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Gigante da celulose chilena CMPC apresenta fundo de inovação de US$ 100 milhões

Executivos da empresa estiveram presentes, na última semana, no South Summit Brazil, em Porto Alegre, onde a empresa tem uma unidade

A empresa chilena de celulose e papel CMPC aproveitou o South Summit Brazil, evento de empreendedorismo e inovação que aconteceu semana passada em Porto Alegre, para apresentar seu novo fundo de inovação, que totaliza US$ 100 milhões (cerca de R$ 500 milhões).

Criado em dezembro, o fundo sem nome prevê investir em startups que estejam inovando no setor de sustentabilidade, com foco na redução de plásticos descartáveis, novas tecnologias têxteis e desenvolvimentos tecnológicos na construção em madeira.

“Buscamos empresas disruptivas que nos permitam maximizar o valor da floresta, de novos materiais, para construção de novas fibras têxteis que nos permitam demonstrar que nossa fibra, que já é sustentável, pode ser levada ao próximo nível de sustentabilidade”, disse a gerente da CMPC Ventures, Bernardita Maria Araya. A CMPC Ventures foi fundada em 2020 e investe em construção sustentável, novos produtos bioquímicos e embalagens sustentáveis ​​e inteligentes.

Informações: Época Negócios.

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Exclusiva – Próximo passo: Arauco aguarda liberação de Licença de Instalação para início das obras de sua nova fábrica em MS

“Depois de concedida a Licença Prévia (LP), nosso próximo passo foi protocolar o pedido de Licença de Instalação (LI), que esperamos que seja emitido no segundo trimestre deste ano”, informa gerente executivo de Relações Institucionais & ESG

Com a Licença Prévia (LP) concedida em fevereiro pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) ao Projeto Sucuriú, da Arauco, a empresa considera este “um importante passo” para a construção de sua primeira fábrica de celulose branqueada no Brasil. A conquista do documento junto ao CECA marca o início da materialização do projeto, sendo necessária ainda a Licença de Instalação (LI), já solicitada ao Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), e posteriormente uma Licença de Operação (LO).

O megaempreendimento, a ser instalado em Inocência (MS), promete ser um dos maiores do mundo do segmento, com previsão de início a terraplanagem ainda em 2024, e primeira fase de operações em 2028. A empresa possui operações florestais em Mato Grosso do Sul, desde 2009, e já está com sua base florestal em expansão para atender o novo Projeto.

A planta industrial será construída a 50km de Inocência, na margem esquerda do Rio Sucuriú, a 100km do Rio Paraná, próximo à rodovia MS 377 e a 47km da malha ferroviária, canais que garantirão eficiência logística ao escoamento da celulose para exportação e mercado interno.

O megaempreendimento em números

  • Os investimentos para a construção da nova fábrica giram em torno de R$ 28 bilhões;
  • A empresa prevê a contratação de cerca de 12 mil profissionais no pico das obras, e mais de 2.000 empregos quando já estiver em operação na planta industrial e área florestal;
  • Atualmente, no MS a toda a operação florestal da empresa é responsável pela geração de mais de 900 empregos e contratação de aproximadamente 200 fornecedores regionais;
  • Estima-se que a capacidade de produção da nova fábrica seja de 2,5 milhões de toneladas de celulose anualmente;
  • 95% da celulose produzida pela planta industrial em Inocência, será destinada ao mercado asiático (China), principal mercado consumidor no segmento;
  • Para suprimento da nova fábrica de celulose, a Arauco está expandindo suas operações em Mato Grosso do Sul, com objetivo de formar uma base florestal de 285.000 hectares plantados no estado;
  • A geração de energia da fábrica da Arauco será limpa e autossuficiente, feita a partir do reaproveitamento de biomassa. Os 200 MW de energia excedente – suficiente para abastecer uma cidade de mais de 400 mil habitantes – devem ser disponibilizados ao mercado livre de energia.
No estado, a empresa tem o objetivo de formar uma base florestal de 285.000 hectares plantados.

Investimentos na região

Segundo publicação recente nas redes sociais da empresa, antes mesmo de obter esse licenciamento, o Projeto gerou impactos positivos na cidade e região. Somente em 2023 foram arrecadados R$ 68,4 milhões em impostos nos municípios em que a ARAUCO tem atividades no Estado. Além disso, a empresa investiu R$ 507 milhões na região, entre consumo de bens e serviços.

Encontro aberto entre a empresa a comunidade de Inocência.

A operação florestal da empresa no MS também fomenta a economia local por meio da geração de emprego e renda. São mais de 700 profissionais e aproximadamente 200 fornecedores regionais contratados. Números que refletem o seu compromisso em construir um legado positivo no estado, auxiliando no desenvolvimento sustentável da região.

A redação do Mais Floresta (www.maisfloresta.com.br) falou com Theófilo Militão, gerente executivo de Relações Institucionais & ESG da Arauco do Brasil, que comentou sobre alguns principais status do megaempreendimento, e próximos passos a serem seguidos, bem como sobre ampliação de áreas de florestas plantadas e principal destino para a celulose produzida pela planta industrial.

Theófilo Militão, gerente executivo de Relações Institucionais & ESG da Arauco do Brasil.

Quais os principais fatores para a escolha do Brasil, e estado de MS para a instalação da nova fábrica da Arauco?

Fundada em 1979, a Arauco opera globalmente com mais de 18 mil colaboradoras e colaboradores guiados por uma visão e valores comuns. Possui 1,6 milhão de hectares brutos de patrimônio florestal na América do Sul, mais de 4.662 clientes nos cinco continentes e plantas industriais em 11 países.

A Arauco está presente no Brasil desde 2002, nos negócios florestais e painéis de madeira. Atualmente contamos com cinco plantas industriais destinadas à produção de painéis de madeira nos estados do Paraná e no Rio Grande do Sul. No Mato Grosso do Sul, iniciamos nossa atuação em 2009 por meio de nossa operação florestal.

Elegemos o Brasil por acreditar que esse país é um polo importante para a estratégia global da Companhia e, especialmente, o Estado do Mato Grosso do Sul e Inocência, local que escolhemos para continuar projetando nosso desenvolvimento futuro. O Governo do MS possui uma política bem estruturada para o setor, a estratégia para ser o maior produtor e exportador de celulose do país está sendo bem implementada e seguramente será bem-sucedida a longo prazo.  Outro fator importante são as condições favoráveis para cultivo do eucalipto existentes no Brasil, e o desenvolvimento do setor florestal brasileiro. Além disso, temos um importante patrimônio florestal perto da região de Inocência, já que operamos nesta região há 13 anos. A logística também é um ponto favorável na região, com potencial para trazer insumos e escoar a produção, seja por meio da malha rodoviária, ferroviária ou hidrovia.

Com a Licença Prévia (LP) concedida, a empresa já teria oficialmente uma previsão para início das obras da nova fábrica Arauco na cidade de Inocência?

A Licença Prévia atesta a viabilidade ambiental e estabelece diretrizes para as próximas fases do licenciamento. Depois de concedida a Licença Prévia (LP), nosso próximo passo foi protocolar o pedido de Licença de Instalação (LI), que esperamos que seja emitido no segundo trimestre deste ano.

Somente a partir da obtenção da LI é que as obras podem começar. A previsão, a partir da obtenção da LI, é que os serviços de preparo da área (terraplanagem) sejam realizados em 2024, e as obras de construção tenha início em 2025. 

Onde se concentram as operações florestais da Arauco no estado de MS, e quantos são os colaboradores diretos envolvidos atualmente?

Em Mato Grosso do Sul temos atividades florestais sazonais em dez municípios, Água Clara, Inocência, Paranaíba, Três Lagoas, Cassilândia, Paraíso das Águas, Selvíria, Ap. do Taboado, Chapadão do Sul e Ribas do Rio Pardo. Toda a operação florestal é responsável pela geração de mais de 900empregos e contratação de aproximadamente 200 fornecedores regionais.

Especificamente para atender o Projeto, qual a área plantada de eucalipto será necessária para a fábrica?

No Mato Grosso do Sul, estamos expandindo nossas operações com objetivo de formar uma base florestal de 285.000 hectares plantados, para suprimento de nossa fábrica de celulose, prevista para começar a operar em 2028. Essa expansão teve início em 2022, quando tínhamos uma área plantada de aproximadamente 40.000 hectares. 

Partindo da fábrica de Inocência, qual será o principal mercado atendido com a celulose produzida?

No Projeto Sucuriú, 95% do total da produção da planta de Inocência será destinado à exportação, principalmente à China, que é o maior mercado consumidor do produto.

Atualmente, qual tamanho em áreas de florestas plantadas (eucalipto) da empresa, e total de áreas de conservação no Brasil?

A Arauco no mundo possui uma área total de 1.656.323 hectares, sendo 1.053.974 hectares de área produtiva, 491.584 hectares de área de conservação e 110.765 hectares de outros usos (dados do Relatório de Sustentabilidade 2022). Possuem 166 áreas de alto valor de conservação caracterizadas como biológicas, social e cultural valiosos “hotspots” no planeta que abrigam grande biodiversidade, espécies endêmicas e que apresentam riscos de ameaças. No Brasil, são 310.287 hectares de área total, sendo 199.301 hectares de área produtiva, 99.257 hectares de áreas de conservação e 11.729 hectares de outros usos (dados patrimônio florestal fev/2024).

Quantos trabalhadores são previstos na atuação do pico da obra do Projeto? Quantos serão para operar a fábrica (adm/indústria/florestal)?

A estimativa é que no pico das obras sejam contratados 12 mil trabalhadores, beneficiando cerca de 20 mil famílias na região.  Quando for concluída a obra, o projeto empregará um contingente permanente de 2.350 trabalhadores, dos quais 550 na planta industrial, entre diretos e indiretos, e mais 1.800 pessoas para atuar na área florestal.

Qual será a principal fonte de energia elétrica para planta?

A geração de energia da fábrica da Arauco será feita a partir do reaproveitamento de biomassa (cascas, lignina, entre outros insumos) não utilizada no processo da fabricação da celulose. Serão 400 megawatts (MW) de eletricidade no total, dos quais 200 MW serão usados para consumo próprio pela unidade industrial, que será autossuficiente em energia limpa.

Os 200 MW de energia excedente – suficiente para abastecer uma cidade de mais de 400 mil habitantes – devem ser disponibilizados ao mercado livre de energia.

Quais as principais ações da empresa, que contribuíram para ser certificada com o título exclusivo ‘carbono neutro’?

Orientada por sólidas políticas de ESG (Environmental, Social and Corporate Governance), a Arauco é a primeira empresa florestal do mundo a ser certificada (desde 2018) como carbono neutro, utilizando o protocolo desenvolvido pela consultoria Delloite e auditado pela Price Waterhouse.

Em março de 2023, a empresa conquistou ainda a recertificação FSC® (Forest Stewardship Council®), no Paraná, com reconhecimento global no manejo florestal como ambientalmente adequado, socialmente benéfico e economicamente viável. Em Mato Grosso do Sul a recertificação aconteceu em setembro de 2022, abrangendo seis municípios, Água Clara, Aparecida do Taboado, Chapadão do Sul, Inocência, Paranaíba e Três Lagoas com área certificada de 56mil hectares.  A Arauco também atingiu a neutralidade total de carbono, gerando um excedente líquido de 2.599.753 ton CO2e.

Saiba mais sobre o projeto em: https://arauco.com.br/ / https://www.linkedin.com/company/araucobrasil/

Escrito por: redação Mais Floresta.

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Ponsse aposta que Brasil pode se tornar um dos maiores mercados de máquinas florestais no longo prazo

A fabricante finlandesa de máquinas florestais está atenta às operações brasileiras e visa aumentar a competitividade da subsidiária

As operações brasileiras da fabricante de máquinas de colheita florestal Ponsse foram destaque no boletim de resultados divulgado pela matriz da companhia. Para o diretor da subsidiária do Brasil, Janne Loponen, dois desafios devem pautar 2024: os investimentos dos nossos clientes de acordo com as variações no preço da celulose e madeira para serraria e a eficiência nas operações de manutenção no país. Apesar disso, Janne comenta que o país é estratégico para a Ponsse e para o mercado, podendo se tornar um dos de maior relevância para a empresa em poucos anos.

Segundo o relatório financeiro divulgado em fevereiro, o mercado Américas (norte e sul) é o terceiro maior em vendas líquidas para a Ponsse e o Brasil é expressivo nesse contexto. Por isso, os desafios enfrentados por aqui estão sempre sendo suportados pela estrutura global da multinacional finlandesa.

O novo diretor da Ponsse Brasil, que assumiu a cadeira no início de fevereiro, destaca que o país é estratégico para as operações globais da companhia. “No futuro, no longo prazo, entendemos que o Brasil ainda será um dos maiores mercados. Continuaremos investindo intensamente em nosso time, na eficiência das nossas operações e na proximidade com o cliente”, acrescentou Janne.

Janne Loponen – Diretor Geral Ponsse Brasil.

O maior desafio da empresa no país está na busca constante pelo aumento da competitividade e eficiência nas operações. Segundo Janne, este será o foco da sua gestão na subsidiária brasileira: implementar fortemente os valores da empresa no trabalho diário de cada colaborador a fim de impactar positivamente no sucesso do negócio do cliente e da Ponsse. “Com isso, o cliente irá notar o real Espírito Ponsse que embasa nossos quatro valores: Nós cuidamos verdadeiramente, Nós trabalhamos para os clientes, Nós somos honestos e Nós estamos abertos à renovação”, complementou o diretor da Ponsse Brasil.

A projeção de Janne para 2024 é de um fluxo de pedidos dentro da normalidade, devido principalmente, à análise atual e projeções do preço da celulose. Como este mercado é o que mais movimenta investimentos em maquinários no Brasil e os preços da commodity estão baixos, não há expectativa do mercado fazer grandes investimentos em novas máquinas.

“Considerando a expectativa de variação do preço da celulose no mercado em 2024 e no começo do próximo ano, parece que não teremos grandes mudanças no mercado de máquinas, seguimos um ritmo normal de vendas”, acrescentou Loponen.

Resultados Globais de 2023
No relatório financeiro divulgado pela sede da Ponsse, o CEO, Juho Nummela destaca que o ano passado começou com uma forte carteira de pedidos de novas máquinas, porém a perspectiva reduzida de crescimento do setor florestal global logo afetou os investimentos em novas máquinas.

Segundo Nummela, o mercado foi impactado, principalmente pela alta inflação global, seguida pela elevação das taxas de juros e ainda pela redução de crescimento de várias economias importantes do planeta. Mesmo assim, a companhia apresentou crescimento de 8,8% em 2023, com 821,8 milhões de euros em vendas líquidas.

A fábrica, por sua vez, dobrou a capacidade de produção em um prazo de 8 anos, segundo o relatório. Em 2023 foram entregues com festividades as máquinas número 19.000 e 20.000. Além disso, a marca inseriu no mercado novos produtos e soluções, incluindo o segundo protótipo do forwarder PONSSE EV1, totalmente elétrico, para testes em clientes.

A perda do mercado Russo e os desafios das operações brasileiras foram listados como atores principais na redução da lucratividade da companhia a uma taxa de 5,7% (6,2).

A fala de Juho Nummela sobre os resultados da companhia finaliza com um plano de reestruturação global, o qual tem como objetivo globalizar os modelos de operação e torná-los escaláveis. “Estamos buscando fortalecer os papéis com responsabilidade do cliente em nossa rede de vendas e serviços e planejamos estabelecer organizações regionais para garantir suporte local e regional”, aponta Juho. O plano deve entrar em vigor em junho de 2024 e estima uma economia de 10 milhões de euros a partir de 2026.

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Exclusivo – A importância da perícia em áreas de ocorrência de incêndios florestais

Artigo de Erwin Hugo Ressel Filho*

Os incêndios florestais representam uma das maiores ameaças ao meio ambiente e à segurança das comunidades. Quando esses desastres ocorrem, é crucial realizar uma perícia minuciosa nas áreas afetadas. Essa investigação não apenas fornece insights sobre as causas e impactos do incêndio, mas também desempenha um papel fundamental na prevenção de futuros incidentes e na gestão adequada dos recursos naturais.

As razões pelas quais a realização da perícia é fundamental corroboram para a identificação das causas. A perícia em uma área de incêndio florestal permite identificar as causas primárias e contribuintes do incêndio. Isso pode incluir atividades humanas, como negligência, práticas agrícolas ou atividades criminosas, além de causas naturais, como raios.

Compreender as causas é essencial para implementar medidas de prevenção eficazes. Determinar a extensão dos danos também se faz fundamental para avaliação precisa dos danos causados pelo incêndio, sendo essa uma peça essencial para planejar a recuperação e a restauração das áreas afetadas. A perícia ajuda a quantificar o impacto do incêndio na biodiversidade, ecossistemas, recursos hídricos, solo e propriedades adjacentes.

A perícia também fornece suporte a investigação legal para determinar responsabilidades e aplicar a lei. As descobertas da perícia devem ser usadas como evidência em processos judiciais relacionados a danos ambientais, negligência ou atividades criminosas e ainda na cobrança de seguro florestal, no caso de perícias extrajudiciais.

Com base nas conclusões da perícia, é possível desenvolver estratégias de prevenção mais eficazes para reduzir o risco de incêndios florestais futuros. Isso pode incluir a implementação de regulamentações mais rigorosas, campanhas de conscientização pública e medidas de gestão florestal sustentável.

Os incêndios florestais não apenas causam danos ambientais, mas também representam uma séria ameaça à saúde pública devido à emissão de poluentes atmosféricos e à destruição de habitats naturais, residências ou equipamentos públicos. Neste caso a perícia auxilia na avaliação dos impactos à saúde humana, bem como os prejuízos econômicos e na adoção de medidas para mitigar esses efeitos adversos.

As áreas afetadas por incêndios florestais muitas vezes oferecem oportunidades únicas para pesquisas científicas sobre a regeneração e resiliência dos ecossistemas. A realização da perícia permite preservar evidências importantes para estudos futuros e o desenvolvimento de estratégias de adaptação às mudanças climáticas.

Em suma, a realização da perícia em áreas de incêndio florestal desempenha um papel crucial na compreensão das causas, impactos e consequências desses desastres. Além de fornecer informações essenciais para a gestão ambiental e a prevenção de futuros incêndios, a perícia contribui para a proteção do meio ambiente, da saúde pública e dos recursos naturais. Investir em perícia eficaz é fundamental para promover a sustentabilidade e a resiliência dos ecossistemas florestais frente aos desafios contemporâneos.

*Erwin Hugo Ressel Filho é professor na FURB, engenheiro florestal e perito judicial.
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Queimadas na Amazônia em março superam média para o mês em 17 dias

Nos primeiros 17 dias de março, as queimadas na Amazônia já superaram a média para o mês dos últimos 25 anos. O Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe) já registrou 1.294 focos de incêndio até domingo (17). A média histórica, iniciada em 1999, para o mês de março é de 1.034 queimadas no bioma amazônico.

O estado do Mato Grosso é o que vem registrando o maior número de queimadas do bioma. De 1º a 17 de março já foram 932. O estado de Roraima, que liderou o ranking em fevereiro, aparece agora em segundo lugar, com 590 focos de incêndio no bioma no período.

A marca de queimadas na primeira quinzena de março de 2024 já é maior do que a registrada na comparação com os registros para o mês completo desde 2021. Em 2023, foram registradas 1.019 queimadas na Amazônia. O maior registro histórico para março foi registrado em 2019, quando houve 3.383 queimadas no bioma.

O número de focos de incêndio registrados pelo Inpe também está acima da média para o mês quando considerado todo o país. Nos primeiros 17 dias de março de 2024 já houve o registro de 3.169 focos de incêndio, enquanto a média histórica é de 2.384 focos para o mês todo.

Queimadas bateram recorde em fevereiro 

Fevereiro de 2024 registrou o pior número de queimadas no Brasil para o mês, desde que os números começaram a ser medidos e divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) em 1999.

Ao todo, o Inpe registrou 4.568 focos de incêndio no Brasil em fevereiro passado. A marca histórica mais alta até então havia sido registrada em 2016, com 3.238 queimadas em fevereiro daquele ano. A maior parte dessas queimadas ficou concentrada na Amazônia, onde foram registradas 3.158 focos, com destaque ainda para o estado de Roraima, que somou 2.057 queimadas do total.

Informações: Gazeta do Povo.

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De novas estruturas à modernização: Suzano coloca R$ 1,45 bi em Aracruz

Companhia está fazendo aportes relevantes na construção na primeira fábrica de papel do Espírito Santo e na modernização e manutenção de todo o parque fabril

O ano de 2024, principalmente o primeiro semestre, vai ser animado no complexo industrial da Suzano, em Aracruz. Além da construção da primeira fábrica de papel do Estado, que será entregue em 2026, as três linhas de produção de celulose estão passando por um grande processo de manutenção e modernização. O conglomerado está colocando R$ 1,45 bilhão em todo o pacote.

Só a nova caldeira, capaz de atender as três usinas de celulose que funcionam ali, vai consumir R$ 520 milhões de reais. A usina de papel tissue (usado para higiene pessoal) vai consumir R$ 650 milhões. O restante do aporte vai para a manutenção e modernização das unidades.

“São intervenções importantes e complexas, que estão mobilizando cerca de dois mil trabalhadores. A parte mais pesada das manutenções, com paradas de fábrica, se darão no primeiro semestre. Os investimentos na caldeira e na unidade de papel serão entregues em 2025.”

Fabricio José da Silva, executivo responsável pelas fábricas do Espírito Santo.

Importante destacar que boa parte dos fornecedores contratados para tocar as intervenções são do setor metalmecânico do Espírito Santo, um dos mais avançados do Brasil.

Informações: A Gazeta.

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Maior drone agrícola do Brasil e do mundo faz voo inaugural

Voo experimental aconteceu em São José dos Campos após seis meses de projeto da startup que tirou o drone do papel

A Psyche Aerospace, startup aeroespacial com sede em São José dos Campos, interior de São Paulo, realizou na quarta-feira, 6 de março, o primeiro voo oficial do seu drone de pulverização agrícola. O feito é resultado de seis meses de projeto, desenvolvimento, manufatura e testes do Harpia P-71, o protótipo da empresa.

De acordo com Victor Galvão, mestre em engenharia e responsável pela tecnologia e engenharia do projeto, o desenvolvimento do P-71 representou um enorme desafio pela estrutura e robustez do eVTOL.

“Tanto pelo peso, energia, controle e estrutura, fomos instigados a fazer algo novo e desafiador. Hoje não existem referências para drones grandes. Tudo o que fizemos foi inédito, com todas as variáveis que o projeto de um eVTOL exige, mas com a complexidade e as dimensões muito maiores que os modelos convencionais”, afirma.

Imagem: Divulgação/Psyche Aerospace.

Na visão de Galvão, os principais diferenciais para o sucesso do voo desta quarta-feira são a equipe e o respeito ao processo.

“A equipe é engajada, mesmo passando por dificuldades no desenvolvimento do projeto. Buscar entender cada fase, cada etapa e evoluir com calma e paciência foi determinante para o sucesso do protótipo. Por ser um drone nunca feito, são muitas variáveis que podem determinar o sucesso ou o fracasso da ideia. A equipe respeitou, entendeu e seguiu cada passo desse desenvolvimento”, diz.

Foco da startup é aprimorar os voos

  • O voo do Harpia P-71 da Psyche Aerospace inaugura página na história da startup que ainda irá completar seu primeiro ano de operações na planta fabril.
  • A partir da próxima semana, um ciclo de novos testes em campo será colocado em prática para aprimorar as versões já desenvolvidas e consolidar o protótipo antes da sua fase de manufatura em escala.
  • Esta é a sexta versão de um protótipo desenvolvido em poucos meses na startup, que já foi incubada num dos maiores hubs aeroespaciais do mundo, o Parque de Inovação Tecnológica de São José dos Campos.
  • Hoje, a startup conta com uma fábrica de 2 mil metros quadrados na zona sul da mesma cidade.

“Nosso caminho está bem definido para ser o maior drone agrícola de pulverização do mundo e com a maior carga útil de defensivos a serem pulverizados”, afirma João Barbosa, cofundador da Psyche Aerospace.

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Em quatro meses, Minas atinge 10% de meta do Cosud que prevê plantio de 7 milhões de árvores até 2026

Minas Gerais sai na frente e, em menos de cinco meses da assinatura de compromisso firmado entre os governadores dos estados que compõem o Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), já cumpriu 10% da meta de plantio de 7 milhões de mudas de espécies nativas, até o final de 2026. O “Tratado da Mata Atlântica” foi assinado em outubro de 2023 e prevê o compromisso dos sete estados (ES, PR, MG, SC, SP, RS e RJ) na restauração de 90 mil hectares do bioma, e o plantio de 100 milhões de mudas nativas. Esta é uma das medidas mais importantes já adotadas pelo grupo na área de meio ambiente e desenvolvimento sustentável.

Conforme acompanhamento realizado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), de 21 de novembro de 2023 a 22 de fevereiro de 2024, já foram contabilizados o plantio de 663 mil mudas de espécies nativas do bioma, representando cerca de 10% da meta prevista. “O esforço representa o compromisso do Governo de Minas com a preservação e recuperação da Mata Atlântica. Minas Gerais é o estado que detém a maior área de Mata Atlântica do Brasil, por isso temos uma grande responsabilidade de garantir que nosso estado siga dando exemplo de preservação e restauração ambiental”, frisou a secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Marília Melo.

Os dados apurados nessa primeira contabilização se referem às ações de compensações ambientais por atos autorizativos; projetos socioambientais executados pela Semad, como o Bosque do Amanhã, do Programa Jovens Mineiros Sustentáveis, em parceria com 105 municípios mineiros; e a recuperação e restauração ambiental por meio do programa de fomento florestal de espécies nativas e do Programa de Regularização Ambiental (PRA).

A novidade foi apresentada pela secretária Marília Melo durante a 10ª edição do Cosud, realizada na última semana em Porto Alegre/RS. “Tivemos aqui a oportunidade de apresentar os avanços que tivemos com os grupos de trabalho. A partir de Minas Gerais, construímos um grande projeto, o Tratado da Mata Atlântica, com três subprojetos. O primeiro, na linha da restauração florestal, com o compromisso do plantio de mudas na Mata Atlântica e a criação de um grande corredor ecológico. Importante dizer que desde o último encontro do Cosud, em São Paulo, quando essa meta foi estabelecida, já tivemos mais 660 mil mudas plantadas no estado, alcançando 10% da meta”, ressaltou.

O Governo de Minas ampliará ainda mais, em 2024, os esforços no âmbito do Tratado da Mata Atlântica, com a mobilização de outros parceiros, como os Comitês de Bacia Hidrográficas (CBHs), as concessionárias de serviço público de saneamento e energia e entidades de classe e seus associados.

Além disso, conforme documento assinado, os governos trabalharão juntos na criação de corredores ecológicos terrestres e costeiro-marinhos entre os sete estados. Outra ação de destaque é a elaboração de um plano integrado para o enfrentamento de eventos extremos, sobretudo relacionados a chuvas e estiagens. Com a preservação do bioma e o reflorestamento, os estados buscam aumentar a reserva florestal, contribuindo para a descarbonização do planeta.

Participação Cosud 2024

A Secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Marília Melo, participou, de 29 de fevereiro a 2 de março, em Porto Alegre/RS, da 10ª edição do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud). O evento reuniu governadores e secretários públicos dos sete estados das regiões Sul e Sudeste: Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

Na sexta-feira (1/3), a secretária Marília Melo e a chefe de gabinete da Semad, Letícia Capistrano, participaram do Grupo de Trabalho (GT) Meio Ambiente, que discutiu temas que têm sido conduzidos pelo Grupo, como o Tratado da Mata Atlântica. Além desse GT, o encontro contou com outros grupos de 21 áreas elencadas nesta edição como, por exemplo, Segurança Pública, Assistência Social, Cultura, Infraestrutura, Saúde, Esporte, Turismo, Mobilidade, Educação, Desenvolvimento Econômico, Inovação, Tecnologia e Eficiência na Gestão. Os assuntos envolvem a mobilização dos governadores e gestores dos estados que compõem o consórcio.

No fim do encontro, no sábado (2/3), os governadores acompanharam a apresentação dos resultados dos GTs e assinaram a Carta de Porto Alegre, que detalha as pactuações estabelecidas nesta edição do encontro. No documento desta edição, os estados integrantes do Cosud firmaram a criação do Pacto Regional para Segurança Pública e Enfrentamento ao Crime Organizado, que articula ações de inteligência estratégica, propostas de alterações legislativas e atuação integrada das forças de segurança dos estados, considerando a responsabilidade dos governos estaduais no combate à criminalidade.

Cosud – Criado em março de 2019, em Belo Horizonte (MG), o Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) tem objetivo de fortalecer a cooperação entre os governos dos sete estados (Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo) e impulsionar ações econômicas e ambientais para o Brasil.

Com mais de 114 milhões de habitantes, esses estados respondem por 70% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, conforme levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Prática japonesa de ‘banho na floresta’ está cientificamente comprovada para melhorar a sua saúde; confira

Quando a gente passeia na floresta, a gente respira melhor. O aroma das plantas, das madeiras, das frutas e vegetais afetam diretamente nosso sistema imunológico. A Nippon Medical School de Tóquio mediu os efeitos na saúde humana e comprovou: banhos de floresta ajudam até na prevenção de câncer.

A Universidade de Chiba também mediu a pressão sanguínea e o batimento cardíaco e concluiu que todas as medições melhoram. Até para depressão os banhos de floresta são superindicados. Precisamos de doses de natureza e experimentar, intuitivamente, o nosso mundo selvagem.

Imagem: www.arvoreagua.org

Adeptos no Brasil

No Brasil há cada vez mais adeptos da ação terapêutica que virou tema de pesquisas científicas ao redor do planeta. Desde 2021, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) desenvolve um projeto acerca do assunto em cooperação com o Instituto Brasileiro de Ecopsicologia.

A iniciativa visa difundir mais amplamente o banho florestal no país, por meio da produção de estudos e da formação de ecotuners (ou “sintonizadores ecológicos”, em tradução livre), profissionais especializados na orientação de leigos e iniciantes na tal ducha verde.

A ideia é que o “banho de floresta” possa ser incluído, posteriormente, na lista de práticas integrativas e complementares oferecidas pelo Sistema Único de Saúde, o SUS.

Confira a publicação completa sobre o estudo: “The Japanese practice of ‘forest bathing’ is scientifically proven to improve your health” – https://goo.gl/IO78oc

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Fevereiro tem recorde histórico de queimadas na Amazônia; Roraima concentra 65% dos focos

Porta-voz do Greenpeace Brasil alerta que, apesar dos dados alarmantes já registrados em Roraima, março é, historicamente, ainda mais crítico para o estado

A Amazônia registrou 3.158 focos de calor em fevereiro, um recorde para a série histórica (iniciada em 1999) e um aumento de 79% em relação ao recorde anterior, ocorrido em 2007. Os dados são do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados ontem (29/02).

Roraima também registra o pior fevereiro da série histórica, com 2.057 focos de calor, 65% do total do bioma. Pela primeira vez, o estado teve mais de 500 focos em um único dia, registrados em 20 de fevereiro (538 focos de calor). 

Outro ponto de alerta é o avanço do fogo para as Terras Indígenas em Roraima, com destaque para a TI Yanomami, que concentra 52% dos focos totais registrados nestes territórios em toda a Amazônia, e TI Raposa Serra do Sol, com 23% do total. 

O porta-voz do Greenpeace Brasil Rômulo Batista explica que vários fatores levaram ao recorde de fogo observado no bioma neste início de ano, com destaque para a crise do clima e o aumento global das temperaturas.

“É difícil apontarmos um único fator para o aumento vertiginoso dos focos de queimadas na Amazônia e em Roraima em 2024, mas é preciso lembrar que, no ano passado, a crise climática foi classificada pelos cientistas como a principal causa da seca na região. Não por coincidência, acabamos de sair do ano mais quente registrado na História, 2023, e ainda enfrentamos efeitos intensos do fenômeno El Niño”, diz Batista.

Além dos fatores ambientais, Batista destaca ações dos governos que têm contribuído para o recorde de queimadas na Amazônia e em Roraima.

“O número alto de queimadas na Amazônia também pode estar relacionado com a paralisação nas ações de fiscalização e controle do Ibama, assim como com as licenças para queimadas em Roraima, concedidas pelo governo estadual durante o período de estiagem. Ainda é preciso considerar programas de prevenção a incêndio florestais e queimadas insuficientes, com poucas pessoas, recursos e materiais, o que se torna ainda mais grave num momento de crise climática, em que cientistas prevêem um aumento tanto na quantidade, quanto intensidade de secas na Amazônia”, afirma Batista.

Roraima: verão amazônico não acabou

Apesar dos dados alarmantes já registrados em Roraima, o porta-voz alerta que os focos de calor no estado costumam ser historicamente piores em março.  

“Roraima, que tem nos meses de dezembro a abril o seu verão amazônico, caracterizado por menos chuva e maior temperatura, também passa por um longo período de estiagem. Janeiro, por exemplo, registrou apenas 14% da média de chuvas entre 1990-2020 e fevereiro 25% da média do mesmo período”, afirma Batista. 

Alerta de incêndio grave ao pesquisar pela região no Google. Data pesquisa: 05/03/24. – https://www.google.com/maps/@2.4195016,-61.6823745,10z/data=!3m1!4b1!4m2!21m1!1s%2Fg%2F11vr0sbdqt!5m1!1e8?entry=ttu
Data da pesquisa – 05/03/24 – Google/Fonte: via satélites.

Vale lembrar que o período conhecido como verão amazônico é de julho a outubro, mas, em Roraima, ele vai de dezembro a abril.

Com informações: Greenpeace / Foto: Agência Brasil.

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