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STF marca conciliação em disputa sobre controle da Eldorado Brasil Celulose

O ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal, marcou para o dia 18 de novembro, às 17h, uma audiência de conciliação sobre o controle acionário da Eldorado Brasil Celulose. A disputa corporativa envolve a venda de ações da empresa, integrante da J&F Investimentos, para a CA Investment, controlada pela Paper Excellence, da Indonésia. Na mesma decisão, o relator negou liminar e manteve a suspensão da transferência das ações.

Nas Reclamações 68.986 e 68.988, a Paper Excellence contestou a decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região que manteve suspensa a transferência das ações da J&F para a CA Investment pela venda da Eldorado. A corte entendeu que a aquisição de áreas rurais por pessoa jurídica estrangeira ou brasileira constituída de capital estrangeiro deve ser previamente submetida à apreciação do Incra e/ou do Congresso Nacional, nos termos da Lei 5.709/71.

Nas duas reclamações, a CA Investment sustenta que a decisão do TRF-4 violou a decisão do STF na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 342 e na Ação Cível Originária (ACO) 2.463.

Ao indeferir o pedido de liminar, Nunes Marques explicou que o Plenário do Supremo, em análise preliminar da ADPF 342, negou a suspensão de todas as ações judiciais sobre a validade do dispositivo da Lei 5.709/1971, mas não retirou dos juízes e dos tribunais o poder de fazê-lo, com base em elementos concretos.

O ministro lembrou ainda que a questão constitucional está pendente de solução pelo STF. Segundo ele, circunstâncias particulares podem justificar a suspensão de atos negociais, sem que isso viole a decisão do Supremo.

Disputa bilionária

A disputa entre a J&F e a Paper Excellence é uma das maiores do país e se arrasta desde 2017. A empresa brasileira vendeu 49,41% da Eldorado para a Paper Excellence em 2017, por R$ 3,8 bilhões. O contrato incluía a opção de compra da empresa toda, por R$ 15 bilhões, válida por um ano. E a multinacional só poderia adquirir o restante das ações, 50,59%, depois de assumir as dívidas da empresa.

Esgotado o prazo, a Paper não havia liberado as garantias (ativos da J&F que lastreavam os empréstimos feitos para a estruturação da Eldorado).

Pouco antes, sem perspectiva de conseguir o dinheiro para a operação, a Paper entrou na Justiça para pedir o controle imediato da Eldorado e prazo indeterminado para quitar a compra. O juiz do caso, então, percebendo a artimanha nada ortodoxa, negou os pedidos da Paper. Com informações da assessoria de imprensa do STF.

Clique aqui para ler a decisão
RCJ 68.986

Informações: Conjur.

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Exclusivo – Fotografia da produção industrial no Brasil: fabricação de móveis

*Artigo de Marcio Funchal

Com a aproximação do final do ano, as indústrias correm para atualizar o Planejamento Estratégico e consolidar o Plano Operacional para 2025. Em razão disso, compreender o cenário atual de negócios se torna imprescindível.

Para apoiar as empresas fabricantes e toda a cadeia produtiva de suporte (indústria, comércio e serviços), elaborei um conjunto de três artigos exclusivos para o Portal Mais Floresta, compreendendo as seguintes indústrias: (1) Fabricação de Móveis, (2) Desdobro de Madeira (madeira serrada, chapas de madeira, esquadrias, pisos e etc.) e (3) Indústria de Celulose, Papel, Papelão e produtos de Papel e Papelão (incluindo embalagens).

Neste PRIMEIRO ARTIGO, vou abordar a Indústria de Móveis. Aqui você verá uma análise do comportamento da produção industrial brasileira nos anos recentes. Para cada cadeia produtiva escolhida, eu apresento duas situações:

  • Primeiro um recorte temporal da evolução recente da produção industrial, considerando a produção do ano de 2019 como referência (último período antes da crise sanitária mundial, que mudou o comportamento do consumidor em diversas cadeias produtivas globais).
  • Em seguida, eu mostro o comportamento padrão para essa mesma indústria, levando em conta a distribuição da produção, mês a mês, ao longo do ano. Para avaliar o comportamento padrão, considerei os dados de 2023 e 2024 (até o mês mais atual disponível), comparando com o comportamento médio dos anos 2021 e 2022. O ano de 2020 foi excluído da análise histórica em razão da obrigatoriedade de paralização da produção no Brasil e no exterior, por vários meses e em diferentes intensidades.

Todos os dados foram organizados e padronizados em gráficos com a mesma escala e amplitude. Isso facilita a comparação da volatilidade da produção industrial entre as cadeias produtivas selecionadas.

A Figura a seguir mostra o comportamento recente da produção da Indústria de Móveis. Para fins de comparação, trago também o comportamento da produção da Indústria da Transformação no Brasil.

Olhando para a Indústria da Transformação, é fácil ver que há uma estagnação dos níveis de produção, no horizonte considerado, assim como uma clara sazonalidade da produção industrial, onde o pico se dá anualmente entre Maio e Outubro. Ainda considerando o período de análise, os menores volumes de produção da Indústria da Transformação no Brasil ocorrem entre Dezembro e Abril. Olhando para 2024, os dados mostram que a produção vem “acompanhando” o perfil da produção histórica setorial, sem as oscilações vistas nos anos anteriores. 

Levando em conta agora os números da Indústria de Móveis, temos um cenário bastante desafiador. Os níveis de produção vêm caindo, e não se vê, claramente, uma constância da distribuição da produção mês a mês. Em geral, o 2º semestre dessa indústria tende a ser mais ativo do que o 1º semestre, embora Dezembro seja um mês com muita ociosidade. Em 2024, a Indústria de Móveis começou o ano em ritmo mais lento do que o usual, mas retomou a “energia” nos meses mais recentes.


*Marcio Funchal é administrador de empresas, Mestre em administração estratégica e Especialista em Planejamento e Gerenciamento Estratégico. Coordena equipes multidisciplinares há mais de 27 anos nos mais diversos negócios. Nos últimos 21 anos tem se concentrado à atividade agroflorestal, industrial e de gestão de negócios. Possui grande vivência em praticamente todas as regiões do país, atuando como consultor de estratégia, gestão e mercado. Implementou e auditou as operações de silvicultura e colheita de 3 das maiores TIMOs em operação no Brasil. Participou de diversos projetos empresariais para apoio de tomada de decisões e investimentos em negócios no Brasil e alguns países da América Latina, América Central e África. Já atuou como Consultor do BID, IFC e do Banco Mundial.

Contato: marcio@marciofunchal.com.br

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Bracell recebe selo Ouro do Programa Brasileiro GHG Protocol pela segunda vez consecutiva

Desenvolvido pelo FGVces e WRI, o selo é referência na gestão de emissões de Gases de Efeito Estufa no Brasil

A Bracell, produtora global de celulose solúvel, conquistou pelo segundo ano consecutivo o selo Ouro do Programa Brasileiro GHG Protocol, um reconhecimento que certifica empresas pela excelência na mensuração e gerenciamento de suas emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE). Essa certificação, concedida pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), destaca o compromisso da empresa com a sustentabilidade e a transparência no monitoramento de suas emissões de carbono.

Imagem: Divulgação

Segundo Amanda Lemos, especialista de Sustentabilidade da Bracell em SP, a obtenção desse selo foi possível graças à colaboração de diversas áreas da empresa, incluindo as operações de São Paulo, Bahia e Mato Grosso do Sul. “A integração entre as equipes foi essencial para garantir a qualidade das informações reportadas. Ser reconhecidos pela segunda vez consecutiva com o Selo Ouro comprova nosso compromisso com a transparência nos reportes de sustentabilidade”, ressalta.

O Programa Brasileiro GHG Protocol, desenvolvido pelo FGVces e pelo World Resources Institute (WRI), em parceria com entidades como o Ministério do Meio Ambiente e o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), é considerado o principal referencial no Brasil para o cálculo de emissões de gases de efeito estufa, utilizando metodologias reconhecidas globalmente. Esse programa estabelece padrões rigorosos que as empresas devem seguir para garantir a precisão e a transparência na sua contabilização de emissões.

De acordo com João Augusti, gerente de Sustentabilidade da Bracell em SP, a empresa se mantém firme em seu compromisso com a transparência na divulgação de seus indicadores ambientais e na melhoria contínua de suas práticas operacionais. “A verificação dos dados de emissões por uma entidade independente e posterior submissão na plataforma da FGV reforça a importância de um gerenciamento robusto e confiável das emissões”, complementa.

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Warner Bros. Discovery anuncia desenvolvimento de documentário sobre manejo florestal sustentável

Produção é resultado da parceria com a Indústria Brasileira de Árvores e mais 15 marcas do setor e irá abordar práticas inovadoras de sustentabilidade fundamentais para o combate à crise climática

São Paulo, 14 de outubro de 2024 – Warner Bros. Discovery anunciou hoje a produção de um novo documentário que vai abordar o manejo florestal sustentável no Brasil, destacando práticas inovadoras e o impacto direto no meio ambiente e na vida das pessoas. O documentário, fruto de parceria entre a WBD, a produtora Casa Redonda e a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), busca aprofundar as discussões em torno das mudanças climáticas, tema cada vez mais urgente e relevante no cenário global.

A WBD será responsável pela distribuição, utilizando de toda a robustez do seu ecossistema de mídia e entretenimento, abrangendo desde canais lineares até o digital. O documentário, que ainda não tem título, será exibido na Max, plataforma de streaming do grupo, e no canal Discovery, sem previsão de data de estreia.

Além da Ibá, outras 15 marcas da indústria de base florestal, sendo BO Paper, Bracell, CMPC, Eldorado, Ibema, Irani, Klabin, Norflor, Papirus, RMS, Suzano, TTG, Unilin, Veracel e Smurfit Westrock, também apoiam o projeto. Com o aumento do debate mundial sobre a crise climática, o documentário oferecerá uma nova e instigante perspectiva, abordando o tema em antecipação à COP30, que ocorrerá no país, em Belém (PA), em 2025.

O documentário é uma coprodução com a Casa Redonda, direção de Eduardo Rajabally; pesquisa e roteiro de Kenya Zanatta.

SOBRE A WARNER BROS. DISCOVERY   

A Warner Bros. Discovery (NASDAQ: WBD) é uma empresa líder global de mídia e entretenimento que cria e distribui o portfólio de conteúdo e marcas mais diferenciado e completo do mundo em televisão, filmes e streaming. Disponível em mais de 220 países e territórios e em 50 idiomas, a Warner Bros. Discovery inspira, informa e entretém o público em todo o mundo por meio de suas marcas e produtos icônicos, incluindo: Discovery Channel, Max, discovery+, CNN, DC, Eurosport, HBO, HBO Max, HGTV, Food Network, OWN, Investigação Discovery, TLC, Magnolia Network, TNT, truTV, Travel Channel, MotorTrend, Animal Planet, Science Channel, Warner Bros. Film Group, Warner Bros. Television Group, Warner Bros. Games, New Line Cinema, Cartoon Network, Adult Swim, Turner Classic Movies, Discovery en Español, Hogar de HGTV e outros. Para obter mais informações, acesse aqui.  

SOBRE A IBÁ

A Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) é a associação responsável pela representação institucional do setor que planta árvores no Brasil para fins industriais e para restauração. A entidade representa empresas e entidades estaduais florestais. É um setor protagonista mundial da bioeconomia de larga escala, oferecendo soluções para um mundo que precisa descarbonizar com serviços ecossistêmicos e produtos de fonte renovável, recicláveis, com pós-uso e biodegradável, removendo carbono.

Com inovação e olhar para o futuro, é fornecedor global de bioprodutos, alimentos e energia renovável. As árvores cultivadas colocam o Brasil como referência mundial na produção de celulose e papel, de matéria-prima para laminados e carvão vegetal, utilizado na indústria do aço. Das árvores cultivadas também saem produtos não madeireiros como viscose para a indústria têxtil, mel, desinfetantes, aromatizantes, espessantes, solventes, vernizes, colas, borracha sintética, tintas para impressão, tecidos, ceras e graxas, papéis para impressão, papéis para fins sanitários, fraldas, embalagens, móveis, pellets, caixotarias, entre outros.

SOBRE A CASA REDONDA

A Casa Redonda é uma produtora cultural brasileira com atuação internacional nas áreas de cinema e TV, artes visuais, consultoria cultural e plataformas criativas. A empresa fundada em 2004, cria, planeja e produz conteúdos audiovisuais e expositivos e empreende plataformas de desenvolvimento do setor cultural brasileiro por meio de concursos, editais, fundos de investimento, seminários, laboratórios e residências revelando novos talentos e fomentando novos conhecimentos, negócios e intercâmbios. É responsável pela produção dos documentários Espaço Além – Marina Abramovic e o Brasil, CRAVOS, Pessoas – Contar para Viver, Moto Contínuo e Meu Querido Supermercado. Para mais informações, acesse www.casaredonda.com.br.

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Cultivo de eucalipto na Bahia impulsiona combate às mudanças de clima

Investimento em cultivo equilibrado de eucalipto promove captura de carbono, que contrbui para o equilíbrio ambiental

Em Eunápolis, no extremo Sul da Bahia, é perceptível o vasto cultivo de eucalipto em diversos hectares. Entre os cultivadores, está o engenheiro florestal Danilo Sette, de 64 anos, que é dono de uma área de 350 hectares, onde estão árvores que exibem suas folhas ovaladas, de verde intenso e brilhante, que contrasta com o sol que paira no local.

Além da produção de celulose, que gera mão de obra e emprego, fazendo girar a roda do agronegócio, o eucalipto combate as mudanças climáticas, porque sequestra carbono na atmosfera, sendo que o carbono é um dos gases que mais causam o efeito estufa.

Esse foi um fator decisivo para que o produtor de eucalipto Danilo escolhesse a Veracel Celulose, localizada no extremo Sul da Bahia e responsável pela maior reserva privada do Nordeste, para parceria, desde 2007. “A empresa tem um projeto, em que produtores parceiros recebem suporte para produção de eucalipto, e depois do ciclo de sete anos, quando a madeira é retirada, os produtores a vendem para a Veracel, para produção de celulose”. A celulose é a matéria-prima para a produção de indústrias de papel, fralda, papel higiênico, entre outros itens básicos.

Produtor Danilo Sette, com o neto e as filhas

Produtor Danilo Sette, com o neto e as filhas

O Brasil é líder mundial na produção de eucalipto. Minas Gerais, São Paulo e Mato Grosso do Sul são as regiões que mais cultivam a árvore no país. No entanto, esse número tem aumentado também na Bahia. De acordo com a Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (Abaf), a Bahia tem 618 mil hectares de florestas plantadas, sendo 95% (585,6 mil ha) relativos a áreas com eucalipto.

Essa crescente no cultivo da árvore, vinculada ao mercado de celulose, pode também corroborar para a mitigação de problemas relacionados às mudanças bruscas de clima, causada pelas emissões de gases de efeito estufa, levando ao aquecimento global.

São muitas as causas que levam ao aquecimento global como a queima de combustíveis fósseis, como carvão, petróleo e gás, consumo exacerbado e produção em larga escala, exploração dos recursos naturais, além do desmatamento.

Captura de carbono (CO2)

No entanto, quando se alia o cultivo de eucalipto ao combate às mudanças climáticas, não é apenas isso que pode mitigar os impactos do aquecimento global, mas uma das soluções que ajudam nesse sentido, pois as ações humanas também são um dos principais fatores que levam ao desequilíbrio ambiental.

Virgina Londe, bióloga e doutora em botânica

Virgina Londe, bióloga e doutora em botânica | Foto: Divulgação | Veracel

O momento em que as árvores mais sequestram CO2, é durante o seu crescimento, nos ciclos. Então esse ciclo constante de plantio e corte, é comprovado cientificamente que contribui muito para a minimização das mudanças climáticasVirginia Londe, bióloga e doutora em botânica

É o que destaca a bióloga, doutora em botânica e gerente de Meio Ambiente da Veracel, Virginia Londe. De acordo com a pesquisadora, o eucalipto é um aliado no sequestro de CO2 [carbono] e na minimização dos efeitos das mudanças climáticas. “Ele [CO2] fica nas raízes, nas microbianas do solo. O momento em que as árvores mais sequestram CO2, é durante o seu crescimento, nos ciclos. Então esse ciclo constante de plantio e corte, é comprovado cientificamente que contribui muito para a minimização das mudanças climáticas”, explica.

Segundo explica Londe, todas as árvores sequestram carbono, mas o eucalipto é uma espécie que traz vantagens por causa do seu crescimento rápido, o que faz com que sua retirada de CO2 seja mais rápida, além de ser uma árvore que se adapta ao clima tropical, como o da Bahia.

A bióloga explica que o sequestro de carbono acontece através da fotossíntese, porque nesse processo a árvore capta energia, que é a luz solar. “Isso é assimilado na planta, porque dentro dela tem um aparelho biológico, que faz com que ela cresça. O tronco da planta é 50% carbono e 50% biomassa”, ressalta.

A Veracel, parceria do produtor Danilo Sette, tem um projeto amplo de manejo florestal consciente para aliar a geração de mão de obra através da celulose ao passo que não desmata o meio ambiente. Inclusive, a empresa preserva áreas de Mata Atlântica, sem desmatar, para realizar o plantio de eucalipto. Hoje, a Veracel atua em Eunápolis, Canavieiras, Belmonte, Guaratinga, Itabela, Itagimirim, Itapebi, Mascote, Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália.

Joedoson Silva, coordenador de Meio Ambiente e Certificações da Bracell Bahia

Joedoson Silva, coordenador de Meio Ambiente e Certificações da Bracell Bahia | Foto: Divulgação | Bracell

Estudos mostram que um hectare plantado com eucalipto capta até 200 toneladas de CO2. Uma única árvore absorve até 180 kg de CO2Joedson Silva, coordenador de Meio Ambiente e Certificações da Bracell Bahia

O mesmo ocorre com a Bracell Bahia, empresa de produção de celulose solúvel, localizada em Camaçari, na Região Metropolitana da Bahia. De acordo com Joedson Silva, coordenador de Meio Ambiente e Certificações da Bracell Bahia, além de reduzir a emissão de gases de efeito estufa, os produtos produzidos a partir do eucalipto contribuem para redução da utilização de energia de produtos de fontes não renováveis. “Estudos mostram que um hectare plantado com eucalipto capta até 200 toneladas de CO2. Uma única árvore absorve até 180 kg de CO2”.

Gleyson Araújo seguiu os passos do pai, Gilberto Lopes, na sivicultura

Gleyson Araújo seguiu os passos do pai, Gilberto Lopes, na sivicultura

Gleyson Araújo, de 46 anos, também é parceiro da Veracel, desde 2003, na cidade de Santa Cruz Cabrália, quando seu pai, Gilberto Lopes, decidiu deixar o manejo pecuarista para ser um silvicultor. Assim pai e filho trabalham juntos nas fazendas Boa Sorte e São Francisco.

Para o produtor, a Veracel é “focada em preservação ambiental, redução de custos, eficiência nas atividades de silvicultura, melhorias nos insumos e produtos, geração de produtos reutilizados nas plantações após parte do processo fabril, além do produtor se tornar cada vez mais conhecedor do manejo florestal, o que um dia foi desconhecido”.

Wilson Andrade, presidente da Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (Abaf)

Wilson Andrade, presidente da Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (Abaf) | Foto: Arquivo Pessoal

Segundo Wilson Andrade, presidente da Abaf, hoje o órgão também tem um programa de política para preservação da mata nativa, o que colabora para a promoção de ar mais limpo, cultivo e lucro equilibrado, através do eucalipto. “No futuro, queremos ter um hectare de mata preservada nas fazendas que produzem o eucalipto e para cada hectare de produção que cada um tenha. Isso significa outro benefício ambiental superior, duas vezes ao que exige o Código Ambiental Florestal Brasileiro, que 20% de cada propriedade seja de reserva legal”, explica.

Cultivar para preservar

Tanto a Veracel, quanto a Bracell, tem um programa específico para a manutenção de mosaicos florestais, o que ajuda a manter um ar mais limpo e combate às mudanças climáticas, causadas pelo efeito estufa. Os mosaicos florestais são áreas de mata preservadas, mas em seu torno, existe o cultivo de eucalipto, fazendo girar a roda do agronegócio, através da geração de mão de obra, ao passo que também preserva áreas de mata, importantes para a vida da fauna.

“Na Costa do Descobrimento, a Veracel tem um relevo de tamboreiros, ou seja, o eucalipto é plantado, e tem várias áreas onde a empresa deixa a vegetação nativa. Além do sequestro de CO2, tem várias outras questões que beneficiam o combate às mudanças climáticas, como a biodiversidade. Isso ajuda na cobertura vegetal necessária para que a fauna circule, promovendo a conservação da biodiversidade”, diz a bióloga.

Com a preservação da mata nativa, é possível permitir a vida da fauna local

Com a preservação da mata nativa, é possível permitir a vida da fauna local | Foto: Divulgção | Veracel

A fauna muitas vezes também ajuda no cultivo da mata nativa, como é o caso das cotias e antas, que são jardineiras, comem o fruto e os defecam em outro lugar, fazendo o plantio de árvores.

Fauna local é mantida com preservação de áreas de mata nativa

Fauna local é mantida com preservação de áreas de mata nativa | Foto: Divulgção | Veracel

De acordo com Joedson dos Santos, da Bracell, no mosaico florestal, as áreas de plantio contíguas às de vegetação nativa estão separadas umas das outras por aceiros, que são espécies de estradas que facilitam o deslocamento em casos de incêndio e o acesso tanto às áreas de plantio de eucalipto quanto às preservadas.

“Para garantir a qualidade da biodiversidade são realizados monitoramentos periódicos da fauna e flora dentro das áreas da empresa. Hoje, já foram identificadas 647 espécies de flora e 522 espécies de fauna, dentre elas, 52 estão na lista de espécies ameaçadas de extinção”, explica o coordenador.

De acordo com Patricia Machado, gerente de Políticas Florestais da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), a indústria de eucalipto preserva no Brasil 6,9 milhões de hectares de mata nativa, uma extensão maior que o estado do Rio de Janeiro.

Recuperação de áreas degradadas

Além disso, segundo Joedson, os mosaicos nas áreas atuantes da Bracell, se formam a partir da manutenção de remanescentes de mata nativa já existentes e a partir da destinação de áreas degradadas essenciais à recuperação ambiental.

De acordo com a bióloga Virginia Londe, assim como a Bracell, a Veracel realiza a recuperação de áreas degradadas através do uso de áreas que eram de pastagem para plantio do eucalipto, que podem ser Áreas de Preservação Permanente (APPs) e Reservas Legais (RLs), que ainda não tenham cobertura legal nativa.

“As pesquisas científicas e várias instituições que promovem restauração orientam, inclusive, o pacto de restauração da Mata Atlântica, é colocar as espécies para fazer o preenchimento da vegetação, a tornando uma floresta. Quanto tiver a recomposição do equilíbrio ecológico, fazemos a restauração de áreas degradadas que podem propiciar também a formação de corredores ecológicos, que restauramos para que haja a circulação da fauna”.

Áreas de preservação

Com uma meta de manter 400 hectares de mata nativa, a Veracel tem cerca de 200 mil hectares de áreas de mata nativa. Neste, 100 mil são plantios de eucalipto e 100 mil destinados à preservação, desde áreas de florestas já estabelecidas, como as primárias, que nunca foram mexidas, e outras áreas com métodos tecnológicos avançados. Nesta, existem as APPs.

Por exemplo, é permitido o plantio de 50% a 70% de eucalipto e 10% fica para a malha hídrica. Assim, o eucalipto é plantado em áreas determinadas e o resto é preservado.

Água limpa dos mananciais

Com a manutenção do mosaico florestal, a Bracell também realiza a consequente preservação dos mananciais, que de acordo com Joedson, depende do manejo adequado do solo. “As técnicas de ocupação do solo adotadas pela empresa contribuem para a qualidade ambiental, o que resulta diretamente na manutenção dos recursos hídricos. Isso, especialmente, por conta de uma técnica chamada de cultivo mínimo, que não adota queimadas para limpeza do terreno e que permite manter os restos florestais no campo após a colheita. Essas iniciativas contribuem para reter a água da chuva que vai abastecer o lençol freático”, explica.

Nos mosacios florestais, também são mantidos os mananciais

Nos mosacios florestais, também são mantidos os mananciais | Foto: Divulgção | Veracel

Por meio da manutenção desse mananciais, a população da região consegue ser abastecida através de diversos rios, que tem parte de suas águas captada para uso doméstico e também para a irrigação agrícola e pesca, com melhores níveis de qualidade, resultando em menores custos de tratamento antes do uso.

Geração de mão de obra na silvicultura e crédito de carbono

Da Região Metropolitana ao Sul da Bahia, a silvicultura é pulsante e forma de sobrevivência para comunidades locais das regiões. A Veracel tem o programa Aliança, no qual parceiros e outras pessoas que trabalham na empresa podem gerar renda através do eucalipto de diversos modelos.

José Henrique do Nascimento, Gerente de Negócios e Administração de Terras da Veracel

José Henrique do Nascimento, Gerente de Negócios e Administração de Terras da Veracel | Foto: Divulgação | Veracel

“Entre eles, está o de arrendamento da terra, em que a empresa se responsabiliza por toda a operação de plantio e manutenção da floresta, o de fomento, em que fornecem as mudas e o adiamento financeiro para operações de silvicultura, com a venda futura de madeira”, explica o Gerente de Negócios e Administração de Terras da Veracel, José Henrique do Nascimento. Ainda existe a modalidade Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), que permite a produção de eucalipto em sinergia com outras culturas.

O sivicultor, em Eunápolis, Danilo Sette, tem 350 hectares de cultivo de eucalipto

O sivicultor, em Eunápolis, Danilo Sette, tem 350 hectares de cultivo de eucalipto

“Todo o manejo do eucalipto no ciclo de sete anos, é descontado no final do processo, e isso é interessante para o produtor porque a gente tem a responsabilidade de acompanhar o plantio durante todos esses anos”, ressalta o produtor Danilo Sette.

“A Veracel dá suporte tecnológico, tem a equipe técnica. Além de oferecer os clones, já testados na região. Isso é fundamental para o projeto alavancar, funcionar, além das práticas silviculturais de plantio”, complementa.

A produção de eucalipto em clones é um processo que permite selecionar plantas com características desejadas para diferentes fins, como a produção de celulose, energia, postes e serraria.

Danilo Sette tem parceria com a Veracel desde 2007

Danilo Sette tem parceria com a Veracel desde 2007

Danilo, assim como outros produtores fazem parte da Associação dos Produtores de Eucalipto do Extremo Sul da Bahia (Aspex) e dentro do órgão, existe um projeto de conservação da Mata Atlântica. No caso de Danilo, 300 hectares de sua área são de Mata Atlântica, o que equivale a 35%.

Francisco Tercílio, presidente da Aspex

Francisco Tercílio, presidente da Aspex | Foto: Arquivo Pessoal

Hoje, a Aspex também tem um projeto para geração de carbono. “Temos uma parceria com a empresa Biomas para negociação de crédito de carbono para áreas de reflorestamento nativo, como APPs e RLs ou outras áreas que o produtor sozinho ou em parceria com a empresa recuperar áreas nativas”, explica Francisco Tercílio, presidente da Aspex.

Guilherme Araújo, diretor-geral da Bracell Bahia

Guilherme Araújo, diretor-geral da Bracell Bahia | Foto: Divulgação | Bracell

Para dar seguimento a geração de mão de obra na silvicultura, a Bracell tem projetos para jovens, em conjunto com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). “Dentro da comunidade, investimos na formação, inclusive da mão de obra dos moradores. A empresa realiza cursos de capacitação gratuita para formação de mão de obra local para operadores de máquinas florestais”, diz Guilherme Araújo, diretor-geral da Bracell Bahia. Ainda neste ano, terá uma nova turma de capacitação com 12 vagas voltadas para os moradores da região de Alagoinhas e Aramari.

Rota da celulose

Na Veracel, para os produtores que escolhem vender a madeira após o ciclo de sete anos, serve para produção de diversos materiais para o mercado. “Pode ser utilizada como eucalipto tratado para estacas, mourões para cercas em fazendas, secagem de grãos, carvão vegetal. Também na construção civil, como escoras, decks para piscinas e pergolado”, ressalta o sivicultor Gleyson, de Eunapólis.

Pode ser utilizada como eucalipto tratado para estacas, mourões para cercas em fazendas, secagem de grãos, carvão vegetal. Também na construção civil, como escoras, decks para piscinas e pergoladoGleyson Araújo, sivicultor

De acordo com o presidente da Abaf, o eucalipto possibilita a produção de produtos fósseis, por isso, foi muito usado na pandemia. “No período, houve uma demanda extra no hospital por materiais, além de fralda, manta, máscaras, embalagens de alimento de delivery, o que fez crescer a demanda pela madeira e esses materiais substituem os sacos plásticos e produtos fósseis, que não são favoráveis para o planeta”.

A Bracell se destaca pela produção de eucalipto solúvel, proveniente de madeira com altas taxas alfa e grau de pureza superior a 98,5%. A empresa oferece dois tipos básicos, a celulose rayon-grade, usada por exemplo para a produção da viscose. Além da celulose solúvel especial, usada por exemplo, para a produção de flocos de acetato de celulose.

Rumo ao crescimento econômico

De acordo com dados da Abaf, hoje a sivicultura gera renda para 230 mil pessoas, seja direta ou indiretamente ou de efeito de renda. “É necessário pessoas para trabalhar como terceirizados dentro da fábrica, dentro da área de plantio, da transportadora da região. Somos mais de 5% do PIB do estado da Bahia, mais de 5% da arrecadação de impostos do nosso estado. Nós plantamos, por dia, cerca de 250 mil árvores de eucalipto todos os dias, além da mata nativa, que estamos recuperando”, ressalta Wilson Andrade.

Vindo de uma viagem da Finlândia, Wilson diz que no país foram plantadas árvores de eucalipto para alavancar a produtividade, com o plantio de 18 metros cúbicos por hectárea a cada ano. A Bahia se destaca pelo plantio de 36 a 40 metros cúbicos por hectárea no ano.

A indústria de árvores cultivadas brasileira tem uma carteira de investimentos de R$ 105 bilhões prevista até 2028, o que inclui novas fábricas e expansão de áreas de cultivoPatricia Machado, gerente de Políticas Florestais da Ibá

Patricia Machado, gerente de Políticas Florestais da Ibá

Patricia Machado, gerente de Políticas Florestais da Ibá | Foto: Reprodução | LinkedIn

Em nível nacional, hoje o Brasil é o “maior exportador de celulose do mundo e segundo maior produtor. A indústria de árvores cultivadas brasileira tem uma carteira de investimentos de R$ 105 bilhões prevista até 2028, o que inclui novas fábricas e expansão de áreas de cultivo. Esses investimentos levam desenvolvimento para as regiões em que o setor está presente, no geral, áreas de baixo dinamismo econômico. No último ano, foram criados 33,4 mil empregos – ao todo, já são 690 mil empregos diretos e 2 milhões indiretos, distribuídos em mais de mil municípios”, pontua Patricia Machado, gerente de Políticas Florestais da Ibá.

Certificações de Sustentabilidade

Tanto a Bracell como a Veracel conquistaram certificações, algumas internacionais que reconhecem o compromisso com a sustentabilidade e cultivo equilibrado de eucalipto. A Veracel detém o selo CERFLOR, juntamente com outras certificações como o FSC® (Forest Stewardship Council).

Já a Bracell, também é repleta de certificações, como ISEGA (produto para uso no setor alimentício), ISO 9001 (Gestão da Qualidade), ISO 14001 (Gestão Ambiental), PEFC – Cadeia de Custódia (Rastreabilidade da Madeira Consumida na Fábrica), Cerflor/PEFC – Manejo Florestal (Manejo Florestal Sustentável), Certificado de Habilitação Halal e Certificado Kosher.

Informações: A Tarde.

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Celulose em Mato Grosso do Sul: protagonista na produção e aliada contra as mudanças climáticas

Estudo realizado pela Embrapa Cerrados e pela Universidade de Brasília (UNB) revela que um hectare de eucalipto é capaz de fixar 674,17 toneladas de CO₂

Mato Grosso do Sul assume em 2024 um papel de liderança na produção de celulose no Brasil. Já consagrado como o maior exportador brasileiro, o estado agora se destaca como o maior produtor do país com a entrada em operação da quarta fábrica da Suzano, em Ribas do Rio Pardo.

Esse crescimento impressionante é relativamente recente, com a primeira indústria instalada em 2009, mas já demonstra um compromisso firme com os princípios de ESG (Environmental, Social and Governance), priorizando sustentabilidade e ações contra as mudanças climáticas.

Um dos maiores trunfos do setor de celulose para a preservação ambiental está nas florestas plantadas, principalmente de eucalipto, que desempenham um papel crucial na captura de dióxido de carbono (CO₂) e outros gases de efeito estufa.

Estudo realizado pela Embrapa Cerrados e pela Universidade de Brasília (UNB) revelou que um hectare de eucalipto é capaz de fixar 674,17 toneladas de CO₂. Com uma área cultivada de aproximadamente 1,5 milhão de hectares, estima-se que Mato Grosso do Sul tenha cerca de 1,011 bilhão de toneladas de CO₂ equivalentes estocados em suas florestas, um valor próximo às emissões anuais do Japão, um dos maiores emissores globais de carbono.

A indústria da celulose em MS — Foto: g1 MS

A indústria da celulose em MS — Foto: g1 MS

Especialistas destacam o papel do eucalipto no sequestro de carbono

A pesquisadora Karina Pulrolnik, da Embrapa Cerrados, enfatiza a eficácia das florestas plantadas, especialmente do eucalipto, na captura de CO₂ por meio da fotossíntese e no armazenamento de carbono na biomassa e no solo.

“O cultivo de florestas é considerado um meio eficiente na retirada do CO₂ da atmosfera, e o eucalipto, devido ao seu rápido crescimento, é uma das árvores mais eficazes para estocar carbono e mitigar gases de efeito estufa”, explica Pulrolnik.

Ela ressalta que esse cultivo deve ocorrer em áreas degradadas ou já utilizadas para atividades agropecuárias, evitando a substituição de florestas nativas.

Adriano Scarpa, gerente de Mudança do Clima da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), destaca a importância do manejo florestal sustentável.

“As empresas mantêm reservas de florestas para garantir a continuidade da produção e, ao mesmo tempo, estocar carbono. Esse ciclo de plantio e colheita garante que o carbono retirado da atmosfera fique retido na biomassa das árvores, reduzindo os efeitos das mudanças climáticas”.

Contribuição para a biodiversidade e sustentabilidade

Além de mitigar as mudanças climáticas, as plantações de eucalipto em Mato Grosso do Sul também têm um impacto positivo na preservação da biodiversidade.

Aves da espécie Águia-cinzenta são avistadas pelas torres de monitoramento nas florestas da Suzano em Mato Grosso do Sul — Foto: Divulgação/Suzano

Aves da espécie Águia-cinzenta são avistadas pelas torres de monitoramento nas florestas da Suzano em Mato Grosso do Sul — Foto: Divulgação/Suzano

A Suzano, uma das principais empresas do setor, adota práticas de manejo que incluem a criação de corredores ecológicos que permitem a circulação de animais e a conexão entre áreas de conservação. Em suas propriedades, já foram catalogadas mais de 1.500 espécies de fauna e flora, incluindo espécies ameaçadas como a águia-cinzenta e o cachorro-vinagre, indicando a alta qualidade ambiental das suas áreas de cultivo.

“Nas nossas florestas, encontramos ambientes seguros para espécies ameaçadas se reproduzirem, como o tatu-canastra e a onça-pintada, que dependem de uma grande diversidade de presas para sobreviver”, destaca Renato Cipriano Rocha, coordenador de Meio Ambiente Florestal da Suzano em MS.

A Eldorado também adota diversas técnicas de manejo florestal que trazem benefícios ambientais. Historicamente, já foram observadas nas áreas da companhia 460 espécies de fauna, muitas das quais são bioindicadores da saúde dos ecossistemas e estão incluídas em listas de espécies ameaçadas de extinção, incluindo espécies raras e endêmicas como a raposinha.

Raposinha encontrada nas florestas da Eldorado — Foto: Divulgação

Raposinha encontrada nas florestas da Eldorado — Foto: Divulgação

Benefícios adicionais: uso de biocombustíveis e redução do uso de fósseis

Outro benefício do setor de celulose está no uso de biocombustíveis derivados do processamento da madeira, como o licor preto, que é utilizado como fonte de energia renovável, substituindo combustíveis fósseis. Isso contribui para que aproximadamente 87% da energia consumida no setor de celulose provenha de fontes limpas e sustentáveis, ampliando ainda mais os benefícios ambientais.

“Ao utilizar biocombustíveis de origem renovável, estamos evitando o uso de combustíveis fósseis e prolongando os efeitos positivos da redução de gases de efeito estufa”, explica Scarpa, reforçando que essa prática é essencial para a sustentabilidade do setor.

Floresta de eucalipto em Mato Grosso do Sul. — Foto: Reprodução

Floresta de eucalipto em Mato Grosso do Sul. — Foto: Reprodução

Mato Grosso do Sul não só lidera a produção de celulose no Brasil como também se posiciona como um exemplo de sustentabilidade e preservação ambiental. Com práticas de manejo florestal que equilibram a produção econômica e a proteção da biodiversidade, o estado contribui significativamente para a captura de carbono e a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, mostrando que desenvolvimento e sustentabilidade podem caminhar juntos.

Crescimento robusto do setor de celulose em Mato Grosso do Sul

O crescimento do setor de celulose em Mato Grosso do Sul tem sido um dos motores mais significativos do desenvolvimento econômico do estado. Atualmente, com três plantas industriais em operação — duas da Suzano e uma da Eldorado em Três Lagoas — o estado processa cerca de 5 milhões de toneladas de celulose por ano. Em 2024, esse número foi ampliado com a entrada em operação da quarta fábrica da Suzano, em Ribas do Rio Pardo, que adicionou 2,55 milhões de toneladas à capacidade anual.

A linha do tempo da celulose em Mato Gtosso do Sul — Foto: g1 MS

A linha do tempo da celulose em Mato Gtosso do Sul — Foto: g1 MS

Além das plantas em funcionamento, novos investimentos estão a caminho, como a instalação de uma unidade da Arauco em Inocência, prevista para 2028, com capacidade de 2,5 milhões de toneladas, uma nova linha de produção da Eldorado em Três Lagoas e uma linha de produção da Bracell, em Água Clara. Esses projetos consolidarão ainda mais a posição de Mato Grosso do Sul como líder nacional na produção de celulose.

Fatores como a aptidão para o cultivo do eucalipto, a localização estratégica, condições climáticas favoráveis, grandes áreas de terras disponíveis e um ambiente institucional propício foram fundamentais para impulsionar essa expansão.

Desde 2009, o volume de produção no estado cresceu 523,6%, saltando de 806,2 mil toneladas para 5 milhões de toneladas, e o Valor Bruto de Produção (VBP) aumentou 1.250%, de R$ 958 milhões para R$ 12,9 bilhões.

Além disso, o setor de celulose é intensivo em mão de obra, registrando um crescimento de 279,3% no número de colaboradores, que passou de 2.731 para 10.361 entre 2009 e 2021. O aumento na geração de empregos reflete a importância do setor tanto na área industrial quanto na agrícola, contribuindo significativamente para a economia local e a melhoria salarial dos trabalhadores.

Informações: G1/MS.

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Exportações de celulose crescem 62,7% em MS

Crescimento do setor está alinhado à consolidação de novas fábricas; Estado tem potencial para receber a oitava planta

A consolidação do Vale da Celulose em Mato Grosso do Sul já pode ser percebida pela expansão de 62,75% nas exportações neste ano. O segmento movimentou US$ 1,765 bilhão de janeiro a setembro, enquanto no mesmo período do ano passado o Estado negociou US$ 1,085 bilhão – diferença de US$ 680,8 milhões.

Os dados constam na Carta de Conjuntura do Setor Externo, elaborada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), e apontam ainda que o volume de comercialização também registrou aumento na comparação do período, uma vez que em 2023 foram enviadas 3,061 milhões de toneladas ao exterior, contra 3,135 milhões até setembro deste ano.

A celulose representa 22,7% do total da pauta de exportações do Estado, ficando somente atrás da soja (34,48%). Os números que comprovam o potencial do segmento evidenciam ainda a importância do núcleo produtivo localizado em Mato Grosso do Sul.

“Quando olhamos para a celulose, realmente o Estado hoje é um destaque mundial”, analisa o titular da Semadesc, Jaime Verruck.

Ao Correio do Estado, o secretário destaca que Mato Grosso do Sul ainda dispõe de capacidade para expandir o setor. 

“Com a quinta planta industrial sendo construída em Inocência, da Arauco, e o anúncio da sexta planta industrial, no município de Água Clara, tenho certeza de que nós temos espaço para a sétima e para a oitava, consolidando realmente o Vale da Celulose e um estado, obviamente, de uma maneira significativa, exportador”, afirma Verruck.

O mestre em Economia Eugênio Pavão explica que, com a chegada da indústria de celulose, Mato Grosso do Sul obteve enormes ganhos financeiros.

“Com a exportação do produto e os investimentos maciços em florestas plantadas e recebendo até investimentos estrangeiros, por meio de fundos de pensões estrangeiros. Hoje, temos a indústria chilena Arauco se instalando no Estado, com possibilidades de maior crescimento do PIB até 2030”, detalha.

Atualmente, MS ocupa a segunda maior área de florestas plantadas do Brasil. Segundo dados do Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio (Siga MS), a área total atingiu 1,48 milhão de hectares neste ano, área que deverá chegar a 2,5 milhões de hectares nos próximos anos. 

Desse total, 98% são dedicados ao cultivo de eucalipto, que é predominantemente utilizado pela indústria de papel e celulose, amplamente presente no Estado.

Investimentos

Conforme adiantado pelo Correio do Estado na edição do dia 2 de outubro, dados divulgados pelo presidente da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) apontam que mais de 70% dos R$ 105 bilhões de investimentos previstos no setor de celulose para o País serão realizados em Mato Grosso do Sul. 

Paulo Hartung informou, durante um evento, que quase R$ 75 bilhões serão investidos em território sul-mato-grossense nos próximos três anos.

“Estivemos com o presidente da República, Lula, e nós levamos para ele o número de investimento do setor nos próximos três anos. A carteira de investimento do setor é uma das maiores carteiras de investimento do setor privado brasileiro. São R$ 105 bilhões contratados para serem investidos no nosso País, dos quais mais de R$ 70 bilhões serão em Mato Grosso do Sul”, afirmou o presidente da Ibá.

O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), reiterou que o setor tem ajudado a transformar MS.

“Da nossa parte, vamos criar um ambiente de negócios que fique cada vez mais atrativo para setores em que somos competitivos, e a celulose é, sem dúvida, uma das estrelas deste processo. O setor investe R$ 75 bilhões no Estado”.

Mato Grosso do Sul tem uma capacidade instalada de produção de 4,9 milhões de toneladas anuais de celulose, produzidas em três linhas operacionais no município de Três Lagoas, sendo duas da Suzano e uma da Eldorado. 

A capacidade foi ampliada em mais 2,55 milhões de toneladas com a entrada em operação do Projeto Cerrado, da Suzano, elevando o total para 7,4 milhões de toneladas anuais.

A reportagem também adiantou que a Arauco anunciou a expansão da capacidade de produção e deverá se tornar a maior fábrica de celulose do mundo.

Com investimento de US$ 4,6 bilhões (equivalente a R$ 25,1 bilhões), a empresa do grupo chileno informou o aumento da capacidade produtiva da planta de Inocência, saindo dos iniciais 2,5 milhões de toneladas para 3,5 milhões de toneladas de fibra de eucalipto por ano. 

Outro investimento que pode chegar a MS é da Bracell. O grupo indonésio é um dos principais produtores de celulose solúvel do mundo e anunciou o interesse de construir uma nova fábrica em Água Clara, com investimentos previstos de R$ 25 bilhões. 

Também estão planejadas as segundas linhas de produção da Eldorado Celulose, em Três Lagoas (com uma capacidade prevista de 2,3 milhões de toneladas por ano), e da Arauco, em Inocência (2,5 milhões de toneladas anuais).

A reportagem também informou, na edição do dia 4 de maio de 2024, que os municípios de Figueirão e Alcinópolis são apontados como possíveis locais para a instalação de uma unidade que seria resultado de negociações com a multinacional Portucel Moçambique.

US$ 7,7 bi

De janeiro a setembro de deste ano, as exportações de MS alcançaram US$ 7,79 bilhões, impulsionadas por soja, celulose, carne e açúcares.

Informações: Correio do Estado.

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Mais uma fábrica de celulose no Brasil! Nova unidade será instalada no Paraná e terá investimento de R$ 25 milhões

Grupo Technocoat realizará investimento de mais de R$ 25 milhões na construção de uma nova fábrica em Telêmaco Borba, focada na produção de celulose reciclada

Telêmaco Borba, localizada na região dos Campos Gerais do Paraná, será a nova casa da Technofibra, uma empresa do Grupo Technocoat. A nova fábrica servirá como um centro de produção e operações focado na fabricação de fibras de celulose. Estas fibras serão produzidas a partir de embalagens longa vida (ELV) pré e pós-consumo, além de aparas de kraft, papel cartão e tubetes de kraft. Essa fábrica representa um importante passo na estratégia de crescimento do Grupo Technocoat.

Investimento do Grupo Technocoat e expectativa de inauguração

investimento total para a construção da nova fábrica do Grupo Technocoat ultrapassa os R$ 25 milhões. A expectativa é que a inauguração ocorra em novembro.

Cristiano Macedo, CEO da Technofibra, destaca a importância desse novo empreendimento.

“Estamos investindo em uma moderna fábrica de celulose reciclada, que utilizará processos automatizados de alta tecnologia. Isso nos permitirá garantir produtos de qualidade constante. Também teremos um laboratório completo para desenvolver produtos específicos, de acordo com a necessidade de cada cliente.”

Estrutura e capacidades da fábrica da Grupo Technocoat

A nova fábrica do Grupo Technocoat terá uma área construída de 4,2 mil metros quadrados e contará com duas linhas de operação.

A linha Technofibra Standard terá capacidade para reciclar 3,7 mil toneladas de ELV e produzir 2,5 mil toneladas mensais de fibras celulósicas de alta qualidade.

Além disso, essa linha também produzirá 800 toneladas mensais de Technoplast, o qual é um composto de alumínio e polietileno.

Já a linha Technofibra Premium focará na reciclagem de aparas de kraft, papel cartão e tubetes de kraft, com uma produção de 2,5 mil toneladas mensais.

Macedo informa que, no total, cerca de 5 mil toneladas de fibras celulósicas serão processadas mensalmente na nova unidade.

“Ambas as linhas contarão com rigoroso controle de qualidade e tecnologia avançada para atender às diversas demandas do mercado,” acrescenta. O compromisso com a qualidade é um dos pilares da nova fábrica do Grupo Technocoat.

Compromisso com o setor de celulose

Além de sua capacidade produtiva, a nova fábrica do Grupo Technocoat terá um espaço para armazenar 2 mil toneladas de matéria-prima e 1 mil toneladas de produto acabado. Isso garantirá agilidade no escoamento dos materiais.

A Technofibra tem como missão promover a economia circular e a sustentabilidade, valores que fazem parte do compromisso do Grupo Technocoat.

Macedo explica: “Estamos focados em reduzir nossa pegada de carbono e incentivar a geração de renda por meio da reciclagem. Usamos tecnologia avançada para transformar resíduos em recursos valiosos, criando produtos que impulsionam a eficiência e a responsabilidade ambiental.”

A nova fábrica de celulose representa mais um passo do Grupo Technocoat em direção a um futuro mais sustentável.

Impacto econômico na região

A construção da fábrica do Grupo Technocoat em Telêmaco Borba não traz apenas benefícios ambientais, mas também terá um impacto significativo na economia local.

A instalação da nova fábrica gerará empregos diretos e indiretos, contribuindo para o desenvolvimento econômico da região.

Além disso, a operação da fábrica deve incentivar o comércio local, aumentando a demanda por serviços e produtos nas proximidades.

Macedo ressalta que “a fábrica do Grupo Technocoat será um motor de crescimento para Telêmaco Borba, beneficiando a comunidade e promovendo uma economia mais sustentável”.

Informações: Click Petróleo e Gás.

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Setor de Base Florestal no Brasil: pilar da sustentabilidade e da economia

Frank Rogieri, presidente do Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal, destaca a importância do setor para o país

Em 2023, o setor de base florestal no Brasil alcançou um marco significativo, com a produção atingindo expressivos R$ 37,9 bilhões, o que representa um crescimento de 11,2% em comparação ao ano anterior. Esse desempenho notável não apenas reafirma a relevância econômica da silvicultura, mas também destaca o papel essencial que as florestas desempenham na sustentabilidade ambiental e no desenvolvimento socioeconômico do país.

A silvicultura, prática de cultivo e manejo de florestas, cresceu 13,6%, alcançando R$ 31,7 bilhões. Esse aumento é um indicativo claro de que, quando manejadas de forma sustentável, as florestas podem se tornar uma fonte inestimável de recursos, promovendo a economia e contribuindo para a preservação do meio ambiente. A produção em 4.924 municípios brasileiros evidencia que a atividade florestal está profundamente enraizada na diversidade territorial do país, gerando emprego e renda em diversas comunidades.

É importante ressaltar que, embora a extração vegetal tenha permanecido estável, com um valor de R$ 6,2 bilhões, os produtos madeireiros continuam a ser protagonistas, representando 64,2% do valor total do extrativismo. Este segmento é fundamental para garantir a continuidade das cadeias produtivas ligadas à construção civil, móveis e diversos outros setores.

Particularmente, os estados de Mato Grosso e Pará se destacam, respondendo por 62,6% da quantidade total de madeira extraída em tora e representando 79,1% do valor de produção desse produto. Esses números sublinham a relevância econômica dessas regiões e a necessidade urgente de práticas sustentáveis que garantam a exploração responsável dos recursos florestais.

O crescimento do setor florestal deve ser celebrado, especialmente por vir acompanhado de um compromisso firme com a sustentabilidade. A implementação de práticas que promovam o manejo florestal responsável e a recuperação de áreas degradadas é vital. A integração de tecnologias e inovações na silvicultura pode potencializar ainda mais a produção, minimizando os impactos ambientais e promovendo um ciclo de produção que beneficie tanto as comunidades quanto o ecossistema.

Em conclusão, o setor de base florestal no Brasil não é apenas uma potência econômica, mas também um elemento crucial na luta contra as mudanças climáticas e na conservação da biodiversidade. A valorização e o investimento nesse setor são fundamentais para um futuro sustentável, onde a prosperidade econômica se alinhe com a preservação ambiental. Que 2023 seja apenas o início de um ciclo promissor para as florestas brasileiras, reconhecendo seu valor e seu potencial inexplorado.

Informações: Portal do Agronegócio.

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“Crescimento do setor de celulose aumenta demanda por prevenção”, diz presidente da Reflore/MS

Em entrevista ao Giro Estadual de Notícias nesta última quarta-feira (9), o presidente da Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas (Reflore/MS), Júnior Ramires, ressaltou o momento promissor do setor florestal no Estado e destacou a importância da prevenção a incêndios, além dos desafios que o crescimento industrial tem trazido, como a falta de mão de obra qualificada.

“Atualmente, contamos com mais de 1,5 milhão de hectares de florestas plantadas no Mato Grosso do Sul. Essas florestas abastecem diversos setores e indústrias, como a de celulose, que está em expansão”, afirmou Ramires. Ele destacou que o município de Inocência receberá um grande investimento com a instalação da indústria Arauco. “A madeira das florestas plantadas atinge todo o Estado, sendo utilizada em setores como a geração de energia e a produção de carvão vegetal para o aço e ferro-gusa, além da produção de biomassa e cavaco, até para fornos de pizzarias.”

Ramires comentou o crescimento do setor nos últimos anos, fazendo uma comparação com duas décadas atrás. “Se olharmos para trás, há cerca de 15 ou 20 anos, e compararmos com o cenário atual, é evidente o quanto evoluímos. Esse crescimento traz benefícios, como geração de empregos e desenvolvimento econômico, mas também apresenta desafios, como a infraestrutura do Estado, que não está acompanhando o ritmo dos investimentos privados.”

Além da infraestrutura, o presidente da Reflore/MS destacou a falta de mão de obra qualificada. “Hoje, temos mais de 10 mil vagas abertas no setor, esperando por pessoas dispostas a trabalhar. Vivemos um momento de pleno emprego, o que é bom para a população, mas desafiador para as empresas. Contudo, é melhor lidar com essas dores do crescimento do que enfrentar o desemprego e a estagnação econômica”, disse ele.

Ramires também mencionou o impacto que as novas indústrias de celulose estão tendo nas cidades. “Três Lagoas, por exemplo, tinha cerca de 70 mil habitantes e, hoje, ultrapassa 120 mil devido à industrialização. Ribas do Rio Pardo, com 20 mil habitantes, também está crescendo com a chegada da indústria, e Inocência, com apenas 9 mil, verá mudanças significativas.”

Um dos pontos centrais da entrevista foi a questão dos incêndios florestais, com Júnior Ramires reforçando a importância das campanhas de prevenção realizadas pela Reflore/MS. “Estamos na nossa 12ª campanha de prevenção a incêndios, e trabalhamos muito em parceria com o governo estadual, o Senar e a Força Sul. A conscientização é a chave. A maioria dos incêndios não começa de forma natural, mas sim por ações humanas, seja acidental ou intencional.”

Ramires destacou a importância de evitar o uso de fogo para limpar terrenos durante a seca. “É fundamental que os produtores rurais entendam os riscos. Muitas vezes, a prática de queimar lixo ou limpar terrenos sai do controle e causa grandes incêndios. O melhor combate ao fogo é a prevenção. Não podemos deixar que ele comece.”

Além da conscientização, ele explicou que as empresas associadas à Reflore/MS possuem uma estrutura robusta para combater incêndios. “Hoje, temos uma estrutura de combate aos incêndios até maior do que a do próprio Estado, com aviões, helicópteros, caminhões e brigadas de incêndio. O Corpo de Bombeiros é um parceiro fundamental, realizando o treinamento dos nossos colaboradores. O Senar também oferece capacitação, preparando os trabalhadores rurais para agirem rapidamente em caso de emergência, evitando que pequenos focos de incêndio se transformem em grandes desastres.”

Júnior Ramires finalizou destacando a importância dos veículos de comunicação na disseminação dessa mensagem de conscientização. “Queremos agradecer aos veículos de comunicação, como o de vocês, que nos ajudam a difundir essa mensagem por todo o estado, especialmente nas áreas rurais. A prevenção é essencial para evitar os grandes problemas que estamos vendo hoje.”

Informações: A Crítica | Imagem: divulgação.

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