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Alta na celulose impulsiona investimentos bilionários e intensifica disputas empresariais

MS se firma como polo global de celulose, atraindo bilhões em investimentos e protagonizando disputas entre gigantes do setor

No primeiro semestre de 2024, Mato Grosso do Sul registrou um expressivo aumento de 45% no preço da celulose exportada em comparação ao mesmo período do ano anterior. Esse crescimento impulsionou o setor no estado e acirrou a disputa entre bilionários brasileiros e indonésios pelo controle da fábrica Eldorado, em Três Lagoas.

De acordo com a Carta da Conjuntura do Comércio Exterior, o valor médio da celulose exportada pelas fábricas de Três Lagoas, como Eldorado e Suzano, passou de 351 dólares por tonelada nos primeiros seis meses de 2023 para 509 dólares no mesmo período de 2024. Além disso, a valorização do dólar contribuiu para um aumento significativo no faturamento das indústrias locais.

Em 2023, Mato Grosso do Sul exportou 2,19 milhões de toneladas de celulose, gerando um faturamento de 771,66 milhões de dólares. Já em 2024, embora o volume exportado tenha caído para 2,05 milhões de toneladas, o faturamento subiu para 1,044 bilhão de dólares. Esse cenário reflete a valorização da celulose nos mercados internacionais, como Europa, Estados Unidos e China, que atingiram níveis históricos.

A alta lucratividade do setor atraiu investimentos significativos para Mato Grosso do Sul. Em julho de 2024, a Suzano inaugurou uma nova fábrica em Ribas do Rio Pardo, após um investimento de R$ 22 bilhões. Com capacidade para produzir 212 mil toneladas de celulose por mês, a unidade fortalece a posição do estado como importante produtor global.

A empresa chilena Arauco também anunciou a construção de uma fábrica em Inocência, com capacidade para produzir 2,5 milhões de toneladas anuais, prevista para entrar em operação até o final de 2028. Paralelamente, a Bracell, do grupo asiático RGE, planeja investir cerca de R$ 20 bilhões em uma nova fábrica em Água Clara, com capacidade para produzir 2,8 milhões de toneladas por ano. Além disso, os acionistas da Eldorado, os irmãos Joesley e Wesley Batista, junto à Paper Excellence, controlada pelo bilionário Jackson Wijaya, planejam dobrar a capacidade de produção da fábrica em Três Lagoas, que atualmente é de cerca de 2 milhões de toneladas por ano.

O setor de celulose, altamente lucrativo, tem sido palco de uma intensa disputa pelo controle da Eldorado. Desde 2018, os irmãos Batista e a Paper Excellence travam uma batalha judicial pelo controle acionário da empresa. A Paper Excellence, que opera 58 fábricas ao redor do mundo e possui uma capacidade de produção de 10 milhões de toneladas de celulose por ano, adquiriu parte da Eldorado em 2017, mas a transação completa, avaliada em R$ 15 bilhões, foi contestada pelos irmãos Batista, levando a uma prolongada disputa judicial. Enquanto isso, Mato Grosso do Sul, com suas condições climáticas favoráveis e tecnologia de ponta, continua atraindo grandes investimentos, consolidando-se como um dos principais polos globais de produção de celulose.

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Suzano compartilha em vídeo as operações da nova unidade em Ribas do Rio Pardo (MS)

O material acompanha o trajeto desde a colheita do eucalipto, a chegada das toras à fábrica, a transformação em celulose e enfardamento até o transporte dos primeiros fardos da matéria-prima com destino ao Porto de Santos (SP)

Após a conclusão da nova fábrica da Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, em Ribas do Rio Pardo (MS), a produção de celulose segue em ritmo acelerado. O funcionamento das operações industrial, florestal e de logística até o novo terminal intermodal de Inocência, de onde segue por transporte ferroviário para os terminais da companhia no Porto de Santos (SP), pode ser conferido em novo vídeo divulgado pela empresa por meio do link: https://bit.ly/video-avanco-obras.

No vídeo, além da visualização geral das estruturas da unidade, é possível acompanhar as operações florestais e industriais na nova fábrica de Ribas do Rio Pardo em pleno funcionamento. Entre os processos demonstrados, estão desde a sala do Sistema Digital de Controle Distribuído (SDCD), responsável pelo controle de todos os equipamentos e processos da fabricação de celulose da unidade, a operação do viveiro de mudas de Ribas do Rio Pardo até as máquinas florestais atuando tanto no plantio como na colheita do eucalipto. Também é possível notar a chegada dos hexatrens – veículos compostos por seis semirreboques, projetados para circular exclusivamente em estradas próprias da Suzano – à fábrica, passando pelas balanças e por um processo de pré-lavagem para a retirada de impurezas da matéria-prima.

Posteriormente, essas toras de eucalipto são armazenadas no pátio de madeiras, onde ficam à disposição para alimentar a área de picagem. A unidade conta com cinco linhas de processamento que reduzem a madeira em cavacos. Esses pequenos pedaços de madeira são movidos pelas esteiras inteligentes com três destinos diferentes: a formação da pilha de cavacos, uma estrutura de apoio que garante o estoque industrial da matéria-prima; os silos de biomassa, catedrais nas quais os cavacos também são armazenados; ou para a linha de fibras, onde os cavacos são processados e separam-se a lignina e a celulose da madeira.

Finalizado o cozimento, a celulose é enviada para as máquinas extratoras para remoção do excedente de água e é comprimida em folhas que são unidas em fardos. O processo de enfardamento contribui para o transporte da celulose, que será carregada em caminhões bitrens com destino ao terminal intermodal de Inocência. Chegando lá, os fardos são carregados nos vagões de trem e partem para o porto de Santos, onde os terminais portuários da Suzano foram ampliados para comportar o volume de produção da nova fábrica. O vídeo registra a transição desses fardos de celulose dos vagões para dentro do terminal portuário e para posterior carregamento nos navios. 

Unidade Ribas do Rio Pardo

Anunciado em maio de 2021 e confirmado pelo Conselho de Administração da Suzano no início de novembro do mesmo ano, o Projeto Cerrado recebeu investimento total de R$ 22,2 bilhões e, no pico da obra, gerou cerca de 10 mil empregos diretos. A nova fábrica entrou em operação no dia 21 de julho de 2024 e vai produzir 2,55 milhões de toneladas de celulose de eucalipto por ano quando atingir sua plena capacidade de produção, empregando 3 mil pessoas, entre colaboradores próprios e terceiros, nas áreas florestal e industrial, e movimentando toda a cadeia econômica da região.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose; papéis para imprimir e escrever; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis sanitários e produtos absorventes; além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender a demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página: www.suzano.com.br

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Exclusiva – Forest Carbon Brasil acontece nesta quarta (04) e será carbono zero

O evento será realizado na capital paulista, e contará com programação robusta de palestras, networking e terá todas as emissões de carbono zeradas pela Ambipar Environment

O Forest Carbon – 1º Congresso Internacional sobre o Mercado de Carbono, acontecerá nesta quarta (04/09), no Salão Nobre, da belíssima Sala São Paulo, em São Paulo (SP). Profissionais atuantes nas maiores empresas e instituições do mercado de carbono florestal estarão reunidos em um único local trazendo para debate os principais desafios e inovações do setor. Confira a programação completa: https://forestcarbon.com.br/

O evento que já está com os últimos ingressos disponíveis em seu site oficial, estará imperdível para quem busca se atualizar sobre este mercado que tem movimentado as florestas brasileiras, sendo o país um dos protagonistas deste tema a nível mundial, tendo em vista sua riqueza natural.

Forest Carbon Brasil é uma realização da Paulo Cardoso Comunicações (https://www.paulocardosocom.com.br/) em parceria com a SIF – Sociedade de Investigações Florestais (https://sif.org.br/), e organização técnica do sócio diretor do Grupo Index (https://indexgrupo.com.br/), Marcelo Schmid.

Evento carbono neutro

Todo carbono emitido pelo Forest Carbon Brasil será compensado através da Ambipar Environment (https://www.biofilica.com.br/), empresa que atua em diversos segmentos para oferecer serviços e produtos completos voltados à gestão ambiental, por meio de serviços inteligentes, voltados para superar os desafios da sustentabilidade.

O Mais Floresta (www.maisfloresta.com.br) falou com Soraya Dias Pires, Diretora de Operações e Novos Negócios da Ambipar Environment, que informou como funciona o projeto para o evento, e a relevância das emissões de carbono compensadas em eventos.

Fluxo de neutralização de Emissões – Ambipar Environment.

Mais Floresta – Qual o projeto a Ambipar Environment utilizará para promover a compensação de carbono no Forest Carbon Brasil?

Soraya – A Ambipar Environment tem como missão implementar Soluções Baseadas na Natureza que gerem valor para o mercado de ativos ambientais, combatam as mudanças climáticas, protejam a biodiversidade e promovam o desenvolvimento social e o bem-estar.

Para atingir esses objetivos, desenvolvemos projetos que reduzem as emissões de gases de efeito estufa (GEE) por meio da conservação florestal e de práticas de agricultura de baixo carbono, além de promover o sequestro de carbono através do reflorestamento e da restauração ecológica.

Esses projetos são desenvolvidos e implementados com base em metodologias reconhecidas, análises técnicas e científicas rigorosas, e passam por auditorias e certificações que garantem sua integridade. Como resultado, geram créditos de carbono que representam a redução ou remoção de uma tonelada de CO2 ou equivalente.

Mais Floresta – Como funcionam esses projetos voltados para um evento?

Soraya – Em todas as fases do evento—antes, durante e após—todas as fontes de emissão de CO2 e outros GEE serão mensuradas para quantificar sua totalidade. Essas emissões serão então neutralizadas utilizando créditos de carbono provenientes de projetos desenvolvidos pela Ambipar Environment.

Mais Floresta – Qual a relevância de ações como essas em eventos, principalmente nos de médio e grande porte?

Soraya – De acordo com dados da Plataforma SEEG, organizada pelo Observatório do Clima, 48% das emissões de GEE do Brasil em 2022 foram resultado de mudanças no uso da terra e desmatamento, especialmente o ilegal. Portanto, eventos e empresas que neutralizam suas emissões com Projetos de Soluções Baseadas na Natureza não apenas combatem as mudanças climáticas, mas também investem em iniciativas responsáveis que promovem a conservação da biodiversidade e o bem-estar das comunidades locais impactadas pelos projetos.

Nossas iniciativas são reconhecidas por gerarem co-benefícios socioambientais e de biodiversidade, além de impactarem positivamente as populações residentes nas áreas contíguas aos projetos. Dessa forma, eventos que optam por neutralizar suas emissões de GEE demonstram um compromisso concreto com a responsabilidade climática, contribuindo para a construção de um futuro sustentável para as próximas gerações.

Vouchers com descontos especiais!

  • Grupos acima de 3 pessoas – Voucher: FCB2024
  • Estudantes – Voucher: STUDY
  • Representantes da Imprensa – Voucher: IMPRENSA

*Inserir no momento de inscrição no site oficial do evento.

Últimas vagas!

Para quem ainda não se inscreveu, restam pouquíssimas unidades de ingressos para o evento, lembrando que o espaço é limitado. 

>>> Clique no link e garanta seu ingresso: https://www.conferencebr.com/registration/533/BR

Como chegar ao Forest Carbon Brasil?

Para saber mais acesse https://forestcarbon.com.br/, envie e-mail para contato@forestcarbon.com.br, ou envie mensagem para o Whatsapp (67) 9227-8719.

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Escrito por: redação Mais Floresta.

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Mão de obra é desafio para o setor de celulose em MS

Setor Florestal tem grande demanda por mão de obra

Mesmo com a economia em expansão e a baixa taxa de desemprego, Mato Grosso do Sul enfrenta um desafio significativo: a falta de mão de obra qualificada ou não qualificada no setor de celulose.

Com duas novas fábricas em processo de instalação, uma da Arauco, em Inocência, e outra da Bracell, em Água Clara, as indústrias estão tendo que buscar trabalhadores em outras regiões para suprir a demanda.

A Eldorado Brasil, por exemplo, em Três Lagoas, está realizando processos seletivos em Araçatuba (SP) e outras cidades do interior paulista. Essa prática se tornou comum entre as indústrias de celulose, que enfrentam dificuldades para preencher vagas, desde funções que exigem alta qualificação até cargos mais braçais, como o plantio de eucalipto. Em resposta, o governo estadual tem oferecido cursos profissionalizantes em parceria com os municípios, mas a adesão tem sido menor do que o esperado.

A Casa do Trabalhador de Três Lagoas, por exemplo, registra baixa demanda para alguns cursos oferecidos. Em setembro, novos cursos serão iniciados na tentativa de aumentar a capacitação da força de trabalho local. Além disso, iniciativas como o Voucher Transportador, que facilita a obtenção da habilitação para motoristas profissionais, têm sido implementadas pelo governo do Estado.

A exigência de experiência prévia por parte das empresas, por vezes é um obstáculo para muitos candidatos. A falta de mão de obra qualificada não atinge apenas o setor de celulose, mas diversos segmentos em toda a região da Costa Leste, levando várias cidades a organizarem mutirões de emprego para tentar preencher as vagas disponíveis.

Com informações: RCN 67.

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Mancha de fogo encobre mais de 500 km de extensão da Amazônia, apontam imagens de satélite

Dados do Inpe também mostram que, desde janeiro, a Amazônia registrou mais de 61 mil focos de incêndio, enquanto o Pantanal contabiliza quase 9 mil focos. Os dois biomas estão no território onde a mancha de fogo foi detectada pelo satélite Copernicus

Uma mancha de fogo com mais 500 quilômetros de extensão e mais de 400 quilômetros de largura tem avançado sobre a Amazônia, conforme captado pelo satélite europeu Copernicus. Na quinta-feira (29), o fenômeno cobria os estados do AmazonasAcreRondôniaMato Grosso e Mato Grosso do Sul, além de áreas do PeruBolívia e parte do Paraguai.

Segundo dados do programada BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a Amazônia registrou mais de 61 mil focos de queimadas de 1º janeiro até sexta (30), enquanto o Pantanal contabilizou quase 9 mil focos. Os dois biomas estão no território que está sendo afetado pela mancha de fogo.

Abaixo, veja a situação dos estados onde a mancha de fogo foi registrada:

  1. Mato Grosso lidera em número de focos de incêndio no país, totalizando 24.880 de janeiro a agosto. Nesta sexta-feira (30), o estado também declarou situação de emergência por 180 dias, em resposta ao aumento significativo dos registros de focos de calor e incêndios florestais, com destaque para a região do Pantanal.
  2. No Amazonas, o total de focos de incêndio chegou a 14.483 de janeiro a agosto. O estado enfrenta uma crise ambiental grave, causada pela combinação de seca nos rios e queimadasTodos os 62 municípios do Amazonas foram declarados em estado de emergência na quarta-feira (28).
  3. No Mato Grosso do Sul, o fogo tem devastado o Pantanal há mais de três meses, com um total de 9.938 focos de incêndio registrados. O estado foi um dos primeiros a declarar situação de emergência nas cidades afetadas pelos incêndios no Pantanal, ainda em 24 de julho.
  4. Rondônia também bateu recordes de queimadas, com o maior número de focos registrados em em um mês de agosto dos últimos cinco anos: 6.223. Nesta semana, o governo estadual implementou uma proibição do uso de fogo em todo o território por 90 dias. Além disso, o governo federal reconheceu a situação de emergência em 18 municípios de Rondônia devido à estiagem.
  5. Acre registrou 2.654 focos de incêndio de janeiro a agosto. O estado declarou situação de emergência ambiental já em junho deste ano devido à diminuição das chuvas e ao aumento do risco de incêndios florestais.

O satélite Corpenicus aponta que a mancha de fogo tem se expandido com o passar dos dias. Na quarta-feira (28), o fogo se concentrava no Amazonas, em Rondônia e no Mato Grosso.

No entanto, o cenário mudou e o mapa mostra que Acre, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia estão formando, agora, um cinturão de fogo. O satélite também mostrou um crescimento de queimadas na região de Novo Progresso, no Pará.

Leonardo Vergasta, meteorologista do Laboratório do Clima (Labclim) da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), explicou que a mancha indica uma alta concentração de dióxido de carbono na atmosfera, resultado das queimadas que produzem essa fumaça.

“A formação de queimadas está diretamente relacionada a essa concentração de dióxido de carbono, que é um gás que está presente na atmosfera terrestre. A circulação do vento está normal, mas as queimadas persistem na Região Sul do Amazonas, no Acre e em Rondônia”, afirmou.

Vergasta também destacou que a falta de chuva intensifica o problema. “Regiões como Mato Grosso e Rondônia estão há mais de 90 dias sem chuva, enquanto o Sul do Amazonas e o Acre enfrentam uma seca de 7 a 21 dias. A ausência de chuva e as altas temperaturas durante a estação seca tornam a vegetação extremamente vulnerável às queimadas provocadas pela ação humana”, explicou.

Controle de queimadas em Apuí, no Amazonas — Foto: Divulgação/CBMAM
Controle de queimadas em Apuí, no Amazonas — Foto: Divulgação/CBMAM

Fumaça pode voltar ao sul do país, diz especialista

A pesquisadora do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), Ane Alencar, afirmou que os rios voadores — corredores de massas de ar que transportam a umidade da Amazônia para outras partes do país — podem contribuir para a dispersão da fuligem das queimadas. Na semana passada, uma nuvem de fumaça chegou até o sul do Brasil, afetando 10 estados.

“A Amazônia desempenha um papel crucial para o restante do país por meio dos rios voadores. Quando a região está muito seca, isso impacta esses rios voadores. Além de transportar a umidade, as massas de ar também carregam a fuligem, as partículas de aerossóis e outros materiais liberados pelas queimadas”, explicou.

A pesquisadora também destacou os riscos que a Amazônia enfrenta se continuar experimentando ciclos mais frequentes de queimadas.

Amazonas decreta situação de emergência nas 62 cidades devido à seca e queimadas

“A floresta amazônica não é adaptada ao fogo. Quando ocorrem incêndios, muitas árvores morrem, iniciando um processo de degradação. Se essa situação persistir, a degradação só tende a piorar, pois a floresta necessita de tempo para se recuperar”, alertou.

“E com isso, o impacto é a mortalidade das árvores, tem impacto, ainda, no estoque de carbono, na biodiversidade em si e se esse fogo continuar recorrente, a floresta vai estar mais inflamável, e vai haver um empobrecimento da vegetação, e somente as espécies adaptadas a essas condições vão conseguir se estabelecer nesse lugar”, finalizou.

Governo Federal destinou mais de R$ 450 milhões para combater queimadas e vai contratar brigadistas

O Governo Federal disse que liberou, até agosto deste ano, R$ 405 milhões do Fundo Amazônia para apoiar o Corpo de Bombeiros dos estados da Amazônia Legal. Além disso, R$ 785 milhões do programa União com Municípios foram destinados para ações de combate ao desmatamento e incêndios em 70 municípios prioritários.

Ainda segundo o Governo, o presidente Lula sancionou, em julho deste ano, um projeto de lei que regulamenta o manejo integrado do fogo no país.

No início da semana, o Palácio do Planalto também autorizou a contratação de brigadas federais temporárias para a prevenção e o combate aos incêndios florestais em 19 estados e no Distrito Federal.

A medida foi oficializada por meio de uma portaria do Ibama, que autoriza o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) a estruturar brigadas em um conjunto de cidades brasileiras afetadas pelas queimadas, com estruturas e tamanhos diversos.

Os municípios contemplados estão nos estados do Amapá, Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Maranhão, Tocantins, Pernambuco, Pará, Paraná, Piauí, São Paulo, Roraima, Rondônia e Rio de Janeiro, além do Distrito Federal.

Segundo o Planalto, as brigadas variam em tamanho e as equipes podem ser compostas por chefes de brigada, chefes de esquadrão e brigadistas — em quantidades que variam entre dez e 25 profissionais, em alguns casos.

Queimadas no Pantanal - crânio de crocodilo queimado é visto em Corumbá (Mato Grosso do Sul), em 10 de junho de 2024. — Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino
Queimadas no Pantanal – crânio de crocodilo queimado é visto em Corumbá (Mato Grosso do Sul), em 10 de junho de 2024. — Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino

Informações: g1.

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Prejuízos com queimadas em São Paulo ultrapassam R$ 1 bilhão

Cinco setores agropecuários tiveram os prejuízos mais acentuados; 22 municípios seguem em alerta

A pecuária, a cana-de-açúcar, a fruticultura, a heveicultura (cultivo de seringueiras) e a apicultura foram os setores da agropecuária paulista que mais tiveram perdas com as queimadas registradas na última semana no estado de São Paulo.

Os dados, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) do estado, mostram que os prejuízos de toda a agropecuária paulista ultrapassam R$ 1 bilhão.

Credito – Canal Rural.

“As queimadas provocaram prejuízos de mais de R$ 1 bilhão ao agro paulista, com a queima de lavouras, pastagens e até morte de animais, conforme levantamento da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo”, destacou a pasta em comunicado.

Áreas em alerta com queimadas

A secretaria destacou que a Defesa Civil do estado manteve 22 áreas do estado em alerta para queimadas mesmo com a chegada de uma frente fria que trouxe chuva e derrubou as temperaturas na Região Sudeste.

Permanecem em alerta as regiões dos seguintes municípios:

  • Andradina;
  • Araçatuba;
  • Assis;
  • Barretos;
  • Bauru;
  • Campinas;
  • Campos do Jordão;
  • Franca;
  • Guaratinguetá;
  • Iperó;
  • Itapeva;
  • Jales;
  • Jaú;
  • Jundiaí;
  • Marília;
  • Ourinhos;
  • Presidente Prudente;
  • Ribeirão Preto;
  • São Carlos;
  • São José do Rio Preto;
  • Sorocaba, e
  • Votuporanga

A SAA informou ainda que disponibilizou R$ 110 milhões para os produtores rurais paulistas afetados pelo fogo por meio do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (Feap). Para ter acesso ao crédito, o produtor deverá procurar a Casa da Agricultura de seu município.

Informações: Canal Rural / Imagem destaque: divulgação.

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Audiência Pública apresenta Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) da Linha de Transmissão da Arauco entre Inocência e Selvíria (MS)

Realizado na última quinta-feira (29/8), o evento foi organizado pelo Imasul em formato híbrido, com participação presencial e on-line

O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) promoveu na última quinta-feira, 29 de agosto, a Audiência Pública para apresentação do Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) referente ao licenciamento ambiental da Linha de Transmissão de Energia Elétrica de 230 kV entre os municípios de Inocência e Selvíria, no Mato Grosso do Sul. O evento, promovido pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), foi realizado no Espaço Conviver, em Inocência (MS), e transmitido virtualmente em ponto de acesso na Câmara de Vereadores de Selvíria. Ao todo, 110 inscritos participaram da cerimônia presencial, que contou também com autoridades do Estado e dos municípios de influência do projeto. No canal do YouTube do Imasul, cerca de 250 pessoas acompanharam a transmissão.

Audiencia Pulblica LInha de Transmissão.

Referência global nos setores de celulose, produtos de madeira, reservas florestais e bioenergia, a Arauco e a consultoria de engenharia de projetos STCP apresentaram na Audiência Pública os reflexos econômicos, sociais e ambientais, decorrentes da implantação da Linha de Transmissão. O objetivo do evento foi permitir que a população local e outros interessados conheçam o projeto em detalhes. A Linha de Transmissão é parte integrante do Projeto Sucuriú, que prevê a construção de uma fábrica de celulose branqueada em Inocência.

A Arauco também destacou seu compromisso com a transparência e o diálogo com a sociedade, reforçando a importância da participação pública no processo de licenciamento ambiental. “Nosso propósito é garantir que todas as etapas do projeto sejam conduzidas com o máximo de responsabilidade ambiental e social. Estamos sempre abertos a ouvir a população e construirmos juntos as soluções para cada desafio, garantindo o cuidado com o meio ambiente”, afirmou Luis Felipe Fernandes Busnardo, Especialista em Meio Ambiente da Arauco.

O diálogo com a população de Inocência e região já faz parte da atuação da Arauco. Para se familiarizar com a cultura do município e entender as expectativas da população, a empresa tem realizado encontros abertos e escutas com a comunidade da cidade e do entorno. O objetivo é compreender os anseios dos moradores e esclarecer dúvidas quanto ao Projeto Sucuriú. Outra iniciativa para estreitar o relacionamento com a vizinhança é o programa “Bom Vizinho – Comunidade Unida, Mundo Melhor”, criado pela empresa para participar da vida das comunidades ao seu redor e contribuir com a educação ambiental. Por meio desse programa, as equipes de responsabilidade social e proteção florestal da Arauco visitam os vizinhos no entorno das fazendas de eucalipto, levando informações e esclarecendo dúvidas com a entrega de kits.

A Arauco possui canais de atendimento para comunidade. O SAC Arauco é pelo contato (41) 99113-0063, para esclarecimentos, dúvidas, sugestões e informações sobre o Projeto Sucuriú ou da empresa. Já o Canal de denúncia é o telefone 0800 721 9141 ou o e-mail: denunciasarauco@ethicspeakup.com

Arauco em Mato Grosso do Sul

A Arauco opera globalmente guiada pela visão de contribuir para melhorar a vida das pessoas e do planeta, desenvolvendo produtos florestais renováveis para os desafios de um mundo sustentável. No Brasil, onde atua desde 2002, a companhia conta com quatro fábricas focadas na produção de painéis de madeira MDF e MDP, além de uma planta de químicos (resinas). Em Mato Grosso do Sul, a Arauco está presente desde 2009, por meio de sua operação florestal e, em 2025, prevê a construção de sua primeira fábrica de celulose no país, localizada no município de Inocência (MS). 

Primeira empresa florestal do mundo a receber a certificação de Carbono Neutro, emitida pela Deloitte e auditada pela Price Waterhouse, a Arauco possui também a certificação FSC®️ (Forest Stewardship Council®️), que reconhece seu manejo florestal como ambientalmente adequado, socialmente benéfico e economicamente viável.

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Novo polo da celulose em MS já começa a gerar empregos

Caged mostra avanço nas contratações em Inocência, cidade que receberá fábrica que demandará R$ 25 bilhões de investimentos da Arauco

Se por um lado a geração de empregos na cidade de Ribas do Rio Pardo sofreu grande impacto neste ano em função da inauguração em julho da planta processadora de celulose da Suzano, por outro, o município de Inocência experimenta um aumento gradativo na geração de empregos – e que deve se consolidar ao longo dos próximos anos até a conclusão da nova planta da Arauco, em 2028.

Divulgado nesta quinta-feira, o mais recente relatório do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego já mostra a evolução das vagas de trabalho no setor de serviços de Inocência, cidade distante 333 km da Capital.

Só neste ano, o setor de serviços do município acumula um saldo de 464 vagas de trabalho: foram 605 contratações nesse segmento contra 141 demissões. Todos os outros setores econômicos (serviços, comércio, indústria, construção civil e agropecuária), durante este ano, somaram 1.218 contratações e 963 desligamentos na cidade – um saldo de 255 vagas.

Basta colocar uma lupa sobre o setor de serviços para verificar sua evolução. O estoque de vagas, conforme os dados do Caged, mais que dobrou em relação ao mesmo período do ano passado. O aumento verificado é de 177% quando comparados os primeiros sete meses de cada ano.

Na estratificação do setor de serviços, percebe-se ainda que a mobilização do canteiro de obras da Arauco já começa a aparecer nos números do mercado de trabalho do município.

Nos primeiros sete meses deste ano, dentro do setor de serviços, as áreas de alimentação e alojamento registraram 133 contratações. No mesmo período de 2023, foram 91.

Já no segmento intitulado informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas foram 454 contratações em Inocência nos primeiros sete meses deste ano, conforme o Caged. Entre janeiro e julho de 2023, foram 79 contratações nesse mesmo setor.

O Correio do Estado apurou que várias das empresas que atuaram no Projeto Cerrado – a fábrica de celulose da Suzano em Ribas do Rio Pardo – também vão atuar na indústria em Inocência. Uma delas, inclusive, cujo representante pediu para não ter o nome revelado, pois ainda está submetido a um processo de compliance com a Arauco, já adquiriu área em Inocência e pretende doar o terreno de seu pátio para a prefeitura da cidade depois que a planta produtora de celulose for inaugurada.

O maior rigor no compliance, que levou a empresa a manter seu nome em sigilo, deve-se aos calotes aplicados por terceirizadas da Suzano em Ribas, quando a planta estava prestes a ser inaugurada,
entre o fim de 2023 e o início deste ano.

E por falar em Ribas do Rio Pardo, lá os números são negativos. Neste ano, até o momento, foram 8.005 contratações e 10.024 desligamentos por lá, resultando em um saldo negativo de 2.019 vagas de trabalho.

Fábrica

As obras da planta processadora de celulose eram para ter início em 2025, mas foram antecipadas para este segundo semestre. A licença de operação foi concedida pelo governo de Mato Grosso do Sul
no início de maio.

A multinacional chilena prevê investimentos de pelo menos R$ 25 bilhões na construção da linha 1 da fábrica. A unidade pode entrar em operação no primeiro trimestre de 2028.

A planta da Arauco, a quarta do setor de celulose em Mato Grosso do Sul, será instalada a cerca de 50 km da cidade de Inocência, às margens da MS-377 e do Rio Sucuriú,
nome dado ao projeto da global no Estado.

A expectativa é de que essa unidade produza 2,5 milhões de toneladas de celulose por ano. O projeto ainda prevê a construção de uma segunda linha, com a mesma capacidade de produção. A Arauco poderá construir essa segunda linha na próxima década, decisão que só dependerá do comportamento do mercado.

Informações: Correio do Estado.

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CMPC bate recorde de produção de celulose em Guaíba

A unidade de Guaíba bateu recorde de produção no mês de julho

A CMPC atingiu duas marcas históricas no mês de julho. A unidade de Guaíba bateu recorde de produção mensal com 205.460 admt (sigla em inglês para tonelada métrica seca ao ar, que corresponde a unidade de medida de celulose vendável) e de redução de consumo de água por tonelada de celulose fabricada, que ficou em 22,6m³/admt. 

Esta foi a segunda vez consecutiva em 2024 que a unidade obteve a quebra de índices, isso porque em junho já tinha chegado a impressionante performance de 197.111 admt de celulose produzida e de 22,9m³ de água consumida. Os resultados são fruto do processo de implementação das modernizações realizadas pelo BioCMPC.

“O projeto, considerado o maior investimento privado em sustentabilidade da história do RS, teve as obras finalizadas em novembro do ano passado e os novos equipamentos instalados estão em fase de rampagem operacional até alcançar o patamar total, o que gera esses bons números para a indústria”, explica o diretor-geral da unidade de Guaíba da CMPC, Antonio Lacerda.

Os recordes conquistados corroboram com o importante momento que a CMPC vive no Brasil. Recentemente, a companhia foi reconhecida como uma das cinco mais inovadoras do setor de celulose e papel pelo Anuário Inovação Brasil, do jornal Valor Econômico, e conquistou também o prêmio Campeãs da Inovação, promovido pela Revista Amanhã, na categoria Cultura de Inovação. Neste último, a empresa ainda figurou em sétimo lugar entre as mais de 130 organizações de diferentes setores da economia inscritas.

“Estamos muito orgulhosos com as marcas alcançadas e os reconhecimentos conquistados. Eles são fruto de muito trabalho e de uma busca incessante por aprimoramento de processos. O Projeto Natureza também está evoluindo muito bem e estamos cumprindo todas as etapas e exigências que uma iniciativa deste porte demanda. Vamos seguir investindo em pesquisa, inovação e melhorias para que possamos devolver à sociedade gaúcha toda a confiança que depositam em nós”, conclui.

Em julho deste ano, a CMPC assinou junto com o governo do Rio Grande do Sul a declaração de aprovação do termo de referência para a elaboração do estudo impacto ambiental do Projeto Natureza, avaliado em R$ 24 bilhões e que deve se tornar o maior investimento privado da história do estado. Ainda durante a cerimônia também foi oficializado a constituição do Comitê de Governança para Monitoramento da nova unidade da empresa, em Barra do Ribeiro. O grupo de trabalho será formado por órgãos governamentais, incluindo segmentos como o de transportes e meio ambiente.

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Créditos de carbono: oportunidades e desafios para o Brasil liderar a economia de baixo carbono

Pedro Plastino, CBO da Future Carbon Group, destaca o Brasil como um dos maiores fornecedores globais de créditos de carbono, ressaltando o papel crucial do agronegócio e da conservação florestal no combate ao aquecimento global e no desenvolvimento socioeconômico do país

O mercado de créditos de carbono tem ganhado destaque mundial como uma ferramenta essencial para mitigar os efeitos do aquecimento global, ao incentivar práticas de baixo carbono em diversas indústrias, incluindo o agronegócio. Pedro Plastino, CBO da Future Carbon, uma das empresas líderes no desenvolvimento e comercialização de créditos de carbono no Brasil, destacou a importância desse mercado e o papel do Brasil como um potencial gigante nesse setor.

Segundo Plastino, o mercado de carbono foi inicialmente estruturado no Protocolo de Kyoto, evoluindo significativamente após o Acordo de Paris em 2016. Este mercado global já movimenta bilhões de dólares, com previsões de crescimento exponencial nas próximas décadas, alcançando cerca de 70 bilhões de dólares até 2050. No entanto, apesar de o Brasil ser um dos maiores fornecedores de créditos de carbono, o país ainda está longe de atingir seu pleno potencial, especialmente no que diz respeito à proteção florestal e à adoção de tecnologias de baixo carbono no agronegócio.

“Embora o Brasil seja considerado a ‘Arábia Saudita dos créditos de carbono’, ainda estamos engatinhando em termos de regulamentação e integridade dos projetos”, afirma Plastino. Ele aponta que a profissionalização do mercado é crucial para que o Brasil se consolide como um líder global. Isso inclui a evolução de projetos de baixa fiscalização e integridade para uma abordagem mais robusta e transparente, com múltiplos stakeholders envolvidos na monitoração e na execução de projetos.

Plastino destacou ainda a importância dos créditos de carbono para a sustentabilidade do agronegócio. Tecnologias como biodigestores e práticas de integração lavoura-pecuária-floresta são exemplos de como o setor pode não apenas reduzir suas emissões de gases de efeito estufa, mas também gerar novas fontes de receita para os produtores rurais. “O crédito de carbono é uma ferramenta financeira que incentiva práticas que evitam emissões ou capturam carbono da atmosfera, essencial para combater o aquecimento global”, explica.

A Future Carbon Group tem se destacado por sua atuação tanto na globalização quanto na interiorização dos projetos de carbono. Com sedes em Manaus e Cuiabá, a empresa busca levar os melhores projetos aos rincões do Brasil, ao mesmo tempo em que conecta esses projetos ao mercado internacional. A empresa já possui mais de 60 projetos em diversas escalas, incluindo conservação florestal, pecuária de baixo carbono e energia renovável, e recentemente abriu uma sede em Londres para facilitar a venda de créditos de carbono para grandes empresas globais.

Entretanto, Plastino alerta que, para que o Brasil atinja seu potencial pleno, é necessária uma regulamentação clara e rigorosa, bem como uma maior integridade nos projetos. A recente operação da Polícia Federal contra a grilagem de terras no Brasil, batizada de “Greenwashing”, foi citada como um exemplo de como o país está começando a separar o joio do trigo no mercado de carbono, garantindo que apenas projetos sérios e com impacto socioambiental positivo sejam validados.

O impacto social dos projetos de carbono também foi um ponto de destaque. Segundo Plastino, uma parte significativa da receita gerada pelos créditos de carbono é destinada às comunidades locais, contribuindo para melhorar a educação, a saúde e a infraestrutura básica em regiões vulneráveis. “Acreditamos que o Brasil pode usar seus ativos ambientais para resolver passivos sociais, trazendo capital internacional para melhorar a qualidade de vida das populações carentes”, conclui.

Com um mercado em crescimento e um potencial gigantesco, o Brasil tem a oportunidade de se tornar uma potência mundial em créditos de carbono, transformando o agronegócio e a conservação ambiental em motores de desenvolvimento sustentável. Contudo, como destacou Plastino, ainda há muito trabalho a ser feito para que o país alcance essa posição de liderança.

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