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Exclusiva – 9º Florestas Online: saiba como foi o segundo dia de palestras do evento

O segundo dia de palestras abordou sobre competitividade no setor, controle de qualidade de mudas, e qualidade da madeira; confira

O Florestas Online – Primeiro Congresso Florestal Online do Brasil (https://florestasonline.com.br), chegou em sua 9ª edição, e trouxe com ele muitas novidades para agregar e promover o setor. O evento aconteceu entre os dias 14 a 18 de outubro, ao vivo no Canal do Youtube https://www.youtube.com/@FlorestasOnline, e contou com programação repleta de informação atualizada e relevante sobre o setor, promovida através da participação de renomados profissionais.

O Florestas Online é uma realização da Paulo Cardoso Comunicações (https://www.paulocardosocom.com.br/), e contou com parceria institucional da Embrapa Florestas (https://www.embrapa.br/florestas).

A robusta programação do evento, contou 22 palestrantes atuantes nas principais instituições e empresas do setor, trazendo conteúdos 100% focados ao tema central. O evento, que é gratuito e acontece na modalidade online e ao vivo, proporciona mais praticidade e liberdade aos participantes, foi transmitido no canal oficial do YouTube Florestas Online.

Entre os temas destaques, inovação e novas tecnologias na indústria de base florestal, mercado, manejo, indústria e gestão florestal, mudanças climáticas, estratégias para o enfrentamento a incêndios florestais e iniciativas que impulsionam o setor, fizeram parte do hall de palestras pensadas estrategicamente para o evento, garantindo informação de qualidade e atual.

Palestras – Dia 2

Cada palestrante contribuiu com informações que foram destaque nas palestras apresentadas no segundo dia:

“Cada vez mais temos que buscar a nossa competitividade com um olhar interno. Porque os problemas estruturais do setor a gente sabe que existe. Como por exemplo, a falta de mão de obra, a questão da lentidão na mecanização na silvicultura, questões climáticas… Então são questões que sim, temos uma equipe espetacular trabalhando nisso, estamos na vanguarda desse processo, atuando nas soluções. Mas de forma geral o que dá para fazer agora? Então, foi isso que a gente pensou quanto buscávamos um modelo de gestão onde pudéssemos avançar e sermos cada vez mais competitivos”, informou Márcio Veiga, diretor florestal da Veracel Celulose, em sua palestra: ‘Fator chave para impulsionar a competitividade’.

“A silvicultura é a base de tudo aquilo que nós almejamos produzir com grande qualidade evidentemente, através do controle de qualidade de mudas florestal. Atualmente acredito que o Brasil já tenha ultrapassado as 800 milhões de mudas produzidas em grande escala,  e nós temos que ver isso com um certo cuidado, sobre o ponto de vista de quais seriam os parâmetros que nós estamos utilizando para avaliar as qualidade dessa tão importante matéria-prima”, frisou Adalberto Brito, professor do curso de Engenharia Florestal – UESB (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia), em sua participação, com o tema: ‘Controle de qualidade de mudas florestais’.

“O meu muito obrigado ao Paulo pelo convite, realmente é um grande prestígio estar aqui participando do Florestas Online, um evento do nosso setor que vai completar 10 anos, e que veio para ficar. E confesso também que, esses últimos anos que eu assistia o Florestas Online, não como professor ainda, muito contribuiu para mim, na parte profissional principalmente, sempre trazendo debates e discussões importantes dentro do campo da ciência florestal e de florestas plantadas”, destacou Humberto Eufrade Junior, professor ESALQ/USP, que falou no evento sobre: ‘A qualidade da madeira e suas interações com a silvicultura, indústria e produtos’.

Assista abaixo as palestras completas do 2º dia do Florestas Online:

Confira as edições anteriores no link abaixo:

https://www.youtube.com/@FlorestasOnline/playlists

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Escrito por: redação Mais Floresta.

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Madeira que embala: entenda o mercado de pallets e embalagens

Brasil consumiu mais de 4 milhões de m3 de embalagens de madeira e pallets em 2023

Cerca de 108 milhões de pallets foram consumidos no Brasil, em 2023. O dado, segundo o CEO da Haas madeiras e coordenador do Comitê de pallets e Embalagens da Abimci, José Carlos Haas Junior, faz parte da primeira estimativa de consumo e produção feita de pallets e embalagens de madeira no Brasil e revela que metade de toda produção de madeira serrada que fica no mercado interno é destinada a produção de pallets e embalagens de madeira. 

O tema foi debatido durante o nono episódio do Podcast WoodFlow. A conversa, conduzida pelo CEO da WoodFlow, Gustavo Milazzo, contou ainda com a participação do Head de Desenvolvimento Estratégico da STCP, Marcelo Wiecheteck. 

Quando se fala de mercado externo, o pallet é exportado desmontado e classificado como madeira serrada. Os principais mercados são México, EUA e Oriente Médio, segundo Junior o principal produto do mercado externo é o pallet pinus. “Nós ainda não temos a segmentação na classificação de produtos para que possamos separar o que é madeira serrada do que é madeira para pallets. Mas temos feito um trabalho, enquanto Abimci, para levantar esses números e conseguir estratificar como se comporta o mercado externo de embalagens de madeira”, destacou Júnior. 

Consumo de pallets no Brasil

Como citado no início do texto, foram 108 milhões de unidades de pallets consumidas em 2023 no Brasil, são aproximadamente 4 milhões de metros cúbicos de madeira serrada. Ao mesmo tempo, a produção de madeira serrada no Brasil, segundo Júnior, foi de 8,2 milhões de m3, no mesmo ano. Isso revela que metade da madeira serrada, seja de pinus ou eucalipto, é destinada a produção de embalagens de madeira.

No Brasil, atualmente, 30% do volume de madeira serrada utilizada para pallet é de pinus e 70% de eucalipto. “Foi a madeira serrada de eucalipto que democratizou o acesso ao pallet de madeira no país. Em primeiro lugar porque se encontram plantações de eucalipto em diferentes estados brasileiros, por termos mais espécies adaptadas aos climas do nosso país. Em segundo lugar, é uma madeira que tem características interessantes, como resistência e densidade ideais para embalagens. Outra vantagem é que é uma madeira que não precisa estar seca. Com ela verde podemos montar o pallet e utilizá-lo, sem perder as suas características.”, explicou Júnior. 

Sobre as regiões que mais consomem pallets, um estudo da associação americana de pallets e embalagens destaca que está diretamente ligado ao PIB Industrial. “Onde se tem PIB Industrial, se tem consumo de pallets. Esse estudo mostra a ligação linear entre esses dois elementos. Então, no Brasil o consumo mais elevado está na porção sul do país, sobretudo no Sudeste, onde a industrialização é maior. 

Futuro

Entre os desafios para o futuro desse setor está a disponibilidade de madeira devido à competição com outros mercados do setor florestal, como o da celulose. “Até pouco tempo atrás, as empresas de celulose procuravam por florestas maiores. Para nós sobravam florestas de um ou dois hectares, em lugares de difícil acesso. Porém agora, com o aquecimento do mercado de fibra, até mesmo as florestas menores estão na mira das grandes produtoras de celulose, isso gera uma competição no mercado por madeira”, acrescentou Júnior. 

Essa competição, segundo análise do empresário, deve ser ainda mais acirrada nos próximos anos, com o advento de novos projetos de celulose anunciados para o Brasil. 

Marcelo, da STCP, completa que “quando uma grande empresa compra a floresta, ela está levando a árvore toda e não mais destinando os diferentes sortimentos que iriam para a indústria da madeira sólida por exemplo”. 

“A associação americana tem um dado que 93% das indústrias que armazenam e transportam produtos, utilizam pallets de madeira, não se conhece tecnologia que substitua o pallet e não se conhece material que substitua a madeira. Então, pallet é necessário e a floresta para fazer pallet compete com a empresa de celulose”, disse Júnior.

Sobre o Podcast WoodFlow

O Podcast WoodFlow é uma iniciativa da startup de exportação de madeira WoodFlow, e visa debater, uma vez ao mês, sobre o mercado de madeira. O CEO da WoodFlow, Gustavo Milazzo conduz as entrevistas sempre retratando o cenário e o futuro da madeira. O Podcast WoodFlow é o primeiro do país a debater temas do mercado madeireiro e pode ser acessado diretamente no youtube ou nas plataformas de streaming de áudio

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Bracell recebe premiação Smart Farm da John Deere por uso de tecnologia na silvicultura

Companhia foi uma das premiadas entre aproximadamente 450 empresas

São Paulo, outubro de 2024 – A aplicação de soluções tecnológicas na silvicultura, prática que envolve o cultivo e manejo sustentável de florestas, contribui para a formação de florestas de melhor qualidade, aumentando a eficiência na produção de madeira, melhorando a conservação da biodiversidade e promovendo a resiliência dos ecossistemas frente às mudanças climáticas. Nesse contexto, a Bracell, líder global na produção de celulose solúvel e especial, recebeu o prêmio Smart Farm 2024 da John Deere, pelos resultados alcançados com o uso de tecnologias no setor florestal, sendo a primeira empresa desse segmento a conquistar esse prêmio. 

A iniciativa reconhece áreas como “Fazenda Modelo” pelo uso de tecnologia em suas operações. Neste ano, cerca de 450 empresas se inscreveram no programa, que premiou 12 empresas dos segmentos de grãos, cana-de-açúcar, HVC/forragem/silvicultura e algodão. Para Vinicius Duque, gerente de silvicultura da Bracell em São Paulo, o reconhecimento reforça o compromisso da empresa com a utilização de tecnologias que promovem a sustentabilidade. “Estamos orgulhosos de liderar práticas que não apenas aumentam a eficiência e a qualidade das nossas operações, mas também promovem a conservação ambiental, devido ao uso mais sustentável dos recursos e insumos”, destacou Duque. 

A premiação aconteceu em Indaiatuba, no interior de São Paulo, após cinco dias de imersão para os representantes das empresas vencedoras, organizada pela John Deere. O cronograma incluiu visitas à SLC Agrícola, em Brasília, à fábrica da John Deere em Goiás e ao hub de inovação AgTech Garage, em Piracicaba, entre outros. A avaliação dos vencedores considerou um período específico de produção, além de aspectos como organização das operações, uso de tecnologia e aplicativos móveis, engajamento nas operações, cadastro de produtos e depoimentos de clientes. 

A tecnologia implementada pela Bracell inclui um piloto automático de alta precisão e o controle eletrônico de aplicação de insumos nas máquinas, além do gerenciamento das operações por meio da Central de Operações Florestais, o que permite maior precisão nas atividades e otimização no uso dos insumos, com aderência às recomendações técnicas em cada área. “Essa abordagem nos possibilita gerenciar nossas operações em tempo real, aplicar fertilizantes com precisão e monitorar os parâmetros operacionais, facilitando e complementando o trabalho do nosso time operacional. Ser reconhecidos pelo Smart Farm 2024 é um reflexo do nosso compromisso com uma silvicultura sustentável, utilizando a tecnologia para a formação de florestas de alta qualidade e produtividade, como também a preservação do meio ambiente”, acrescentou o gerente. 

Sobre a Bracell 

A Bracell, líder global na produção de celulose solúvel e especial, se destaca por sua expertise no cultivo sustentável do eucalipto, que é a base para a produção de matéria-prima essencial na fabricação de celulose de alta qualidade. Atualmente, a multinacional conta com mais de 11 mil colaboradores e duas principais operações no Brasil, sendo uma em Camaçari, na Bahia, e outra em Lençóis Paulista, em São Paulo. Além de suas operações no Brasil, a Bracell possui um escritório administrativo em Singapura e escritórios de vendas na Ásia, Europa e Estados Unidos. Para mais informações, acesse: www.bracell.com 

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Primeira máquina Valmet IntelliTissue da América do Sul entra em operação com sucesso

A nova máquina produz papel tissue de alta qualidade, com baixo consumo de energia e matéria-prima, garantindo maior velocidade operacional e eficiência de secagem. A produção da empresa vai crescer em 30 mil toneladas por ano

A Valmet, líder mundial em tecnologias de processo, automação e serviços para as indústrias de celulose, papel e energia, foi responsável pela fabricação, instalação e início da operação da primeira máquina IntelliTissue 1800 na América do Sul, entregue a um importante cliente desse mercado.

Com a nova máquina, a empresa aumentará sua produção de tissue em 30 mil toneladas anuais, além de melhorar a qualidade do produto final e reduzir o consumo de energia. Esses benefícios estão alinhados à missão da Valmet de converter recursos renováveis em resultados sustentáveis, otimizando o uso de energia e matérias-primas com tecnologias industriais avançadas, promovendo o sucesso dos clientes.

“Estamos orgulhosos de colocar em operação a primeira máquina IntelliTissue 1800 na América do Sul. Esse marco para a Valmet foi alcançado graças ao excelente relacionamento e trabalho em equipe entre os times da Valmet e do cliente”, afirma o diretor da linha de Negócios de Papel da Valmet para o mercado da América do Sul, Rogério Berardi.

Informações técnicas sobre a entrega

O escopo de fornecimento da Valmet incluiu a máquina IntelliTissue 1800, automação completa incluindo controle de processo Valmet DNA (DCS) e gerenciamento de qualidade Valmet IQ, válvulas e atuadores Valmet, além de todos os sistemas auxiliares para a produção de papéis tissue de alta qualidade. Entre os principais destaques da máquina estão a caixa IntelliHeadbox, que oferece estabilidade hidráulica e excelente perfil de gramatura; o IntelliFormer, do tipo crescentformer, que aprimora a formação de bolhas em altas velocidades, impactando positivamente o consumo de energia e a eficiência da máquina; e a prensa IntelliPress, que maximiza a remoção de água da folha, otimizando a eficiência  e a qualidade do papel tissue. O fornecimento da Valmet também incluiu a engenharia completa, sistemas auxiliares, instalação, supervisão, treinamento e comissionamento/start-up da máquina.

A nova máquina de tissue possui 2,75 metros de largura, velocidade projetada de 1.800 metros por minuto e capacidade produtiva de 34.100 toneladas de papel tissue por ano. Seu objetivo é abastecer o mercado local e regiões adjacentes com papel higiênico, toalhas e papel facial de alta qualidade.

Sobre a Valmet: 

A Valmet possui uma base global de clientes em diversas indústrias de processo. Somos líderes globais no desenvolvimento e fornecimento de tecnologias de processo, automação e serviços para as indústrias de celulose, papel e energia e, com nossas soluções de automação e controle de fluxo, atendemos uma base ainda mais ampla de indústrias de processo. Nossos mais de 19.000 profissionais em todo o mundo trabalham próximos aos nossos clientes e estão comprometidos em impulsionar o desempenho de nossos clientes – todos os dias. A empresa tem mais de 220 anos de história industrial e um forte histórico de melhoria e renovação contínuas. As vendas líquidas da Valmet em 2023 foram de aproximadamente 5,5 bilhões de euros. As ações da Valmet estão listadas na Nasdaq Helsinki e sua sede fica em Espoo, na Finlândia.

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Ibá lança na COP16 estudo com compromissos do setor de árvores cultivadas para biodiversidade

Documento “Biodiversidade: um compromisso do setor brasileiro de árvores cultivadas” apresenta ações concretas, já em prática, que convergem com as metas do Marco Global de Kunming-Montreal

São Paulo, outubro de 2024 – Nesta última segunda-feira (21), que marca o início da COP16 (Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica), a Ibá lançou o estudo “Biodiversidade: um compromisso do setor brasileiro de árvores cultivadas”. O documento de 55 páginas traz ações efetivas e em andamento das empresas associadas à entidade e que estão em linha com as 23 metas do Marco Global de Kunming Montreal.

O marco, assinado na última edição do evento por 196 nações, é um robusto plano que estabeleceu metas a serem atingidas até 2030 para conservação e uso sustentável da biodiversidade, além de acesso e repartição justa e equitativa dos benefícios oriundos da utilização dos recursos genéticos e do conhecimento tradicional associado a eles.

Há décadas o setor de árvores cultivadas zela pela biodiversidade presente em suas áreas de cultivo e de preservação. Foram registradas mais de 8.310 espécies nessas áreas, incluindo da flora, mamíferos, aves, peixes, répteis, anfíbios, invertebrados e fungos. Essas espécies estão distribuídas em cinco biomas brasileiros: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Pampa. Dentre elas, 335 foram consideradas ameaçadas de extinção. Nos biomas Cerrado e Mata Atlântica, 26 (incluindo aves, mamíferos e flora) foram classificadas como bioindicadores, termo utilizado para espécies muito sensíveis às modificações no ambiente e que, por isso, são consideradas indicadores de qualidade ambiental. Nesses mesmos biomas, sete espécies da flora e 14 da fauna foram classificadas como raras. A publicação recém-lançada evidencia justamente os esforços do setor para zelar por essa diversidade e garantir o futuro do planeta.

O documento mostra, por exemplo, como há 25 anos a Veracel conserva a RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) Estação Veracel, localizada no sul da Bahia. A reserva tem mais de 6 mil hectares de Mata Atlântica e está entre as 20 áreas de conservação do mundo com maior número de espécies arbóreas, além de registrar 300 espécies de aves e mamíferos, entre elas a harpia, também conhecida como gavião-real, uma das maiores aves de rapina do mundo e considerada em risco de extinção. A conservação da Estação Veracel está alinhada à Meta 3, sobre áreas protegidas e outras medidas eficazes de conservação.

Outro exemplo do caderno é o Projeto Indaiá, localizado em Minas Gerais, que desde 2005 é apoiado pela Cenibra e contribui na geração de emprego e renda para a comunidade local. A empresa permite o acesso às suas áreas de manejo florestal para coleta da palha da palmeira indaiá, além de oferecer capacitação, treinamentos e patrocínio para participação em feiras e exposições regionais e nacionais. A iniciativa visa a comercialização e a promoção do artesanato, prática tricentenária no município de Antônio Dias. A ação dialoga com a Meta 5, que trata da coleta e comércio sustentável de espécies silvestres.

A própria Ibá está presente e, junto com as empresas brasileiras do setor de árvores cultivadas, participa ativamente das discussões promovidas pelo governo, a partir de consultas públicas, reuniões e diferentes iniciativas, como estabelecido pela Meta 14, que visa a integração das ações governamentais com o reconhecimento e a inserção da diversidade biológica no processo de tomada de decisão. Um bom exemplo disso é o processo de atualização da EPANB (Estratégia e Plano de Ação Nacionais para a Biodiversidade), uma ferramenta de gestão integrada das ações nacionais que visam conservar a biodiversidade e um instrumento de monitoramento do progresso das ações brasileiras que constam no Plano de Ação para a Biodiversidade.

Esses são apenas alguns dos registros da publicação, que traz também ações em prol da biodiversidade da Veracel, CMPC, TTG Brasil, Bracell, Melhoramentos, Suzano, Klabin, Eldorado Brasil, Eucatex, Norflor, Irani, TRC, Sylvamo e Gerdau. Vale ressaltar que os esforços de cada companhia não se limitam às ações e aos projetos apresentados de maneira mais detalhada — a própria publicação cita as outras metas para as quais cada empresa contribui diretamente.

“Os maiores desafios da caminhada humana atualmente passam pela crise do clima e da biodiversidade. O setor inova ao lançar o caderno de biodiversidade com cases concretos e que transformam metas em ações. É disso que o mundo precisa”, explica o presidente da Ibá, Paulo Hartung.

“Esse caderno é um marco na trajetória do setor de árvores cultivadas, mostrando que as ações de cuidado com a biodiversidade estão profundamente integradas ao propósito corporativo. O futuro está em jogo, e o tempo para agir é agora”, completa a gerente de Políticas Florestais e Bioeconomia da entidade, Patrícia Machado.

O documento será apresentado durante a COP16 em um evento paralelo organizado pela Ibá em parceria com o PEFC Internacional e o WBCSD (World Business Council for Sustainable Development). O painel jogará luz sobre projetos inovadores que contribuem para a agenda da biodiversidade, tendo como ponto central o manejo florestal sustentável. Vale destacar também que o setor de árvores cultivadas está presente de forma recorde nesta COP, com representantes de 13 empresas.

“Biodiversidade: um compromisso do setor brasileiro de árvores cultivadas” pode ser acessado no site da Ibá (iba.org).

Sobre a Ibá

A Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) é a associação responsável pela representação institucional da cadeia produtiva de árvores plantadas, do campo à indústria, junto a seus principais públicos de interesse. Lançada em abril de 2014, representa 48 empresas e 10 entidades estaduais de produtos originários do cultivo de árvores plantadas – painéis de madeira, pisos laminados, celulose, papel, florestas energéticas e biomassa -, além dos produtores independentes de árvores plantadas e investidores institucionais.

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Exclusiva – Florestas Online: confira as palestras do primeiro dia do evento que atualiza e promove o setor

Primeiro dia do evento abordou sobre inovação e plano de desenvolvimento do setor, bem como estratégias de combate a incêndios por meio de sistemas tecnológicos; confira

O Florestas Online – Primeiro Congresso Florestal Online do Brasil (https://florestasonline.com.br), que aconteceu na última semana, entre os dias 14 a 18 de outubro, ao vivo no Canal do Youtube https://www.youtube.com/@FlorestasOnline, contou com programação repleta de informação atualizada e relevante sobre o setor, promovida através da participação de renomados profissionais. O evento consolida com sua 9ª edição, trazendo palestras exclusivas, e conteúdos técnicos para debates, sendo uma oportunidade única e que garante certificação para os participantes inscritos.

Nesta edição, o Florestas Online contou com mais de 3 mil inscritos, e uma robusta programação com 22 palestrantes de destaque, atuantes nas principais instituições e empresas do setor, trazendo conteúdos 100% focados ao tema central. O evento, que é gratuito e acontece na modalidade online e ao vivo, proporciona mais praticidade e liberdade aos participantes, foi transmitido no canal oficial do YouTube Florestas Online.

Inovação e novas tecnologias na indústria de base florestal, mercado, manejo, indústria e gestão florestal, mudanças climáticas, estratégias para o enfrentamento a incêndios florestais e iniciativas que impulsionam o setor, são alguns dos temas que fizeram parte do hall de palestras pensadas estrategicamente para o evento, garantindo informação de qualidade e atual. Confira alguns comentários dos palestrantes do primeiro dia do evento:

Palestras – Dia 1

Cada palestrante contribuiu com informações de destaque nas quatro palestras apresentadas no dia, confira:

“Abordamos sobre essa temática desse novo normal, em que em função de todas as mudanças que houveram em termos de temperatura de ciclos oceânicos, ciclos atmosféricos e que estão se manifestando. A gente tem hoje uma recorrência desses eventos e eles estão ficando além de mais recorrentes mais intensos”, alerta e destaca, Marcos Kazmierczak, Dr. em eventos extremos e fundador da KAZ Tech, que abordou no evento sobre: ‘Incêndios Florestais e Mudanças Climáticas: onde e quando?

“Primeiramente eu queria parabenizar pelo evento, pela da democratização da informação, é extremamente importante o combate da negligência das nossas ações em relação à crise climática como informação. Então basicamente é isso que esse evento concretiza. E nesta oportunidade, eu vim com uma proposta um pouco diferente, da palestra anterior, que é justamente falar um pouco mais sobre como nos tornarmos mais resilientes nessa questão dos incêndios, que estão aumentando, estão ficando cada vez mais destrutivos, maiores, com temperaturas cada vez mais altas, e com maior quantidade de material combustível também disponível por conta do aquecimento global, e as consequências são de fato exponenciais”, enfatizou Eimi Arikawa, diretora de receitas umgrauemeio, que teve como tema de sua palestra: ‘Combata incêndios com inteligência e tecnologia – PANTERA na prática’.

“Nossa palestra é para falar um pouco sobre um diagnóstico do setor de base florestal do Estado do Espírito Santo. Para que se fizesse esse diagnóstico tivemos que fazer dois trabalhos antes, que foi o dimensionamento do mercado capixaba de produtos florestais, feito em 2010, com 110 páginas – quem quiser entrar nas minúcias dele pode acessar o site oficial da Cedagro –, e depois em 2020 ele foi feito novamente, e nós vamos mostrar um pouco do que foi feito durante esse trabalho. Outro trabalho importante para que a gente chegasse a um plano de desenvolvimento florestal do Estado, foi o Plano Estratégico do Desenvolvimento da Agricultura, que é o PEDEAG de silvicultura que é o foi feito pela Secretaria da Agricultura em 2023, e também tá disponível o para ser baixado para quem tiver interesse”, disse Pedro Galvêas, pesquisador da Embrapa Florestas/Incaper, que no evento falou sobre: ‘Diagnóstico e Plano de Desenvolvimento Florestal do Estado do ES’.

“O Clube Ipê de Investimentos é uma desses sensores que estão olhando para essa frente de inovação no setor florestal. Então o tema da nossa palestra é efetivamente sobre a Innovatech e Clube Ipê, que são as empresas que trabalham efetivamente fazendo fomento de investimentos em startups do setor agroflorestal”, informou Jessica Santana Comério, gerente de inovação, processos e novos negócios no Grupo Innovatech, que levou ao Florestas Online o tema: ‘Filius Venture e Clube Ipê, uma Experiência de Inovação Aberta’.

 Assista abaixo as palestras completas do 1º dia do Florestas Online:

O Florestas Online é uma realização da Paulo Cardoso Comunicações (https://www.paulocardosocom.com.br/), e contou com parceria institucional da Embrapa Florestas (https://www.embrapa.br/florestas).

Confira as edições anteriores no link abaixo:

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Escrito por: redação Mais Floresta.

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Edição 2024 da Corrida e Caminhada Suzano Faz Bem em Três Lagoas será realizada neste fim de semana

Com cerca de 1,1 mil pessoas inscritas, evento esportivo será realizado na Lagoa Maior e conta com modalidades de caminhada de 5 km e corrida de 5 km e 10 quilômetros

A Lagoa Maior – principal cartão postal da cidade – será o ponto de concentração da edição 2024 da Corrida e Caminhada Suzano Faz Bem, que será realizada no próximo domingo, dia 20/10. Promovido pela Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, em parceria com a Academia Best Life, o evento será realizado às 6h30 – horário da largada – e deve reunir cerca de 1,1 mil participantes.

De acordo com Eduardo Ferraz, diretor de Operações Industriais da Suzano, além de promover a prática esportiva e um momento de lazer para colaboradores(as) da companhia e para a comunidade, o evento esportivo visa ainda incentivar o voluntariado, por meio de arrecadação de donativos para instituições beneficentes da cidade.

“A Suzano tem muito orgulho em poder proporcionar mais uma edição deste evento esportivo para Três Lagoas. A Corrida e Caminhada Suzano Faz Bem já é tradicional na cidade e, vale destacar que, as inscrições têm caráter beneficente, o que se encaixa perfeitamente em um dos nossos principais direcionadores, que diz que ‘só é bom para nós se for bom para o mundo’. Estamos, em um único evento, incentivando a prática esportiva, possibilitando um domingo de lazer e uma série de atrações para a comunidade, e ainda beneficiando outras famílias por meio das doações arrecadadas”, completa.

Neste ano, o evento contará com a participação especial do atleta Hugo Farias, recordista mundial de maratonas consecutivas. O atleta ganhou visibilidade ao percorrer 366 maratonas em 366 dias consecutivos, marca reconhecida pelo Guinness World Records, em junho de 2024. O atleta também busca incentivar outras pessoas por meio do “Projeto Propósito: Nunca é tarde para escrever uma nova história”.

Além da participação do maratonista, no dia da corrida, haverá espaço kids com monitores, brinquedos infláveis e atividades de recreação para as crianças. “Nosso objetivo é as pessoas participantes encontrem tanto um momento de   lazer e descontração quanto a oportunidade de reavaliar ou criar novos propósitos. Para isso, enquanto os pais, mães ou responsáveis realizam as provas, as crianças também poderão se divertir em espaço kids monitorado”, completa Eduardo Ferraz. 

Inscrição solidária

Para garantir a participação no evento, as pessoas interessadas precisam efetivar as inscrições mediante a doação de kits de alimentos e produtos de cuidados pessoais. São três opções de kits disponíveis, independentemente da modalidade escolhida. A primeira opção é composta por: 1 pacote de fraldas geriátricas XG com oito unidades e 1 desodorante aerossol de 150 ml. Já o segundo kit deve conter, no mínimo, 1 pacote de arroz de 5 quilos, 2 latas de óleo de 900 ml e 1 quilo de farinha de trigo. Já a terceira opção de kit deve ter: 2 quilos de feijão, 2 litros de leite e 2 quilos de açúcar.

O ponto de entrega dos kits com as doações e de confirmação das inscrições será no dia 19 de outubro, das 10h às 18h, na Lagoa Maior (ao lado do complexo poliesportivo Professor Eduardo Antônio Milanez). Os corredores deverão comparecer ao local no horário e data estipulados munidos de documento de identificação com foto, comprovante de inscrição original impresso e a doação dos donativos.

Após confirmada a inscrição, os(as) participantes receberão o kit da corrida contendo: uma ecobag, uma camiseta em tecido tecnológico; chip de cronometragem (exceto para a caminhada) e número de peito de uso obrigatório e intransferível (exceto para a caminhada).

Corrida e Caminhada

A Corrida Suzano faz bem será disputada em uma única vez, nas categorias geral masculino e geral feminino, nas distâncias de 5 km e 10 km, e na categoria caminhada, na distância de 5 km. A largada e a chegada serão na Lagoa Maior e os detalhes do percurso podem ser consultados no site oficial da corrida. Para a modalidade corrida, há o limite de idade mínima de 16 anos. Já a caminhada é livre para todas as idades.

Para o evento, a equipe de segurança e qualidade de vida da Suzano manterá ambulâncias no local durante todo o evento. Haverá ainda pontos de hidratação no percurso e concentração dos corredores e, no final da corrida, os participantes receberão kits de hidratação composto por um isotônico, frutas e água.

Todas as pessoas que completarem o percurso receberão uma medalha de participação. Os cinco primeiros colocados no ranking geral da corrida, de 5km ou 10km, e os três primeiros por cada categoria (masculino, feminino e por faixa etária a cada 10 anos) também receberão troféus.

Programa Faz Bem

A corrida leva o nome de um programa interno da Suzano – o Faz Bem -, que atua em cinco pilares da saúde preventiva, mental, social, física e ergonômica. Por meio do programa, são desenvolvidas diversas iniciativas voltadas a saúde, segurança e bem-estar dos(as) colaboradores(as) da empresa, entre elas: programa de terapia online e acolhimento ao colaborador e seus familiares, corridas e caminhadas, pausas com ginástica laboral durante a jornada de trabalho, espaços de convivência para interatividade e um programa de bem-estar completo com desconto em diversas academias e aplicativos on-line.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose; papéis para imprimir e escrever; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis sanitários e produtos absorventes; além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender a demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página: www.suzano.com.br

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Florestas em chamas: empresas do setor florestal investem em tecnologia e campanhas para evitar incêndios no Paraná

De janeiro a setembro deste ano, o Paraná registrou mais de 12 mil atendimentos de incêndios florestais

O fogo se espalha rapidamente pelas folhas secas e material orgânico no solo. Em minutos, uma floresta é vista em chamas. A cena da catástrofe ambiental provoca tristeza, revolta e, principalmente, gera um alerta de que algo precisa ser feito. De acordo com o Corpo de Bombeiros, de janeiro a setembro deste ano, o Paraná registrou mais de 12 mil atendimentos de incêndios florestais. Só no mês passado, o estado teve em média 129 ocorrências por dia. 

“A gente tem que diferenciar as queimadas dos incêndios florestais. Uma queimada é uma área pré-definida onde você aplica o fogo com algum objetivo, enquanto o incêndio florestal é o fogo que se propaga livremente causando uma série de danos ou efeitos ao ambiente”

Para que os números não sejam piores, a Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE) tem desenvolvido campanhas e diretrizes de prevenção de combate ao fogo. 

“Há três anos a gente sentiu que havia necessidade de uma coordenação maior dessas ações. Na realidade, a função de uma associação é pegar as boas práticas e levar para todos os associados […] A empresa tem onde se espelhar para desenvolver seu sistema de proteção contra incêndios florestais. Além disso, ela tem uma base para buscar informações e ser mais eficiente no monitoramento. A gente conseguiu trazer luzes para esse problema no Paraná e um dos exemplos é uma maior atenção por parte do Governo do Estado a esse tema”afirmou Ailson Loper, diretor-executivo da APRE.

Exemplo que deu certo

O Paraná é referência na produção florestal nacional, com uma área de 1,17 milhão de hectares de florestas plantadas. Parte desse sistema está nas áreas da empresa Klabin – maior produtora e exportadora de papéis do Brasil – com uma unidade florestal em Telêmaco Borba, na região dos Campos Gerais.

incêndios florestais
O Paraná é referência na produção florestal nacional, com uma área de 1,17 milhão de hectares de florestas plantadas (Foto: Divulgação Klabin)

Segundo Jose Valmir Calori, diretor de Operações Florestais da Klabin, a empresa investe permanentemente na prevenção a incêndios com um sistema de monitoramento inteligente.

A companhia conta com uma sala de comando com cerca de 18 câmeras, que registram imagens em tempo real, 24 horas por dia, com um alcance de até 40 quilômetros de distância. Os equipamentos foram instalados em torres de 60 metros de altura.

“É um investimento enorme em infraestrutura e, principalmente, em planejamento. Hoje temos muitas torres de monitoramento de clima e, com isso, temos informações sobre umidade relativa e volume de chuva dos períodos antecedentes em que podemos calcular o risco de incêndio de cada uma das regiões. E ao levantar isso conseguimos planejar melhor sobre onde colocar nossas estruturas e a forma como iremos trabalhar. Além disso, a gente faz o monitoramento via satélite porque isso auxilia nos incêndios e ajuda a gente fazer esse planejamento”detalhou Jose Valmir Calori, diretor de Operações Florestais da Klabin, em entrevista à Banda B.

A Klabin também tem aproximadamente 700 colaboradores treinados para atuar na prevenção e controle de incêndios na região. A estrutura conta ainda com uma aeronave capaz de transportar até 450 litros de água, além de caminhões semelhantes aos do Corpo de Bombeiros. 

“Dentro do planejamento da companhia, nós colocamos a estrutura de uma forma inteligente. Nós temos hoje mais de 50 vigilantes terrestres, distribuídos ao longo das nossas operações. Com isso, nós temos mais de 15 brigadas fixas preparadas para fazer o combate a esses incêndios e, além disso, nós temos mais de 700 pessoas treinadas para quando ocorrer algum evento poder fazer o combate rápido”pontuou Calori.

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Klabin possui uma central de monitoramento com câmeras 24 horas em pontos estratégicos (Foto: Divulgação Klabin)

Sabendo que o ‘fogo não respeita a cerca’, o diretor também citou a importância do engajamento da comunidade que vive no entorno das florestas plantadas. 

“Uma coisa muito importante, que é um diferencial da companhia, é o bom relacionamento com as comunidades vizinhas por meio de programas socioambientais e da conscientização do risco que a situação dos incêndios traz. Os nossos olhos são os olhos dos nossos vizinhos também, que nos ajudam a identificar os focos. A gente ajuda a população a entender o risco dos incêndios, e essas parcerias fazem com que a gente tenha cada vez mais controle e cada vez menos problemas ao longo do tempo, mesmo em períodos de tempo seco”ressaltou o diretor da Klabin.

De olho nas mudanças climáticas

A menor incidência de chuvas e as secas mais prolongadas deixam as florestas tão vulneráveis que uma simples faísca pode ocasionar um estrago gigantesco. Conforme o Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden), o Brasil enfrenta atualmente a maior seca da história, impulsionada pelas mudanças climáticas.

Para tentar minimizar os problemas com incêndios florestais, o professor da UFPR, Alexandre França Tetto, reforça que é preciso entender como esses eventos ocorrem. 

“E uma coisa muito importante é saber onde, quando e como os incêndios acontecem. Então, existem dentro das empresas florestais e do Corpo de Bombeiros o chamado registro de ocorrência de incêndio que tem todas essas informações. Aqui no estado do Paraná a gente tem principalmente agosto e setembro como os meses que temos o maior número de incêndios, então podemos nos preparar para esses meses”considerou Alexandre França Tetto, professor da UFPR.

Os incêndios não impactam apenas na perda de árvores, mas também na qualidade do solo, ar e clima. Um exemplo é a fumaça que tomou conta do país recentemente. Por isso, Tetto destaca que a melhor saída é a prevenção. 

“A gente tem que pensar na prevenção, porque é muito mais barato você prevenir um incêndio do que depois ter que combater. Há várias formas de se prevenir um incêndio, desde a educação ambiental, passando pelo aspecto de legislação, de fiscalização, de realização e manutenção de aceiros […] Um dos princípios básicos relacionados ao fogo diz que todo incêndio começa pequeno, então se a gente detectar o incêndio rapidamente e combater rapidamente, fica muito mais fácil de ser contido. Com relação a isso, as empresas florestais têm uma campanha liderada pela APRE que trabalha muito essa questão da educação ambiental”citou o professor.

Conforme o diretor da APRE, Ailson Loper, a cada dez incêndios florestais, nove são causados pelo ser humano. Dessa forma, é necessário fazer a população pensar e falar sobre o tema.

“As empresas florestais já têm um histórico de olhar para incêndios florestais de uma forma diferente das outras atividades produtivas no campo. Elas já tratam os incêndios como um risco aos seus plantios florestais e, por isso, se adequam a esse ambiente. De que forma isso ocorre? Primeiro existe um mapeamento das áreas de risco. Pensando que mais de 90% dos incêndios são causados pela ação humana, as empresas prestam ainda mais atenção em áreas de trilhos de trem e entorno de cidades, por exemplo”finalizou Ailson Loper, da APRE.

Informações: Banda B.

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Celulose: investimento de R$ 75 bilhões, sete fábricas e 12 milhões de toneladas de produção; futuro do MS é o desenvolvimento

Em Inocência, a chilena Arauco tem a previsão de entrar em operação em 2028. Já em Água Clara, mais um mega investimento deve acontecer em breve: a construção da Bracell

Um investimento de R$ 75 bilhões e mais de 12 milhões de toneladas de celulose. Esta deve ser a produção de Mato Grosso do Sul muito provavelmente daqui uns 5 anos. O Estado que já é uma potência mundial do setor, deve se consolidar como maior exportador de celulose do planeta com sete fábricas.

O fato é que Mato Grosso do Sul virou o ‘pai’ da celulose. Abrigando três fábricas, Três Lagoas é pioneira no assunto. A cidade tem já tem a Eldorado e duas linhas da Suzano, podendo, em breve, receber a segunda linha da Eldorado e se consolidar como destaque mundial no setor e a primeira no ranking quando o assunto é exportação. O município ajuda o Estado a cada vez mais trazer novas fábricas e novos grandes investidores, sempre alavancando a economia e a gerar milhares de empregos.

Vale da celulose

A região já é conhecida como o Vale da Celulose e vai crescer ainda mais já que grandes indústrias estão sendo instaladas na região. Em Inocência, a chilena Arauco tem a previsão de entrar em operação em 2028. Já em Água Clara, mas um mega investimento deve acontecer em breve: a construção da Bracell.

Produção de celulose.

Somando a produção de todas as sete fábricas que Mato Grosso do Sul deve ter nos próximos anos, o Estado pode chegar a produzir mais de 12 milhões de toneladas de celulose que são exportadas para os quatro cantos do mundo.

Para tanta produção, não podemos esquecer da geração de emprego. No pico da obra de uma fábrica, é preciso que pelo menos 10 mil pessoas trabalhem no empreendimento. Com isso, pessoas de todos os lugares do mundo se instalam em Mato Grosso do Sul em busca de melhores condições de vida.

Impactos

E se tem demanda, o que acontece? Empresários das cidades se reinventam para conseguirem atender a nova clientela. A construção de uma fábrica movimenta toda economia de uma região. Afinal, são milhares de novos moradores que precisam de serviços de hotéis, alimentação, vestuário, mercado, etc.

Para receber tamanha quantidade de pessoas, as fábricas, juntamente com órgãos públicos realizam um estudo de como as indústrias impactam um município. As empresas, prefeitos e o governador se unem em prol do desenvolvimento.

E o desenvolvimento vêm em várias áreas, incluindo na qualificação. Devido à grande demanda que as fábricas precisam, nem sempre conseguem a devida mão de obra qualificada. Em parcerias, as indústrias oferecem cursos gratuitos e muitas vezes até pagam para as pessoas conseguirem a qualificação. No Mato Grosso do Sul a população cresce com as fábricas.

MS: potência mundial

Mato Grosso do Sul era um Estado conhecido por sua agropecuária, mas hoje em dia já é conhecido por suas mega industrias. Em uma rede social, o secretário da Semadesc Jaime Verruck também destacou as metas do Estado para se tornar uma potência mundial na produção e destino de grandes empreendimentos.

“Mato Grosso do Sul registrou aumento de 15% em sua área de florestas plantadas em relação ao ano de 2023, maior crescimento do Brasil. Com seis plantas confirmadas em investimentos de R$ 75 bilhões, o Estado tem atualmente a segunda maior área de florestas plantadas do País, com 1,5 milhão de hectares, sendo 98% dessa área destinada ao cultivo de eucalipto, utilizado principalmente pela indústria de papel e celulose, que tem forte presença no Estado”, disse Verruck.

Empregos

A cadeia produtiva florestal gera mais de 14,9 mil empregos diretos e 12 mil indiretos no Estado, sendo o primeiro em exportação de celulose e o segundo em produção. Em julho de 2024 a Suzano iniciou a operação da sua nova Fábrica em Ribas do Rio Pardo, sendo a maior indústria de celulose de linha única do mundo. Na grande região de Três Lagoas, conhecido como ‘Vale da Celulose’ estão aproximadamente 1,35 milhão de hectares de eucalipto, 93% da produção estadual.

O MS é 1º estado em produção de madeira em tora para papel e celulose e responde por 24% da produção nacional de celulose (aproximadamente 5,5 milhões de toneladas/ano).

Carbono neutro

“Nós queremos no futuro ser um Estado próspero. Então nós vamos fazer todo esforço para continuar crescendo acima da média nacional. Nosso indicador de prosperidade é o Produto Interno Bruto, que nós continuássemos a ser um estado sustentável, e aí nós temos uma meta de Estado Carbono Neutro 2030. Então todas as nossas políticas públicas, elas têm a questão da sustentabilidade inserida. Que fossemos um Estado Digital e em todas as nossas ações, nós queremos cada vez mais que o nosso cidadão acesse o poder público”, salientou o secretário durante um evento realizado há algumas semanas. Verruck detalhou o PROFLORESTA, Plano Estadual de Desenvolvimento do setor florestal que prevê a consolidação da cadeia produtiva de papel e celulose; ampliação e diversificação da base florestal; diversificação da matriz econômica e estabelecimento de uma base industrial competitiva.

Secretário da Semadesc Jaime Verruck.

Além disso, o secretário apresentou aos participantes a política do Estado Carbono Neutro, alinhado aos objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU, preservação da biodiversidade, implantação da política de mudanças climáticas e o Plano Estadual de Transição Energética.

“Esta é uma oportunidade de mostrarmos o nosso setor florestal. MS já tem uma pauta de exportações robusta de celulose com 23% de participação da indústria. Então, discutimos também os desafios: da moradia, da qualificação da mão de obra, e principalmente o horizonte de novos investimentos”, acrescentou.

Informações: Perfil News.

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Scania amplia oferta de soluções para redução de CO2 com lançamento de seu primeiro caminhão elétrico

Portfólio que já conta com alta eficiência energética da motorização a diesel, modelos movidos a biometano, gás natural, biodiesel, ganha nova opção

São Paulo, 18 de outubro de 2024 – A Scania inicia mais uma importante etapa da sua jornada de sustentabilidade no Brasil com o anúncio do seu primeiro caminhão elétrico. A marca, pioneira em trazer soluções para redução de CO2 no ecossistema do transporte de cargas, por meio de um investimento na recente plataforma a diesel mais eficiente Super, a apresentar os primeiros veículos movidos a gás e/ou biometano e gnl de fábrica, lança mais uma opção ao transportador e ao embarcador: o modelo histórico 30 G 4×2. Ele será importado da Suécia e terá sua primeira exibição na Fenatran (Feira Internacional do Transporte de Carga), o principal salão do setor na América Latina, que será realizado de 4 a 8 de novembro, no São Paulo Expo (SP). 

O 30 G tem autonomia de aproximadamente 250 km, vocação urbana e regional,  versão cavalo mecânico 4×2 com 300 kw de potência (310cv) e capacidade máxima de tração (CMT) de 66t. Além destas características, está equipado com dois pacotes de baterias (num total de 416kWh). A máquina elétrica EMC1-4 dispõe de uma potência de regeneração de 330kW e desenvolve torque de 1.150Nm. Ele complementará a linha sustentável da marca. Portanto, a Scania vai agregar mais uma matriz energética e não substituir nenhuma atualmente comercializada. O Scania 30 G já está na terceira geração de BEV (veículo elétrico a bateria).

Com a introdução do elétrico, o mix sustentável da Scania ficará desta forma: gás comprimido (gnc), gás liquefeito (gnl), biometano e biodiesel B100. 

“Estamos seguindo mais um passo do nosso compromisso de liderar a transição para um sistema de transporte mais sustentável, firmado globalmente em 2016. O transportador brasileiro terá em suas mãos o mais amplo portfólio sustentável do mercado”, afirma Simone Montagna, presidente e CEO da Scania Operações Comerciais Brasil. “Sabemos que a jornada da eletrificação tem pela frente etapas importantes de desenvolvimento em várias áreas, especialmente em infraestrutura, por isso, acreditamos na multimodalidade com diversas matrizes energéticas alternativas ao diesel. E essa multimodalidade passa pelo gás, biodiesel e elétrico. A Scania está estimulando e ajudando a desenvolver os corredores azuis (gás, gnl e biometano) e a cadeia de produção do biometano para caminhões há 5 anos”, diz Montagna. 

Segundo o presidente, o transportador está em busca da solução ou soluções que melhor proporcionem resultados para atender a cada vez maior exigência dos embarcadores para cumprir suas metas de descarbonização com frotas de caminhões mais sustentáveis transferindo suas cargas. “É um frete disputado hoje no mercado”, revela. “Por isso, estamos investindo pesado na melhoria contínua dos nossos produtos, serviços e na rede de concessionárias Scania.” 

De acordo com Alex Nucci, diretor de Vendas de Soluções da Scania Operações Comerciais Brasil, é importante lembrar que o cliente busca por soluções viáveis ‘Aqui e Agora’ e equilibradas ambiental e economicamente. “As primeiras entregas do elétrico estão previstas a partir de janeiro de 2026. Neste momento, a nossa visão é que o elétrico atenda as distâncias urbanas e regionais de até 250 km no hub a hub logístico (produtos mais perecíveis) e na última etapa da entrega da carga (last mile). Já o gás natural e o biometano sejam usados nas rotas de 200 a 600 km (médias distâncias), e o diesel, o gnl e o biodiesel – fomos os pioneiros a ter o caminhão com B100 – utilizados nos trajetos de longas distâncias acima de 600 km”, explica Nucci.

Caminhão elétrico da Scania: mais uma opção para a descarbonização

O 30 G 4×2 tem eixo R780 com capacidade de carga de até 66 toneladas o que garante robustez e confiabilidade. O modelo dispõe de uma potência de regeneração de 330kW e desenvolve torque de 1.150Nm. 

“Pensamos em cada detalhe para as aplicações no perfil atual do transporte brasileiro elétrico. Vamos começar as importações e ir amadurecendo com o mercado, clientes, rede e embarcadores, juntando toda a cadeia do transporte e o poder público”, comenta Rodrigo Arita, gerente de Portfólio de Produtos da Scania Operações Comerciais Brasil. “Quando estivermos com os veículos elétricos rodando, vamos passar por um ciclo que é normal na indústria: de demonstrações, aprendizagem, avaliação das demandas dos clientes, análise do que mais poderemos complementar a linha dos produtos e a de acompanhar o desenvolvimento da infraestrutura no país. É uma jornada que não depende apenas da Scania.” 

Por falar na máquina elétrica Scania, a EMC1-4 (Electrical Machine Central), se posiciona entre as longarinas do chassi do caminhão e está ligada a um câmbio com quatro marchas, com relações de 18.60, 10.26, 5.02 e 2.77, proporcionando um conjunto robusto com peso total de 350kg. O motor Scania tem construção e design simples para facilitar a manutenção. Portanto, seus custos de manutenção são similares aos motores de combustão interna.

Há outra vantagem: quase nenhum ruído em ordem de marcha, o que aumenta de forma impressionante a suavidade na operação. Grande aliada neste quesito, a caixa de transmissão traz maior economia de energia e também melhor performance quando será necessário “vencer” algum ponto da topografia na rota.

Baterias: capacidade total de 416kWh

O Scania 30 G poderá ser equipado com dois pacotes de baterias de 208kWh cada, totalizando 416kWh, dos quais 312kWh são utilizáveis, ou seja, para garantir uma margem de segurança e aumentar a vida útil, assegurando uma autonomia de aproximadamente 250 Km.

As baterias deste produto serão de NMC (lítio-níquel-manganês-cobalto). “As baterias de NMC dispõem de uma maior densidade energética, o que significa menos peso total do veículo e, consequentemente, mais capacidade para transportar carga”, diz Arita. Um grande diferencial está no fato de que as baterias serão modulares, facilitando a distribuição de carga pelo caminhão. 

O 30 G tem um carregador CCS2, que suporta até 375kW e 500 A, e capacidade de estar com carga total em aproximadamente 50 minutos. “Isso possibilita que os veículos sejam carregados durante intervalos, por exemplo, como o horário de almoço do motorista, aumentando a produtividade”, conclui Rodrigo Arita.

Sobre a Scania

A Scania é líder mundial no fornecimento de soluções de transporte. Juntamente com os nossos parceiros e clientes, estamos liderando a mudança para um sistema de transporte mais sustentável. Em 2023, entregamos 91.652 caminhões, 5.075 ônibus, bem como 13.871 motores industriais, marítimos e para geração de energia aos nossos clientes. As vendas líquidas totalizaram mais de 204 bilhões de coroas suecas, dos quais cerca de 20% foram relacionados a serviços. Fundada em 1891, a Scania opera hoje em mais de 100 países e emprega cerca de 58.000 pessoas. No Brasil, a fabricante está desde 1957. A pesquisa e o desenvolvimento são realizados globalmente em nossa sede principal em Södertälje, na Suécia. A produção ocorre na Europa e na América Latina, com centros regionais de produtos na África, Ásia e Eurásia. A Scania faz parte do Grupo TRATON.
 

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