PÁGINA BLOG
Featured Image

Ciência atualiza dados de estoque de carbono em plantios de eucalipto de MS e mais 8 Estados

Estudos da Embrapa Florestas (PR) mostram que a perda de carbono em solos convertidos para plantios florestais é de apenas 5% e não de 33%, como se acreditava anteriormente. A atualização desse dado é fruto da evolução da ciência brasileira, que passou a utilizar o índice de alteração de carbono no solo (IAC) com base em informações oriundas de pesquisas nacionais.

Dessa forma, o índice representa com mais fidelidade as especificidades do País e mostra maior potencial de mitigação dos gases de efeito estufa (GEEs) pelos plantios florestais (clique aqui para acessar o estudo).

O trabalho utilizou como base estudos realizados no Brasil e publicados entre os anos de 2002 e 2019, em áreas convertidas para florestas plantadas de eucaliptos, pínus e acácia-negra. Os dados envolveram informações obtidas em nove estados: RS, SC, PR, SP, ES, MG, BA, PA e MS, que abrangem mais de 8,6 milhões de hectares de plantios florestais.

“No caso desse índice, o valor de cálculo não estava condizente à realidade dos plantios florestais. No entanto, à medida que os estudos avançam, cada país pode ajustar e refinar esses índices para as realidades de seus cultivos, que foi o que fizemos com os cultivos florestais analisados,” conta a pesquisadora da Embrapa Josileia Zanatta, que coordenou o estudo.

De acordo com a Embrapa, o tipo da planta cultivada interfere na cobertura vegetal e, portanto, pode influenciar os estoques de carbono do solo, alterando o equilíbrio entre o sequestro e as taxas de perdas de carbono.

“O fato de usar um índice da agricultura acabava por penalizar os plantios florestais, pois indicava que cerca de 33% do carbono armazenado no solo era perdido após a retirada de vegetação nativa, pastagem ou agricultura, seguido de conversão para plantios florestais”, analisa o pesquisador da Embrapa Marcos Rachwal, que participou do estudo. “Comprovamos que, na realidade, esse índice é de 0,95, ou seja, considera uma perda de apenas 5%, o que representa uma grande diferença”, completa.

“Quando consideramos a conversão de pastagens para plantios de eucaliptos, observamos um ganho ainda maior, de 10% nos estoques de carbono no solo. Historicamente, as conversões de pastagens para plantios florestais prevalecem nos biomas brasileiros, desconsiderando a Amazônia, e isso mostra a participação do setor de base florestal no enfrentamento às mudanças do clima”, declara Zanatta.

Altos estoques de carbono no solo

Outra constatação desses estudos foi a alta performance do solo como estocador de carbono. O volume armazenado é equivalente ao carbono acumulado na biomassa florestal e, por vezes, até maior. Além disso, os solos dos plantios florestais podem agir como sumidouros de metano, por meio de microrganismos presentes no solo, as bactérias metanotróficas, que consomem o metano e contribuem para a redução da concentração desse gás na atmosfera.

“Todos os solos bem aerados e sem excesso de umidade, sob florestas plantadas ou nativas, têm essa capacidade”, explica Rachwal.

Dados embasaram documento apresentado na COP26

Os estudos da Embrapa Florestas possibilitaram ainda que a categoria “Reflorestamento” no Quarto Inventário Nacional de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa, parte integrante da Quarta Comunicação Nacional do Brasil à Convenção do Clima (Quarta Comunicação Nacional – 4CN), submetida e publicada em dezembro de 2020, apresentasse dados mais condizentes à realidade brasileira.

A Comunicação Nacional (CN) é realizada a cada quatro anos, em média, pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) para relatar todos os esforços nacionais no sentido de implementar a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). Esse reporte atualiza informações sobre emissões e remoções de GEE no Brasil e contribui significativamente para o aperfeiçoamento das políticas públicas no âmbito da agenda climática nacional e internacional.

“Trata-se de garantir que os mais diversos tomadores de decisão tenham por subsídio o melhor conhecimento científico disponível. Nesse cenário, o envolvimento da Embrapa, em particular no caso da Embrapa Florestas com estudos em estoque de carbono em plantios florestais, é fundamental para que a iniciativa seja bem-sucedida”, afirma o coordenador-geral de Ciência do Clima e Sustentabilidade do MCTI, Márcio Rojas, que é também diretor Nacional do Projeto da Quarta Comunicação Nacional do Brasil à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.

A evolução dos estudos

A Embrapa Florestas vem atuando na pesquisa com florestas e mudanças do clima desde o ano 2000. As florestas apresentam potencial de mitigação da emissão de gases do efeito estufa (GEEs), por meio do sequestro de carbono e da retirada de gases, como metano, da atmosfera. Elas acumulam carbono na sua biomassa e no solo, e também em produtos de origem madeireira.

A partir de 2012, com o início do Projeto Saltus, a Unidade iniciou um conjunto de ações para investigar como as florestas brasileiras contribuem para o enfrentamento das mudanças climáticas.

A primeira fase desse projeto, de 2012 e 2017, elaborou um diagnóstico integral dos balanços de carbono dos sistemas florestais (em plantios de eucalipto, pínus e acácia-negra), avaliando seus compartimentos, e seu potencial de armazenar carbono ou de remover gases de efeito estufa da atmosfera. Esse trabalho permitiu que os protocolos de diagnóstico fossem uniformizados, facilitando a obtenção dos balanços de carbono em trabalhos futuros, sendo, também, mais uma contribuição incorporada à 4CN.

Em 2017, teve início uma nova fase do projeto Saltus, com o objetivo de identificar práticas mitigadoras em florestas plantadas, sendo mantido o foco nos plantios de eucalipto e pínus. Nessa etapa, buscou-se ampliar o conhecimento dos compartimentos de carbono em tipologias florestais da Mata Atlântica, inclusive em florestas urbanas. Segundo a pesquisadora

Josileia Zanatta, o reforço do foco na Mata Atlântica é necessário porque esse bioma ainda não possui indicadores capazes de estimar o Nível de Referência, vinculado à política de Redução de emissões por desmatamento evitado (REDD).

“A pesquisa concentrou-se na Mata Atlântica, um dos biomas que está muito fragmentado e, principalmente, em pínus e eucalipto, buscando identificar e qualificar práticas silviculturais que podem ter algum potencial de mitigar emissões de gases de efeito estufa ou então de aumentar estoques de carbono”, explica.

Benefícios do estoque de carbono no solo

Plantios florestais são alternativas viáveis à redução das emissões totais de GEEs devido à redução da pressão por extração de madeira de florestas nativas, o que evita também as emissões por desmatamento.

Produtos advindos das florestas plantadas acumulam carbono por longo período de tempo e, quando produzidos de forma adequada, são muito eficientes no sequestro de carbono e emitem menos gases de efeito estufa, o que faz com que tenham pegada de carbono menor do que derivados de petróleo ou sintéticos com origens diversas.

Florestas plantadas têm elevado potencial de remover CO2 da atmosfera, incorporando carbono (C) na biomassa vegetal e por conseguinte no solo, permitindo um balanço de carbono muito positivo

Solos florestais mantêm a capacidade de consumir metano atmosférico, sendo um mecanismo adicional de redução desse gás na atmosfera.

Essas vantagens permitem que o balanço de carbono de sistemas florestais plantados seja muito positivo, possibilitando até mesmo a geração de receita a partir da certificação de produtos florestais com baixa emissão e também a comercialização de créditos de carbono. É preciso que os empreendimentos florestais estejam preparados para acessar essas oportunidades de economia “verde”.

Informações: Perfil News / Foto: Fabiana Piontekowski Ribeiro.

Featured Image

ICMBio convoca sociedade para analisar propostas de novas UCs

Ao todo, foram analisadas 219 propostas de criação ou ampliação de unidades de conservação em todos os biomas do país. Maior parte delas na zona costeira e marinha

Convocar a sociedade para colaborar e analisar propostas de novas unidades de conservação (UCs) na retomada da agenda de áreas protegidas pelo governo brasileiro. Essa foi a missão da oficina de trabalho de critérios e priorização para criação de UCs federais organizada pelo ICMBio, que reuniu servidores ambientais, universidades, povos tradicionais, ONGs e secretarias estaduais de meio ambiente. Numa força-tarefa coletiva que durou cinco dias, os participantes analisaram mais de 200 propostas em todos os biomas do país que estavam na gaveta do instituto, em diferentes estágios de elaboração. Dessas, foram indicadas 91, que seguirão para aprofundamento de estudos e análise dentro do ICMBio. 

De acordo com informações do ICMBio, foram analisadas um total de 219 propostas de criação e ampliação de unidades de conservação, a maior parte delas (66) na Zona Costeira Marinha, seguido por propostas no Cerrado (50), na Amazônia (36), na Mata Atlântica (28), na Caatinga (19), no Pantanal (13) e no Pampa (07).

O ICMBio não deu mais detalhes sobre os biomas das 91 propostas indicadas como resultado da oficina, porém afirmou que há propostas em todos os biomas. 

“Nós tínhamos no ICMBio mais de 200 processos em andamento com propostas de criação em diferentes fases de estudo, consulta pública e etc. Nós precisávamos qualificar isso. O primeiro objetivo da oficina foi qualificar esses processos que estavam em andamento no ICMBio, mas a gente também abriu a possibilidade de acolher novas propostas, que foram trazidas por esses participantes”, explica a diretora da Diretoria de Criação e Manejo de Unidades de Conservação (DIMAN) do ICMBio, Iara Vasco Ferreira.

Cinco propostas já estão em fase avançada e podem ser criadas ainda este ano. Duas delas, inclusive, já foram encaminhadas ao Ministério do Meio Ambiente e estão na Casa Civil. Ambas são reservas extrativistas (Resex) marinhas na região nordeste do estado do Pará – Filhos do Mangue e Viriandeua – e a ideia é que as reservas funcionem dentro de um mosaico, com outras UCs e em cooperação com o governo estadual, que sinalizou anuência às propostas. 

A criação das resex é pleiteada pelas comunidades tradicionais paraenses há mais de duas décadas. O território está localizado na região marinha costeira e abrange uma faixa contínua de manguezal de grande importância socioambiental. 

Outras duas propostas de unidade de conservação federal tiveram suas consultas públicas realizadas no ano passado: a de um Monumento Natural em São Desidério, no oeste da Bahia, que abriga cavernas de grande relevância espeleológica; e uma Área de Proteção Ambiental (APA) na Foz do Rio Doce, no litoral norte do Espírito Santo – região impactada pelo rompimento da barragem da Samarco, subsidiária da Vale, em Mariana (MG), 2015.

No Amazonas, a proposta de criação do Refúgio de Vida Silvestre Sauim-de-Coleiras já está em debate com o governo estadual e proprietários rurais. A área protegida é considerada fundamental para garantir a conservação do sauim-de-coleira (Saguinus bicolor), espécie de macaco ameaçado que vive apenas numa pequena porção da Amazônia, parcialmente sobreposta à Região Metropolitana de Manaus.

O ameaçado sauim-de-coleira, até hoje desprotegido por unidades de conservação federais de proteção integral. Foto: Diogo Lagroteria

Durante a oficina foram levados em conta critérios administrativos, ambientais, de ameaça, fundiários e sociopolíticos para análise e priorização das propostas, com base nas áreas consideradas prioritárias para conservação definidas pelo Ministério do Meio Ambiente em 2018. “Os critérios administrativos representam a etapa em que a proposta se encontra, de acordo com normativas do Instituto Chico Mendes sobre criação de Unidades de Conservação; os ambientais indicam a importância e sensibilidade ambiental das áreas; os de ameaça abrangem a pressão e degradação que as áreas estão sofrendo; os fundiários tratam a situação fundiária onde a proposta está inserida; e os critérios sociopolíticos refletem a situação social e política na qual a proposta está envolvida”, detalha o órgão ambiental em nota enviada a ((o))eco.

“Outro objetivo da oficina foi a pactuação dos critérios de priorização dessas propostas para criação das novas UCs em todos os biomas e na zona Costeira e Marinha. Com foco na conservação, no uso sustentável e na repartição de benefícios da biodiversidade. E nessa perspectiva a gente tinha como objetivo não só a qualificação desses processos, compartilhando e legitimando critérios para priorização, mas também de identificação de conjuntos de áreas protegidas com foco na gestão integrada de paisagens mais amplas, incluindo conectividade a partir de mosaicos, corredores e Reservas da Biosfera também. Porque a nossa preocupação não é só criar, mas também gerir essas áreas. A efetividade dos sistemas de áreas protegidas depende desse conjunto de instrumentos”, destaca a diretora do ICMBio que liderou a realização da oficina.

Entre os próximos passos está a sistematização dos resultados, que serão apresentados ao Ministério do Meio Ambiente, para aprovação, e o compartilhamento das informações com parceiros e demais interessados nesses processos.

A diretora pontua ainda que foram estabelecidos dois marcos temporais para criação das UCs prioritárias, o ano de 2026, quando se encerra o atual ciclo do governo federal; e o ano de 2030, para fazer cumprir a meta “30×30”, estabelecida na Conferência de Diversidade Biológica (COP15), realizada em dezembro de 2022, em Montreal. O acordo, do qual o Brasil é signatário, visa a proteção de 30% dos ecossistemas terrestres e marinhos.

Engajamento social e apoio aos servidores ambientais

A oficina, que foi realizada em Brasília entre os dias 29 de janeiro e 2 de fevereiro, reuniu um total de 215 participantes. Além de servidores do ICMBio e do Ministério do Meio Ambiente, participaram representantes de universidades, povos e comunidades tradicionais, movimentos sociais, ONGs e secretarias estaduais de meio ambiente.

Para além dos resultados traduzidos em números, a diretora do DIMAN destaca o engajamento e mobilização dos participantes em prol desse esforço coletivo para criação e gestão das áreas propostas ou indicadas. “Nos encaminhamentos, os próprios participantes indicaram, e a gente acolheu com muita felicidade, a proposição de criação de Grupos de Trabalho por biomas, onde esses participantes se reúnam e se mobilizem para complementação de estudos, apoio à realização de consultas públicas, divulgação… Um trabalho fundamental de interlocução com a sociedade e com os agentes políticos para importância da criação dessas áreas”, conta Iara. 

Uma das organizações sociais presentes na oficina, o Conselho Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais destacou o papel do modo de vida dos povos tradicionais na conservação da natureza e no combate à crise climática. Em uma carta aberta ao ICMBio, o conselho pontua o ineditismo de sua participação no processo institucional para criação de UCs, que “historicamente foram feitas de modo unilateral”. 

Além da análise das propostas de UCs, os participantes fizeram uma moção de apoio à atual batalha dos servidores ambientais por melhores condições de carreira. No documento, eles solicitam ao governo que “as necessidades dos Servidores do ICMBio sejam consideradas prioritárias no processo de recuperação da deterioração institucional ocorrida nos últimos anos, especialmente com a urgente reestruturação da carreira, melhoria das condições de trabalho em campo, atualização salarial e aumento de pessoal por meio de concurso público”.

O texto da moção destaca o atual quadro insuficiente de servidores no órgão – que será agravado com a criação de novas UCs – e as precariedades nas condições de trabalho dos servidores, “que são um grave limitante na sua capacidade de atuação”.

Informações: O Eco.

Featured Image

Gigante árabe investirá R$ 12 bilhões em megaplanta para geração de combustível sustentável no Brasil

A nova megaplanta de geração de combustível sustentável era uma refinaria da Petrobras e, agora, foi adquirida pela Acelen 

A Acelen, empresa controlada pelo fundo árabe Mubadala Capital, está pronta para investir pelo menos R$ 12 bilhões em uma iniciativa para transformar uma planta no Brasil em um centro de produção de combustível sustentável. A empresa adquiriu da Petrobras a Refinaria de Mataripe, localizada em Camaçari (BA), e agora tem grandes planos para seus investimentos no país, conforme o site Gizmodo.

Planos ambiciosos de combustível sustentável da Acelen no Brasil

A Acelen planeja usar o fruto da palmeira nativa do Brasil  Macaúba para produzir 1 bilhão de litros de diesel verde e combustível sustentável de aviação por ano. A empresa está finalizando os detalhes sobre o investimento e espera fechar o negócio no primeiro semestre do próximo ano.

A ideia da empresa é construir uma biorrefinaria de combustível sustentável na mesma área onde fica a refinaria de Mataripe no Brasil. Além disso, o plano inclui o plantio da palmeira em 200 mil hectares de áreas degradadas na Bahia e no norte de Minas Gerais.

Potencial da macaúba para produção de combustível sustentável

A macaúba é uma palmeira nativa do Brasil com grande potencial, mas ainda pouco explorada comercialmente. Ela pode ser fundamental para o Brasil aumentar sua produção de biodiesel e combustível sustentável sem a necessidade de abrir novas áreas ou competir com culturas destinadas à alimentação, como a soja.

Com uma produção cinco vezes maior de óleo do que outras culturas, a macaúba tem o potencial de contribuir significativamente para a recuperação de pastagens e áreas degradadas. Além disso, a palmeira pode ser uma alternativa viável para aumentar a rentabilidade em fazendas pecuárias no país.

Redução do uso de energias fósseis

A macaúba também pode ser uma solução importante para reduzir o uso de energias fósseis, como o querosene, no setor de aviação. Com a busca por combustíveis mais limpos, a palmeira pode ser uma excelente opção para gerar energia renovável e combustível para aviões no Brasil.

Além do biodiesel e do bioquerosene, a macaúba pode ser utilizada na produção de tortas e rações de alta qualidade para a alimentação animal, assim como em produtos alimentícios, farmacêuticos e cosméticos diversos. Isso pode ajudar a introduzir a agroindústria em regiões com economias pouco dinâmicas, promovendo a geração de renda e empregos.

Informações: CPG.

Featured Image

Manejo sustentável de florestas pode acrescentar R$ 3,3 bilhões no PIB

Setor madeireiro estima que ampliar área de concessão aumentaria arrecadação de impostos, criaria novos empregos e aumentaria o faturamento bruto de produção

A ampliação das áreas de concessão de florestas para o manejo sustentável, dos atuais 1,4 milhão de hectares para 20 milhões de hectares, poderia incrementar R$ 3,3 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, de acordo com estimativa do Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF).

Com mais de 450 milhões de hectares de florestas nativas no país, a entidade vê espaço para ampliar a atuação de forma controlada e legal. O aumento exponencial das concessões geraria a arrecadação de R$ 250 milhões em impostos, a criação de 170 mil empregos e um faturamento bruto de produção madeireira perto de R$ 6,3 bilhões até o final desta década, segundo estudo do FNBF.

Mas há barreiras a serem superadas para expandir a produção, aponta Frank Rogieri, presidente do FNBF. A entidade ainda articula a criação de linha de crédito específica para a atividade com o governo federal e tenta reverter a imagem distorcida que muitos têm do setor.

“A confusão do desmatamento ilegal com manejo florestal sustentável leva muitos profissionais da área de arquitetura, urbanismo, engenharia a não indicarem o uso da madeira nos projetos para não contribuir com o desmatamento da Floresta Amazônica, e isso não tem nada a ver.”

— Frank Rogieri

Em março, o FNBF e o Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem) vão promover o evento “Madeira Sustentável: O Futuro do Mercado”, no Rio de Janeiro, para fomentar as discussões sobre a atividade. O objetivo também é aproveitar a realização das reuniões do G20 no país para divulgar o setor.

A maior parte da atividade madeireira no país ainda ocorre em áreas privadas, exploradas principalmente em Mato Grosso, com quase 5 milhões de hectares manejados. No país, o total é de 8,5 milhões de hectares, contando também os 1,4 milhão de hectares de áreas públicas de florestas concedidas por Estados ou pela União.

No entanto, a produção em florestas com concessão representa apenas 6% do suprimento industrial de madeira. O restante vem de florestas plantadas.

No Pará, que têm áreas de concessão, o manejo florestal gera 90 mil empregos e produz seis milhões de metros cúbicos de madeira por ano, com faturamento de US$ 200 milhões em exportações para Estados Unidos e Europa.

Informações: Globo Rural.

Featured Image

Imasul repassa equipamentos ao Comitê do Fogo para o combate a incêndios em unidades de conservação em MS

Dois kits de motobomba pick-up de 660 litros foram repassados pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) nesta quarta-feira (21) à Defesa Civil do Estado e ao SOS Pantanal para serem utilizados em ações de combate a incêndios florestais em unidades de conservação sul-mato-grossenses.

As duas instituições são integrantes do Comitê do Fogo de MS (Comitê Interinstitucional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais de Mato Grosso do Sul).

A entrega foi realizada durante o 1º Seminário de Incêndios Florestais 2024 de Mato Grosso do Sul, evento realizado pela Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia) e o Comitê do Fogo de MS, que acontece nos dias 21 e 22 de fevereiro no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo.

De acordo com o gerente de Unidades de Conservação do Imasul, Leonardo Tostes Palma, os equipamentos foram adquiridos e doados ao Imasul, com o compromisso de que eles fossem repassados ao Comitê do Fogo.

“A SOS Pantanal e a Defesa Civil assinaram um termo de Guarda e Fiel depositário dos equipamentos. O objetivo é fazer a proteção de áreas protegidas, por isso eles vão ficar próximos às áreas de Conservação, um deles próximo ao Parque Estadual do Prosa e outra na região do Parque Estadual do Rio Negro”, afirmou.

Sobre o Seminário

O 1º Seminário de Prevenção aos Incêndios Florestais de Mato Grosso do Sul é voltado às entidades e população em geral com interesse pelo tema. Na oportunidade, tamb´m será realizado o encontro de bombeiros militares para realização do balanço operacional das ações relativas à temporada de incêndios florestais de 2023 e formulação de atividades e ações para o ano de 2024.

Os eventos presenciais ocorrem nos auditórios Pedro de Medeiros e Tertuliano Amarilha no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo. No auditório Pedro de Medeiros ocorrerá o 1º Seminário de Incêndios Florestais 2024 de Mato Grosso do Sul aberto às instituições e comunidade em geral.

No auditório Tertuliano Amarilha os bombeiros militares que atuaram ativamente na Temporada de Incêndios Florestais de 2023 em todo o Estado vão avaliar os serviços prestados e proporem oportunidades de melhorias para o ano de 2024.

A ação é uma das diversas ações planejadas para ocorrer ao longo do ano de 2024, com a finalidade de fortalecer o Plano Estadual de Manejo Integrado do Fogo, conforme previsto no decreto estadual n.º 15.654 de 15 de abril de 2021.

Featured Image

Estudo revela viabilidade econômica da restauração florestal em fazendas de café na Mata Atlântica

Resultados indicam que serviços ecossistêmicos impulsionados pelo reflorestamento, entre eles a polinização, proporcionam maior produtividade e compensam os custos associados à restauração

A restauração florestal é reconhecida como uma das medidas mais eficazes para combater as mudanças climáticas e promover a proteção à biodiversidade. No entanto, os custos elevados – associados tanto diretamente ao plantio de árvores quanto à perda de áreas agriculturáveis ou de pastagem – costumam ser uma barreira para a sua implementação em larga escala. Mas uma pesquisa inédita conduzida em áreas de cafeicultura da Mata Atlântica revela que a restauração pode, ao contrário, ser uma abordagem economicamente viável.

Publicado na revista científica norte-americana One Earth, o estudo é assinado por Francisco d’Albertas, doutor em Ecologia pela USP, Gerd Sparovek, coordenador do Geolab (Esalq-USP), Luís Fernando Guedes Pinto, engenheiro agrônomo e diretor-executivo da Fundação SOS Mata Atlântica, Camila Hohlenwerger, doutora em Ecologia pela USP, e Jean-Paul Metzger, professor do departamento de Ecologia da USP.

Os resultados demonstram que o aumento dos serviços ecossistêmicos impulsionados pelo reflorestamento, entre eles a polinização, resulta em um incremento na produção de café, compensando os custos referentes à restauração da floresta. Essa descoberta pode auxiliar os formuladores de políticas públicas a promover a adoção generalizada da restauração em paisagens agrícolas, aliando a mitigação das mudanças climáticas, a conservação da biodiversidade e a produção agrícola. Além disso, no caso do Brasil, em que a legislação ambiental já prevê a restauração/conservação de vegetação nativa em propriedades rurais, o estudo pode servir como um estímulo adicional para o cumprimento da lei.

O levantamento analisa diferentes cenários, estabelecendo um limiar em torno de 25% de cobertura florestal nas fazendas como ponto de equilíbrio para que, ao longo de 20 anos, os custos de restauração possam ser compensados pelos benefícios dos serviços ecossistêmicos no aumento da produção de café. Os resultados apontam ainda que um valor de CO₂ de pelo menos 20 dólares seria o ideal para aumentar a viabilidade financeira da restauração.

“Nossa pesquisa mostra que, ao impulsionar os rendimentos das colheitas e combinando ganhos provenientes do sequestro de carbono, a restauração se torna uma abordagem economicamente eficaz em paisagens agrícolas, indo na contramão do senso comum que considera o agronegócio e a conservação ambiental como atividades incompatíveis”, explica Francisco d’Albertas. “São, entretanto, necessárias medidas adicionais, como a consolidação do mercado de carbono, para tornar a restauração amplamente viável e imediatamente atraente para os agricultores”, completa.

A Organização das Nações Unidas (ONU) designou o período de 2021 a 2030 como a Década da Restauração de Ecossistemas. Na Conferência de Biodiversidade da ONU de 2022, a COP 15, a Mata Atlântica foi reconhecida como um dos dez ecossistemas emblemáticos nessa iniciativa. Além disso, evidências indicam o bioma como uma das áreas prioritárias para a restauração global, dada sua capacidade de combater as mudanças climáticas e preservar a biodiversidade e os recursos hídricos.

Nesse sentido, Luís Fernando Guedes Pinto ressalta a importância das descobertas apresentadas pela pesquisa. “Para atender aos compromissos do Acordo de Paris, o Brasil deve eliminar completamente o desmatamento e restaurar em grande escala. Para a Mata Atlântica, a meta mais ambiciosa são 15 milhões de hectares de florestas naturais até 2030, estabelecida pelo Pacto pela Restauração do Bioma, que só poderá ser atingida com o apoio do agronegócio. E agora está evidente que o reflorestamento é uma abordagem positiva para todas as pessoas e setores econômicos”, afirma.

A pesquisa traz um estudo de caso ilustrativo que, para ampliar o entendimento sobre em que medida e em quais condições os benefícios da restauração compensam os custos, pode ser expandido para outras regiões do Brasil e do mundo. O estudo completo, intitulado Yield increases mediated by pollination and carbon payments can offset restoration costs in coffee landscapes (“Aumentos na produção, mediados pela polinização e pagamentos de carbono, podem compensar os custos de restauração em paisagens de café”, em tradução livre), está disponível, em inglês, no site da OneEarth.

Sobre a Fundação SOS Mata Atlântica 

A Fundação SOS Mata Atlântica é uma organização da sociedade civil brasileira sem fins lucrativos. Fundada em 1986, tem como missão inspirar a sociedade na defesa do bioma mais devastado do país. Atua para promover políticas públicas para conservar e restaurar a Mata Atlântica, trabalhando de maneira integrada as temáticas de água, biodiversidade e clima. Monitora a situação das florestas e ecossistemas associados, além de trabalhar para recuperar áreas já degradadas. Também defende e cria políticas públicas em prol do bioma. Essa causa beneficia diretamente mais de 70% da população brasileira, que vive na Mata Atlântica e depende dela para ter qualidade de vida.

Informações: Revista Cafeicultura.

Featured Image

Eldorado Brasil está com inscrições abertas para o Programa Jovem Aprendiz

Vagas disponíveis são para o município de Três Lagoas (MS)

A fábrica de celulose Eldorado Brasil está com as inscrições abertas no Programa Jovem Aprendiz. Ao todo são disponibilizadas 50 vagas para o município de Três Lagoas.

As inscrições seguem até a próxima sexta-feira (23). Cada aprendiz será direcionado para realizar um curso específico, alinhado com a vaga de trabalho disponível, dentre as três opções: Eletromecânica, Assistente Administrativo e Celulose e Papel.

Sendo que na área de Eletromecânica, são ofertadas 20 vagas, onde será fornecido uma formação técnica especializada em manutenção de equipamentos industriais.

Para Assistentes Administrativos são 15 vagas, proporcionando experiência prática em gestão de documentos e suporte administrativo, habilidades essenciais para o funcionamento da empresa.

E para Celulose e Papel, são 15 vagas, abrangendo todos os aspectos da produção e processamento do setor. Os participantes aprenderão técnicas avançadas de fabricação, controle de qualidade e práticas sustentáveis.

Os candidatos devem ter entre 18 e 22 anos, ensino médio completo e disponibilidade para residir em Três Lagoas ou ser residente na cidade.

Featured Image

Ribas do Rio Pardo (MS) recebe presidente da Suzano e Governador Riedel dia 23 em grande evento

Será assinada a obra do CISS (Centro Integrado SESI SENAI) de Ribas do Rio Pardo e também entrega das obras da Escola JOPA

A cidade de Ribas do Rio Pardo, Mato Grosso do Sul, vai viver um importante momento na próxima sexta-feira, 23 de fevereiro, fruto do grande desenvolvimento econômico que vive desde maio de 2021, quando foi anunciada pela Suzano, a construção do Projeto Cerrado (a nova fábrica de celulose da empresa), considerada a maior do mundo em linha única.

De acordo com o que confirmaram as assessorias ao Jornal Notícias do Cerrado, estarão em Ribas do Rio Pardo para lançamento das obras do Centro Integrado Sesi Senai (CISS), o presidente da Suzano, Walter Schalka, o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB) e comitiva, e o presidente da Fiems Sérgio Longen.

Participa do evento também, o prefeito de Ribas do Rio Pardo, João Alfredo Danieze (PT), entre outras autoridades municipais e estaduais. O evento começa às 8h e será realizado na Rua Joaquim Gonçalves Pontes, 1352, Parque Estoril 1.

Projeto do Centro Integrado Sesi Senai (CISS) (Castro Arquitetos)

CISS (CENTRO INTEGRADO SESI SENAI)

A obra do CISS (Centro Integrado SESI SENAI) de Ribas do Rio Pardo, representa um investimento por parte do Sistema Fiems de mais de R$ 40 milhões, mais cerca de R$ 15 milhões em equipamentos. A área em quer será construído foi doada pela Prefeitura Municipal.

A nova unidade do CISS, em Ribas do Rio Pardo, terá capacidade de suprir as demandas relacionadas à capacitação de mão de obra para o município, a Suzano e as demais empresas locais. Além disso, trará uma proposta pedagógica inovadora em que o aluno é protagonista em sua formação intelectual.

ESCOLA JOPA

Em seguida, às 9h30, o Governador Eduardo Riedel (PSDB), entrega a reforma e ampliação da Escola Estadual Dr. João Ponce de Arruda.

Informações: Notícias do Cerrado.

Featured Image

Revitalização de pastagens degradadas e áreas sustentáveis

Um passo importante foi dado para a regulamentação do Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD) com a primeira reunião, em 25 de janeiro, do Comitê Gestor Interministerial que vai gerir o programa.

De acordo com o artigo 12 do Decreto Federal 11.815/23, que criou o PNCPD, o comitê tem 90 dias, a partir da sua primeira reunião, para publicar resolução que defina eixos, diretrizes, metas e ações do PNCPD, cujo objetivo é promover e coordenar políticas públicas destinadas à conversão de pastagens degradadas em sistemas de produção agropecuários e florestais sustentáveis.

Com a iniciativa, espera-se estimular o uso de boas práticas de manejo que promovam a captura de carbono em locais antes ocupados por pastagem degradada.

Além disso, o PNCPD tem a finalidade de:

  • Contribuir para o cumprimento das metas de recuperação de pastagens degradadas, redução do desmatamento e recuperação da vegetação nativa previstas nos compromissos internacionais assumidos pelo Brasil e previstos em planos e políticas nacionais de preservação; e
  • Incentivar as instituições financeiras e o mercado de capitais a viabilizar soluções para a implementação e a sustentabilidade do PNCPD, a descarbonização e o aumento da sustentabilidade social e ambiental da atividade agropecuária dos produtores rurais. Isso deverá ser feito com a priorização de empreendimentos do agronegócio que invistam em tecnologia, utilizem práticas agropecuárias sustentáveis, implementem a recuperação ambiental e contribuam para a segurança alimentar e o aumento da resiliência climática.

Conceitos estabelecidos no PNCPD

De acordo com o Decreto Federal 11.815/23, consideram-se pastagens degradadas aquelas resultantes do processo evolutivo da perda de vigor, produtividade e capacidade de recuperação natural que:

  • Gera sua incapacidade para sustentar os níveis de produção e a qualidade exigida pelos animais; e
  • Culmina em degradação avançada dos recursos naturais, devido a manejos inadequados, não se enquadrando no conceito de vegetação secundária definido pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

O conceito de vegetação secundária — a vegetação resultante dos processos naturais de sucessão, após supressão total ou parcial da vegetação primária por ações antrópicas ou causas naturais — foi definido pelo Conama em diversas resoluções. Entre elas:

Resolução Conama 417/09, que dispõe sobre parâmetros básicos para definição de vegetação primária e dos estágios sucessionais secundários da vegetação de restinga na Mata Atlântica; e

Resolução Conama 423/10, que dispõe sobre parâmetros básicos para identificação e análise da vegetação primária e dos estágios sucessionais da vegetação secundária nos campos de altitude associados ou abrangidos pela Mata Atlântica.

Já os chamados sistemas de produção agropecuários e florestais sustentáveis são definidos como aqueles que, respeitadas as normas de uso da terra de cada território, podem incluir modelos produtivos que convertam pastagens degradadas em:

  • Lavoura, unicamente com culturas temporárias ou em sistema integrado, como a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), a integração lavoura-pecuária (ILP) ou a integração lavoura-floresta (ILF), conforme as condições de solo e clima. Isso pode ser feito em cultivo consorciado, em sucessão ou em rotação, desde que haja benefícios mútuos para todas as atividades e se tenha como meta otimizar o uso de recursos naturais, principalmente a terra, para elevar os patamares de produtividade, diversificar a produção e gerar produtos de qualidade;
  • Pastagem melhorada, entendida como uma estratégia destinada à intensificação dos sistemas pecuários, com o objetivo principal de recuperação do vigor, da produtividade e da capacidade de regeneração natural da forrageira, para sustentar os níveis de produção e qualidade exigidos pelos animais;
  • Floresta plantada, entendida como uma estratégia viável para a recuperação de pastagens com média-alta degradação e com alta produção de biomassa e captura de carbono, na qual podem ser utilizadas espécies florestais para diversos fins madeireiros e não madeireiros; ou
  • Agrofloresta, entendida como uma forma de uso e ocupação do solo em que espécies arbustivas e ou arbóreas são plantadas ou manejadas em associação com culturas agrícolas ou forrageiras para compor sistemas produtivos mais próximos da natureza. O objetivo, nesse caso, é fornecer alimentos, especiarias, plantas medicinais, produtos madeireiros e não madeireiros, bioativos, produtos para alimentação animal, matéria-prima para construção civil — como palha e bambu — e para artesanato — como sementes e fibras.

Ainda de acordo com o Decreto Federal 11.815/23, as boas práticas agropecuárias sustentáveis são compreendidas como aquelas que envolvem o uso de bioinsumos, plantio direto, sistema sempre verde, rastreabilidade agropecuária, certificações trabalhistas no campo, certificações produtivas, agricultura digital e avaliação da descarbonização.

Captação de recursos

O PNCPD buscará viabilizar o acesso a financiamentos com recursos externos sem subvenção ou com recursos de programas existentes, que deverão estar vinculados à obrigação de investimento na conversão de pastagens degradadas em sistemas de produção agropecuários e florestais sustentáveis (artigo 3º).

Para isso, caberá ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), com o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), auxiliar na captação de recursos externos, sem a necessidade de subvenção do governo federal, para financiar as atividades desenvolvidas no âmbito do PNCPD.

Empreendimentos com excedente de reserva legal que preencham os requisitos para a obtenção da cota de reserva ambiental prevista no Código Florestal terão preferência. O apoio do PNCPD se dará exclusivamente àqueles que:

  • Estejam inscritos no Cadastro Ambiental Rural (CAR) e em conformidade com o disposto no Código Florestal ou cumpram o Programa de Regularização Ambiental (PRA), previsto no Decreto 7.830/12;
  • No prazo de dez anos, contado da data de ingresso no PNCPD, reduzam as suas emissões ou aumentem a absorção de gases de efeito estufa, por meio do uso de práticas sustentáveis do ponto de vista ambiental, social e de governança, e não apresentem aumento das emissões de gases de efeito estufa advindas da mudança no uso da terra; e
  • Observem, no caso de financiamento, as condições previstas em normas relativas a crédito rural, aprovadas pelo Conselho Monetário Nacional.

Informações: Conjur.

Anúncios aleatórios

+55 67 99227-8719
contato@maisfloresta.com.br

Copyright 2023 - Mais Floresta © Todos os direitos Reservados
Desenvolvimento: Agência W3S