PÁGINA BLOG
Featured Image

Após vários adiamentos, Senado aprova regulação do mercado de créditos de carbono no Brasil

Proposta vai voltar à análise da Câmara porque passou por mudanças. Texto define setores que, por emitirem muitos gases de efeito estufa, serão obrigados a compensar poluição

Senado aprovou nesta quarta-feira (13) o texto principal do projeto que cria regras para o mercado de carbono no Brasil.

Até as 18h15, senadores ainda analisavam trechos específicos da proposta. O texto terá de voltar à análise da Câmara antes de ir à sanção presidencial em razão de mudanças feitas pelos senadores.

O governo defendia a aprovação do texto a tempo da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 29), que acontece em Baku (Azerbaijão) nesta semana e vai até o próximo dia 22.

A proposta estabelece um limite de emissões de gases de efeito estufa por meio de um sistema de compensação – com bonificação para empresas que reduzirem o lançamento de gás carbônico na atmosfera e punição para as mais poluidoras.

Os estados poderão ter seus próprios mercados de carbono e administrar todo o crédito gerado em seus territórios, incluindo áreas privadas. Estatais vão conseguir vender e comprar títulos.

Atividades primárias de agricultura e pecuária ficaram de fora da regulamentação. Apesar disso, o setor poderá vender créditos caso comprove que fez a captura de CO2, caso das plantações de eucalipto, por exemplo.

Tramitação lenta e disputa no Congresso

Somente no governo Lula, a proposta já se arrasta desde março do ano passado no Congresso.

A Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado aprovou o texto em outubro de 2023 e, a Câmara, dois meses depois, em dezembro.

Contudo, nesse processo, os deputados assumiram a autoria do projeto, o que dará à Câmara a palavra final sobre conteúdo da matéria.

Senadores questionaram o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sobre o fato de os deputados assumirem o protagonismo do debate.

“A Câmara dos Deputados, lamentavelmente, fez como fez no projeto da SAF, no projeto da Lei Geral do Esporte e em outros projetos: desprezou o texto do Senado, pegou a redação e incorporou num projeto mais antigo, apresentou com quatro pontos novos”, reclamou o líder do PL, Carlos Portinho (RJ).

O que diz a proposta

A proposta cria dois tipos de mercado para negociação:

  • Mercado regulado

A principal característica do chamado “mercado regulado” é que a adesão a ele é obrigatória para as empresas que caírem nessa regra.

Pelo projeto, serão obrigadas a aderir ao sistema de créditos de carbono as firmas que emitirem mais de 10 mil toneladas de gases de efeito estufa por ano. É o caso, por exemplo, das empresas de cimento e do setor petrolífero.

As companhias que ultrapassarem a marca precisarão compensar as emissões por meio da compra de “créditos”. Pelo texto, cada crédito equivale a uma tonelada de dióxido de carbono (CO2).

Da mesma forma, as empresas que fecharem o ano abaixo desse teto poderão vender a diferença.

  • Mercado voluntário

O mercado voluntário, como o nome indica, é de adesão opcional. Empresas e indivíduos interessados no tema e que queiram neutralizar sua “pegada de carbono”, por exemplo, poderão usar esse sistema para comprar ou vender créditos.

Nesse caso, o valor do crédito de carbono varia de acordo com a oferta e a demanda e, também, com o tipo de projeto que está gerando aquele crédito.

Uma pessoa física que mantiver ou restaurar áreas protegidas pelo Código Florestal poderá vender títulos, por exemplo.

O projeto tem o aval da equipe econômica do governo porque é uma tentativa de adequar o mercado brasileiro a parâmetros internacionais, como os do Acordo de Paris, para atrair investimentos.

Os setores obrigados a respeitar os tetos de emissões de gases poluentes poderão implementar tecnologias para captar o gás carbônico, como já está sendo estudado na fabricação de etanol. Então, a própria empresa criará mecanismos para ter um saldo aceitável de emissões.

Punições e mais pontos

Veja mais detalhes da proposta:

  • As empresas que não cumprirem as regras terão de pagar multas equivalentes ao custo das “obrigações descumpridas” até o limite de 3% do faturamento bruto da companhia. O valor será de R$ 20 milhões para pessoas físicas e entidades;
  • Conforme a proposta, o empreendimento estará sujeito à perda de linhas de financiamento e benefícios fiscais, além da proibição de realizar contratos com a administração pública por até três anos;
  • A relatora, Leila Barros, retomou no texto uma punição que prevê o cancelamento do registro para venda de créditos de carbono para empresa que ultrapassar os níveis de poluição estipulados pelo novo regulamento;
  • O projeto diz que 75% do dinheiro arrecadado no sistema de mercado de carbono vão ser destinados ao Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, com objetivo de incentivar a “descarbonização das atividades”. No mínimo, 5% dos recursos irão para “compensação pela contribuição dos povos indígenas e comunidades tradicionais para a conservação da vegetação nativa”. O restante, 15%, servirá para operar o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE).

Câmara aprova projeto de lei que regulamenta mercado de carbono no Brasil: https://globoplay.globo.com/v/12216310

Informações: G1 / Imagem: divulgação.

Featured Image

Exclusiva – Forest Carbon Brasil: palestras exclusivas, repletas de conteúdos relevantes e atualizados sobre o setor marcaram o evento; confira

Palestrantes destacam a relevância do evento na promoção do setor e suas oportunidades

A programação do Forest Carbon Brasil – Congresso Internacional sobre o Mercado de Carbono (https://forestcarbon.com.br/) foi especialmente pensada para abranger os mais diversos temas da atualidade do universo deste setor, que vem movimentando as florestas brasileiras. Neste contexto, os dois períodos do evento, realizado no dia 04/09, na Sala São Paulo (Salão Nobre), na capital paulista, foram recheados de conteúdo de qualidade, com a participação de renomados profissionais das principais empresas de relevância nacional e internacional, garantindo mais conhecimento e oportunidades únicas aos participantes.  

O Forest Carbon Brasil foi realizado através da Paulo Cardoso Comunicações (https://www.paulocardosocom.com.br/) em parceria com a SIF – Sociedade de Investigações Florestais (https://sif.org.br/), e organização técnica do sócio-diretor do Grupo Index (https://indexgrupo.com.br/), Marcelo Schmid.

O evento contou com programação robusta e aprofundada em informação. Ao todo 18 profissionais, entre palestrantes e mediadores participaram dos quatro painéis do evento. Intervalos para coffe break, almoço, bem como encerramento com happy networking para promover trocas e maior interação entre os participantes, também integraram o cronograma.

Confira nos vídeos abaixo, publicados no canal oficial do Forest Carbon Brasil um resumo da participação de cada palestrante nos painéis 01 e 02, começando com um convidado especial abordando sobre as potencialidades do setor:

Palestra especial: Carbono Florestal: o Potencial do Brasil e a Realidade do Mercado Thiago Picolo – CEO da re.green

“O Brasil em soluções baseadas na natureza tem um potencial gigante. Temos muitas consultorias que cravam o nosso potencial de liderança, atestando que nosso país pode representar até 25% desse mercado mundialmente”, destaca Thiago Picolo – CEO da re.green.

Painel 01: ‘Projetos de Carbono: Um Olhar Detalhado nas Categorias de Projetos’

“O Brasil é considerado com um grande potencial para o desenvolvimento destes projetos, mas ainda não estamos à altura do necessário, e entre outros temas, abordamos sobre como a gente organiza o ambiente de negócios aqui no país enquanto setor para aproveitarmos essas oportunidades de desenvolvimento econômico”, informa Plínio Ribeiro, CEO da Ambipar Environment.

“O Brasil tem um papel extremamente importante no mercado de carbono global. A nossa matriz energética, o nosso perfil de emissões, podem ser bastante positivos. A gente sabe que as contribuições das emissões fósseis brasileiras são uma parte muito pequena do que o país emite, ou seja, o setor do uso da terra, o setor de agropecuária, e o setor de florestas, infelizmente, contribuem com muitas emissões hoje, devido ao desmatamento. E o Forest Carbon Brasil pode ajudar-nos a encontrar mecanismos para reduzir esse desmatamento, para a gente conseguir até um controle desse grande mal que existe no Brasil hoje”, frisa Julio Natalense, Gerente executivo de Negócios de Carbono da Suzano.

Painel 02: ‘Florestas e o Mercado Financeiro: desmistificando o Mercado de Carbono’

“O Forest Carbon Brasil pode colaborar de diversas maneiras para o setor, trazendo diferentes stakeholders e atores para ter conversas, trocar ideias, trazendo informação para um público cada vez maior”, ressalta Cesar Sanches, Consultor de finanças sustentáveis.

“Mostrei aqui no Forest Carbon Brasil, a ideia que nós nas reservas Votorantim desenvolvemos do Uso Múltiplo da Terra. Na nossa tese, quando temos uma área na floresta, no campo, manter esse território conservado com vegetação nativa, demanda várias atividades que gerem dinheiro no mesmo hectare. O carbono que é um dos temas principais tratados aqui, na nossa visão, é o elemento importantíssimo, mas não pode ser o único, tem que ter uma integração de várias cadeias produtivas locais, diversas produções que podem vir da floresta, dos serviços ambientais que essa floresta pode prover – que podem ser monetizados também –, sem esquecer da integração com as comunidades  que ali estão,  porque em toda a floresta ou dentro ou no seu entorno tem gente. E é preciso que essas pessoas estejam engajadas na conservação, porque do contrário estarão engajadas no desmatamento”, informa David Canassa, Diretor da Reservas Votorantim.

“Temos notado um interesse muito grande por parte de investidores estrangeiros para desenvolver projetos no mercado de carbono, aqui no Brasil. E já temos também projetos de qualidade sendo desenvolvidos. Mas estamos no começo. Acredito muito que isso tende a ganhar uma tração maior”, diz Guilherme Ferreira, Sócio da Lacan Ativos Reais.

“O Forest Carbon Brasil realmente planta uma semente, começando essa discussão sobre a remoção de carbono e as várias formas de fazê-lo. E a gente percebe que existem muitos desafios, mas tão grandes quanto esses desafios, e até maiores são as oportunidades. Então um espaço rico como esse para debate desse tema, troca de experiências, networking, está sendo fantástico para alavancarmos no setor”, enfatiza Benone Braga, Gerente executivo da Aperam BioEnergia.

Entre os palestrantes convidados, Paulo Hartung, presidente da Ibá – Indústria Brasileira de Árvores (www.iba.org) marcou o encerramento do evento, após o quarto painel, com a Palestra Magna.

Acompanhe as redes sociais do Forest Carbon Brasil, e fique por dentro de como foi esse evento, que em sua primeira edição garantiu informação atual e de qualidade, promovendo benchmarking e networking entre os participantes! Para 2025 já é prevista uma nova edição do evento.

@forestcarbon | Facebook

@forestcarbonbrasil | Instagram

@ForestCarbonBrasil | YouTube

Escrito por: redação Mais Floresta.

Featured Image

Créditos de carbono: oportunidades e desafios para o Brasil liderar a economia de baixo carbono

Pedro Plastino, CBO da Future Carbon Group, destaca o Brasil como um dos maiores fornecedores globais de créditos de carbono, ressaltando o papel crucial do agronegócio e da conservação florestal no combate ao aquecimento global e no desenvolvimento socioeconômico do país

O mercado de créditos de carbono tem ganhado destaque mundial como uma ferramenta essencial para mitigar os efeitos do aquecimento global, ao incentivar práticas de baixo carbono em diversas indústrias, incluindo o agronegócio. Pedro Plastino, CBO da Future Carbon, uma das empresas líderes no desenvolvimento e comercialização de créditos de carbono no Brasil, destacou a importância desse mercado e o papel do Brasil como um potencial gigante nesse setor.

Segundo Plastino, o mercado de carbono foi inicialmente estruturado no Protocolo de Kyoto, evoluindo significativamente após o Acordo de Paris em 2016. Este mercado global já movimenta bilhões de dólares, com previsões de crescimento exponencial nas próximas décadas, alcançando cerca de 70 bilhões de dólares até 2050. No entanto, apesar de o Brasil ser um dos maiores fornecedores de créditos de carbono, o país ainda está longe de atingir seu pleno potencial, especialmente no que diz respeito à proteção florestal e à adoção de tecnologias de baixo carbono no agronegócio.

“Embora o Brasil seja considerado a ‘Arábia Saudita dos créditos de carbono’, ainda estamos engatinhando em termos de regulamentação e integridade dos projetos”, afirma Plastino. Ele aponta que a profissionalização do mercado é crucial para que o Brasil se consolide como um líder global. Isso inclui a evolução de projetos de baixa fiscalização e integridade para uma abordagem mais robusta e transparente, com múltiplos stakeholders envolvidos na monitoração e na execução de projetos.

Plastino destacou ainda a importância dos créditos de carbono para a sustentabilidade do agronegócio. Tecnologias como biodigestores e práticas de integração lavoura-pecuária-floresta são exemplos de como o setor pode não apenas reduzir suas emissões de gases de efeito estufa, mas também gerar novas fontes de receita para os produtores rurais. “O crédito de carbono é uma ferramenta financeira que incentiva práticas que evitam emissões ou capturam carbono da atmosfera, essencial para combater o aquecimento global”, explica.

A Future Carbon Group tem se destacado por sua atuação tanto na globalização quanto na interiorização dos projetos de carbono. Com sedes em Manaus e Cuiabá, a empresa busca levar os melhores projetos aos rincões do Brasil, ao mesmo tempo em que conecta esses projetos ao mercado internacional. A empresa já possui mais de 60 projetos em diversas escalas, incluindo conservação florestal, pecuária de baixo carbono e energia renovável, e recentemente abriu uma sede em Londres para facilitar a venda de créditos de carbono para grandes empresas globais.

Entretanto, Plastino alerta que, para que o Brasil atinja seu potencial pleno, é necessária uma regulamentação clara e rigorosa, bem como uma maior integridade nos projetos. A recente operação da Polícia Federal contra a grilagem de terras no Brasil, batizada de “Greenwashing”, foi citada como um exemplo de como o país está começando a separar o joio do trigo no mercado de carbono, garantindo que apenas projetos sérios e com impacto socioambiental positivo sejam validados.

O impacto social dos projetos de carbono também foi um ponto de destaque. Segundo Plastino, uma parte significativa da receita gerada pelos créditos de carbono é destinada às comunidades locais, contribuindo para melhorar a educação, a saúde e a infraestrutura básica em regiões vulneráveis. “Acreditamos que o Brasil pode usar seus ativos ambientais para resolver passivos sociais, trazendo capital internacional para melhorar a qualidade de vida das populações carentes”, conclui.

Com um mercado em crescimento e um potencial gigantesco, o Brasil tem a oportunidade de se tornar uma potência mundial em créditos de carbono, transformando o agronegócio e a conservação ambiental em motores de desenvolvimento sustentável. Contudo, como destacou Plastino, ainda há muito trabalho a ser feito para que o país alcance essa posição de liderança.

Featured Image

Exclusiva – Forest Carbon abordará os principais desafios e tendências do mercado de carbono; valores especiais para inscrições vão até 15/08

Atualmente existem diversas iniciativas globais que visam a proteção e restauração de florestas e ecossistemas para promover o armazenamento de carbono e mitigar as mudanças climáticas. E é com esse intuito, que o Forest Carbon Brasil – 1º Congresso Internacional sobre o Mercado de Carbono (https://forestcarbon.com.br/), traz para debate os principais desafios e tendências do segmento. O evento será realizado no dia 04 de setembro, no Salão Nobre da Sala São Paulo, em São Paulo (SP). Clique aqui para adquirir seu ingresso com valor especial (até 15/08).

O evento contará com a participação de profissionais das principais instituições do mercado para debater os aspectos técnicos, legais e tecnológicos que certamente vão impactar positivamente o setor. No total serão 16 debatedores, quatro mediadores e dois convidados especiais, que irão compor a bancada de especialistas no evento.

As palestras do Forest Carbon Brasil foram especialmente pensadas para abranger os principais temas, iniciativas, projetos e negócios de carbono que estão movimentando as florestas brasileiras.

O que encontrar no Forest Carbon?

1º Congresso Internacional sobre o Mercado de Carbono é um evento 100% focado e específico sobre o segmento. E as principais vantagens é que no Forest Carbon os participantes irão encontrar:

  • Um dos principais encontros executivos do mercado de carbono;
  • Networking em debates e bate-papos durante coffee break;
  • Palestras focadas com temas atuais, direcionadas ao segmento (+10);
  • Profissionais e público seletos, com interesse direto no assunto;
  • Apoio das principais empresas e instituições do segmento no Brasil e no exterior;
  • Evento presencial, propiciando maior e melhor experiência e ganhos em conhecimentos.

O Forest Carbon é uma oportunidade única para contato e troca de experiências entre empresas especializadas, instituições, fornecedores e clientes. O evento já nasce como um dos maiores e mais inovadores no segmento, sendo uma realização da Paulo Cardoso Comunicações em parceria com a SIF -Sociedade de Investigações Florestais e organização técnica do sócio diretor do Grupo Index, Marcelo Schmid.

Marcelo Schmid e Paulo Cardoso.

Seja um patrocinador Forest Carbon! Entre em contato com: comercial@forestcarbon.com.br, e esteja entre as principais empresas e instituições no segmento apoiadoras do evento.

Para saber mais acesse https://forestcarbon.com.br/, envie e-mail para contato@forestcarbon.com.br , ou envie mensagem para o Whatsapp (67) 9227-8719.

Siga Forest Carbon nas redes sociais:

@forestcarbon (Facebook) / @forestcarbonbrasil (Instagram)

Escrito por: redação Mais Floresta.

Featured Image

Curso prepara profissionais para atuar no mercado de créditos de carbono

Iniciativa educacional pioneira no Brasil preenche lacuna pela formação de profissionais capacitados em descarbonização

Estão abertas as inscrições para o primeiro curso sobre economia regenerativa da Universidade do Carbono, instituição educacional recém lançada com foco em capacitar profissionais para o mercado de ativos ambientais. Realizada a partir da parceria entre o Instituto Pecege e a climate tech brCarbon, a iniciativa pioneira no Brasil pretende preparar estudantes para trabalhar no setor de créditos de carbono. “Além de preencher uma lacuna pela formação de profissionais capacitados em descarbonização, a intenção é colaborar com o desenvolvimento do segmento, oportunizando o aprendizado aprofundado para elaboração de projetos e outros trabalhos específicos na área”, destaca Danilo Roberti de Almeida, diretor de pesquisa e desenvolvimento da brCarbon e da Universidade do Carbono.  

A criação da Universidade do Carbono e do curso específico sobre o tema, acompanha a crescente demanda global de créditos de carbono, impulsionada pela sua relevância na agenda ESG, que em 2021 registrou a movimentação do montante de 1 Bilhão de dólares. Segundo estimativas da consultoria McKinsey, este mercado deve saltar para 50 bilhões em 2030. “A falta de profissionais para atuar no mercado já é uma realidade e faz com que as empresas do setor busquem recém-formados nas pós-graduações para acabar de prepará-los em seus próprios quadros”, comenta Almeida.  

Composto por um corpo docente de especialistas na área, o curso ‘Soluções Baseadas na Natureza: Mercado e Projetos de Carbono’ aborda de maneira aprofundada, entre outros temas, as mudanças climáticas, o planejamento financeiro de projetos, a regulamentação do mercado e as mais avançadas técnicas de monitoramento e mensuração florestal. “Com a contribuição de cerca de 40 ministrantes, o curso abrange todos os aspectos que envolvem o setor e é uma excelente oportunidade de investimento na carreira profissional com informações que não se encontram apenas na universidade”, explica Almeida.  

Em formato online, o curso inaugural, que começa no dia 3 de agosto, é uma iniciativa pioneira destinada a profissionais, estudantes e organizações comprometidas com o aprendizado e inovação ambiental. “Serve não apenas aos novatos na área, mas também aos profissionais que já atuam no mercado e buscam aprofundar e atualizar seus conhecimentos”, ressalta.  As aulas, que contam com tradução simultânea português-inglês, ocorrem ao vivo aos sábados, das 8h às 12h, com duração de 18 meses. Elas também ficam gravadas e disponíveis para revisão a qualquer momento durante o curso.  

As inscrições estão disponíveis no site da Pecege: Inscrições Aqui. Para mais informações, basta entrar em contato pelo e-mail: universidadedocarbono@pecege.com ou pelo telefone: (19) 2660-3337. 

Sobre a brCarbon

brCarbon (BRC) é uma empresa que promove soluções baseadas na natureza com recursos financeiros do mercado de carbono para mitigar os efeitos das mudanças climáticas globais. Atua com estratégias e tecnologias inovadoras para viabilizar ações de conservação florestal, restauração ecológica e agropecuária e extrativismo sustentável, além de desenvolvimento sustentável das comunidades locais. Fundada em novembro de 2020 e com sede em Piracicaba (SP), conta com uma diretoria técnica com 15 anos de experiência no mercado voluntário de carbono.  

Sobre a Pecege

Com mais de 20 anos de atuação, o Instituto Pecege é uma associação que engloba iniciativas educacionais para disseminar o conhecimento e a inovação em diversos campos do aprendizado. Com origem como grupo de extensão da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) vinculada à Universidade de São Paulo (USP), a instituição é formada por mais de 1200 profissionais associados e especializados nas áreas de educação, comunicação, tecnologia, negócios, economia e gestão. É também referência na formação, produção e transmissão de cursos de conteúdos educacionais no formato on-line. 

Imagem: divulgação.

Featured Image

Câmara aprova projeto que regulamenta mercado de carbono, texto volta ao Senado

Projeto cria o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE); texto precisará retornar ao Senado Federal

BRASÍLIA – O plenário da Câmara dos Deputados aprovou na noite de quinta-feira projeto de lei que regulamenta o mercado de carbono no Brasil, instituindo um sistema de comércio de emissões de gases do efeito estufa com base em limites de emissão a empresas do chamado mercado regulado.
Os deputados fizeram alterações no texto que havia sido aprovado pelo Senado e por isso terá de ser novamente apreciado pelos senadores. O projeto cria o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), ambiente regulado que irá propor um teto de emissões e regular a comercialização de ativos a partir de emissão, redução de emissão ou remoção de gases de efeito estufa no país.

“No mercado regulado, experiências internacionais têm utilizado, principalmente, o sistema de ‘cap and trade’ (teto e transação, em português). Esse sistema estabelece, para cada um dos agentes regulados, um teto de emissões que gradualmente é reduzido, forçando o agente a emitir cada vez menos gases de efeito estufa”, explicou o relator do projeto, deputado Aliel Machado (PV-PR), no parecer, acrescentando que o instrumento incentiva o investimento em pesquisa e desenvolvimento.
O deputado explicou que o comércio de permissões de emissões proporciona aos agentes uma fonte extra de recursos caso tenham sido ambientalmente eficientes.

Já aqueles que ultrapassarem seus limites de emissões terão de pagar por isso.
No caso do mercado voluntário, o relator avalia que uma das “soluções mais inteligentes” diz respeito a projetos de projetos de restauração florestal realizados pela iniciativa privada e financiada por compradores de créditos de carbono.

“Neste mercado, existe a oportunidade real de que algumas das comunidades tradicionais e pequenos proprietários mais carentes, em áreas que apresentam os piores indicadores sociais do país, possam desenvolver projetos de preservação florestal e receber recursos significativos para seu desenvolvimento socioeconômico”, explicou.

Segundo Machado, o Brasil está comprometido com a meta de restauração florestal de 12 milhões de hectares, sendo que atualmente é um dos maiores emissores de gases de efeito estufa — cerca de 2 bilhões de toneladas de gás carbônico equivalente por ano (duas giga-toneladas de CO2e).
A votação do projeto nesta quinta-feira, a um dia do recesso parlamentar — a regulamentação do mercado de carbono era discutida desde 2021 no Parlamento–, só foi possível mediante acordo que incluiu a inserção de dispositivo que exclui parte do setor agropecuário da regulamentação.

O texto do projeto prevê que “não se consideram atividades, fontes ou instalações reguladas, não se submetendo a obrigações impostas no âmbito do SBCE, a produção primária agropecuária, bem como bens, benfeitorias e infraestrutura no interior de imóveis rurais a ela diretamente associados”.

Informações: InfoMoney.

Anúncios aleatórios

+55 67 99227-8719
contato@maisfloresta.com.br

Copyright 2023 - Mais Floresta © Todos os direitos Reservados
Desenvolvimento: Agência W3S