A mecanização veio trazer novos ventos de prosperidade para a silvicultura. Nos últimos anos, a pesquisa e o investimento em maquinários mostraram-se como as soluções mais sábias para impulsionar o segmento, trazendo mais produtividade e melhores condições de trabalho na área. Atualmente, no Brasil, o plantio de florestas é predominantemente manual ou semimecanizado, por isso, a mecanização deste processo se faz tão desafiadora.
A ideia é nova e como tudo que sai do senso comum é preciso conhecimento, análise, visão de mercado a longo prazo e planejamento para ser solidificado. Atuando há mais de uma década na área, o gerente de Operações Florestais de Silvicultura da Reflorestar Soluções Florestais, Paulo Gustavo Souza, acredita que o mercado da silvicultura “demorou muito para evoluir”.
“Percebo que, neste momento, não existe outro caminho a não ser o da mecanização para manter o setor produtivo”, avalia Souza. O silvicultor descreve que o setor demorou muito tempo para investir “de fato” em projetos voltados especificamente para a área. “Isso acabou trazendo dificuldades para muitas companhias em relação à sua produção”, pontua.
PIONEIRISMO – Na contramão do tradicionalismo da atividade, que é essencialmente manual no país, nos últimos meses, a Reflorestar ingressou no mercado da silvicultura, mas com um diferencial já de início: ao oferecer serviços 100% mecanizados na área.
A empresa já é reconhecida por oferecer soluções totalmente mecanizadas nas fases da colheita e do carregamento de madeira. “Acreditamos ser a primeira empresa prestadora de serviços (EPS) no Brasil a investir totalmente na mecanização da silvicultura. É uma proposta promissora para nosso setor”, prevê o gerente, que é especialista em Gestão Florestal pela Universidade Federal do Paraná.
Além do plantio mecanizado, explica, com diferentes modelos de plantadoras, a Reflorestar está investindo e desenhando em seu escopo de soluções, todas as demais operações mecanizadas para silvicultura. “Nisso, inclui desde preparo especializado de solo (da limpeza à sulcagem antes do plantio), à pulverização feita com drone”, exemplifica.
A tecnologia por meio dos “drones agrícolas” ou “drones pulverizadores”, por exemplo, promove mais segurança para o profissional técnico, rapidez no trabalho e versatilidade na aplicação de defensivos, já que atua em terrenos com qualquer tipo de declividade. Neste caso, o processo de mecanização já evolui quase que à automatização, devido ao controle remoto do equipamento. “Nas áreas mais declivosas, até então, estas operações eram realizadas em sua maioria, apenas de forma manual”, lembra Souza, sobre outras empresas no setor.
O processo da silvicultura mecanizada não só proporciona alta performance, integrando plantio, adubação e irrigação, mas também, resulta em baixo índice de reposição de mudas. Além disso, destaca-se pelo baixo consumo de combustível, contribuindo para uma eficiência energética aprimorada e garantindo total segurança para o operador. “Este é um projeto desafiador além de totalmente inovador e promissor para nosso setor”, anuncia Souza.