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WoodFlow análise: Intermodal 2024 e a necessidade de investimentos na cadeia logística

Na primeira semana de março, a WoodFlow marcou presença na Intermodal South America 2024, a maior feira do setor de logística da América do Sul. A feira integrou ainda eventos técnicos que debateram a eficiência, a sustentabilidade e a tecnologia voltada à logística global. “Como ponto alto, podemos destacar que o transporte marítimo, sobretudo no sul do Brasil, está sofrendo com a falta de estrutura”, analisou a Co-founder da WoodFlow, Giullian Fernanda da Silva.

Um dos pontos analisados por Giullian é a dificuldade de escoar contêineres no sul do país. Segundo ela, a feira trouxe à tona as dores dos exportadores, como a sobrecarga do Porto de Paranaguá (PR), devido, principalmente, à reforma no porto de Navegantes (SC) e à incerteza da reabertura do porto de Itajaí (SC).

“Somado à conjuntura internacional de transporte marítimo, podemos dizer que há consequências graves. No segmento de madeira, em que atuamos, os efeitos já são sentidos, sobretudo no volume de exportações que estão menores”, disse Giu.

O transporte marítimo de cargas internacional vem sofrendo amargas consequências desde o ano passado devido a dois eventos: O primeiro é a seca no Canal do Panamá, que reduziu drasticamente o número de navios que cruzam do oceano pacífico para o atlântico; o segundo são os ataques dos Houthis a navios no Canal de Suez, essa insegurança faz com que empresas desviem essa rota, aumentado o trajeto em duas semanas, pelo Cabo da Boa Esperança.

Sustentabilidade e Tecnologia

Um debate muito relevante na Intermodal foi a adoção de medidas de redução da pegada de carbono do setor logístico e o investimento em tecnologias para aumentar a eficiência dos portos. “Os portos brasileiros estão carentes de investimentos públicos e privados para aumentar a capacidade, a sua eficiência e, por consequência, a tecnologia aplicada à movimentação de cargas”, opinou a especialista em exportação da WoodFlow, Gisele Santos, que também esteve presente na feira. Diante desse cenário, diversos expositores abordaram o uso de novas tecnologias, uso de drones e outras inovações do setor foram destaque.

Negócios

Além de debater o futuro do setor logístico nacional, a Intermodal também foi oportunidade para se fazer negócios. “[a presença na feira] Nos proporcionou uma ampla visão das novidades e direções do mercado, mas também atuou como um impulsionador para fortalecer e expandir nossa rede de contatos. Ao longo dos três dias do evento, renovamos laços com parceiros e amigos de longa data, fortalecendo ainda mais as relações cruciais para o êxito na exportação de madeira do Brasil para o mundo. Além disso, foi uma oportunidade para estabelecer novas conexões, abrindo caminho para futuras colaborações”, finalizou Giullian.

Sobre a WoodFlow

A WoodFlow é uma plataforma online especializada na exportação de madeira brasileira. Com conhecimento técnico especializado, seleciona os melhores produtores, realiza o processo de cotação e negociação e oferece rastreabilidade e transparência no acompanhamento dos pedidos. Mais do que um portal, a WoodFlow conecta importadores do mercado global com produtores brasileiros.

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Indústrias de base florestal terão selo de certificação da ABNT

O setor de base florestal brasileiro terá uma certificação de origem dos produtos atestado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Esta iniciativa do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem), Fórum Nacional de Base Florestal (FNBF) e Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) vai beneficiar não somente o segmento no estado, mas de todo o país com a sistematização do processo de rastreabilidade.

Em agenda no Rio de Janeiro na quinta-feira (14/03) para o Fórum Madeira Sustentável, o presidente da Fiemt, Silvio Rangel, junto com o presidente do Cipem, Ednei Blasius, e do FNBF, Frank Rogieri, se reuniram com o presidente da ABNT para dar seguimento às tratativas sobre esse contrato. Em abril deve ser realizado um evento em Cuiabá para o lançamento oficial da certificação.

Cipem, FNBF e Fiemt reunidos com representantes da ABNT – Foto: Divulgação

Conforme o presidente da Fiemt, durante a Conferência do Clima (COP) realizada este ano em Dubai, a ABNT lançou o norma técnica 1020 com as normas e regras para o setor. Agora será criado um selo de certificação para as empresas que atendem a essas normas.

Durante o encontro, o presidente do Cipem, Ednei Blasius explicou que a madeira de Mato Grosso cumpre um rigoroso processo de rastreabilidade, que é garantido pelo sistema de cadeia de custódia. Este sistema é utilizado pelo setor de base florestal do Estado e tem como objetivo controlar e certificar a origem da madeira nativa, desde a floresta até o consumidor final. Ainda utiliza ferramentas como o Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais (Sisflora 2.0) e o Documento de Origem Florestal (DOF+ Rastreabilidade), que são, respectivamente, estaduais e federais.

“Trabalhamos para ampliar a comercialização dos produtos florestais e acreditamos que com o documento da ABNT, além de somar a confiabilidade e segurança à madeira do Estado, o certificado irá tornar a madeira mato-grossense mais competitiva com produtos em conformidade às normas técnicas”, destacou o presidente do Cipem.

Para o presidente do Fórum, Frank Rogieri, o selo vai garantir mais competitividade e reconhecimento para os produtos de mato-grossense. “Temos projeto de desenvolver um selo de qualidade da madeira, alinhando todas as condicionantes ambientais e sociais para exploração, industrialização e transporte de madeira”, reforçou.

Informações: Notícia Exata.

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Stora Enso e SEB oferecem um novo modelo de financiamento para atrair novos empreendedores para a indústria florestal

A Stora Enso lançou seu conceito Harvesting Partner em novembro de 2022 para incentivar operadores mais habilidosos e novos empreendedores a ingressarem na indústria florestal. O conceito foi inicialmente introduzido na Suécia, mas desde então foi lançado também na Finlândia, Noruega e Lituânia. A Stora Enso está atualmente recrutando a segunda geração de parceiros de colheita que poderão ingressar na rede em 2024.

O SEB é parceiro da Stora Enso desde o início e o banco desenvolveu um novo modelo de financiamento para facilitar o início dos seus negócios aos novos empreendedores. Com base neste modelo, o novo maquinário é alugado com um custo mensal por um período de aluguel de quatro anos, após o qual o maquinário será devolvido à Stora Enso para manutenção e uso posterior, seja em um novo aluguel ou no treinamento de novos parceiros de colheita.

“Estamos felizes em apoiar uma configuração financeira que permite à Stora Enso manter a propriedade e o controle das máquinas com o objetivo de estender o uso ao longo de sua vida útil, bem como prolongar o fim da vida útil das máquinas”, diz Jakob Hansson, Chefe da Incubadora de Produto como Serviço SEB para Grandes Corporações .

“Juntamente com o SEB queremos atrair mais pessoas para ingressar na indústria e possibilitar o empreendedorismo para as pessoas que vivem na zona rural. O novo modelo de financiamento desenvolvido pela SEB reduz as barreiras de entrada no mercado, uma vez que o investimento inicial do empresário será menor devido ao financiamento externo”, afirma Mattias Bränngård, Diretor de Fornecimento, Colheita na Stora Enso. “O modelo de financiamento também nos permite ter o controle da circularidade e maior utilização das máquinas.”O conceito Harvesting Partner da Stora Enso é baseado em um contrato de quatro anos com empreendedores novos ou estabelecidos. O contrato inclui financiamento de novas máquinas, serviços de contabilidade e RH, treinamento e participação nas redes de gestão e colheita da Stora Enso. Através do contrato, a Harvesting Partners se comprometerá a fornecer à Stora Enso operações seguras, sustentáveis ​​e eficientes e volumes acordados, bem como desenvolver ainda mais suas operações.

Parte da bioeconomia global, a Stora Enso é fornecedora líder de produtos renováveis ​​em embalagens, biomateriais e construção em madeira, e uma das maiores proprietárias florestais privadas do mundo. Acreditamos que tudo o que hoje é feito a partir de materiais fósseis poderá ser feito a partir de uma árvore amanhã. A Stora Enso tem aproximadamente 20.000 funcionários e as suas vendas em 2023 foram de 9,4 mil milhões de euros. As ações da Stora Enso estão listadas na Nasdaq Helsinki Oy (STEAV, STERV) e Nasdaq Stockholm AB (STE A, STE R). Além disso, as ações são negociadas nos EUA como ADRs e Ações Ordinárias (SEOAY, SEOFF, SEOJF).

Informações: Stora Enso.

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Exclusivo – A importância da perícia em áreas de ocorrência de incêndios florestais

Artigo de Erwin Hugo Ressel Filho*

Os incêndios florestais representam uma das maiores ameaças ao meio ambiente e à segurança das comunidades. Quando esses desastres ocorrem, é crucial realizar uma perícia minuciosa nas áreas afetadas. Essa investigação não apenas fornece insights sobre as causas e impactos do incêndio, mas também desempenha um papel fundamental na prevenção de futuros incidentes e na gestão adequada dos recursos naturais.

As razões pelas quais a realização da perícia é fundamental corroboram para a identificação das causas. A perícia em uma área de incêndio florestal permite identificar as causas primárias e contribuintes do incêndio. Isso pode incluir atividades humanas, como negligência, práticas agrícolas ou atividades criminosas, além de causas naturais, como raios.

Compreender as causas é essencial para implementar medidas de prevenção eficazes. Determinar a extensão dos danos também se faz fundamental para avaliação precisa dos danos causados pelo incêndio, sendo essa uma peça essencial para planejar a recuperação e a restauração das áreas afetadas. A perícia ajuda a quantificar o impacto do incêndio na biodiversidade, ecossistemas, recursos hídricos, solo e propriedades adjacentes.

A perícia também fornece suporte a investigação legal para determinar responsabilidades e aplicar a lei. As descobertas da perícia devem ser usadas como evidência em processos judiciais relacionados a danos ambientais, negligência ou atividades criminosas e ainda na cobrança de seguro florestal, no caso de perícias extrajudiciais.

Com base nas conclusões da perícia, é possível desenvolver estratégias de prevenção mais eficazes para reduzir o risco de incêndios florestais futuros. Isso pode incluir a implementação de regulamentações mais rigorosas, campanhas de conscientização pública e medidas de gestão florestal sustentável.

Os incêndios florestais não apenas causam danos ambientais, mas também representam uma séria ameaça à saúde pública devido à emissão de poluentes atmosféricos e à destruição de habitats naturais, residências ou equipamentos públicos. Neste caso a perícia auxilia na avaliação dos impactos à saúde humana, bem como os prejuízos econômicos e na adoção de medidas para mitigar esses efeitos adversos.

As áreas afetadas por incêndios florestais muitas vezes oferecem oportunidades únicas para pesquisas científicas sobre a regeneração e resiliência dos ecossistemas. A realização da perícia permite preservar evidências importantes para estudos futuros e o desenvolvimento de estratégias de adaptação às mudanças climáticas.

Em suma, a realização da perícia em áreas de incêndio florestal desempenha um papel crucial na compreensão das causas, impactos e consequências desses desastres. Além de fornecer informações essenciais para a gestão ambiental e a prevenção de futuros incêndios, a perícia contribui para a proteção do meio ambiente, da saúde pública e dos recursos naturais. Investir em perícia eficaz é fundamental para promover a sustentabilidade e a resiliência dos ecossistemas florestais frente aos desafios contemporâneos.

*Erwin Hugo Ressel Filho é professor na FURB, engenheiro florestal e perito judicial.
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Boletim ‘Projeto Cerrado’ – Edição n. 31

Empresa divulgou nesta última segunda-feira (18), no Boletim Ed. nº 31, atualizações e curiosidades de seu megaempreendimento que está sendo construído – já em etapas de finalização – em Ribas do Rio Pardo (MS).

No informe, a empresa divulga como se prepara para uma colheita de eucalipto, os passos finais antes da chegada ao porto de Santos para exportação e também conhecer o Green Santos, o maior navio de transporte de celulose do mundo. Confira as informações abaixo.

Colhendo o futuro

Para garantir que toda a madeira necessária para a produção de celulose chegue à fábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo, o time de especialistas da Operação Florestal planeja o trabalho com muita antecedência, levando em conta indicadores como a produtividade local, tipo de manejo, fertilização e outros fatores para definir a hora certa colher o eucalipto.

Quando chega o momento, a colheita é executada com o uso de duas máquinas: harvesters, colheitadeiras que derrubam, desgalham, descascam e cortam as toras em tamanhos certos para o transporte; e os forwaders, que organizam e transportam a madeira para a beira das estradas rurais. Lá as toras ficam esperando por cerca de 45 dias para perder umidade e, então, são carregadas nos tritrens e hexatrens que as levam para a fábrica, onde se inicia o ciclo da celulose.

Última parada antes de Santos

Após o enfardamento e carregamento da celulose produzida na fábrica, os caminhões carregados seguem de Ribas do Rio Pardo pela BR-262 e MS-377 até o Terminal Intermodal de Inocência, atualmente em construção naquele município.

Lá, profissionais capacitados serão responsáveis por acomodar os fardos nos 21 mil m² do grande complexo intermodal, onde ficarão armazenados até serem carregados nos vagões de trem. Em apoio à diversidade e ao aprimoramento dos(as) colaboradores(as), a Suzano apoia o programa Mulheres na Direção, realizado pela empresa JSL, que visa ter 70% da mão de obra de operadores de empilhadeira do terminal compostos por mulheres.

Quando a operação ferroviária da Suzano em Inocência for iniciada, será uma das mais eficientes da empresa. Os vagões terão cerca de 10% a mais de capacidade em comparação com aqueles que transportam a celulose de Três Lagoas, garantindo uma operação mais eficiente e sustentável ao permitir o transporte de mais carga em menos tempo.

Você sabia?

Após ser embarcada nos trens em Inocência e atravessar todo o estado de São Paulo pela ferrovia Malha Norte, a celulose produzida em Ribas do Rio Pardo será finalmente descarregada em dois grandes terminais portuários, o DPW e T32, em Santos (SP), que estão sendo reformados e ampliados pela Suzano para atender à nova fábrica. Esse trabalho é realizado com o auxílio de pórticos e pontes rolantes, estruturas essenciais para a movimentação segura da carga de alto peso, e empilhadeiras para o armazenamento.

A partir desses terminais, os fardos serão carregados em grandes navios cargueiros com destino ao exterior. Um desses navios é o Green Santos, o maior dessa categoria no mundo para transporte de celulose, com capacidade para acomodar 77 mil toneladas, que vai operar para Suzano pela empresa chinesa Cosco Shipping, e ficou pronto no final de 2023. A maior capacidade da embarcação resulta em menor emissão de carbono por tonelada transportada, tornando o modelo mais ecologicamente sustentável.

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Silvicultura: conheça a indústria que já está em 94% das cidades mineiras

Minas é líder em atividade florestal, com 27% da produção. São 2,2 milhões de hectares de plantio, quase a totalidade de eucalipto, em 803 dos 853 municípios

Com uma área superior a 2,2 milhões de hectares de plantio, Minas Gerais é o estado líder da chamada indústria florestal, de acordo com dados do último levantamento de Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento ainda revela que o estado possui o maior valor de produção, com R$ 7,5 bilhões gerados em 2022, representando 27,3% do total produzido no país.


Entre os municípios, João Pinheiro aparece na terceira posição em maiores valores da produção da silvicultura, gerando R$ 497 milhões. A cidade do Noroeste de Minas é destaque nacional no carvão vegetal, com 437,8 mil toneladas em 2022. No entanto, o dado revela uma queda de 7,8% em termos de volume de produção na comparação com o ano anterior.


Ainda de acordo com dados do IBGE, organizados pela Associação Mineira da Indústria Florestal (AMIF), o cultivo de árvores em Minas é destinado, principalmente, à produção de papel e celulose, indústria que atingiu um volume total de 7,9 milhões de metros cúbicos (m³) em 2022. Ao mesmo tempo, é estimado que o plantio florestal esteja presente em 803 municípios, sendo que 96,8% do toral se refere à cultura de eucalipto.


Adriana Maugeri, presidente da AMIF e da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Florestas Plantadas do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), afirma que, para o estado liderar tanto em área plantada quanto em valor de produção, foi necessário uma combinação de fatores que inclui o tamanho do território disponível.


“Não há restrição locacional para os plantios. Uso o exemplo do Mato Grosso do Sul, que também tem sido um expoente na indústria da celulose, mas apenas a zona Leste do estado é adaptada para o plantio florestal, porque tem o pantanal e várias outras culturas. Em Minas Gerais, pode se plantar em todas as regiões, então para se ter uma ideia de escala, de 853 municípios, 803 têm plantio florestal”, explicou.

O Norte do estado lidera em área plantada destinada à silvicultura, com 566.380,58 hectares totais, sendo 98% coberto pelo eucalipto, árvore de cultura predominante em Minas Gerais. Na região, o destaque fica com o município de Buritizeiro, a segunda cidade com a maior área coberta, abrangendo 77,5 mil hectares.


Adriana Maugeri ressalta ainda que as potencialidades da cultura de árvores no estado são impulsionados pelo clima e pelo investimento em tecnologia, proveniente dos cursos de engenharia florestal em universidades mineiras. A representante do setor também destaca o que chamou de “vocação agrícola”.


“A vocação por plantar floresta é antiga, mas não necessariamente se plantava da melhor forma. Qualquer vegetal que você planta em locais não recomendados, não vai crescer ou vai deteriorar o solo. Isso foi se desenvolvendo tanto que Minas Gerais é o estado que possui o maior número de universidades com Engenharia Florestal no Brasil. A academia é muito forte, então, se tem uma mão de obra muito qualificada”, frisou.

Fábrica da Cenibra em Belo Oriente, no Vale do Rio Doce
Fábrica da Cenibra em Belo Oriente, no Vale do Rio Doce: além de plantar, empresa faz parcerias com pequenos e médios produtores ruraisCenibra/Divulgação

Cifras da cadeia produtiva

No último dia 6 de março, a presidente da Amif e outros representantes do setor se reuniram com o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Na oportunidade eles apresentaram os potenciais da cadeia produtiva florestal. Segundo Adriana Maugeri, o setor teve receita bruta de R$ 260 bilhões em 2022, mas a análise varia segundo o segmento da indústria e seus diferentes perfis.


A presidente da AMIF cita, por exemplo, a celulose, matéria-prima essencial para produção de papel, cujo volume é majoritariamente destinado ao mercado externo. Segundo o relatório PEVS do IBGE, a produção de madeira em tora para papel e celulose representa o maior valor entre os grupos de produtos da indústria florestal, com R$ 9,1 bilhões.


“A celulose é uma commoditie que tem um peso muito forte na balança comercial. Quando a gente estratifica o PIB Mineiro, a celulose tem um valor forte, devido à exportação. A indústria nacional da produção de papel não é tão expressiva quanto a internacional. Alguns desses produtos que a gente compra, como os papéis higiênicos, vêm da indústria de fora. Sai da nossa celulose e volta como produto já acabado”, explicou Adriana Maugeri.


De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Fazenda, a celulose ocupou o 11ª lugar no ranking das exportações totais do país em 2022 (2,5%), com 19,8 milhões de toneladas. Uma das principais empresas produtoras da matéria-prima em Minas, a Cenibra, por exemplo, destina só 2% da sua produção ao mercado interno.


“Em 2022, foram comercializadas 1.165,3 mil toneladas de celulose; 98% desse total é destinado ao mercado externo e 2% de toneladas destinadas ao mercado doméstico. Nossos principais destinos de exportação são América do Norte, Ásia e Europa”, conta o diretor técnico, industrial e florestal da Cenibra, Júlio César Tôrres Ribeiro.


Atualmente a companhia ocupa área total de 254 mil hectares, sendo 131 mil destinados ao plantio de eucalipto, 106 mil a matas nativas e áreas de preservação permanente, além de 17 mil hectares de infraestrutura e estradas. Segundo Júlio Ribeiro, os plantios estão distribuídos em 54 municípios, mas a empresa também trabalha em parceria com o pequeno e médio produtor rural.


“Quando incluímos o Fomento Florestal com produtores rurais, alcançamos 89 municípios. Atualmente, são 575 parceiros, numa área aproximada de 21 mil hectares, o que contribui com 15% do abastecimento de madeira na fábrica. O produtor rural recebe toda a instrução técnica, insumos para início da produção e a muda de clone adaptada à sua região”, explicou.


Queixa sobre a burocracia

O diretor da Cenibra e a presidente da Amif afirmam que entre os principais entraves do setor está a burocracia para o plantio. Adriana Maugeri afirma que Minas Gerais já perdeu “muito investimento” por causa das dificuldades jurídicas, e que empresas já chegaram a esperar 10 anos para conseguir licenciamento ambiental.


Mas, de acordo com a representante do setor, o diálogo com o governo do estado é bom e há boa vontade em desburocratizar. “A indústria não precisa de dinheiro (público), o recurso, ela tem. A gente precisa da contrapartida do estado em licenciamento, tributação, sistemas que favoreçam e sejam algo simplificado”, frisou Adriana Maugeri.


Ela ressalta que é preciso estabilidade para que as empresas se instalem em Minas, porque os projetos são de “longuíssimo prazo”. O ciclo de eucalipto é um dos menores entre as árvores, mas desde o plantio de mudas até a colheita de uma árvore adulta a duração é de sete anos.


Júlio Ribeiro acrescenta que fatores como o cenário econômico, mão-de-obra no campo e a infraestrutura são desafios importantes da Cenibra, mas que devido à burocracia não é possível expandir a produção. “Toda a área plantada hoje atende à produção atual e não existe excedente de madeira que permita uma expansão no momento. Existe no Brasil uma lei que limita a compra de terras por empresas com capital estrangeiro e esse é um dos empecilhos para aumento de nossa base florestal”, disse o representante da companhia.


Silvicultura

A atividade pode ser definida como a ciência que estuda maneiras naturais e artificiais de plantio de árvores, para atender as exigências do mercado. A silvicultura moderna opera com plantações mantidas artificialmente e com emprego de tecnologia para a produção de madeira e derivados, como a celulose, matéria-prima para o papel.

Informações: Estado de Minas.

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Em episódio inaugural CEO da WoodFlow conversa com convidados especiais e aborda o cenário e as conjunturas econômicas do setor

Nesta última segunda-feira, 18 de março, a WoodFlow colocou no ar o seu primeiro episódio do Podcast WoodFlow. O programa, que será mensal, vai trazer entrevistas para abordar sobre o mercado e a exportação de madeira do Brasil. No episódio inaugural, o CEO da startup de exportação de madeira, Gustavo Milazzo, conversou com o diretor comercial da Sudati Compensados, Fabiano Sangali, e com o head de assuntos/desenvolvimento estratégico da STCP, Marcelo Wiecheteck.

Disponível no Youtube da WoodFlow e em plataformas de serviço de áudio por streaming, o enfoque deste primeiro Podcast WoodFlow foi o cenário do mercado de madeira no Brasil, desde a pandemia até os dias atuais. “Durante os anos de 2020 e 2021, vivemos algo extraordinário. O consumo global estava alto, com as pessoas permanecendo em suas casas. Com isso, aumentou o consumo de madeira a preços elevados. Mas o cenário começou a mudar a partir de 2022, por questões geopolíticas, altas inflações globais e elevação das taxas de juros que reduziram o consumo mundial”, destacou Marcelo.

“A cadeia toda de madeira foi beneficiada com os altos preços pagos nos anos de pandemia. Porém, ao mesmo tempo, os custos de produção também se elevaram muito. Mesmo assim, o preço compensava e a demanda estava muito alta”, complementou Fabiano.  

A conversa conduzida por Gustavo trouxe ainda curiosidades enfrentadas pelas indústrias nesse período e dados relevantes do setor. Passando para os anos seguintes, os entrevistados analisaram o cenário da queda dos volumes exportados em 2022 e 2023, apontando os principais fatores que levaram a essa retração do mercado madeireiro. 

Perspectivas para 2024 e próximos anos

Marcelo apontou que a expectativa para o setor em 2024, apesar das incertezas, é um primeiro semestre ainda com menores volumes mas algum ganho de escala, e sinais positivos a partir da  segunda metade do ano. “Espera-se que as maiores economias globais, como os EUA, baixem suas taxas de juros e, com isso, o consumo de madeira aumente. Isso poderá estimular o mercado de madeira do Brasil”, disse o head de desenvolvimento estratégico da STCP.

Segundo Fabiano, no mercado internacional, já se sente uma estabilização dos estoques e a expectativa é de que o consumo de madeira volte a níveis pré 2020. “Há alguns sinais de que os estoques que se formaram durante a pandemia já tenham acabado e muitas indústrias estão trabalhando sem gerar estoque. Isso deve trazer um bom resultado para 2024”, estima o diretor comercial da Sudati Compensados.

Serviço:

Acesse o Podcast WoodFlow na sua plataforma preferida.

https://linktr.ee/woodflow

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Suzano retira mais de 51 mil pessoas da linha de pobreza em três anos

Somente em 2023, a companhia investiu R$ 49,3 milhões em iniciativas sociais, como mostra o Relatório de Sustentabilidade anual

Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir de árvores plantadas de eucalipto, avançou em sua estratégia social ao retirar mais de 51 mil pessoas da linha da pobreza desde 2020. Somente em 2023, contribuímos para que 22.250 pessoas deixassem a pobreza – de acordo com a referência global de pobreza monetária adotada pelo Banco Mundial e ratificada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) –, o que representa um aumento de 21,3% em relação a 2022. Esses dados estão apresentados no Relatório de Sustentabilidade 2023 da Suzano, divulgado hoje, e que reúne de forma transparente e objetiva os principais destaques financeiros, sociais, ambientais e de governança corporativa da companhia no último ano, além dos resultados nos Compromissos para Renovar a Vida, como são chamadas as metas de longo prazo da Suzano.

Ainda de acordo com o Relatório de Sustentabilidade 2023, o investimento da Suzano em projetos sociais aumentou 36% de 2021 para 2023, atingindo seu maior volume histórico. Somente no ano passado, a companhia destinou R$ 49,3 milhões a iniciativas sociais estruturadas nas frentes de relacionamento, geração de renda e educação. Ao todo, mais de 347 mil pessoas foram beneficiadas por essas ações em 2023.

Apenas em iniciativas conectadas ao combate à pobreza, a Suzano investiu, no último ano, R$ 22,1 milhões em 73 projetos junto a Organizações da Sociedade Civil, beneficiando mais de 114 mil pessoas em cerca de 120 municípios. Esses projetos abrangem diferentes frentes, como extrativismo sustentável, reciclagem inclusiva, empreendedorismo, redes de abastecimento territorial, acesso a emprego e cadeia de valor Suzano. Todas as iniciativas estão conectadas aos Compromissos para Renovar a Vida estabelecidos pela companhia, incluindo a meta de retirar 200 mil pessoas da linha da pobreza nas suas áreas de atuação até 2030.

Além das iniciativas próprias, a Suzano busca engajar parceiros na agenda de desenvolvimento social. No último ano, foram firmados acordos com instituições como Sofidel, Plataforma Parceiros pela Amazônia (PPA), Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), Instituto Coca-Cola Brasil (ICCB), SEBRAE SP e BNDES. Como resultado das parcerias, serão investidos em coparticipação mais de R$ 40 milhões até 2025.

O desenvolvimento social, com foco nas próximas gerações, passa necessariamente pelo avanço da educação. Em 2023, por meio do Programa Suzano de Educação, por exemplo, a companhia impactou cerca de 137 mil pessoas, entre estudantes, educadores e equipes intersetoriais de 646 escolas das redes municipais de educação pública nos estados da Bahia, do Espírito Santo, do Maranhão e do Mato Grosso do Sul.

Além do avanço nas iniciativas sociais, o Relatório de Sustentabilidade 2023 também apresenta a liderança da companhia no mercado após a aquisição dos ativos de tissue da Kimberly-Clark no Brasil, a inauguração do Innovability Hub na China, o início da produção da Woodspin na Finlândia, o primeiro investimento da Suzano Ventures em uma startup do Reino Unido e o progresso dos Compromissos para Renovar a Vida, como a conexão de 55,6 mil hectares por meio de corredores ecológicos, em linha com a sua meta de conservação da biodiversidade.

O Relatório de Sustentabilidade 2023 da Suzano segue as Normas da Global Reporting Initiative (GRI) e leva em consideração princípios do International Integrated Reporting Council (IIRC), a Resolução nº 59 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) definidos pela Organização das Nações Unidas.  Este ano, além do documento, a Suzano apresenta também um Resumo Estratégico.

O Relatório de Sustentabilidade 2023 foi assegurado pela PwC (PricewaterhouseCoopers) e pode ser acessado aqui. Para acessar o Resumo Estratégico, clique aqui.   Também está disponível para consulta a Central de Sustentabilidade da Suzano, um hub de conteúdo exclusivo e atualizado sobre aspectos de sustentabilidade da companhia.

Sobre a Suzano

Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose, papéis para imprimir e escrever, papéis para embalagens, copos e canudos, papéis sanitários e produtos absorventes, além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender a demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página www.suzano.com.br

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Compromisso: curso de tecnólogo em Silvicultura será criado em Água Clara para atender demanda de qualificação no setor florestal

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) assinou com a MS Florestal, empresa na área de florestas, o convênio que formaliza a criação do curso de Tecnólogo em Silvicultura em Água Clara. A criação do curso é uma parceria entre a empresa, a Prefeitura do município e a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS).

A assinatura foi realizada nesta última sexta-feira (15), pelo governador Eduardo Riedel e o secretário Jaime Verruck durante o lançamento da PantanalTECHMS, uma feira voltada à sustentabilidade e tecnologia, que acontecerá em junho na cidade Aquidauana. A solenidade de lançamento do evento aconteceu em Campo Grande, no Bioparque Pantanal, e contou com autoridades locais, além de representantes da MS Florestal.

O título de tecnólogo é reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC) como uma qualificação de nível superior, com diferença de ser um curso de menor duração e focado na prática profissional. O início das aulas está previsto já para o segundo semestre de 2024. O curso terá duração de dois anos e meio. Toda população poderá participar do processo seletivo, assim como colaboradores da empresa que buscam capacitação superior na área.

Em agosto do ano passado, o curso foi aprovado pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UEMS (CEPE). Demais detalhes, como processo seletivo dos alunos e data de início das aulas, serão posteriormente definidos conforme cronograma da Universidade.

O titular da Semadesc Jaime Verruck destaca que o curso de tecnólogo em silvicultura é de extrema importância diante da forte participação do setor florestal no Estado. “Em um trabalho feito com o setor, identificamos a grande demanda por mão de obra especializada e criamos a rede de excelência de serviços florestais. Dentro da rede, nós detectamos qual o conjunto de lacunas que temos na formação profissional e um deles era a de técnicos de silvicultura. Então a UEMS juntamente com o Governo de MS criou o curso na região de Água Clara que entendemos que é a mais central, propiciando atendimento a todos Estados e caso necessário outros serão feitos”, adiantou Verruck.

Parceria

“Este curso não atende só as necessidades práticas do setor florestal, ele representa nosso compromisso tangível com o desenvolvimento sustentável e a responsabilidade social. Estamos orgulhosos de construir, por meio desta parceria, uma oportunidade tão valiosa quanto este ensino superior para nossa comunidade”, expressa Marisa Coutinho, Gerente de Relações Institucionais, Governamentais e com Comunidades da MS Florestal.

“Ao fornecer acesso a uma educação de qualidade nesta área crucial, estamos capacitando indivíduos a se tornarem líderes no manejo sustentável de nossas florestas. Além disso, estamos contribuindo para a diversificação de habilidades e o enriquecimento do mercado de trabalho local”, acrescenta Amanda Barrera, Gerente de Recursos Humanos da MS Florestal.

MS Florestal, empresa da área de florestas. que tem o maior viveiro de mudas do Estado no município de Água Clara é parceira no curso que será criado pela UEMS

“Na UEMS é onde está acontecendo o desenvolvimento. Com este curso por meio dessa parceria com a MS Florestal vamos qualificar 40 profissionais diretamente para atender esse setor. A UEMS entra diretamente na rota da celulose”, ainda comentou o reitor da universidade, Laércio Alves de Carvalho.

O governador Eduardo Riedel destacou que o curso atende a demanda de desenvolvimento da economia e do setor da celulose. “Essa é mais uma ação focada no desenvolvimento da nossa economia, são R$ 1,3 milhões para o curso de silvicultura em Água Clara, atendendo a demanda pela qualificação da mão de obra do setor florestal. Este é um Estado que está dando muito orgulho e fruto de trabalho de muita gente, com diferentes visões do mundo”, pontuou.

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Temperatura do solo como indicador de manejo

A temperatura do solo é um importante parâmetro para avaliar o manejo do solo e das plantas. É o parâmetro que mede o desempenho do manejo no controle das condições hidrotérmicas do solo. É um fator crítico no controle de grande número de atividades físico-químicas, biológicas e microbiológicas, bem como todo movimento de água no interior do solo é governado grande parte pela amplitude térmica. Compreender como a temperatura do solo varia no tempo e no espaço ajuda na tomada de decisões de manejo, lembrando que qualquer grande flutuação pode resultar em sérios problemas e causar diversos danos às espécies cultivadas.

Na agricultura de sequeiro, a temperatura tem influência preponderante na ecologia do solo, interferindo significativamente nas relações de fatores abióticos (físicos ou químicos) e bióticos (organismos vivos). Na agricultura irrigada, o regime térmico condiciona a taxa de respiração no perfil, fator fundamental para a qualidade da produção agrícola e para uma melhor gestão do conteúdo de água do solo.

O monitoramento do regime térmico do solo pode ser realizado a partir de medições diretas (uso de termômetros no campo) ou usando métodos indiretos, como modelagem matemática associada ao sensoriamento remoto. O regime térmico de um solo é determinado pelo aquecimento e resfriamento da superfície. Durante o dia, a superfície se aquece, gerando um fluxo de calor para o interior. Durante a noite ocorre um fluxo inverso com o resfriamento da superfície, por emissão de radiação terrestre.

O manejo da temperatura está intimamente relacionado com o tipo de solo, com a textura, estrutura e teor de matéria orgânica. Os solos arenosos tendem a apresentar maiores amplitudes térmicas diárias nas camadas superficiais e menores em profundidade. Os solos argilosos, por sua vez, apresentam maior eficiência na condução de calor, tendo menor amplitude térmica diária.

Em ambientes tropicais, a qualidade da cobertura vegetal (morta ou viva) condiciona a capacidade produtiva em função da estabilidade térmica da lavoura. Solos sem cobertura ficam sujeitos a grandes variações térmicas diárias nas camadas superficiais, prejudicando o desempenho fisiológico das plantas. Mesmo em solos cobertos, quando ocorre falta de uniformidade e regularidade da “manta protetora”, a grande variabilidade térmica interfere negativamente na otimização tecnológica, podendo comprometer a rentabilidade da lavoura.

Informações: Plantio Direto.

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