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Atuação em rede fortalece o manejo florestal comunitário na Amazônia

Para encerrar a Semana do Meio Ambiente, a Embrapa e o ITTO (Organização Internacional de Madeiras Tropicais) apresentam o vídeo “Manejo Florestal Comunitário e Familiar – Uma Ação Coletiva”. O produto marca a finalização do projeto Bom Manejo Fase 2 e chama atenção para a importância da atuação em rede e do fortalecimento das comunidades locais para o uso e conservação das florestas na Amazônia.

O projeto Bom Manejo 2 é coordenado e executado pela Embrapa com apoio financeiro da Agência Brasileira de Cooperação (Ministério das Relações Exteriores), Fundação Instituto de Desenvolvimento da Amazônia (Fidesa), Organização Internacional de Madeiras Tropicais (ITTO) e do Governo Japonês.

O vídeo reflete um dos prinicipais resultados do projeto, que é o trabalho articulado entre diversas instituições na direção de uma agenda positiva para o manejo florestal comunitário, segundo o pesquisador Milton Kanashiro, da Embrapa Amazônia Oriental, coordenador do Bom Manejo 2. “A participação do projeto na construção do Observatório do Manejo Florestal Comunitário e o envolvimento no Fórum Florestal da Amazônia, que reúne empresas e comunidades, trazem um legado muito importante para o momento no qual vivemos”, aponta.

Com depoimentos de comunitários da Reserva Extrativista (Resex) Verde para Sempre, localizada em Porto de Moz (PA) e de representantes de instituições locais, estaduais e federais, o vídeo destaca a atuação coletiva e coordenada de diferentes atores como estratégia fundamental frente aos vetores que ameaçam a manutenção das florestas.

A Resex Verde para Sempre é a maior Unidade de Conservação de uso sustentável do Brasil com 1,2 milhão de hectare e que este ano completa 20 anos de sua criação. Nela vivem em torno de 3 mil famílias organizadas em mais de 100 comunidades que manejam a floresta para a extração de produtos madeireiros e não-madeireiros.

Projeto em duas fases 

Na primeira fase do projeto do Bom Manejo foram desenvolvidas ferramentas para apoiar e facilitar a execução das práticas de manejo florestal e o monitoramento da floresta. São quatro softwares que focam em aspectos diferentes, porém complementares da atividade: planejamento da exploração madeireira (BOManejo); monitoramento do crescimento e da dinâmica da floresta (MFT); monitoramento financeiro das operações florestais (MEOF); e monitoramento da sustentabilidade e performance geral do manejo (MOP).

Em sua segunda fase, essas ferramentas foram aperfeiçoadas e adaptadas para outras linguagens computacionais. O projeto realizou inúmeras capacitações junto a empresas madeireiras, profissionais da área florestal e em comunidades da Resex Verde para Sempre para a disseminação de boas práticas de manejo, coletas de dados e uso das ferramentas.

Foto: Jaime Souzza

Fortalecimento do manejo comunitário

Um dos passos em direção ao fortalecimento do manejo florestal comunitário, segundo Milton Kanashiro, da Embrapa, foi a instituição, em março deste ano, de um Grupo de Trabalho (Portaria GM/MMA nº 1.019, de 21/3.2024) para coordenar a elaboração do Programa Federal de Manejo Florestal Comunitário e Familiar, a ser estabelecido no âmbito do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e do Serviço Florestal Brasileiro – SFB. “A portaria representa a retomada em nível federal do programa e certamente dará um grande impulso na atividade junto as comunidades”, avalia o pesquisador.

“O manejo florestal veio para organizar nossa atividade, o nosso planejamento dentro da floresta, considerando nossa economia, o nosso bem-viver e o meio que a gente vive”, afirma Margarida Ribeiro, moradora da Resex.

“Quando todos se coordenam, é possível articular melhor as ações, programas e políticas públicas em prol do uso e conservação da floresta. Manter a floresta viva e em pé é um compromisso do Brasil com o planeta e com as populações da Amazônia”, finaliza Luciana Valadares, da Secretaria de Biodiversidade, do Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (MMA).

Informações: Embrapa Amazônia Oriental.

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Em MS, projeto pretende reflorestar 2 mil hectares de vegetação no Alto Taquari

Meta é realizar o reflorestamento da área em cinco anos, aponta presidente do Instituto Espinhaço

O Projeto Pró-Águas Rio Taquari pretende reflorestar 2 mil hectares de vegetação nativa no Alto do Rio Taquari, na região de Mato Grosso do Sul, com apoio técnico do Governo Estadual. A meta é realizar o reflorestamento da área em cinco anos.

O lançamento do projeto ocorreu nesta quinta-feira (6), no auditório da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), na Capital. Também foi assinado um Acordo de Cooperação Técnica entre o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) e o Instituto Espinhaço, que liderará o projeto.

Considerado por muitos especialistas como o maior desastre ambiental do Pantanal, o assoreamento do rio, que nasce em Mato Grosso e atravessa o Pantanal de Mato Grosso do Sul, começou a ser registrado nos anos 60 e já foi considerado irreversível. Essa visão, no entanto, tem mudado nos últimos anos.

Em entrevista recente, o ambientalista e doutor em Ecologia e Conservação pela UFMS, José Milton Longo, apontou que a ação humana é um dos fatores que acelerou o processo de assoreamento do rio. “Há uma substituição do uso do solo na região da Bacia do Taquari por pastagem para agropecuária, o que aumenta o nível de desmatamento. O rio naturalmente leva sedimento, mas a ação humana acelerou isso a níveis muito mais graves”.

Presidente do Instituto Espinhaço, Luiz Oliveira, assina Acordo de Cooperação Técnica junto a representantes do Imasul (Foto: Mylena Fraiha).

Para tentar reverter parte do problema, o Instituto Espinhaço, junto ao Imasul, realizará a recomposição da vegetação nativa e a conservação de solo e água, que abrange um total de 2 mil hectares e perpassa por oito municípios de MS.

O foco inicial do projeto será a recuperação da mata na região da Bacia do Alto Taquari, cujo desmatamento e pastagens degradadas contribuíram para o processo de assoreamento do Rio Taquari.

“Estamos começando pela área do planalto, na cabeceira do rio, para, em um momento subsequente, chegar ao médio e baixo Taquari. O que propomos na parte alta do Taquari é a recuperação de vegetação nativa e ações de conservação de solo e água. Nosso objetivo é produzir água de qualidade para o Taquari”, explica Luiz Oliveira, presidente do Instituto Espinhaço.

Luiz explica que 2 mil hectares serão reflorestados no Alto Taquari, em Mato Grosso do Sul (Foto: Mylena Fraiha).

Segundo Luiz, a previsão é de que em cinco anos seja feita a recuperação dos 2 mil hectares de vegetação nativa. Ele também destacou que a recuperação completa do rio é uma tarefa de longo prazo, exigindo recursos substanciais e um esforço contínuo. “A recuperação do Rio Taquari é um esforço hercúleo, com muito recurso e tempo. É impossível resolver o tamanho do problema do Rio Taquari em pouco tempo.

Oliveira também chamou a atenção para a importância da participação do agronegócio no processo de recuperação. “O agronegócio deve ser convocado como parte da solução. Não acredito que o setor agro, na posição de contraditório, resolverá esse problema. É essencial harmonizar as relações entre as pessoas e a natureza.”

Financiamento – Conforme apontado pelo diretor-presidente do Imasul, André Borges, o Projeto Pró-Águas Rio Taquari funcionará exclusivamente com recursos da iniciativa privada, que serão captados pelo Instituto Espinhaço a partir deste mês.

O Governo de MS atuará na delimitação das áreas que serão reflorestadas. “O Estado é parceiro no projeto, mas não haverá transferência de recursos públicos. O recurso será da iniciativa privada. No entanto, o Estado será parceiro, auxiliando na cooperação técnica e na seleção das áreas. Como temos o conhecimento do campo, faremos a delimitação da área”, explica André.

Informações: Campo Grande News.

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Suzano vê espaço para assumir dívidas substanciais ao avaliar nova oferta pela International Paper

A gigante do setor de papel e celulose, Suzano, vê espaço para assumir dívidas substanciais ao avaliar uma nova oferta pela International Paper, de acordo com pessoas com conhecimento direto sobre assunto.

A Suzano (BOV:SUZB3) pode tomar emprestado até US$ 19 bilhões e ainda manter a dívida líquida da empresa combinada perto de cinco vezes o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), disseram as pessoas, que pediram anonimato porque as discussões são privadas. Esse é um nível de alavancagem que a Suzano, maior produtora de celulose do mundo, alcançou algumas vezes desde que a obteve sua classificação de grau de investimento em 2018.

Não fica claro se a Suzano está disposta a ir tão longe pela International Paper. Ainda assim, a matemática mostra quanta margem de manobra a empresa controlada pela bilionária família Feffer tem para aumentar sua oferta. A Suzano vê uma combinação com a International Paper de Memphis, no Tennessee, como a criação de uma potência global capaz de gerar dinheiro suficiente para desalavancar rapidamente um balanço patrimonial endividado.

A empresa se recusou a comentar na sexta-feira. As ações da International Paper subiram até 4,3%, para US$ 46,34, com a notícia. As ações da Suzano reverteram um ganho anterior e negociam pouco alteradas.

A Suzano, que tem cerca de US$ 12 bilhões em dívida líquida, garantiu aos investidores que não fará nenhuma oferta que possa comprometer sua classificação de grau de investimento, segundo fontes. A International Paper rejeitou uma oferta inicial de US$ 42 por ação, que teria avaliado a empresa em quase US$ 15 bilhões. A fabricante de embalagens provavelmente rejeitará qualquer oferta abaixo da marca de US$ 50 por ação, ou um total de US$ 17,3 bilhões, disseram pessoas familiarizadas com o assunto.

Além da dívida, a Suzano está cogitando usar ações e parte de seus US$ 3,7 bilhões em dinheiro para ajudar a financiar uma oferta, segundo fontes.

A Suzano e a International Paper gerariam lucros combinados de US$ 7,2 bilhões no próximo ano, excluindo quaisquer economias e ganhos de receita de uma combinação, de acordo com estimativas atuais de analistas compiladas pela Bloomberg. A Suzano está se aproximando da conclusão de um projeto de US$ 4,2 bilhões que aumentará sua capacidade de produção de celulose de fibra curta em 20%, aumentando sua capacidade de geração de caixa.

O plano de aquisição da Suzano enfrenta obstáculos significativos, incluindo elevados custos de financiamento. O rendimento exigido pelos investidores para manter os US$ 1,75 bilhão em notas da empresa com vencimento em 2029 saltou para 6,2%, ante 5,1% em dezembro. Suas ações também estão perdendo valor rapidamente. A capitalização de mercado da Suzano despencou mais de 20% desde 6 de maio, antes de a Reuters informar pela primeira vez que a empresa brasileira havia abordado a International Paper, para US$ 12 bilhões. Enquanto isso, a International Paper saltou mais de 20%, para quase US$ 16 bilhões.

Informações: ADVFN.

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Faltam poucos dias para o ‘start’ da maior fábrica de celulose do mundo; economia de Ribas dispara

O Projeto Cerrado produzirá 2,55 milhões de toneladas de celulose por ano, ampliando a capacidade instalada da Suzano para 13,5 milhões de toneladas anuais, além de 1,5 milhão de toneladas de capacidade instalada de papel e outros produtos

Faltam poucos dias para Ribas do Rio Pardo (MS) se tornar referência mundial, a data, de extrema importância para o setor da celulose, está se aproximando. A maior fábrica do planeta entra em operadção no final este mês de junho na cidade. Um megaempreendimento será startado, após três anos de obras e milhares de empregos gerados.

Prédio administrativo da nova fábrica. Imagem: divulgação.

Referência global na fabricação de produtos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, particularmente na produção de celulose, a nova fábrica de celulose erguida em Ribas do Rio Pardo exigiu R$ 22,2 bilhões de investimentos e ampliará em cerca de 20% a capacidade instalada da companhia.

Projeto em fase de finalização das obras. Imagem: divulgação.

O Projeto Cerrado produzirá 2,55 milhões de toneladas de celulose por ano, ampliando a capacidade instalada da Suzano para 13,5 milhões de toneladas anuais, além de 1,5 milhão de toneladas de capacidade instalada de papel e outros produtos.

Esteiras de última geração para transportar cavacos de eucalipto. Imagem: divulgação.

Desafios

Com a maior fábrica de celulose do mundo prestes a entrar em operação, a Suzano, também conhecida como Projeto Cerrado, levou um enorme desenvolvimento para Ribas do Rio Pardo. O megaempreendimento levou emprego de sobra para o município, que continua crescendo e ocupando o segundo lugar em Mato Grosso do Sul na criação de empregos.

Ribas do Rio Pardo (MS). Imagem: divulgação.

Como nem tudo são flores, Ribas do Rio Pardo também enfrentou e enfrenta problemas. Uma equipe da prefeitura chegou a ir até Três Lagoas (MS) para realizar estudos sobre o impacto da instalação de uma fábrica de celulose.

Com duas fábricas de celulose, Três Lagoas tem sido um espelho não só para Ribas, mas também para Inocência, que em breve será contemplada com a Arauco. As indústrias levam milhares de pessoas para uma cidade, sendo assim, problemas com educação e moradia são inevitáveis.

O Chefe do Executivo de Ribas está correndo contra o tempo para tentar colocar tudo em ordem antes de deixar o mandato. Ele explica que escolas, creches e moradias estão nos planos. Em entrevista ao Perfil News, ele também adiantou que tem negociado com os governos do Estado e Federal sobre a duplicação da BR-262, rodovia conhecida por colecionar acidentes.

Vivendo um momento de euforia, Ribas aguarda a fábrica entrar em operação. O prazo, de acordo com a Suzano, é até junho de 2024 e a indústria vai começar com 3 mil trabalhadores. Durante o pico da obra, foram quase 12 mil empregos gerados.

“A cidade está pujante. Temos ajuda da iniciativa privada, mas hoje, só em obras, temos mais de R$ 100 milhões de recursos próprios investidos. Ribas vive um momento de euforia. O pico da obra já passou, o número de trabalhadores diminuiu e tendência é que a cidade receba novos moradores fixos.”

Com os moradores fixos, o aumento de escolas e de moradia também aumentam. Com aumento do aluguel em 200% o prefeito explica que sem ter como pagarem aluguel que teve grande aumento, muitas famílias ficaram sem ter um imóvel para morarem.

“Com os novos moradores, tudo muda. São novas culturas e a cidade está se moldando para recebê-los. São detalhes que já aconteceram em Três Lagoas. Temos um desafio que envolve escolas. Estamos construindo duas creches para 360 alunos e estamos trabalhando com o Ministério Público Estadual. Também temos o gargalho da moradia”.

Além disso, o prefeito adianta que tem se reunido com o Governo do Estado e Governo Federal para tentar resolver o problema da BR-262. A rodovia corta várias cidades de MS e com as fábricas de celulose, o número de acidentes aumentou muito.

“Estamos tentando agilizar o problema da BR-262 com o Governador do Estado e com o Governo Federal. Em relação à moradia devemos ir para Brasília e trazer o projeto minha Casa Minha Vida para construir residências em um terreno que já foi desapropriado. Também tive uma conversa com a Ministra Simone Tebet que entendeu a nossa demanda. Estamos preocupados com as pessoas, queremos dar casa a quem precisa de casa”, disse.

Informações: Perfil News.

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WestRock ajuda Coca-Cola a substituir anéis multipack de plástico por papelão

A mudança deve substituir cerca de 200 mil libras de plástico

A WestRock e a Liberty Coca-Cola Beverages instalaram com sucesso novos equipamentos nas instalações de produção da engarrafadora na Filadélfia, nos EUA, buscando substituir cerca de 200 mil libras de anéis de plástico usados ​ em multipacks de bebidas por transportadores de papelão recicláveis. Para isso, conta com a tecnologia PETCollar Shield Plus projetada pela WestRock e o papel CarrierKote.

Projetadas para serem fáceis de segurar, os transportadores de papelão agora embalam as principais marcas da Coca-Cola em embalagens múltiplas de bebidas. A Liberty Coca-Cola Beverages – que engarrafa bebidas da Coca-Cola na Filadélfia, Nova Jersey e na cidade de Nova York, EUA – é a primeira distribuidora de bebidas em todo o mundo a fazer uso desta solução.

“A nova tecnologia de embalagem nos permite substituir completamente os anéis de plástico por suportes de papelão para produtos produzidos em nossas instalações na Filadélfia”, disse Fran McGorry, coproprietário da Liberty Coca-Cola Beverages.

Sam Shoemaker, presidente de embalagens de consumo da WestRock, completou: “O compromisso da Liberty Coca-Cola com a inovação e o avanço da sustentabilidade é verdadeiramente inspirador. Na WestRock, temos orgulho de nos unirmos à Liberty Coca-Cola para ajudar a organização a atender seus clientes e, ao mesmo tempo, promover uma economia mais circular”.

A mudança está alinhada com a intenção da PepsiCo Beverages North America de eliminar anéis de plástico em suas embalagens múltiplas para as marcas Pepsi, Pepsi Zero, Mountain Dew, Starry, Gatorade e 7UP nos EUA e Canadá – substituindo-os por alternativas recicláveis ​​à base de papel.

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Bracell celebra Dia Mundial do Meio Ambiente com palestras e plantio de mudas em colégios na Bahia

As ações focadas na importância da conservação da natureza ocorreram nesta quarta, 5, e quinta-feira, 6, em unidades de ensino de Alagoinhas

A importância da conservação da natureza e da biodiversidade, assim como os conceitos de restauração ecológica e de ecossistema, são os temas abordados nas palestras promovidas pela Bracell em dois colégios na cidade de Alagoinhas, no Agreste baiano. Realizadas nesta quarta, 5, e quinta-feira, 6, as atividades incluíram o plantio de mudas de espécies nativas, com participação dos alunos, e fazem parte das celebrações pelo Dia Mundial do Meio Ambiente.

A primeira unidade de ensino a receber o bate-papo, conduzido por Davidson Santos, analista de Meio Ambiente da Bracell na Bahia, nesta quarta, foi o Colégio Militar de Alagoinhas. Na ocasião, os estudantes do 7º ano puderam aprender mais sobre a importância da conservação da natureza, do ciclo hidrológico, da regulação climática e das ações e iniciativas que contribuem para a preservação do meio ambiente, tanto no campo como na indústria.

A segunda palestra será nesta quinta, 6, para os estudantes do 7º ano do Colégio Municipal de Alagoinhas. No encontro, os alunos saberão mais sobre a restauração florestal e a relação com os seres humanos, como os serviços ecossistêmicos, essenciais para a sobrevivência no planeta, além de participar do plantio de mudas de espécies nativas na área interna da escola.

“Poder compartilhar esse conhecimento e as informações sobre as formas de conservação ambiental para a nova geração é essencial, porque ela faz parte da construção de uma nova mentalidade e de uma forma de viver, que precisa ter a preservação da natureza como propriedade”, afirma Santos, acrescentando que a Bracell vem desenvolvendo ações para orientar e capacitar não só os estudantes, como também os moradores das comunidades na área de influência da empresa, para se tornarem ecoagentes, visando à preservação ambiental.

Ele destaca ainda que a Bracell também desenvolve programas e iniciativas que têm como base um compromisso sólido com o uso sustentável dos recursos naturais e a preservação e recuperação dos remanescentes de vegetação nativa em suas propriedades. Um exemplo disso é o Compromisso Um-para-Um, pelo qual a empresa vai igualar o total de hectares de plantio de eucalipto com o de vegetação nativa preservada, inclusive em áreas públicas, nos estados onde a empresa atua até 2025. Até o final de 2023, a companhia já tinha alcançado 92% da meta. Além disso, há programas ambientais realizados pela Bracell com foco no monitoramento dos recursos hídricos, da fauna e flora silvestres e do solo.

De acordo com o biólogo Igor Macedo, especialista em Meio Ambiente da Bracell, “o processo de restauração faz parte das atividades da gestão da natureza na companhia. Áreas um dia degradadas são atualmente protegidas e, quando necessário, manejada com plantio de mudas nativas, conformação do solo e erradicação de espécies exóticas, buscando restabelecer os processos ecossistêmicos. Estas atividades fazem parte do Programa de Restauração Ambiental da Bracell e estão em consonância com os objetivos globais do Bracell 2030, além de contribuir fortemente para a Década da Restauração. Até 2023, a Bracell já executou processos de restauração em mais de 1.000 hectares”.

Sobre a Bracell

A Bracell é uma das maiores produtoras de celulose solúvel e celulose especial do mundo, com duas principais operações no Brasil, sendo uma em Camaçari, na Bahia, e outra em Lençóis Paulista, em São Paulo. Além de suas operações no Brasil, a Bracell possui um escritório administrativo em Cingapura e escritórios de vendas na Ásia, Europa e Estados Unidos. www.bracell.com

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MS Florestal realiza ações educativas em escolas de três municípios e distribuição de centenas de mudas

Nesta Semana do Meio Ambiente serão organizadas diversas atividades, como entrega de mudas e conscientização de combate a incêndio

A MS Florestal, empresa genuinamente sul-mato-grossense na área de florestas, realiza diversas atividades educativas com crianças do ensino público em alusão à Semana do Meio Ambiente. Foram organizadas ações em escolas da zona rural nos municípios de Água Clara, Bandeirantes e Ribas do Pardo. Ao todo serão distribuídas 500 mudas de árvores nativas e frutíferas.

A programação teve início na manhã de terça-feira (4). O time de Meio Ambiente prestou apoio à Escola Estadual Chico Mendes, de Água Clara, fornecendo transporte e refeição a 40 alunos para conhecer o Bioparque Pantanal, em Campo Grande. Além desta, a equipe de Relações com a Comunidade, com participação da Brigada de Incêndio Florestal, levou mudas e orientações educativas para a Escola Municipal Takigawa, em Ribas do Rio Pardo.

Alunos no Bioparque Pantanal. Foto Divulgação MS Florestal
Crianças ouvem orientações do time da Brigada de Incêndio Florestal. Foto Divulgação MS Florestal

Nesta terça-feira (5), data que marca o Dia do Meio Ambiente, a ação da vez foi no distrito de São Domingos, na Escola Municipal Eva Freitas Mathias. Foram doados materiais para revitalização da horta da escola. As atividades seguem ao longo desta semana e na próxima, até o dia 12 de junho.

Recicla Verdinho

Comprometida com a comunidade com o desenvolvimento sustentável, e dentro da temática de sustentabilidade e cuidado com o meio ambiente, hoje também foi lançado o Projeto Recicla Verdinho, em Santa Rita do Pardo. A iniciativa realizada pela MS Florestal acontece em parceria com Bracell Social e prefeitura do município, e é um projeto que une educação, sustentabilidade e empreendedorismo.

Cada estudante do município tem a oportunidade de trocar dez itens de reciclagem por uma moeda social, um “Verdinho”, que pode ser utilizado para adquirir produtos da agricultura familiar nas feiras livres da cidade. O valor das moedas trocadas é repassado integralmente aos produtores. 

No ano passado, o Projeto foi realizado em parceria com o Sebrae, por meio do Cidade Empreendedora, e as prefeituras locais, com apoio da MS Florestal especificamente em Santa Rita do Pardo e Bataguassu.

Conforme dados do Projeto, em 2023 foram mais de 40 mil volumes trocados e mais de 4 mil Verdinhos distribuídos em Santa Rita do Pardo. Já em Bataguassu, também até o final do ano passado, foram mais de 22 mil volumes trocados e mais de 2 mil Verdinhos distribuídos. A continuação em Bataguassu será oficialmente lançada ainda no primeiro semestre deste ano.

“Cada ação em prol do meio ambiente é uma contribuição valiosa para o futuro do nosso planeta. Entendemos que o cuidado com o meio ambiente não é apenas uma responsabilidade, mas uma oportunidade de promover o desenvolvimento sustentável, extrapolando as fronteiras das localidades onde atuamos”, expressa Marisa Coutinho, Gerente de Relações Institucionais, Governamentais e com Comunidades da MS Florestal.

Sobre a MS Florestal

 A MS Florestal é uma empresa genuinamente sul-mato-grossense que fortalece as atividades de operação florestal do Grupo RGE no Brasil, com ênfase na silvicultura, desde o plantio do eucalipto até a manutenção da floresta. A MS Florestal é comprometida com a filosofia empresarial dos 5Cs, de que tudo o que fazemos deve ser bom para a Comunidade, para o País, o Clima e para o Cliente e só então será bom para a Companhia.

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Suzano tem três processos seletivos abertos para atender suas operações em Três Lagoas e região


As inscrições estão abertas para todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, origem, etnia, deficiência ou orientação sexual, na Plataforma de Oportunidades da empresa

A Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, está com três processos seletivos abertos para atender a demanda de suas operações em Três Lagoas (MS) e região. Entre eles, há vagas afirmativas exclusivas para Pessoas com Deficiência (PcDs) e mulheres. As demais inscrições podem ser feitas por todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, origem, etnia, deficiência ou orientação sexual, na Plataforma de Oportunidades da empresa (https://suzano.gupy.io/).

Um dos processos seletivos afirmativos para mulheres e/ou PcDs em aberto é para a função de Engenheiro(a) de Produção Júnior – Pátio de Madeiras. Para concorrer, os pré-requisitos são: ter Ensino Superior completo em Engenharia(as) ou afins; possuir conhecimento do processo de produção de celulose e em metodologias ágeis; também é desejável habilidades avançadas em Excel e conhecimento em Power BI e SAP. É importante que as pessoas interessadas tenham disponibilidade para atuar presencialmente em Três Lagoas (MS). As inscrições ficam abertas até o dia 12 de junho e devem ser feitas pela página: https://suzano.gupy.io/jobs/7198744?jobBoardSource=gupy_portal.

Outra oportunidade em aberto é para a função de Assistente Administrativo I – vaga afirmativa para Pessoas com Deficiência (PcD). Para concorrer, os pré-requisitos são: ter Ensino Médio completo; conhecimento intermediário em Excel; possuir experiência com rotinas administrativas e administração de estoques; disponibilidade para atuação presencial em campo. Pessoas com conhecimento em SAP será um diferencial. As inscrições ficam abertas até o dia 30 de junho e devem ser feitas pela página: https://suzano.gupy.io/jobs/6598575?jobBoardSource=gupy_portal.

Já para a função de Operador(a) Máquina Florestal, as pessoas interessadas devem atender aos seguintes pré-requisitos: ter Ensino Fundamental completo; possuir experiência comprovada em carteira de no mínimo 1 ano como Operador de Máquinas Florestais ou de Colheita (Operadores de Forwarder ou de Harvester); ter CNH categoria “B”; e possuir disponibilidade para residir em Bataguassu (MS). As inscrições ficam abertas até o dia 12 de junho e devem ser feitas pela página: https://suzano.gupy.io/jobs/7222374?jobBoardSource=gupy_portal.

Mais detalhes sobre os processos seletivos, assim como os benefícios oferecidos pela empresa, estão disponíveis na Plataforma de Oportunidades da Suzano (https://suzano.gupy.io/). Na página, candidatos e candidatas também poderão acessar todas as vagas abertas no Estado e em outras unidades da Suzano no País, além de se cadastrar no Banco de Talentos da empresa.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose; papéis para imprimir e escrever; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis sanitários e produtos absorventes; além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender a demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página https://www.suzano.com.br/

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Mapa reforça compromisso com o setor florestal brasileiro na conservação do meio ambiente

Pasta dedica esforços para reflorestamento e recuperação de áreas degradadas. Setor de árvores cultivadas se apresenta como atividade sustentável no equilíbrio entre produção e conservação ambiental

Semana Mundial do Meio Ambiente, celebrada de 1 a 7 de junho, é um momento primordial para reforçar a importância do Setor Florestal na conservação do meio ambiente. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) possui um departamento dedicado ao reflorestamento e à recuperação de áreas degradadas.

Dentro deste contexto, o trabalho do setor de árvores cultivadas destaca-se como uma importante atividade sustentável, realizada mediante técnicas cada vez mais modernas e baseadas em ciência, que contribuem significativamente para o equilíbrio entre a produção e a conservação ambiental. Os esforços são direcionados para a busca por desenvolvimento econômico e social para o Brasil.

O manejo florestal, realizado de maneira eficiente, é capaz de promover o reflorestamento em áreas degradadas e a conservação da biodiversidade, uma vez que contribui para a preservação de nascentes, do solo e do clima, especialmente na transição para uma economia de baixo carbono.

A expansão dos cultivos tem ocorrido em áreas previamente antropizadas, substituindo pastos de baixa produtividade por florestas cultivadas, conservando, simultaneamente, 6,7 milhões de hectares de mata nativa – o que equivale, por exemplo, ao território do estado do Rio de Janeiro. Os números ligados ao setor são robustos.

De acordo com informações divulgadas pela Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ), em 2022 a área conservada da cadeia de árvores plantadas alcançou 6,73 milhões de hectares, abrangendo 4,75 milhões de hectares de Reserva Legal (RL) e 1,89 milhões de hectares de Áreas de Preservação Permanente (APP). A média de excedente de área de proteção legal no setor é superior à exigida pelos órgãos responsáveis em, praticamente, todos os projetos.

Segundo a secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do Mapa, Renata Miranda, “os dados refletem o compromisso e a responsabilidade dos profissionais e entidades do setor florestal com a conservação do meio ambiente e a promoção da sustentabilidade”.

Informações: GOV/BR.

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Primeiro dia do X Fórum da Abisolo aborda temas como competitividade e sustentabilidade econômica

Especialistas apresentaram aspectos vitais para o crescimento do mercado de fertilizantes especiais

O primeiro dia do X Abisolo – Fórum e Exposição, principal evento da indústria de fertilizantes especiais, condicionadores de solo e substratos para plantas da América Latina promovido pela Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo), apresentou um vasto conteúdo sobre a sustentabilidade econômica da produção agrícola e um panorama sobre o ambiente de negócios e competitividade.

Com a presença do Presidente do Conselho Deliberativo da Abisolo, Roberto Levrero, do secretário de Defesa Agropecuária – Ministério da Agricultura e Pecuária, Carlos Goulart, do subsecretário da Agricultura do Estado de São Paulo, Orlando Melo de Castro, da chefe-adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Territorial, Lucíola Alves Magalhães, do Diretor do Departamento de Agronegócio da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e vice-presidente do Conselho Superior do Agronegócio da Fiesp, Roberto Betancourt, e do sócio da Maneira Advogados, Eduardo Lourenço Gregório Júnior, a mesa de abertura deu início aos painéis temáticos desta quarta-feira, 5 de junho, no Expo D. Pedro, em Campinas (SP).

De acordo com Levrero, presidente do Conselho Deliberativo da Abisolo, o objetivo do fórum é ampliar o debate do papel estratégico do mercado de fertilizantes especiais. “Esse é um momento de troca de e conhecimentos e experiências. Temos consciência de que o nosso setor é estratégico para a manutenção da competitividade do agronegócio brasileiro e, com essa oportunidade, ampliamos a nossa capacidade de análise e decisão”, disse.

Presidente do Conselho Deliberativo da Abisolo, Roberto Levrero.

Levrero também ressaltou que o mercado de fertilizantes especiais teve um faturamento de R$ 22,6 bilhões em 2023, graças aos constantes investimentos em pesquisa e desenvolvimento, gestão e resiliência dos profissionais que atuam nesse setor. “Nosso setor contribuiu para o agro nacional com ganho de eficiência e diminuindo a dependência da importação dos insumos”, enfatizou Levrero.

O secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, destacou o momento oportuno no aspecto de regulação dessa indústria. “Esse é um setor que está se transformando e inovando, testando as fronteiras da regulação, que hoje já não responde mais aos desafios apresentados. Um exemplo disso é como classificar os bioinsumos e como vendê-los, comercializá-los, já que possuem funções diferentes. Precisamos de uma legislação que seja flexível o suficiente para não negar novas tecnologias”, apontou Goulart.

Negócios e competitividade

O painel de abertura do fórum foi dedicado ao tema “Ambiente de negócios e competitividade”, com uma abordagem detalhada sobre a competitividade, segurança jurídica, ambiente de negócios, mercado de carbono e sustentabilidade da produção agrícola brasileira.

A primeira palestra foi ministrada pelo professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Daniel Vargas, com o tema a “Sustentabilidade da Produção Agrícola Brasileira e o Mercado de Carbono”. Vargas abordou duas questões centrais para a produção de alimentos no Brasil: o significado de “verde” e qual a posição do país no mercado de carbono.

“Sabemos que nos últimos anos o mundo tem dado muitos passos para abraçar a agenda verde como um caminho de progresso. Mas ‘verde’, no debate internacional é um conjunto de objetivos estabelecidos por padrões ou pela ciência e que nos permitem diferenciar as atividades produtivas e dizer quais são sustentáveis e quais não são”, explicou.

Quando esses padrões aterrizam na realidade tropical, como no Brasil, as tensões começam a emergir, segundo o palestrante da FGV. “Ao discutirmos a transição verde, a impressão é de que a nossa tarefa é nos adaptar ao que foi definido por padrões internacionais. Mas o setor de uso da terra tem uma condição própria. Temos a oportunidade de criar uma maneira de tornar visível e rentável o nosso verde para convertê-lo em valor”, ressaltou Vargas.

O professor também questionou qual é e qual deve ser o papel da agropecuária no mercado de carbono? Internacionalmente, ele explicou que o foco central desse mercado tem sido a criação de um regime que permita adaptação da realidade para atividades que são mais limpas ou mais sustentáveis. No Brasil, segundo ele, o debate oscila, mas prevalece a ideia de que precisamos adaptar esse regime para tratar o uso do solo.

“Nós vamos participar desse regime como mais um setor devedor, com metas e obrigações a cumprir, ou vamos participar desse setor como um credor, como alguém que tem a função e a tarefa de oferecer ativos que podem contribuir com serviços ambientais sustentáveis para o planeta?”, questionou. “O melhor caminho e proposta para um regime de precificação do mercado de carbono brasileiro é a segunda rota, na qual conseguiremos capitalizar financiamento, investimentos, tecnologia e técnicas de produção mais sustentáveis”, concluiu Vargas.

A segunda palestra foi dedicada à “Competitividade Internacional da Agricultura Brasileira: Status, Riscos e Oportunidades” e contou com o pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), José Eustáquio Ribeiro Vieira Filho, como palestrante. Ele concentrou sua fala em três pontos principais: uma avaliação das bases da produção e da sustentabilidade produtiva do agronegócio, a preservação das florestas brasileiras por meio da adoção de tecnologias poupadoras da terra e as exportações brasileiras em comparação com outros países.

“O Brasil vem crescendo a sua Produtividade Total dos Fatores (PTF), de forma muito mais rápida do que o resto do mundo. O PTF é a capacidade de gerenciar melhor os insumos e o conhecimento que façam com que a utilização dos insumos seja aproveitada de forma mais eficiente”, analisou o palestrante ao comentar o “efeito poupa-floresta”, que evidencia o compromisso do Brasil com práticas agrícolas sustentáveis. Comparando dados de produção e emissões de carbono ao longo das últimas décadas, o pesquisador explicou que o Brasil se destaca como líder na eficiência de produção por unidade de emissão, demonstrando um notável avanço na redução da pegada de carbono do setor agrícola.

“Quando comparamos a relação entre produção e emissão de carbono ao longo das últimas décadas, é notável o avanço que o Brasil alcançou. Na década de 90, um quilo de carbono resultava na produção de 243 quilos de alimento. Hoje, esse mesmo quilo de carbono gera uma produção de 774 quilos de alimento. Este aumento significativo na eficiência produtiva demonstra o compromisso do Brasil com a sustentabilidade e sua liderança na redução da pegada de carbono no setor agrícola”, explicou Vieira Filho.

O primeiro painel desta quarta-feira foi encerrado por uma síntese do professor da FIA Business School, Ivan Wedekin, responsável também pela medição das perguntas dos participantes.

Sustentabilidade Econômica

No período da tarde, o segundo painel abordou a “Sustentabilidade Econômica da Produção Agrícola” e apresentou um panorama do cenário macroeconômico, político e geopolítico do setor de fertilizantes.

O economista e consultor da MB Associados, Sérgio Vale, foi responsável por abordar o tema “Cenário Macroeconômico, Político e Geopolítico e Impactos no Agro. “Os indicadores mostram que a recessão dos Estados Unidos deve chegar até o final do ano. E no segundo semestre já começaremos a ver isso acontecer, incentivado também pelas eleições presidenciais norte-americanas”, analisou Vale.

Ele explicou que as guerras da Ucrânia e de Israel também têm reflexo nessa conjuntura, assim como a produção chinesa, que favorece a ampliação comércio da China para fora do país. Tais fatores mostram que a economia mundial está se fragmentando, de acordo com o palestrante

Já no mercado nacional, o economista destacou o agronegócio como um fator do crescimento da economia brasileira. “As commodities têm sido o grande carro chefe desse crescimento. O Brasil está cada vez mais bem posicionado no mundo das commodities. E o processo de descarbonização pode acelerar essa tendencia”, frisou Vale.

Ele também ressaltou os efeitos sociais dessa mudança. “Os estados do agro têm os menores índices de desigualdade de renda atualmente, a exemplo de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A esfera social desses estados se desenvolveu com muita intensidade, mostrando que o agronegócio não é só economia, mas tem cada vez mais impacto social”, listou o palestrante.

A segunda palestra foi apresentada pela engenheira agronômica e editora assistente de grãos e fertilizantes na Argus Media, Renata Cardarelli, e teve como tema o cenário global dos fertilizantes. “O País importa em torno de mais de 80% dos fertilizantes necessários e busca alternativas para diminuir a dependência da importação”, afirmou a palestrante. 

Renata também ressaltou a importância de se acompanhar o cenário dos fertilizantes NPK. “O panorama é de pouca movimentação de preço e uma tendência de queda. Outro ponto de atenção no é a disponibilidade de ureia chinesa para o mercado, o que acaba refletindo nos valores globais”, alterou Renata.

A demanda global do fertilizante é de 180 milhões de toneladas anualmente, diante de uma capacidade de produção de 200 milhões de toneladas. “A perspectiva é de que a oferta se mantenha maior do que a demanda. O sudeste asiático e Austrália devem intensificar a compra e o movimento no ocidente deve aumentar conforme os preços sobem”, explicou a palestrante da Argus Media.

Para encerrar o segundo e último painel desta quarta-feira, o consultor em agronegócios, Carlos Cogo, representante da COGO Inteligência em Agronegócio, abordou os cenários para o agronegócio global mundial e brasileiro, com destaque para a gestão da fazenda para além da porteira.

Para essa análise, Cogo listou os três principais fatores: a urbanização, a expansão populacional – concentrada em oito países africanos e do sudeste asiático – e o crescimento da classe média global, que hoje está em 3,8 bilhões de pessoas e caminha para 5,3 bilhões de pessoas até o final da década. “A classe média é a camada da população que mais impacta a mudança dos hábitos alimentares com o maior consumo de proteínas animais e de rações e grãos, como milho e farelo de soja”, disse Cogo.

O crescimento do consumo de proteína e de grãos em nível global é bastante desigual. “Hoje o Brasil é o quarto maior produtor de grãos no mundo, com 331 milhões de toneladas, e seguido pelos Estados Unidos, com 315 milhões. Também é o maior exportador global de grãos e de carne e dificilmente irá perder esse status nos próximos anos”, analisou o consultor.

Para abordar a gestão além da fronteira, ele destacou que o produtor brasileiro pode proteger seu negócio com base nos três itens que compõem o preço: cotação futura, Basis (disparidade de preço causada pela diferença geográfica entre os pontos de entrega das commodities) e a taxa de câmbio. Outro ponto de atenção é o baixo volume de vendas antecipadas à colheita, o que gera excesso de oferta na safra e reduz prêmios nos portos. E isso poderá se repetir em 2024/25, afirmou o palestrante

Outros pontos carentes de melhoria na gestão também foram citados pelo consultor. “Estamos tomando o cerrado como o maior estoque de terras agrícolas, mas nossa expansão precisa ser em direção ao Arco Norte, Matopiba e sul do Pará, nossas principais fronteiras agrícolas. O produtor brasileiro também precisa fazer seguro rural, mas poucos fazem. A gestão de risco Hedge também é feita por uma minoria”, afirmou.

Cogo também citou a preocupação com o nível de escassez de água, visto que o Brasil já ocupa a lista de risco médio; a gestão de armazenagem, com tendência a um déficit de 123,1 milhões de toneladas em 2025; a frota, que cresceu expressivamente, mas não na mesma proporção de área plantada e possui máquinas defasadas; além da falta de conectividade, com 69% das fazendas brasileiras sem conexão à Internet.

Além da grande de palestras, X Fórum da Abisolo também contou com a participação de 40 expositores, que puderam apresentar seus lançamentos em produtos e serviços aos visitantes do evento. O segundo e último dia do evento ocorre nessa quinta-feira, 6 de junho.

Mais informações em https://forum.abisolo.com.br/.

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