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Paper Excellence tem 3º recurso negado pelo Incra em disputa com Eldorado

A lei determina que estrangeiros só podem adquirir vastas extensões de terras no país com aprovação do Incra

A novela envolvendo a extensa briga judicial entre as gigantes da celulose, a multinacional Paper Excellence e Eldorado Brasil Celulose, do grupo J&F, teve mais um capítulo, e desfavorável à empresa estrangeira nesta sexta-feira (19) .

Isso porque o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), por meio da Coordenação-Geral de Cadastro Rural, setor responsável nacionalmente pela coordenação, supervisão e controle do arrendamento e da aquisição de imóveis rurais por estrangeiros, negou um recurso apresentado pela Paper Excellence em um processo administrativo que concluiu que esta celebrou ilegalmente a aquisição da empresa brasileira em 2027. Essa foi a terceira vez que a Paper Excellence tentou, sem sucesso, recorrer dessa conclusão no processo administrativo no Incra.

Conforme a decisão, a lei brasileira determina que estrangeiros só podem adquirir ou arrendar vastas extensões de terras no país mediante a aprovação prévia do Incra e do Congresso Nacional.

“Com fundamento na legislação vigente, manifestações técnicas e jurídicas constantes no processo nº 54000.020133/2023-26, a Coordenação-Geral de Cadastro Rural se manifesta pelo Indeferimento do recurso administrativo SEI Incra 20108187 interposto pela CA INVESTMENT (BRAZIL) S.A”, diz o despacho.

A regra vale também quando essa transferência de terras se dá por meio de operações de fusões e aquisições de empresas brasileiras que controlem as propriedades rurais. É o caso da aquisição da Eldorado, empresa de capital majoritariamente brasileiro que tem sob seu controle mais de 400 mil hectares de terras no Mato Grosso do Sul, sendo adquirida por uma empresa com capital 100% estrangeiro.

Em agosto de 2023, o órgão já havia declarado no processo que “o negócio deve ser previamente autorizado” e que “a consequência é a nulidade de pleno direito da aquisição dos imóveis, conforme previsão do art. 15 da Lei n° 5.709, de 1971”.

Informações: Campo Grande News.

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Suzano inicia em MS operação da maior linha de produção de celulose do mundo

Projeto Cerrado demandou investimento de R$ 22,2 bilhões e aumentará em 20% a capacidade de produção da companhia

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, iniciou neste último domingo (21/07), às 20h15 (horário de Mato Grosso do Sul), as operações da maior linha única de produção de celulose do mundo, instalada no município de Ribas do Rio Pardo, em Mato Grosso do Sul. Com capacidade para produzir 2,55 milhões de toneladas por ano, o empreendimento é resultado de um investimento total de R$ 22,2 bilhões, dos quais R$ 15,9 bilhões destinados à construção da fábrica e R$ 6,3 bilhões a iniciativas como a formação da base de plantio e a estrutura logística para escoamento da celulose.

“A conclusão bem-sucedida do Projeto Cerrado reflete a dedicação e a capacidade de execução de cada pessoa envolvida nesta obra grandiosa e transformacional, e comprova a cultura de excelência que permeia toda a organização, liderada com maestria por Walter Schalka durante os últimos 11 anos”, diz Beto Abreu, recém-nomeado presidente da Suzano.

“Sua visão e ambição levaram a empresa a entregar um projeto dentro do orçamento previsto e que, em todas as etapas, aderiu ao foco central da Suzano em apoiar a sustentabilidade e ter um impacto local positivo”, completa o executivo.

Com o início das operações da nova unidade, a capacidade instalada de produção de celulose da Suzano salta de 10,9 milhões para 13,5 milhões de toneladas anuais, o que representa um aumento de mais de 20% na produção atual da companhia. A Suzano também tem capacidade para produzir 1,5 milhão de toneladas anuais de papéis, incluindo as linhas de papéis sanitários, de imprimir e escrever e de embalagens, entre outros itens que utilizam a celulose como matéria-prima.

A construção da Unidade Ribas do Rio Pardo foi anunciada em maio de 2021 e, no pico da obra, mais de 10 mil empregos diretos foram criados. Com o início das operações, cerca de 3 mil pessoas, entre colaboradores(as) próprios(as) e terceiros(as), passam a trabalhar nas atividades industrial, florestal e de logística da nova unidade.

Este é o maior investimento da história de 100 anos da Suzano, e possui uma série de avanços operacionais e socioambientais, alinhados aos “Compromissos para Renovar a Vida”, conjunto de metas de longo prazo estabelecidas pela companhia.

Aires Galhardo, vice-presidente executivo de operações celulose, engenharia e energia da Suzano.

“A nova fábrica contribui para abrir novas oportunidades de crescimento futuro, no desenvolvimento de produtos inovadores a partir de uma matéria-prima renovável, e fortalece a irreplicabilidade do modelo de negócios da Suzano”, afirma Walter Schalka, que deixou recentemente a presidência da Suzano após uma jornada de 11 anos à frente da companhia.

O empreendimento já proporciona direta e indiretamente uma série de avanços socioeconômicos na cidade de Ribas do Rio Pardo e região. No aspecto ambiental, a fábrica possui o menor raio médio estrutural da base florestal entre as operações da Suzano, com um total de 65 quilômetros entre as áreas de plantio e a fábrica, inferior ao raio médio estrutural de 150 quilômetros. Essa característica única alcançada no projeto minimiza os custos logísticos e o impacto associado ao transporte da celulose.

A unidade de Ribas do Rio Pardo utiliza tecnologia de gaseificação da biomassa nos fornos de cal, e, com isso, o uso de combustíveis fósseis ficará restrito aos momentos de partida e retomada de produção. A fábrica também será autossuficiente na produção de ácido sulfúrico, peróxido de hidrogênio e energia verde, com um excedente de aproximadamente 180 megawatts (MW) médios que atenderá os fornecedores satélites da fábrica, além de ser exportado para o Sistema Interligado Nacional (SIN). Essa energia de fonte renovável poderia abastecer mensalmente uma cidade com mais de 2 milhões de habitantes.

Plantando o futuro

Além de ter gerado mais de 10 mil empregos diretos no pico da obra e milhares de outros indiretos, movimentando toda a cadeia econômica da região, a construção da nova fábrica contribuiu com a qualificação de mão de obra local, incluindo mais de 1,3 mil pessoas capacitadas para as operações industriais, florestais e logísticas da Suzano, além de cerca de 300 pessoas para o mercado de trabalho local nos setores de comércio e serviços, em parceria com o Senai e o Senac.

Adicionalmente aos recursos destinados à construção da fábrica, da estrutura logística e da formação da área de plantio que abastecerá a fábrica com eucalipto, a Suzano investiu mais de R$ 300 milhões em um amplo conjunto de iniciativas, incluindo a construção de unidades de moradia e centro médico, melhorias na infraestrutura local e apoio a projetos sociais.

Parte do Plano Básico Ambiental (PBA), o Programa de Infraestrutura Urbana aprovado em 2021 por representantes do poder público e da sociedade civil compreende 21 projetos nas áreas de saúde, educação, desenvolvimento social, habitação e segurança pública. As principais entregas incluem a ampliação do Hospital Municipal e as construções de uma Estratégia de Saúde da Família (ESF), de uma Casa de Acolhimento, de uma Delegacia de Polícia Civil e de uma Unidade Operacional da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Além disso, a Suzano promoveu iniciativas sociais voluntárias focadas no desenvolvimento sustentável, na geração de renda e na diminuição dos indicadores de pobreza da região. Esses investimentos foram distribuídos em sete eixos de atuação: educação, geração de renda, proteção de direitos, infraestrutura, saúde, relacionamento com comunidades e trabalho. Na educação, por exemplo, a Suzano tem contribuído para a melhoria da qualidade do ensino público na região por meio da capacitação de professores e professoras. Na geração de renda, o foco está no apoio a iniciativas como agricultura familiar, apicultura, pecuária, economia circular e criativa. Já na proteção de direitos, as ações são focadas na prevenção da violência contra crianças, adolescentes e mulheres, público considerado prioritário nessa frente de atuação.

O Projeto Cerrado está inserido no maior ciclo de investimentos da história da Suzano. Após desembolsar mais de R$ 50 bilhões entre 2019 e 2023, a companhia investirá R$ 16,5 bilhões neste ano, números que comprovam o compromisso da empresa no desenvolvimento econômico e social nas regiões onde atua e a confiança no futuro do Brasil.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose, papéis para imprimir e escrever, papéis para embalagens, copos e canudos, papéis sanitários e produtos absorventes, além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender a demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página www.suzano.com.br

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Brasil intensifica sustentabilidade na pecuária com inovações da Embrapa

O Brasil, autossuficiente na produção de carne bovina e líder mundial em exportação desde 2004, está intensificando a sustentabilidade na pecuária através da Embrapa Pecuária Sudeste.

Localizada entre os biomas Mata Atlântica e Cerrado, a unidade de pesquisa de 2.538 hectares foca em práticas sustentáveis e automação na produção de carne e leite. Parcerias com a iniciativa privada permitem a testagem de novas tecnologias, como brincos de identificação e ordenha robotizada.

Além disso, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) está promovendo um crescimento sustentável, com uma adoção anual de quase 1 milhão de hectares em sistemas integrados, visando atingir 30 milhões de hectares até 2030. A Embrapa também está na vanguarda da abordagem de “Saúde Única”, conectando saúde humana, ambiental e animal.

O governo destaca a importância de políticas públicas eficientes para a implementação de testes rápidos e precisos, essencial para uma produção sustentável e certificável. A tecnologia e o melhoramento genético são componentes essenciais para a melhoria contínua da pecuária no Brasil.

Informações: Canal Rural.

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Projeto lança sementes de helicóptero para ajudar no reflorestamento do Vale do Taquari

Ação das Forças Armadas, Sema e Ibama realizada nesta quarta-feira também proporcionou plantio de mudas nativas na região

Uma ação do Comando Militar do Sul (CMS), com apoio da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) e Ibama, nesta última quarta-feira (17), Dia de Proteção às Florestas, contribuiu para o lento processo de reflorestamento do Vale do Taquari após a tragédia das enchentes de abril e maio. Por meio do projeto SemeAr, cerca de 500 quilos de sementes de espécies nativas da região e forrageiras foram lançadas de helicópteros sobre encostas devastadas dos municípios de Santa Clara do Sul, Marques de Souza e Pouso Novo.

Mais cedo, mudas foram também plantadas no Parque Linear de Santa Clara do Sul, junto ao Arroio Saraquá, por alunos de escolas públicas. A missão, integrante da Operação Taquari II, foi presenciada por autoridades civis e militares. A imprensa pôde acompanhar a operação a partir da Base Aérea de Canoas, na região metropolitana. “Aqui estamos tendo a consciência desta preservação e mostrando para as crianças a importância disto. É um momento que fizemos todos juntos. Trabalhamos este tema por meio de ações pedagógicas na escola”, afirmou a professora Bruna Griesang, do 3º anos da EMEF Sereno Afonso Heiseler.

Suas alunas Martina, de 8 anos, e Isabela, 9, plantaram uma muda de angico no local. “Eu gostei porque estou ajudando o meio ambiente”, observou Isabela. “Sujei um pouco as mãos, e agora vou prestar ainda mais atenção no parque porque eu ajudei a plantar”, comentou Martina. A titular da Sema, Marjorie Kauffmann, disse que mais de quatro mil áreas foram afetadas por deslocamentos de massa após a tragédia no estado, e, por isso, a ideia de mesclar as sementes também leva em conta a maior velocidade de desenvolvimento das plantas.

Operação Taquari 2, IBAMA e Secretaria Estadual de Meio Ambiente realizam a revegetação de encostas e o plantio de mudas de árvores nativas em áreas atingidas pelas enchentes no Vale do Taquari.

“A maior prevenção é mesmo a educação. Precisamos conscientizar nossas crianças da proteção das florestas, mas também falarmos que há áreas de risco e que estes movimentos ocorrem, assim como as enchentes”, afirmou ela. Já o prefeito de Santa Clara do Sul, Paulo Cézar Kohlrausch, disse que o evento em si demonstrou a capacidade de resiliência do povo gaúcho. “Definitivamente entendemos que temos a obrigação e a responsabilidade pela manutenção da vida através da manutenção do meio ambiente”, declarou.

O comandante da 3ª Divisão de Exército (DE), general de divisão Paulo Roberto Rodrigues Pimentel, afirmou que se há alguma boa lição a ser tirada da calamidade, é a capacidade de união da população. “Muitas agências estão trabalhando em prol desta reconstrução, e o que se viu foi o empenho geral para este único objetivo. Ter a marca do Exército aqui demonstra que estamos sempre presentes”, comentou ele “Mais do que recuperar estas encostas, queremos que estas sementes tragam esperança para os corações destas pessoas tão brutalmente afetadas”, disse a superintendente do Ibama no RS, Diara Maria Sartori.

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Eldorado amplia monitoramento 24h de florestas e reduz incêndios em 88%

A Eldorado Brasil Celulose, referência global em sustentabilidade e eficiência no setor, reduziu em 88% as áreas atingidas por incêndios em 2023, comparada com o mesmo período de 2022. Os resultados, evidenciados no Relatório de Sustentabilidade, publicado pela companhia em junho, destacam o aparato mecânico, tecnológico e a formação de pessoas como razão para a redução expressiva.

A estrutura possui um aparato com mais de 1.800 itens, entre eles, mais de 70 caminhões pipa e 26 torres com câmeras que chegam a cobrir quase 70% da área de florestas da companhia e que ainda auxiliam no acompanhamento climático.

Os esforços da empresa para o enfrentamento aos incêndios florestais de suas próprias áreas, que somam mais de 400 mil hectares, e nas regiões vizinhas, englobam treinamentos periódicos para todos os colaboradores sobre medidas preventivas, detecção de incêndios, sistemas de proteção e comunicação, além de capacitações para a população em geral, como parte de uma extensa campanha no meio rural. Em 2023, a empresa capacitou 1.088 brigadistas, totalizando 6.064 horas de cursos.

Tecnologia

Toda conduta de prevenção e combate faz parte do Plano de Manejo Florestal da Eldorado Brasil com destaque em certificações pelo rigor no cumprimento de suas propostas. Todo monitoramento 24 horas é feito na base da central de Informações Remotas de Inteligência e Soluções (IRIS). As câmeras controladas por inteligência artificial e via satélite são responsáveis pelo alto alcance de cobertura via área e contribuem não só para áreas da Eldorado, mas em propriedades vizinhas.

A estação meteorológica também tem papel fundamental, pois especialmente em períodos de seca e ventos atua na previsão ainda mais antecipada do clima, facilitando o planejamento estratégico durante períodos críticos de queimadas.

“Estamos aptos a dar uma rápida resposta em caso de incêndio, vale destacar que todo trabalho de prevenção nos traz resultados positivos, mantendo a conservação das áreas, da biodiversidade, e consequentemente, da nossa produtividade, sensibilizando e capacitando cada vez mais as comunidades a atuarem conosco”, reforça Fábio de Paula, gerente de Sustentabilidade da Eldorado Brasil.

Você pode ajudar

A prevenção e combate aos incêndios contribui para a manutenção das áreas florestais e das espécies, mas entre os principais benefícios está a manutenção da qualidade do ar, pois sem fumaça e fuligem é possível evitar doenças respiratórias como bronquite e crises de asmas e alergias que desencadeiam sinusite e rinite ou tosse.

Comportamentos como não jogar lixo nas estradas, bitucas de cigarro ou atear fogo em lixos podem reduzir ainda mais os incêndios, que chegam a tomar proporções gigantescas.

Ao avistar um foco de incêndio ligue 193 – Corpo de Bombeiros ou nos canais abertos da Eldorado para denúncias de focos de incêndios em florestas, no número 0800 727 9906 (ligação gratuita) ou através do WhatsApp (67) 99839-5353.

Sobre a Eldorado Brasil

A Eldorado Brasil Celulose é reconhecida globalmente por sua excelência operacional e seu compromisso com a sustentabilidade, resultado do trabalho de uma equipe qualificada de mais de 5 mil colaboradores. Inovadora no manejo florestal e na fabricação de celulose, produz, em média, 1,8 milhão de toneladas de celulose de alta qualidade por ano, atendendo aos mais exigentes padrões e certificações do mercado internacional. Seu complexo industrial em Três Lagoas (MS) também tem capacidade para gerar energia renovável para abastecer uma cidade de 1,4 milhão de habitantes. Em Santos (SP), opera a EB Log, um dos mais modernos terminais portuários da América Latina, exportando o produto para mais de 40 países. A companhia mantém um forte compromisso com a sustentabilidade, inovação, competitividade e valorização das pessoas.

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‘Pantanal está sufocando’: queimadas já consumiram área equivalente a 680 mil campos de futebol

Animais são encontrados carbonizados, desnutridos e assustados com incêndios na região

Desnutridos, assustados e até mesmo carbonizados. É assim que muitos animais estão sendo encontrados durante os incêndios que atingem o Pantanal em um dos períodos mais desafiadores para a região. “Estamos vendo o Pantanal sufocando”, descreve ao Terra o biólogo Sérgio Barreto, do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), que atua diretamente na linha de frente contra essas queimadas. 

Desde 2019, o Pantanal, que é considerado um dos biomas mais importantes e preservados do Brasil, sofre com grandes incêndios, fora de controle e de intensidade devastadora. De acordo com o Ministério Público do Estado do Mato Grosso, neste ano, uma área equivalente a 680 mil campos de futebol já foi consumida pelo fogo no bioma que é conhecido pelas áreas alagáveis –que também estão secando. 

“O fogo chegou antecipado este ano”, relata Barreto. Embora o fogo seja parte dos ciclos naturais do Pantanal, a intensidade e a frequência dos incêndios aumentou significativamente nos últimos anos.

Esses incêndios afetam não apenas a biodiversidade, mas também a população local, incluindo comunidades tradicionais e ribeirinhas. Barreto descreve um cenário onde “a cidade de Corumbá ficou encoberta por semanas de fumaça”, trazendo problemas respiratórios para os moradores e causando um impacto profundo na fauna pantaneira.

O IHP, junto com outras organizações, realiza um monitoramento rigoroso na região da Serra do Amolar, uma área de aproximadamente 300 mil hectares. Barreto explica que o monitoramento é feito por meio de câmeras 360 graus, operando 24 horas por dia. “Esse monitormante nos dão uma resposta em até três minutos sobre a origem de um incêndio, permitindo uma resposta rápida e eficaz. Graças a esse sistema, a Serra do Amolar tem conseguido evitar focos de incêndio, embora outras áreas, como o entorno de Corumbá, tenham sido severamente afetadas.”

Após a passagem do fogo, equipes de resgate entram em ação. “Temos uma janela de 24 horas para realizar um levantamento da área e buscar animais feridos ou necessitados de auxílio”, conta Barreto.

Bombeiros voluntários, membros da Brigada do Alto Pantanal andam por área queimada enquanto trabalham para extinguir o fogo no Pantanal, em Corumbá (MS) – 14/06/2024. Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino.

Essas equipes são compostas por biólogos, veterinários e técnicos de campo, que avaliam se os animais precisam de captura para tratamento ou apenas de suporte nutricional no local. “Muitas vezes, o fogo consome todo o recurso alimentar dos animais, deixando um solo arenoso e esfarelado, coberto de cinzas”, explica ele.

A fauna local sofre imensamente com os incêndios. Barreto descreve cenas trágicas onde répteis como jacarés e lagartos são encontrados carbonizados. Famílias de primatas, como bugios e macacos da noite, perdem seu habitat e recursos alimentares, necessitando de suporte nutricional diário para sobreviver. “Esses animais não têm queimaduras, mas morrem de fome se não receberem ajuda”, lamenta o biólogo.

Neste período, o biólogo destaca que o Pantanal deveria estar repleto de vida e sons vibrantes das aves migratórias em reprodução.

“Essa época agora, pelo Pantanal, é a época da reprodução das aves migratórias. A gente tá num período de vazante que era pra ser um dos períodos mais ricos do Pantanal de observação de aves”, explica. No entanto, o cenário atual é bem diferente. “Quando chega agora no Pantanal, você escuta somente o som de aviões e helicópteros jogando água. O Pantanal está um silêncio, um silêncio estontecedor, parece um cemitério”, lamenta.

Barreto ainda descreve a devastação que encontrou: “Além de um cemitério de carcaças de animais mortos que a gente acaba encontrando, é aquele silêncio de cemitério. Um Pantanal mudo, um Pantanal sem voz, sem som, sem a música do Pantanal que são os sons das aves”.

Equipe do IHP atua na linha de frente para salvar fauna ameaçada pelo fogo no Pantanal. Foto: Divulgação/IHP

Essa ausência de vida traz uma sensação profunda de impotência, segundo ele. “Isso nos traz uma sensação às vezes de impotência mesmo. Será que o que eu tô fazendo é o suficiente? Será que o que eu tô fazendo faz resultado? E isso realmente dói. Os animais tentam respirar e só aspiram fumaça e fuligem, e esses animais acabam se chocando contra a parede por desorientação e por problemas respiratórios”, relata o biólogo.

Barreto compartilha a tristeza ao encontrar famílias de macacos carbonizadas, todas em posição fetal: “Eles entram na posição fetal e morrem carbonizados. Normalmente, você encontra o bando inteiro, todos juntos, carbonizados e em posição fetal”. Essas cenas, segundo ele, não saem da mente de sua equipe, que frequentemente precisa de apoio psicológico após atuar em áreas de desastre.

Para amenizar a devastação ambiental, o biólogo enfatiza a importância da cooperação entre bombeiros, instituições federais e estaduais, e a comunidade local. “Precisamos que todos os atores falem a mesma língua para respostas mais rápidas e assertivas”, afirma. De acordo com o profissional, há urgente uma necessidade de educação ambiental para ensinar a população local sobre o uso controlado do fogo: “100% dos incêndios recentes foram causados por ação humana. Precisamos educar as pessoas sobre os riscos e como evitar essas situações.”

Na última terça-feira, 16, a ministra Marina Silva, do Meio Ambiente e Mudança do Clima, afirmou que 56% dos focos foram extintos.

Fogo é ameaça às espécies animais que vivem na região. Foto: Divulgação/IHP

Instituto Homem Pantaneiro

O Instituto Homem Pantaneiro (IHP) é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, criada em 2002 em Corumbá (MS). Sua missão é proteger e conservar o bioma Pantanal e preservar a cultura local.

A atuação do IHP inclui a gestão de áreas protegidas, apoio e desenvolvimento de pesquisas científicas, além de promover o diálogo entre diversos interessados na preservação do Pantanal.

O Instituto desenvolve programas permanentes, como a Rede Amolar, Cabeceiras do Pantanal, Amolar Experience, Felinos Pantaneiros, Memorial do Homem Pantaneiro, Brigada Alto Pantanal e Estratégias para Conservação da Natureza. Essas iniciativas visam prevenir incêndios, criar corredores de biodiversidade e apoiar o desenvolvimento das comunidades locais.

Informações: Terra.

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Arauco vende R$ 6 bilhões em florestas no PR para investir em MS

Em Mato Grosso do Sul a empresa chilena começou a construir uma fábrica de celulose em Inocência e já tem mais de 85 mil hectares de plantações de eucaliptos

Com previsão de investimentos da ordem de R$ 28 bilhões em Mato Grosso do Sul, a empresa chilena Arauco concluiu nesta terça-feira (16) a venda de boa parte de suas florestas no sul e sudeste do país para a empresa Klabin, em um negócio de US$ 1,16 bilhão, ou cerca de R$ 6 bilhões. PauseUnmute

A maior parte deste dinheiro será investida na fábrica que começou a ser construída em Inocência, na região nordeste de Mato Grosso do Sul. Anunciada em dezembro do ano passado, a venda incluiu 150 mil hectares de seus ativos florestais, englobando 85 mil hectares de reflorestamento. O negócio inclui, ainda, 31,5 milhões de toneladas de madeira em pé, além de máquinas e equipamentos florestais.

A negociação com a Klabin, que atua na produção e exportação de papéis para embalagens, incluiu todas as terras e florestas que a Arauco detinha nos estados do Paraná, Santa Catarina e São Paulo. 

O objetivo da Klabin com a compra é ter mais autossuficiência de madeira, reduzindo os investimentos futuros na compra de madeira em pé de terceiros, segundo o comando da empresa. Além disso, o negócio deve reduzir os custos operacionais de colheita e transporte de madeira, melhorando o custo caixa total da Klabin.

Ao anunciar o acordo com a Arauco, o diretor financeiro e de relações com investidores da Klabin, Marcos Ivo, disse esta era “uma ótima oportunidade em termos operacionais e financeiros, que reduzirá a necessidade de compra de madeira de terceiros, aumentará a competitividade de custos da Companhia, com criação de valor para os seus acionistas”.

Em dezembro, quando do anúncio inicial da trasação, Carlos Altimiras, Diretor Presidente da Arauco Brasil, afirmou que “esse acordo é uma boa notícia para Arauco. Isso nos permitirá promover o desenvolvimento de investimentos, bem como o negócio de celulose no Brasil.”

O negócio de celulose ao qual se referia era o Projeto Sucuriú, que terá nvestimentos de R$ 28 bilhões e ao final do empreendimeto terá capacidade para produzir 5 milhões de toneladas de celulose por ano em Inocência. 

Os trabalhos de terraplanagem no local da fábrica, às margens da MS-377 e do Rio Sucuriú, a cerca de 50 quilômetros da área urbana de Inocência, começaram no final de junho. A partir de janeiro está previsto o início das obras de metalurgia propriamente ditos. 

A previsão é de que a primeira fase entre em operação no começo de 2028.  Mas, antes mesmo do início dos trabalhos no canteiro de obras, a empresa já estava gerando em torno de mil empregos em Inocência e municípios da região nas atividades de plantio de eucaliptos.

Ainda de acordo com Altimiras, a empresa já está com cerca de 210 mil hectares contratados e 85 mil estão ocupados com eucaliptos. Ao longo de 2024 devem ser mais plantados mais65 mil hectares. Para garantir produção para desta primeira fase serão necessários em torno de 300 mil hectares. Na segunda  fase, os chilenos terão de dobrar o volume de florestas. 

Em média, o ciclo de crescimento até o corte dos eucaliptos se estende ao longo de sete anos e justamente por isso os plantios começaram ainda em 2021, bem antes da concessão de qualquer licença ambiental para instalação da fábrica.

USUFRUTO

Por ser uma empresa estrangeira, a Arauco tem restrições legais para comprar e arrendar terras no Brasil. Por isso, eles usam o termo de usufruto da terra, que é uma forma legal de arrendamento  e assim conseguem driblar a legislação brasileira a fim de permitir investimentos estrangeiros no setor da celulose. 

Estes contratos de usufruto, segundo Theófilo Militão, gerente Executivo de ESG & Relações Institucionais da Arauco, variam de um proprietário para outro, mas são de pelo menos sete anos em alguns casos ultrapassam os 30 anos.

Embora não queira citar valores pagos aos proprietários por esse usufruto, ele garante que a empresa não está tendo dificuldades para conseguir terras na região e que o “arrendamento” está sendo um bom negócio para os proprietários, já que muitas fazendas da região estavam praticamente improdutivas. 

LONGE DA CIDADE

A fábrica será instalada a cerca de 50 quilômetros da área urbana de Inocência, às margens do Rio Sucuriú e da MS-377. Conforme o prefeito, Antônio Ângelo Garcia dos Santos, mais conhecido como “Toninho da Cofap”, praticamente todo os operários que vão trabalhar na construção ficarão alojados próximo ao canteiro de obras.

No pico dos trabalhos serão 12 mil operários, o que significa 150% a mais que os 8,4 mil habitantes do município. E, de acordo com o prefeito, isso tende a reduzir os alguns dos problemas sociais, de saúde e de segurança pública enfrentados ao longo dos últimos anos em Ribas do Rio Pardo, onde a Suzano está concluído a construção de um empreendimento do mesmo porte ao da Arauco. 

Informações: Correio do Estado.

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Veracel celulose comemora 33 anos de práticas sustentáveis e contribuição para o desenvolvimento regional

A Veracel Celulose, com atuação no Sul da Bahia, construiu uma trajetória de evolução produzindo celulose da Bahia para o mundo de forma sustentável, segura, com integridade, respeito às pessoas e ao meio ambiente

A Veracel Celulose comemora dia 15 de julho o seu 33º aniversário e celebra suas conquistas e seus avanços, além de reafirmar o compromisso com a sustentabilidade, a conservação ambiental e o desenvolvimento da região Sul da Bahia.

A operação florestal da Veracel teve início em 1991, e as operações industriais, em 2005. Antes mesmo de instalar a sua fábrica, a empresa criou a Reserva Privada do Patrimônio Natural (RPPN) Estação Veracel, em 1998. Atualmente, após mais de 20 milhões de toneladas de celulose produzidas – marco atingido dois anos antes do programado -, a companhia mantém uma trajetória de evolução de modo conectado com o território em que está inserida, baseada no diálogo e no respeito com a comunidade e na sustentabilidade em todas as suas práticas.

“Somos sustentáveis em tudo o que fazemos e queremos ser mais ainda pelos próximos 33 anos e além. Com mais de três décadas de atuação, aprendemos e evoluímos muito e temos muito orgulho de nossas pessoas, de nossa região e de nosso papel como indústria baiana localizada fora dos grandes centros e produzindo celulose de qualidade da Bahia para o mundo de forma sustentável, segura, com integridade e respeito às pessoas e ao meio ambiente”, destaca Caio Zanardo, diretor-presidente da companhia.

33 ANOS DE MANEJO SUSTENTÁVEL E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

O setor de florestas plantadas é estratégico para a sociedade e, desde 2022, o Brasil é o maior exportador de celulose do mundo. Porém, ainda há muitos que acreditam que o manejo florestal impacta negativamente o meio ambiente. A Veracel busca demonstrar o contrário com suas práticas sustentáveis que vão da floresta até a fábrica da empresa.

A companhia tem, como premissa, a preservação de 1 hectare de mata nativa para cada 1 hectare de plantio de eucalipto e, desde sua chegada ao Sul da Bahia, contribuiu para a conservação ambiental na região. A Veracel já restaurou mais de 8.000 ha em suas áreas, o equivalente a mais de 8 mil campos de futebol, com mais de 5 milhões de mudas de espécies nativas.

A empresa também adota um modelo de plantio em mosaico, onde florestas de eucalipto são intercaladas com áreas de mata nativa, criando corredores ecológicos que protegem a biodiversidade local. Além disso, as florestas plantadas pela Veracel desempenham um papel crucial no sequestro de carbono, ajudando a combater o efeito estufa e contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas.

A companhia também reduziu mais de 20% o uso de água no processo produtivo de celulose nos últimos sete anos e projeta reduzir mais 10% até 2028. Em 2023, a empresa registrou o menor índice médio anual de uso específico de água da história de suas operações e se colocou como uma das melhores empresas de celulose do mundo quanto à economia do recurso em sua produção.

Do ponto de vista social, a empresa oferece diversas capacitações para o mercado de trabalho dentro do setor florestal e investe cerca de R$ 10 milhões por ano em projetos de agricultura familiar. Nesta trajetória de 33 anos, a companhia acompanhou o desenvolvimento de associações e pequenos produtores rurais: “Acreditamos que não existe sucesso empresarial se isso não for compartilhado com a comunidade. Nosso compromisso é atuar para que as comunidades conquistem sua autonomia, sua geração estabelecida de renda e desenvolvam seus talentos para crescermos ainda mais como região”, destaca Zanardo.

DESENVOLVIMENTO REGIONAL E SUSTENTABILIDADE ECONÔMICA

A Veracel também construiu um papel importante no desenvolvimento econômico da região. Em 2023, a empresa injetou R$ 370 milhões na economia regional em compras com fornecedores locais. É também responsável pela geração de mais de 3 mil empregos diretos, beneficiando cerca de 12 mil pessoas nas comunidades locais. Além disso, também representa uma opção importante para parcerias de negócios com produtores rurais para o plantio do eucalipto necessário para a produção da empresa.

A Veracel investiu cerca de R$ 100 milhões na construção da rodovia BA-658, em parceria com o governo do estado da Bahia. A nova estrada melhora a logística das florestas da empresa para sua fábrica, mas também facilita o acesso a serviços e beneficia tanto a sociedade como os diversos outros setores produtivos da região.

A ascensão do município de Eunápolis, onde a fábrica da Veracel está localizada, também comprova o impacto positivo da empresa. No último ranking divulgado pela Junta Comercial do Estado da Bahia, em 2022, Eunápolis conquistou o quinto lugar entre as cidades baianas que mais abriram empresas em outubro daquele ano, destacando-se no cenário de desenvolvimento econômico estadual.

“Agradecemos a todas as pessoas que fizeram parte da trajetória e dos aprendizados da Veracel até aqui. É por nossas pessoas que seguiremos ainda mais firmes, por muitos outros anos, em nosso propósito de ser responsável, inspirar pessoas e valorizar a vida”, finaliza o CEO da Veracel.

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Klabin (KLBN11) conclui compra bilionária por operação florestal da Arauco no Paraná

Companhia pagará US$ 1,16 bilhão para reduzir a dependência de ativos florestais de terceiros

Klabin (KLBN11) concluiu nesta terça-feira (16) a compra da operação florestal do grupo chileno Arauco no Paraná. Chamado de Projeto Caetê, o negócio foi anunciado em dezembro de 2023. Contudo, estava sujeito ao cumprimento de determinadas condições, como a aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Por isso, foi fechado apenas nesta terça-feira (16).

A Klabin deve usar recursos em caixa para efetuar o pagamento do negócio, que foi avaliado em US$ 1,160 bilhão em dezembro. Isto é, aproximadamente R$ 6 bilhões.

Klabin busca autossuficiência de madeira

Segundo a Klabin, a operação compreende a compra de 85 mil hectares de áreas florestais produtivas localizadas majoritariamente no Paraná e cerca de 31,5 milhões de toneladas de madeira em pé, além de máquinas e equipamentos florestais.

O objetivo da companhia com a compra é ter mais autossuficiência de madeira, reduzindo os investimentos futuros na compra de madeira em pé de terceiros. Além disso, o negócio deve reduzir os custos operacionais de colheita e transporte de madeira, melhorando o custo caixa total da Klabin.

Ao anunciar o acordo com a Arauco, o diretor financeiro e de relações com investidores da Klabin, Marcos Ivo, disse esta era “uma ótima oportunidade em termos operacionais e financeiros, que reduzirá a necessidade de compra de madeira de terceiros, aumentará a competitividade de custos da Companhia, com criação de valor para os seus acionistas”.

Já a Arauco disse à época que o acordo era estratégico, pois tornava a operação “ainda mais eficiente para investimentos em novos projetos”.

Informações: Investidor 10.

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Estudo prevê novas fábricas de celulose com 100 mil empregos na Costa Leste

Projeção de mais 4 indústrias foi apresentada ao Governo de MS por empresas do setor e a perspectiva é de funcionamento até 2032

A possibilidade de quatro novas indústrias de celulose na região Costa de Leste, poderá consolidar Mato Grosso do Sul como o maior produtor e exportor desse segmento no país. Atualmente, o estado já ocupa a primeira colocação nacional no ranking de exportação de celulose e responde por 24% da produção brasileira da commodity. Um novo estudo feito por empresas do setor e apresentado ao Governo do Estado, nesta semana, prevê os novos empreendimentos até o ano de 2032, sendo uma expansão que demandaria a criação de quase 100 mil novos empregos, aproximadamente 24 mil diretos e outros 69 mil indiretos.

O volume de vagas previsto leva em consideração apenas a operação das unidades, sem levar em conta os empregos que serão gerados durante o processo de construção das fábricas. Em entrevista ao Jornal do Povo, o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento de Mato Grosso do Sul, Jaime Verruck, explicou que o novo estudo tem por objetivo fazer uma projeção para verificar demandas, como geração de emprego, impactos de moradias e número de leitos hospitalares.

Ele faz essa projeção até 2032, considerando, dentro de um planejamento, o potencial de instalação dessas indústrias adicionais. Elas [indústrias] não foram nominadas, mas foram analisadas a partir de um padrão, como a fábrica da Suzano, em Ribas do Rio Pardo. Essa réplica padrão é que geraria 100 mil empregos. Só que, por outro lado, isso demandaria também uma melhoria da infraestrutura social”, considerou o secretário. 

Municípios 

Verruck destacou também que o estudo abrange Bataguassu, Santa Rita do Pardo, Brasilândia, Três Lagoas, Água Clara, Ribas do Rio Pardo, Inocência, Selvíria, Paranaíba e Aparecida do Taboado. Até 2032, conforme o secretário, seria necessário instalar 80 mil moradias adicionais, ampliar os leitos em cada cidade que será impactada. “Nós englobamos esse conjunto de municípios e o planejamento dos novos empreendimentos está todo vinculado à região Costa Leste”, disse ao apontar que Mato Grosso do Sul tem 1,4 milhão de hectares plantados e deverá chegar a 2 milhões de hectares plantados com esses novos projetos. Dessa forma, o estado vai superar Minas Gerais na liderança da área cultivada no país.

O estudo e as perspectivas foram apresentados ao governador do Estado, Eduardo Riedel, por representantes de empresas de alcance mundial e pela Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), associação que reúne a cadeia produtiva de árvores plantadas para fins industriais. Representantes das principais empresas do setor, como Arauco, Suzano, Bracell e Eldorado, também apresentaram ao governador demandas envolvendo questões sociais, como educação, habilitação e saúde pública.

Informações: JP News.

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