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Estado de SP registrou aumento de 5% na área cultivada nos três últimos anos

As florestas plantadas compõem um setor essencial da cadeia produtiva da economia brasileira, que concilia o desenvolvimento econômico com a melhoria da qualidade ambiental e o bem-estar social.
Além do fornecimento de matéria-prima para as indústrias de base florestal, as árvores cultivadas contribuem na captação de carbono da atmosfera e regulação climática, na preservação de vegetação nativa, na proteção de recursos hídricos, na recuperação de solos degradados e na manutenção da biodiversidade. O setor impulsiona a economia, promovendo oportunidades de emprego, geração de renda e investimentos em comunidades locais e regionais.

São Paulo é um dos principais estados brasileiros com plantios florestais comerciais. As bases dessa cadeia produtiva são majoritariamente compostas por plantações de eucalipto e pinus, mas também incluem cultivos comerciais de seringueira, teca, araucária e acácia.

As florestas plantadas ocupam 1,28 milhão de hectares do território paulista, correspondendo a 13% dos plantios brasileiros. Nos últimos 3 anos, registrou-se um aumento de 5% na área cultivada, resultado de constantes investimentos em expansões e construção de novas fábricas.

As plantações de eucalipto predominam nas regiões Centro-Oeste, Sudoeste e Central do estado. O pinus é mais comum na Região Sudoeste. Já a seringueira concentra-se principalmente no Noroeste do estado.

Informações: Florestar | SP.

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Com mais de 700 brigadistas empenhados, Suzano reforça ações de prevenção e combate a incêndios florestais em MS

Além da brigada de incêndios, a companhia conta com 30 torres de monitoramento e empenho de satélites capazes de captar focos de calor em praticamente 100% das áreas florestais próprias e no seu entorno

Com a chegada do período de estiagem, a Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, reforça as ações de prevenção e combate a incêndios florestais em Mato Grosso do Sul. A empresa conta hoje com uma brigada de combate a incêndios composta por mais de 700 profissionais altamente qualificados e com uma das centrais de monitoramento de incêndios mais modernas do país.

Central de monitoramento de logística florestal.

“O nosso trabalho de prevenção e combate a incêndios florestais está diretamente ligado ao compromisso da Suzano em contribuir para a conservação da biodiversidade. Combater foco de incêndios vai muito além de proteger o nosso negócio, é contribuir para a preservação de matas nativas, da nossa fauna e para a qualidade de vida das comunidades no nosso entorno. Por isso, todas as nossas ações visando, principalmente, a prevenção a focos de calor são intensificadas nessa época, mas se estendem por todo o ano com a busca e investimentos em qualificação profissional e em novas tecnologias visando soluções cada vez mais assertivas”, destaca Douglas Guedes de Oliveira, gerente Executivo de Inteligência Patrimonial da Suzano em Mato Grosso do Sul.

Além da Brigada de Incêndios Florestais, uma das mais numerosas da região, a companhia conta com praticamente 100% da sua área florestal monitorada. Ao todo, são utilizadas imagens geradas por satélites em tempo real e por 30 torres de observação, com uma altura entre 54 metros e 72 metros e dotadas de câmeras 360º, capazes de detectar focos de fumaça e/ou calor em um raio de até 15 quilômetros. Esses equipamentos também contribuem para o monitoramento de propriedades vizinhas e de unidades de conservação existentes na região.

“Sabemos do risco dos incêndios e, dependendo das condições climáticas, da velocidade com que ele se alastra. Por isso, a companhia investe constantemente na modernização da sua central de monitoramento visando dar uma resposta mais rápida a esses focos de incêndio, evitando assim os danos por eles e, principalmente, protegendo a nossa biodiversidade, que é tão rica”, complementa Oliveira.

A Brigada de Incêndios da Suzano também conta com uma infraestrutura para combater esses focos de incêndios composta por equipamentos de proteção individual e kits de emergência, caminhões de combate a incêndio de alta capacidade (18 mil litros); caminhonetes 4×4 com e caminhões pipas distribuídos em pontos estratégicos.

Durante o período mais crítico de estiagem, a companhia ainda mantém aeronaves de prontidão, uma na Unidade de Três Lagoas e outra na Unidade Ribas do Rio Pardo, para atuarem no combate aos incêndios caso haja necessidade.

Atualmente, a empresa possui uma área de 599,9 mil hectares de florestas plantadas de eucalipto, sendo 143,1 mil hectares destinados exclusivamente para a conservação da biodiversidade em Mato Grosso do Sul.

Programa Guardiões da Floresta

A Suzano também mantém o Programa Guardiões da Floresta, com um canal direto de comunicação com propriedades rurais vizinhas as áreas florestais da empresa para orientações, alertas e denúncias e emergências florestais, aberto em todas as épocas do ano.

A comunidade pode informar sobre ocorrências de incêndios em florestas de eucalipto ou nativas nas áreas da empresa ou vizinhas por meio de ligação gratuita para o número 0800 203 0000, com atendimento 24 horas.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose; papéis para imprimir e escrever; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis sanitários e produtos absorventes; além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender a demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página: www.suzano.com.br

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Exclusiva – Forest Carbon abordará os principais desafios e tendências do mercado de carbono; valores especiais para inscrições vão até 15/08

Atualmente existem diversas iniciativas globais que visam a proteção e restauração de florestas e ecossistemas para promover o armazenamento de carbono e mitigar as mudanças climáticas. E é com esse intuito, que o Forest Carbon Brasil – 1º Congresso Internacional sobre o Mercado de Carbono (https://forestcarbon.com.br/), traz para debate os principais desafios e tendências do segmento. O evento será realizado no dia 04 de setembro, no Salão Nobre da Sala São Paulo, em São Paulo (SP). Clique aqui para adquirir seu ingresso com valor especial (até 15/08).

O evento contará com a participação de profissionais das principais instituições do mercado para debater os aspectos técnicos, legais e tecnológicos que certamente vão impactar positivamente o setor. No total serão 16 debatedores, quatro mediadores e dois convidados especiais, que irão compor a bancada de especialistas no evento.

As palestras do Forest Carbon Brasil foram especialmente pensadas para abranger os principais temas, iniciativas, projetos e negócios de carbono que estão movimentando as florestas brasileiras.

O que encontrar no Forest Carbon?

1º Congresso Internacional sobre o Mercado de Carbono é um evento 100% focado e específico sobre o segmento. E as principais vantagens é que no Forest Carbon os participantes irão encontrar:

  • Um dos principais encontros executivos do mercado de carbono;
  • Networking em debates e bate-papos durante coffee break;
  • Palestras focadas com temas atuais, direcionadas ao segmento (+10);
  • Profissionais e público seletos, com interesse direto no assunto;
  • Apoio das principais empresas e instituições do segmento no Brasil e no exterior;
  • Evento presencial, propiciando maior e melhor experiência e ganhos em conhecimentos.

O Forest Carbon é uma oportunidade única para contato e troca de experiências entre empresas especializadas, instituições, fornecedores e clientes. O evento já nasce como um dos maiores e mais inovadores no segmento, sendo uma realização da Paulo Cardoso Comunicações em parceria com a SIF -Sociedade de Investigações Florestais e organização técnica do sócio diretor do Grupo Index, Marcelo Schmid.

Marcelo Schmid e Paulo Cardoso.

Seja um patrocinador Forest Carbon! Entre em contato com: comercial@forestcarbon.com.br, e esteja entre as principais empresas e instituições no segmento apoiadoras do evento.

Para saber mais acesse https://forestcarbon.com.br/, envie e-mail para contato@forestcarbon.com.br , ou envie mensagem para o Whatsapp (67) 9227-8719.

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Escrito por: redação Mais Floresta.

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Estudo aponta razões de queimadas no Pantanal

Segundo estudo, alterações climáticas aumentaram as condições de seca, calor e vento no Pantanal, resultando em queimadas catastróficas

As mudanças climáticas intensificaram em 40% as condições propícias a secas, calor extremo e ventos fortes no Pantanal, fatores que contribuem para os incêndios devastadores que atingem a região neste ano. Um estudo divulgado na última quinta-feira, 8, pela rede internacional de cientistas World Weather Attribution (WWA) destaca que as ações humanas aumentaram de quatro a cinco vezes a probabilidade de queimadas catastróficas, especialmente no mês de junho, usado como base para a análise.

A cidade de Corumbá (MS) foi palco de um cenário perturbador em junho, enquanto se preparava para as festividades juninas. Um vídeo da celebração do Arraial do Banho de São João, com chamas consumindo a vegetação ao fundo, viralizou, ilustrando a gravidade da situação, registrou reportagem da Folha de S. Paulo.

Segundo Filippe Lemos Maia Santos, cientista brasileiro participante do estudo que falou ao jornal paulista, incêndios de grandes proporções estão se tornando comuns no bioma. A área alagada do Pantanal está diminuindo, e com o aumento das temperaturas, a vegetação se torna mais seca e inflamável, criando um ambiente propício para incêndios.

Condições favoráveis para queimadas

Esses fatores combinados criaram condições perfeitas para incêndios florestais de grandes proporções, pois a vegetação seca se torna altamente inflamável e as condições meteorológicas são favoráveis à propagação rápida das chamas“, afirmou Santos. A temporada de seca ainda não atingiu seu pico, o que sugere que a situação crítica pode persistir nos próximos meses. Tradicionalmente, o auge das queimadas ocorre em setembro, mas em 2024, a temporada de fogo começou mais cedo.

Para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, os cientistas enfatizam a necessidade urgente de substituir combustíveis fósseis por energias renováveis, além de reduzir o desmatamento e reforçar as proibições de queimadas controladas. Essas medidas são essenciais para enfrentar o impacto dos incêndios florestais, que afetam comunidades indígenas e agricultores.

A atribuição climática busca determinar a influência do aquecimento global em eventos climáticos extremos. O grupo WWA é pioneiro nessa área, realizando estudos rápidos com a participação de cientistas globais. Inicialmente, verificam se o evento foi extremo em comparação a registros históricos. Depois, utilizam um método revisado por pares para comparar cenários “com e sem” a influência humana no aquecimento global.

Eventos extremos fazem parte da variabilidade climática natural, mas é possível modelar cenários com a variável das emissões de gases de efeito estufa, que aumentaram significativamente desde a Revolução Industrial.

Antes das mudanças climáticas, as condições observadas em junho eram extremamente raras, esperadas apenas uma vez a cada 161 anos. Agora, são quase cinco vezes mais prováveis, ocorrendo cerca de uma vez a cada 35 anos. Se o aquecimento global alcançar 2°C, essas condições se tornarão 17% mais intensas e ocorrerão em média uma vez a cada 18 anos.

Pantanal em transformação

À medida que as emissões de combustíveis fósseis aquecem o clima, o Pantanal está esquentando, secando e se transformando em um barril de pólvora. Isso significa que pequenos incêndios podem rapidamente se transformar em devastadores“, explica Clair Barnes, pesquisadora do Instituto Grantham do Imperial College de Londres.

Os incêndios no Pantanal começaram no final de maio, mais cedo que o normal, após uma temporada de chuvas extremamente fraca. De janeiro até esta terça-feira, 6, o bioma registrou 6.655 focos de calor, um aumento de 1.973% em comparação com o mesmo período do ano passado, que teve 321 focos, segundo o programa BDQueimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). O acumulado atual supera também o de 2020, considerado o ano mais crítico, quando 30% do bioma foi consumido pelo fogo.

O Ministério do Meio Ambiente informou que a área queimada no Pantanal, este ano, varia entre 1.027.075 e 1.245.175 hectares, cerca de 6,8% a 8,3% do território total do bioma, conforme análise do Laboratório de Aplicação de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Informações: O Antagonista.

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Em homenagem a brigadistas, prédio de Fortaleza recebe mural com tinta feita de cinzas de queimadas florestais

As tintas foram produzidas ao longo de 2021 pelo artista Mundano. Ele fez uma expedição por todo o Brasil para coletar o material e vivenciar o dia a dia dos brigadistas

Um prédio do conjunto residencial Alto da Paz, localizado no bairro Cais do Porto, em Fortaleza, ganhou um mural de graffiti na terça-feira, 6, em homenagem aos brigadistas florestais que combatem as queimadas no Brasil. As tintas utilizadas na obra foram feitas a partir das cinzas de florestas queimadas no País.

A ação faz parte do Festival Paredes Vivas – Edição Cinzas da Floresta, que está desenvolvendo ações de educação artística e socioambiental em cinco capitais do Brasil: Campo Grande, Fortaleza, Goiânia, Belém do Pará e São Paulo.

“O trabalho dos brigadistas, muitas vezes, é um trabalho invisível. A gente escuta falar do fogo, mas não escuta falar quem controla ele. Então, com o projeto, a gente quer trazer luz aos brigadistas florestais e incentivar as pessoas a valorizarem o trabalho deles”, destaca Bea Mansano, produtora executiva do festival.

As tintas foram produzidas ao longo de 2021 pelo artista Mundano. Ele fez uma expedição por todo o Brasil para coletar o material e vivenciar o dia a dia dos brigadistas. Parte do processo de fabricação das tintas foi registrado no documentário “Cinzas da Floresta”, que será exibido para alunos de escola pública.

“A gente entende que a arte é uma ferramenta de comunicação e transformação. Através de pinturas, murais, que também estão sendo realizados em escolas, e oficinas, a gente [consegue] usar as cinzas como uma ferramenta de comunicação”, pontua Bea.

“A transformação começa por aí, com a comunicação. Não só com a temática, mas também com o material. Quando a gente fala das cinzas, a gente fala de árvores queimadas, dos animais, de um monte de vida que foi perdida ali”, continua.

De acordo com Dinha Ribeiro, artista responsável pela obra, o mural levou dois dias e meio para ser concluído. “Todos [os desenhos] foram baseados em brigadistas reais que estão realmente fazendo a linha de frente, se dedicando e abdicando de suas vidas para uma coisa que é tão importante para a gente: a natureza.

“Foi a partir desse trabalho que eu entendi o quão importante é a gente também ter outros conhecimentos. [As queimadas] Também nos influenciam. Percebi o quanto é importante levar essa questão ambiental para lugares que não [sofram] diretamente com as situações. É importante a gente estar por dentro de tudo”, adiciona.

Além dos murais, o festival também realiza oficinas de arte e educação socioambiental para alunos de escolas públicas. As aulas ocorrem em dois dias: na sexta-feira, 9, e no sábado, 10. Parte das atividades são na EEMTI Matias Beck, localizado no bairro Vicente Pinzón.

“No primeiro dia, a gente exibe e [debate] o filme ‘Cinzas da Floresta’. Um momento para a gente se conhecer, conhecer o projeto e já pensar em algumas artes para produzir no sábado“, explica Gabriel Pig, artista visual que será responsável pelas atividades. Berim, outro artista, também vai participar da ação.

No primeiro semestre de 2024, o Brasil bateu recorde de queimadas. Foi o maior número de incêndios registrados desde 1988, quando o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) iniciou o monitoramento.

De acordo com dados da última Coleção MapBiomas Fogo, lançada em 18 de junho, um em cada quatro hectares do Brasil pegou fogo nas últimas quatro décadas. Em 2023, a área queimada no País foi equivalente à metade do território da Bélgica. Na caatinga, bioma predominante no Ceará, 3.242 focos de queimadas foram registrados. O número é 147% maior do que nos anos anteriores.

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Manejo adequado é chave para desenvolvimento sustentável do setor florestal

Governo Federal sancionou lei que exclui a silvicultura da lista de atividades poluidoras – Manejo integrado de plantas daninhas potencializa o crescimento das florestas e suas contribuições sustentáveis

Em pleno crescimento no Brasil, o setor florestal vem se consolidando como uma importante vertente da economia nacional em termos de geração de empregos, receita, produtividade e sustentabilidade. Só em 2022, segundo o Relatório Anual da Industria Brasileira de Árvores (IBÁ), o Brasil produziu 25 milhões de toneladas de celulose, um aumento de 10,9% em relação ao ano anterior e um recorde para o setor.

Destaca-se também a produção de 11 milhões de toneladas de papel, 7 milhões de toneladas de carvão vegetal, 8,5 milhões de m³ de painéis de madeira e aproximadamente 8 milhões de m³ de madeira serrada nos últimos anos. Além da utilização para fins comerciais, os quase 10 milhões de hectares de florestas plantadas representam diferentes oportunidades de desenvolvimento sustentável, reconhecidas em junho deste ano pela aprovação da Lei 14.876, de 2024, que exclui a silvicultura da lista de atividades poluidoras.

As florestas plantadas, por exemplo, são importantes vetores para o controle das emissões de gases do efeito estufa na atmosfera. Segundo estudo conduzido pela Embrapa Cerrados em parceria com a Universidade de Brasília (UNB), as florestas de eucalipto têm alta capacidade de armazenamento de carbono em seu ciclo de vida, contribuindo para minimizar o aquecimento global não só através da fixação de carbono, mas reduzindo a circulação de outros gases nocivos como o óxido nitroso (N2O) e o metano (CH4).

E essa não é a única contribuição das florestas plantadas. Em 2022, o setor gerou 2,6 milhões de empregos e movimentou mais de 250 bilhões de reais em receita bruta. O cultivo de Eucalipto e Pinus também se destaca pela origem renovável dos produtos, que podem ser recicláveis ou biodegradáveis e a utilização e consumo de energia limpa na indústria, proveniente da própria floresta através da biomassa.

Práticas para o desenvolvimento sustentável das florestas plantadas

Para maximizar o potencial produtivo das florestas plantadas, especialista da BASF afirma que é necessário um manejo integrado e adequado, bem como soluções tecnológicas que apoiam o desenvolvimento da cultura e contribuam para maximizar a produtividade.

“Além de sua contribuição ambiental, as florestas plantadas oferecem uma alternativa sustentável para a produção de celulose, aliviando a pressão sobre as florestas nativas e promovendo a recuperação de áreas degradadas”, comenta Edicarlos Batista de Castro, Engenheiro Agrônomo, PhD em proteção de plantas (com foco em plantas daninhas) e pesquisador de Desenvolvimento de Produto e Mercado da Divisão de Soluções para Florestas da BASF.

O especialista complementa afirmando que para as florestas alcançarem o seu maior potencial produtivo, é necessário um controle rigoroso de pragas, doenças e plantas daninhas. Dentro desses desafios, o manejo integrado de plantas daninhas visa eliminar a mato competição, que ocorre quando plantas daninhas competem por recursos naturais como luz, água e nutrientes. “Além de serem possíveis hospedeiras de pragas e doenças, essas plantas podem comprometer significativamente o desenvolvimento das árvores, especialmente nos estágios iniciais, nos quais a perda de produtividade pode chegar até a 80%”, pontua o pesquisador da BASF.

Para mitigar o problema, além das boas práticas, é necessário um manejo integrado que inclua:

◼ Uso de materiais genéticos adaptados: seleção de espécies com rápido crescimento e fechamento de copa, resistentes ou tolerantes a doenças e pragas locais.

◼ Controle da densidade populacional: gestão do número de plantas por área para garantir a disponibilidade adequada dos recursos necessários.

◼ Espaçamento adequado entre plantas: plantio com espaçamento estratégico para fechamento rápido de copas, reduzindo a incidência de luz no solo e minimizando a competição com plantas daninhas.

◼ Utilização de soluções como o controle químico: combinado com as ações citadas anteriormente, o controle químico, aquele realizado com a utilização de herbicidas, tem o papel de eliminar ou suprimir as plantas daninhas de forma eficiente em diversas fases de crescimento e desenvolvimento da cultura.

Para suprir as necessidades do mercado florestal e oferecer soluções de alta performance para o manejo adequado, a BASF investe, anualmente, cerca de 900 milhões de euros em pesquisa e desenvolvimento para apoiar o legado de produtores e silvicultores.

“As florestas plantadas constituem um mercado importante para o Brasil. O setor vem se especializando, adotando tecnologias e passando por certificações cada vez mais rigorosas. O papel da BASF nessa cadeia é desenvolver ferramentas que apoiem os produtores e tornem seus resultados ainda mais eficazes,” conclui Edicarlos Batista de Castro.

Informações: Notícias Agrícolas / Imagem: divulgação.

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Pantanal bate recorde de incêndios no primeiro semestre e sinaliza avanço das queimadas no país

Número de focos de fogo no bioma foi 16 vezes maior do que de janeiro a junho do ano passado

Na maior parte do Brasil, o primeiro semestre não costuma ser marcado por grandes incêndios florestais ou focos de fogo na vegetação. Entre 70% e 90% dos pontos de queimada são detectados na segunda metade do ano. As chuvas tendem a ser mais frequentes no período entre janeiro e junho, o que naturalmente inibe ou diminui a extensão das queimadas, e os meses mais secos costumam ocorrer no início do segundo semestre, sobretudo entre julho, agosto e setembro. No entanto, os primeiros seis meses e meio de 2024 contam uma história diferente.

Entre 1° de janeiro e 16 de julho deste ano, houve cerca de 42.300 focos de fogo em todo o território nacional, 50% a mais do que nesse mesmo período em 2023. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que usa as observações vespertinas do satélite Agua, da Nasa (a agência espacial norte-americana), como referência da evolução das queimadas no país. Desde 2003 e 2004, quando foram contabilizados, respectivamente, 56 mil e 47 mil pontos de queimadas nesse mesmo período, não eram vistos tantos incêndios em uma época do ano em que as queimadas ocorrem normalmente com menor frequência.

De longe, a situação mais dramática no primeiro semestre foi a do Pantanal, que registrou quase 3,9 mil focos de fogo nos primeiros seis meses e meio de 2024, mais de 16 vezes o número de pontos de queimadas observados no mesmo período de 2023. Nunca o bioma, que abriga a maior planície alagável do planeta e abarca 1,8% do território nacional, tinha atingido um número tão elevado de incêndios na primeira metade do ano. Nas estatísticas do Programa Queimadas, do Inpe, que mantém dados desde 1998 para os biomas nacionais, o número máximo de queimadas no primeiro semestre no Pantanal havia sido cerca de 2,9 mil focos em 2020.

Com exceção do Pampa, que se situa exclusivamente no Rio Grande do Sul, estado que foi alvo de enormes cheias e inundações em razão de chuvas extremas entre o fim de abril e o início de maio de 2024, todos os biomas registraram aumento no número de focos de fogo entre 1° de janeiro e 16 de julho. Por serem muito maiores do que o Pantanal, que é o menor ecossistema brasileiro, a Amazônia, o Cerrado e a Mata Atlântica apresentaram, em números absolutos, mais pontos de queimadas no primeiro semestre do que a região da grande planície alagada. Mas nenhum deles contabilizou, em termos proporcionais, um viés de alta sequer próximo ao do Pantanal. Os maiores aumentos foram na Amazônia (63%), Mata Atlântica (36%) e Cerrado (24%). Um dos destaques negativos foi a alta concentração de focos de fogo em fevereiro, época normalmente de chuvas abundantes, no estado de Roraima.

A escalada de focos de fogo no Pantanal concentrou-se em junho, com cerca de 3,3 mil pontos de queimada. As perspectivas para o segundo semestre não são animadoras. “Estamos apenas no início da estação mais seca e a tendência predominante é de que ocorram mais focos de fogo no segundo semestre não só no Pantanal, mas também no oeste da Amazônia e no Cerrado”, diz o meteorologista Gilvan Sampaio, coordenador-geral da área de Ciências da Terra do Inpe.

Alexandre Affonso / Revista Pesquisa FAPESP

Uma conjunção de fatores, alguns de ordem local e outros difusos, explica as chamas crescentes no bioma. O pano de fundo mais amplo, que tem impactos em todo o planeta, é o aumento incessante do efeito estufa, que tornou o clima terrestre mais quente nas últimas décadas. Segundo dados do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus, entre julho de 2023 e junho de 2024, a temperatura média da Terra esteve pelo menos 1,5 grau Celsius (°C) acima da média do período pré-industrial, que corresponde à segunda metade do século XIX. Em dezembro de 2023, foi 1,78 °C superior à média desse mês entre 1850 e 1990.

Foi a primeira vez que o sistema da agência europeia registrou esse nível de subida da temperatura por 12 meses consecutivos. O recorde anterior tinha sido em 2016, quando, durante três meses, a temperatura ficara 1,5 °C acima da era pré-industrial. Limitar o aumento do aquecimento global nas próximas décadas a 1,5 °C – um patamar elevado, com efeitos graves sobre diferentes partes do planeta, mas considerado ainda administrável – é meta cada vez mais distante dos acordos internacionais sobre o clima.

“O problema é que a temperatura no Pantanal aumentou de 3 a 4 °C nas últimas quatro décadas e as cheias dos rios da região estão mais fracas”, diz a meteorologista Renata Libonati, coordenadora do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais do Departamento de Meteorologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa-UFRJ. “Houve uma grande seca que se prolongou de 2019 até 2022, com um pico em 2020, e, desde abril do ano passado, a temporada de chuvas praticamente não atingiu o bioma.” Resultado: as condições locais atuais tornam o Pantanal mais vulnerável à escalada do fogo.

Dados fornecidos pelo Lasa indicam que apenas em junho 4.060 quilômetros quadrados (km2) do Pantanal pegaram fogo. O número representa cerca de 2,7% da área do bioma. É mais do que queimou no mesmo mês em toda a Amazônia, que corresponde à quase metade do território nacional. Em todo o primeiro semestre, a área afetada por focos de fogo no Pantanal atingiu 7.227 km2, recorde histórico no bioma para o período. “Estamos vendo um início cada vez mais antecipado da época de seca no Pantanal”, comenta Libonati.

O monitoramento indica que apenas 1% das queimadas tem causa natural, ou seja, foram originadas por raios. Os outros 99% decorrem de alguma atividade humana. Cerca de 95% dos focos de fogo foram detectados em propriedades privadas e apenas 5% em áreas de proteção ambiental ou reservas indígenas.

As informações divulgadas pelo projeto MapBiomas corroboram os registros do Lasa e Inpe, ainda que com números ligeiramente diferentes. O MapBiomas é uma iniciativa da sociedade civil que funciona como uma rede colaborativa de mais de 70 entidades não governamentais, universidades e startups de tecnologia que, desde 2015, produz dados e mapas anuais sobre a cobertura e o uso da terra no país. Segundo uma de suas ferramentas, o Monitor do Fogo, as queimadas no primeiro semestre no Pantanal afetaram 4.680 km2. Quase 80% dos incêndios ocorreram em junho.

Queimada no município de Cantá, em Roraima, em fevereiro deste ano. Alan Chaves / AFP via Getty Images

Como nos registros do Inpe, a área em torno da cidade de Corumbá, em Mato Grosso do Sul, concentrou os focos de fogo observados pelo sistema do MapBiomas. “A vegetação está muito seca no bioma e o fogo pega e se espalha com facilidade”, comenta a geógrafa da entidade, Mariana Dias. Além de consumir áreas de vegetação, as secas recorrentes no Pantanal têm pressionado as populações de animais que vivem na região. Estudo recente de pesquisadores brasileiros indica que o número de exemplares de certas espécies, como a anta (Tapirus terrestris) e o tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla), diminuiu 10 vezes após os grandes incêndios de 2020 (ver reportagem).

O nível dos rios é outro sintoma de que a região está no sufoco. Boletim divulgado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) em 10 de julho destaca que vários trechos do rio Paraguai, o principal do Pantanal, apresentavam valores críticos de volume de água. Em Cáceres, município de Mato Grosso perto das nascentes do rio, seu nível era de 70 centímetros (cm), 1,3 metro (m) abaixo do esperado para a época do ano. Ainda em 10 de julho, a estação de medição em Porto Murtinho, em Mato Grosso do Sul, ponto em que o rio deixa o território nacional, registrou nível de 1,73 m para as águas do Paraguai. Nesse ponto, a média histórica é de 5,28 m para o período. “Temos níveis próximos ou abaixo das mínimas históricas para o período em praticamente todas as estações monitoradas na bacia”, alertou o engenheiro químico Mauro Campos Trindade, do SBG, em comunicado de imprensa do órgão.

De olho na Amazônia

No segundo semestre, é provável que as atenções sobre as queimadas se voltem mais para a Amazônia e o Cerrado, os dois maiores biomas do país, que cobrem quase três quartos do território brasileiro. “O combate aos incêndios de junho no Pantanal já fez diminuir o número de focos de fogo em julho, apesar de estarmos entrando apenas agora nos meses historicamente de maior estiagem”, comenta Sampaio. “Mas a situação no oeste da Amazônia e no Cerrado é preocupante.”

A estação seca parece começar antes e terminar mais tarde em várias partes do Brasil, sobretudo no centro-norte do território nacional. Em vez de parar de chover em maio, a secura se impõe, às vezes, já em abril e vai até novembro. Como parte da umidade da Amazônia é transportada para os demais biomas do país pelo ar, por meio dos chamados rios voadores, o que ocorre na grande floresta tropical influencia o clima de áreas a milhares de quilômetros de distância. Se a chegada da chuva atrasa lá, o resto do país também fica na seca.

A questão das temperaturas crescentes na atmosfera é outro ponto de preocupação. “Em certos setores da Amazônia, como no Acre e em parte de Rondônia, a temperatura média no meio do ano está 3 °C acima da média histórica”, diz o pesquisador do Inpe. Além do aquecimento global, outro fator que influencia o vaivém dos termômetros em terra firme é o comportamento dos oceanos. Aquecimentos ou resfriamentos significativos das águas superficiais do Pacífico e do Atlântico podem gerar mais ou menos chuvas em diferentes pontos do país. No momento, o Pacífico equatorial parece estar com temperaturas em nível normal ou caminhando para um esfriamento (La Niña). Já o Atlântico equatorial está mais aquecido, o que talvez leve mais chuva para o norte da Amazônia até o final do ano.

Informações: Revista Pesquisa – FAPESP.

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Pedágio na rota da celulose em MS deve começar a ser cobrado a partir de 2026

Empresa vencedora poderá iniciar a ativação das 12 praças a partir do 13º mês seguinte a assinatura do contrato de concessão

As 12 praças de pedágio que serão implantadas nas rodovias BR-262, BR-267, MS-040, MS-338 e MS-395 em Mato Grosso do Sul devem começar a cobrar pedágio a partir de 2026. O contrato com a empresa vencedora tem previsão  para ser assinado no ano que vem. O trecho, conhecido como rota da celulose, é referente as saídas do Estado em direção ao estado de São Paulo.

De acordo com o estudo de viabilidade técnica publicado pelo Escritório de Parcerias Estratégicas (EPE), do Governo de Mato Grosso do Sul, a empresa vencedora do leilão poderá iniciar a cobrança nas praças a partir do 13º mês a partir da assinatura do contrato de concessão.

“Os pórticos de pedágio deverão estar instalados até o final do 12º mês da Concessão e iniciarão a operação no início do 13º mês”, diz trecho do documento.

Conforme a titular da EPE, Eliane Detoni, quando a cobrança começar, não há obrigatoriedade para que a empresa já tenha feito parte dos 116 quilômetros de duplicação, mas haverá a exigência de que alguns itens de segurança.

“O futuro concessionário tem até um ano para fazer os serviços iniciais. O que isso quer dizer? Ele precisa deixar todas as rodovias, os 870 quilômetros, em condições seguras de trafegabilidade. Não quer dizer que ele vai já iniciar a duplicação. Ele tem uma série de serviços que ele precisa implantar. Ele precisa disponibilizar todos os serviços de atendimento ao usuário, ambulâncias, guincho leve, guincho pesado”, explicou a secretária especial.

“A gente vai ter conectividade para todos os usuários, a gente vai ter serviço de atendimento ao usuário nas três rodovias, pontos de descanso para caminhoneiros. Essa era uma demanda muito grande que o país todo está recebendo para que os caminhoneiros possam, inclusive, cumprir com a obrigação legal de descanso. O que acontece é que eles não têm paradas para descanso, então a gente está prevendo isso já na rodovia. E todo serviço mecânico, serviço de ambulância.Tudo isso constituído a partir daí, normalmente é a partir de um ano, então seria em 2026, é que a concessionária vai ser autorizada, cumprindo todas as exigências, a iniciar a cobrança de pedágio”, completou Detoni.

O projeto de concessão das rodovias está previsto para ser concluído ainda neste ano. A próxima fase será de audiência pública, a ser realizada na última semana deste mês. Na sequência, em setembro, ocorrerá a publicação do edital de licitação e, em dezembro deste ano,  a realização do leilão na bolsa de valores do Brasil, a B3.

Ainda segundo Detoni, a previsão é de que a assinatura acontece no ano que vem. “A gente pretende já no primeiro trimestre do ano que vem assinar esse contrato de concessão”.

PEDÁGIO

Correio do Estado mostrou nesta semana que o estudo de viabilidade técnica para concessão das rodovias apontou que o pedágio nos 870,4 km a serem leiloados deverá variar entre R$ 4,70 e R$ 15,20.
A praça localizada entre Campo Grande e Ribas do Rio Pardo deve ter o valor mais altos de pedágio, de acordo com o documento. No trecho duplicado, que termina exatamente na fábrica da multinacional Suzano, o valor deve ser de R$ 15,20.

O segundo maior valor estará em Nova Alvorada do Sul, na BR-267, onde a tarifa poderá ser de 
R$ 15,10. A praça de pedágio mais barata da concessão será a de Bataguassu, na BR-267, onde a tarifa custará R$ 4,70.

O trecho da BR-262 em MS, que será delegado ao governo do Estado pelo governo federal, sai de Campo Grande até a divisa com São Paulo, em Três Lagoas. Se o motorista fizer esse caminho, ele deverá gastar R$ 53,00 em pedágio, passando pelas quatro praças que serão implantadas na rodovia – o trecho mais caro da concessão. Já quem fizer o trajeto pela BR-267, de Nova Alvorada do Sul a Bataguassu, deverá gastar R$ 40,20.

Rodando pelas estradas estaduais – MS-040, MS-338 e MS-395 –, o motorista deverá desembolsar R$ 47,30.

O valor do pedágio, porém, poderá mudar, isso porque a concessão será feita por leilão e a empresa que oferecer a maior outorga e um menor valor de pedágio, com redução máxima de 20% no valor previsto, deverá ser a vencedora.

Conforme o EPE, a outorga mínima é de R$ 95 milhões e a previsão de investimento nas rodovias é de R$ 8,8 bilhões em capital privado pelo período de 30 anos.

Dos 870,4 km de rodovias a serem concedidos, apenas 116 km serão duplicados. A maior parte, cerca de 97 km, está no trecho entre Campo Grande e Ribas do Rio Pardo. 

Saiba

O governo do Estado publicou esta semana um aviso de consulta pública da proposta de concessão das rodovias, com o objetivo de colher sugestões e contribuições para o aprimoramento do documento. Propostas serão recebidas de hoje até o dia 6 de setembro deste ano.

Informações: Correio do Estado.

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Vivi para contar: ‘A fumaça funde a terra, as pessoas, a vegetação’, narra repórter que cruza o Pantanal de MS

Jornalista mostra a devastação causada pelo fogo que encontrou nos dois lados da estrada em que viaja pela região

“A chegada ao Pantanal do Mato Grosso do Sul na terça-feira para cobrir os efeitos da queimada que assola o bioma desde junho acabou antecipada para nós pela fumaça. O voo da Azul que levava a mim e a fotojornalista Márcia Foletto para Corumbá teve de aterrissar em Bonito, devido às colunas de fuligem que estão prejudicando o tráfego aéreo. Tivemos de continuar nossa jornada até Corumbá, conhecida como capital do Pantanal, pela BR-262.

Só o que cai do céu no Pantanal são cinzas. Nem uma gota d’água. A fumaça funde a terra, as pessoas, as casas, a vegetação, numa única paisagem ocre, da cor das brasas. O fogo que se intensificou há uma semana na região dos municípios de Miranda e de Aquidauana se alastrou, levado pelo vento forte e temperatura à beira dos 40°C.

Em Salobra, um incêndio bloqueou os dois lados da única estrada. Uma longa fila de caminhões, ônibus e carros aguardava a Polícia Rodoviária Federal liberar a estrada noite adentro.

As colunas de muitos focos de fogo se unem numa só nuvem, que se ergue do solo e engole o sol. A fumaça onipresente consome a paisagem e cria um cenário como os que se vê em filmes apocalípticos.

Onça carbonizada

Aos animais, as maiores vítimas, só resta fugir. Tucanos-do-bico-amarelo se refugiam nos galhos secos de uma piúva, o nome pantaneiro do ipê rosa. Moradores contam que uma onça pintada não teve tanta sorte. Cercada pelas chamas, morreu carbonizada.

A intensificação do fogo levou ao desespero no fim de semana a bióloga Neiva Guedes, conhecida mundialmente por salvar as araras-azuis da beira da extinção. Guedes precisou retirar sua equipe de campo porque já não havia mais condições de segurança. Ela não sabia se as araras poderiam escapar. Segundo ela, em alguns lugares a situação já está pior do que em 2020.

Na raiz de todos os males está o calor seco que não cede. A esperança é que a frente fria prevista para a madrugada de quinta-feira traga alívio e apague focos, não deixando outros se espalharem.”

Informações: O Globo.

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Manejo florestal sustentável é o caminho para a preservação de florestas nativas brasileiras

No sexto episódio do Podcast WoodFlow o tema central foi a exploração sustentável de madeiras tropicais e nativas no Brasil

“O caminho para preservar a Amazônia, para preservar as nossas florestas nativas é investir em manejo florestal sustentável e incentivar o consumo de madeira oriunda do manejo consciente e responsável”. A afirmação é do Presidente da Associação das Indústrias Exportadoras de Madeiras do Estado do Pará (AIMEX), Deryck Martins, que foi um dos entrevistados do sexto episódio do podcast WoodFlow, que vai ao ar nesta segunda-feira, 5 de agosto. 

A conversa conduzida pelo CEO da WoodFlow, Gustavo Milazzo, também contou com a presença do head de Desenvolvimento Estratégico da STCP, Marcelo Wiecheteck,  e trouxe uma visão bastante positiva para o mercado de madeira nativa, seus desafios e oportunidades. 

Mercado de madeira tropical

De acordo com Marcelo, o mercado internacional de madeira tropical (madeira cuja origem se dá nas regiões entre os trópicos de Câncer e Capricórnio) é de cerca de 25 bilhões de dólares ao ano. O Brasil possui uma pequena participação desse mercado, com cerca de 1 milhão. 

“Atualmente, o Brasil tem uma pequena fatia desse mercado, mas já teve participação expressiva, chegando a galgar mais de 50% do mercado internacional. Porém isso não significa que diminuímos o nosso volume de exportações. Na verdade, enquanto mantivemos os mesmos patamares em volume, outros países entraram nesse mercado que está em expansão e conquistaram mais espaço”, explicou Marcelo.

Deryck completa que entre os principais produtos exportados estão madeira para pisos e decks e o principal consumidor é os Estados Unidos, seguido por Europa e Ásia. Porém ele destaca que apenas 15 a 17 % do que é produzido no Brasil é exportado. O grande consumidor da madeira tropical brasileira ainda é o mercado interno. 

Desafios e Oportunidades

Ambos os entrevistados destacaram que o Brasil já possui ferramentas eficientes para o rastreamento e controle da exploração de madeira tropical ou nativa. Mas ainda precisa avançar para promover mais iniciativas de manejo florestal sustentável a fim de que possa galgar mais espaço no mercado. 

Segundo Deryck, as iniciativas de manejo florestal em áreas públicas, as chamadas concessões florestais, estão com trâmites mais avançados e viabilizados. “Porém é preciso ainda avançar em manejos de áreas privadas, para que possamos além de incentivar  a manutenção da floresta em pé, permitir que se extraiam produtos florestais madeireiros e não madeireiros”, destaca.

O manejo florestal de florestas nativas no Brasil acontece da seguinte maneira: a cada um hectare (equivalente a um campo de futebol), estima-se que existam de 600 a 700 árvores. Nesse hectare são retiradas apenas 5 árvores e para cada espécie retirada, precisa-se deixar ao menos três indivíduos da mesma espécie nessa área. 

“Hoje já é comprovado que uma floresta que foi manejada, ela se mantém saudável por mais tempo, além de que, quando se fala em carbono, com o manejo você aumenta o estoque de carbono naquela floresta, pois se retiram árvores maduras e se estimula a regeneração”, apontou Deryck.

Aqui está a grande oportunidade da exploração sustentável de florestas nativas: a escalabilidade. Segundo Marcelo, de todo o território brasileiro cerca de 50% é de mata nativa. Então, enquanto o mercado de madeira exótica (pinus e Eucalipto) vive incertezas quanto ao abastecimento de matéria prima a longo prazo, a madeira nativa já está pronta para ser colhida, é claro, sob a ótica do manejo citado acima. “Se o país desenvolver políticas que colaborem para a exploração sustentável, podemos abraçar uma fatia considerável do mercado”.

Como dito no início deste texto, estimular o consumo de madeira oriunda de manejo sustentável é uma das formas de se pressionar que existam mais iniciativas de se explorar as florestas brasileiras de forma consciente. E o conhecimento é a principal chave para barrar o desmatamento e promover a manutenção das florestas. Ouça isso e muito mais no sexto episódio do podcast WoodFlow.

Sobre o Podcast WoodFlow

O Podcast WoodFlow é uma iniciativa da startup de exportação de madeira WoodFlow, e visa debater, uma vez ao mês, sobre o mercado de madeira. O CEO da WoodFlow, Gustavo Milazzo conduz as entrevistas sempre retratando o cenário e o futuro da madeira. O Podcast WoodFlow é o primeiro do país a debater temas do mercado madeireiro e pode ser acessado diretamente no youtube ou nas plataformas de streaming de áudio.

Informações: WoodFlow | Imagem destaque: divulgação.

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