fundamental fomentar a parte florestal, aproveitando o potencial do estado, que está bem posicionado tanto para exportação quanto para o mercado interno”.

A Espírito Madeira 2024 cumpriu seu papel ao reforçar a sustentabilidade e o desenvolvimento do setor florestal, com um grande potencial de continuidade para as próximas edições. Com mais empresas interessadas, oportunidades para pequenos e grandes negócios, e uma programação que atrai público de várias partes do Brasil, o evento projeta o Espírito Santo como um centro de referência para o design e a madeira, evidenciando o poder de iniciativas que unem cultura, tradição e inovação em benefício da economia local e nacional.

A presença de empresas que apostaram em demonstrações práticas foi um dos destaques. Eduardo Rechemberg, da Alca Máquinas, ressaltou a importância de levar tecnologia acessível a todos os perfis de marceneiros. “Trouxemos as máquinas fazendo trabalhos reais em tempo real para mostrar para o pequeno, médio e grande marceneiro as atualizações que existem no mercado e que eles podem estar adquirindo”, explicou. Essa abordagem interativa foi muito elogiada pelos visitantes, que puderam ver de perto as soluções mais modernas para o setor de marcenaria e madeira.

Para muitos participantes, a Feira também foi um espaço de aprendizado e conscientização. Giselda Pignaton, consultora administrativa de Vila Velha, destacou a relevância das palestras sobre mudanças climáticas e uso sustentável da madeira. “Assisti palestras sobre as questões climáticas e a conscientização sobre o clima, o uso da madeira e a importância da responsabilidade da extração desse material. Acho que este tipo de evento tem que ser mais estimulado para as gerações atuais se conscientizarem”, afirmou. Já Carlos Eduardo Duff, morador de Domingos Martins, enfatizou o crescimento e a riqueza do evento. “Achei o evento muito bacana, tem muita informação, se aprende muita coisa, e ainda tem a parte dos artesãos e design. Cresceu muito do ano passado para 2024. Madeira é uma coisa muito rica. Temos que valorizar!”.

*Acesse o site https://espiritomadeira.com.br/ e confira também nosso Instagram: @espiritomadeiraoficial

Patrocínio Master- Placas do Brasil

Patrocínio Tecnologia e Inovação- Alca Máquinas

Patrocínio Espaço Maker-  Bosch, Freud e Alca Máquinas

Apoio: Prefeitura de Venda Nova do Imigrante

Apoio Institucional- Aderes, Senar-ES, Governo do Estado, Faes/Senar/Sindicatos, Findes/Sesi/Senai, FNBF, Cipem, Sebrae, Destinejá, Acomac, VP Madeiras

Organização: Montanhas Capixabas Convention & Visitors Bureau (MCC&VB) e Interação

Sobre o MCC&VB- O Montanhas Capixabas Convention & Visitors Bureau é uma Instância de Governança sem fins lucrativos que colabora para o desenvolvimento sustentável do turismo nos dez municípios da região associados: Afonso Cláudio, Alfredo Chaves, Brejetuba, Castelo, Conceição do Castelo, Domingos Martins, Laranja da Terra, Marechal Floriano, Vargem Alta e Venda Nova do Imigrante.

A entidade é mantida pela iniciativa pública (prefeituras, governo do Estado, através das secretarias de Turismo, no Governo Federal, com o Ministério de Turismo, Embratur/e órgãos do Sistema S) e privada, com a contribuição das mensalidades de associados e patrocínios. Foi constituída em 05 de maio de 2006, sob a forma de associação, e tem por objetivo a captação e geração de eventos de alcance regional, nacional e/ou internacional, o desenvolvimento do turismo nas suas diversas modalidades, a defesa e proteção do meio ambiente, do artesanato e do patrimônio cultural artístico, religioso, histórico e do turismo rural da Região Turística Montanhas Capixabas.

A missão do Convention está em consonância com o programa de Regionalização do Ministério do Turismo que visa descentralizar as ações e assim trabalhar os municípios com características similares de forma regionalizada, construindo um destino turístico com planejamento e organização. A atual diretoria conta com Valdeir Nunes (diretor-presidente), Ana Venturim Porto (vice-presidente de Administração e Finanças), Leandro Carnielli (vice-presidente de Relações Institucionais), Cláudio Chieppe (vice-presidente de Sustentabilidade e Inovação) e Andreia Rosa (diretora executiva).

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Após vários adiamentos, Senado aprova regulação do mercado de créditos de carbono no Brasil

Proposta vai voltar à análise da Câmara porque passou por mudanças. Texto define setores que, por emitirem muitos gases de efeito estufa, serão obrigados a compensar poluição

Senado aprovou nesta quarta-feira (13) o texto principal do projeto que cria regras para o mercado de carbono no Brasil.

Até as 18h15, senadores ainda analisavam trechos específicos da proposta. O texto terá de voltar à análise da Câmara antes de ir à sanção presidencial em razão de mudanças feitas pelos senadores.

O governo defendia a aprovação do texto a tempo da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 29), que acontece em Baku (Azerbaijão) nesta semana e vai até o próximo dia 22.

A proposta estabelece um limite de emissões de gases de efeito estufa por meio de um sistema de compensação – com bonificação para empresas que reduzirem o lançamento de gás carbônico na atmosfera e punição para as mais poluidoras.

Os estados poderão ter seus próprios mercados de carbono e administrar todo o crédito gerado em seus territórios, incluindo áreas privadas. Estatais vão conseguir vender e comprar títulos.

Atividades primárias de agricultura e pecuária ficaram de fora da regulamentação. Apesar disso, o setor poderá vender créditos caso comprove que fez a captura de CO2, caso das plantações de eucalipto, por exemplo.

Tramitação lenta e disputa no Congresso

Somente no governo Lula, a proposta já se arrasta desde março do ano passado no Congresso.

A Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado aprovou o texto em outubro de 2023 e, a Câmara, dois meses depois, em dezembro.

Contudo, nesse processo, os deputados assumiram a autoria do projeto, o que dará à Câmara a palavra final sobre conteúdo da matéria.

Senadores questionaram o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sobre o fato de os deputados assumirem o protagonismo do debate.

“A Câmara dos Deputados, lamentavelmente, fez como fez no projeto da SAF, no projeto da Lei Geral do Esporte e em outros projetos: desprezou o texto do Senado, pegou a redação e incorporou num projeto mais antigo, apresentou com quatro pontos novos”, reclamou o líder do PL, Carlos Portinho (RJ).

O que diz a proposta

A proposta cria dois tipos de mercado para negociação:

  • Mercado regulado

A principal característica do chamado “mercado regulado” é que a adesão a ele é obrigatória para as empresas que caírem nessa regra.

Pelo projeto, serão obrigadas a aderir ao sistema de créditos de carbono as firmas que emitirem mais de 10 mil toneladas de gases de efeito estufa por ano. É o caso, por exemplo, das empresas de cimento e do setor petrolífero.

As companhias que ultrapassarem a marca precisarão compensar as emissões por meio da compra de “créditos”. Pelo texto, cada crédito equivale a uma tonelada de dióxido de carbono (CO2).

Da mesma forma, as empresas que fecharem o ano abaixo desse teto poderão vender a diferença.

  • Mercado voluntário

O mercado voluntário, como o nome indica, é de adesão opcional. Empresas e indivíduos interessados no tema e que queiram neutralizar sua “pegada de carbono”, por exemplo, poderão usar esse sistema para comprar ou vender créditos.

Nesse caso, o valor do crédito de carbono varia de acordo com a oferta e a demanda e, também, com o tipo de projeto que está gerando aquele crédito.

Uma pessoa física que mantiver ou restaurar áreas protegidas pelo Código Florestal poderá vender títulos, por exemplo.

O projeto tem o aval da equipe econômica do governo porque é uma tentativa de adequar o mercado brasileiro a parâmetros internacionais, como os do Acordo de Paris, para atrair investimentos.

Os setores obrigados a respeitar os tetos de emissões de gases poluentes poderão implementar tecnologias para captar o gás carbônico, como já está sendo estudado na fabricação de etanol. Então, a própria empresa criará mecanismos para ter um saldo aceitável de emissões.

Punições e mais pontos

Veja mais detalhes da proposta:

  • As empresas que não cumprirem as regras terão de pagar multas equivalentes ao custo das “obrigações descumpridas” até o limite de 3% do faturamento bruto da companhia. O valor será de R$ 20 milhões para pessoas físicas e entidades;
  • Conforme a proposta, o empreendimento estará sujeito à perda de linhas de financiamento e benefícios fiscais, além da proibição de realizar contratos com a administração pública por até três anos;
  • A relatora, Leila Barros, retomou no texto uma punição que prevê o cancelamento do registro para venda de créditos de carbono para empresa que ultrapassar os níveis de poluição estipulados pelo novo regulamento;
  • O projeto diz que 75% do dinheiro arrecadado no sistema de mercado de carbono vão ser destinados ao Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, com objetivo de incentivar a “descarbonização das atividades”. No mínimo, 5% dos recursos irão para “compensação pela contribuição dos povos indígenas e comunidades tradicionais para a conservação da vegetação nativa”. O restante, 15%, servirá para operar o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE).

Câmara aprova projeto de lei que regulamenta mercado de carbono no Brasil: https://globoplay.globo.com/v/12216310

Informações: G1 / Imagem: divulgação.

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