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MS deixa de ser apenas “celeiro” e torna-se “supermercado” do mundo

Produção industrial já representa 50% das exportações; na venda per capita, Estado é o segundo maior do País

Com forte atuação nos produtos primários, Mato Grosso do Sul caminha para ser mais que “celeiro” e se tornar “supermercado” do mundo. Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) mostram recorde da balança comercial, com acentuada participação da indústria de transformação na economia em 2023.

O resultado alcançado na balança comercial do Estado, resultado da diferença entre importações e exportações, conforme divulgado pelo Correio do Estado na edição do dia 8 de janeiro, é de US$ 7,56 bilhões (R$ 36,9 bilhões). Os destaques são a celulose, o açúcar, os farelos de soja, as gorduras e os óleos vegetais, itens que passam por processo industrial e que representaram cerca de 50% de toda a produção comercializada com o mercado internacional no ano passado.

O segundo maior produto da pauta de exportações de Mato Grosso do Sul foi a celulose. Foi negociado US$ 1,48 bilhão de janeiro a dezembro de 2023, o que representa 14% do volume financeiro arrecadado com vendas externas no ano. O açúcar representou 8,1% das vendas, seguido pelo farelo de soja, com 7%, e as gorduras vegetais, com 2,6% do total.

De acordo com o titular da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, Mato Grosso do Sul é um “celeiro”. “Passamos, nos últimos anos de produtor de grãos e carne, a industrializadores de matérias-primas. Agora, temos o desafio de levar isso até as prateleiras”, analisa.

Verruck ainda destaca que a produção com valor agregado já vem ocorrendo com eficiência nos últimos anos no Estado.

“Fomos muito bem como ‘celeiro’ em produzir com competitividade. Agora é a nova fase do ‘celeiro’, e precisamos industrializar nossa matéria-prima e fazer com que ela chegue nas prateleiras de qualquer lugar do mundo. Temos um conjunto de novos produtos e vamos dar valor agregado e levar a marca de nosso Estado”, salienta.

O especialista em mercado exterior, Aldo Barrigosse acompanha a balança comercial desde os anos 1990 e destaca o crescimento estadual. 

“O Estado não exportava mais do que US$ 200 milhões ao ano e hoje exporta US$ 10 bilhões. Então, o nosso estado cresceu muito, mostrando a potência de MS com auxílio dos produtos industrializados”, analisa.

Enfatizando a capacidade dos produtos que passam pela indústria de transformação, Barrigosse destaca a soja, que é plantada, colhida e transformada, em óleo de soja, em farelo, no Estado. O mesmo vale para celulose, milho, cana-de-açúcar e outros produtos.

“A gente vê essas transformações em vários segmentos, por meio das indústrias que acabam por fomentar toda a cadeia de econômica. É nítido quando se observa segmentos como esses, que representam 50% de tudo que nós exportamos para o mercado internacional. A indústria, aqui, tem a vocação de produzir e vender, não só para o Brasil, como para o mundo”, afirma Barrigosse.

A China permanece como principal parceira comercial de Mato Grosso do Sul, e o crescimento das vendas contribuiu para o salto na balança comercial local.

Foram vendidos ao país asiático um total de US$ 4,2 bilhões em produtos, 43,4% a mais que em 2022. A China foi responsável por 39,9% das importações de produtos feitos por Mato Grosso do Sul ao mercado externo.

O segundo maior destino comercial do Estado foi a Argentina. O país vizinho desbancou os Estados Unidos no comércio exterior: as vendas foram de US$ 1,1 bilhão, US$ 802 milhões a mais que em 2022. A participação no comércio exterior de MS foi de pouco mais de 10%.

Os Estados Unidos são o terceiro maior parceiro, destino de 4,96% das vendas. Foram vendidos US$ 521 milhões aos EUA.

COMPARATIVO

Outro dado que mostra a importância do comércio exterior é que Mato Grosso do Sul aparece como o segundo no ranking de maior valor exportado por habitante. 

Ao dividir o total exportado em 2023 pelo número de habitantes de MS é possível perceber que o Estado é o segundo maior em venda bruta per capita, perdendo apenas para Mato Grosso. 

Em todo o ano passado, MS vendeu para o mercado exterior R$ 18,111 mil per capita, considerando produtos in natura e processados. O Estado comercializou R$ 51,323 bilhões de janeiro a dezembro de 2023, com população estimada em 2,8 milhões de habitantes. 

Mato Grosso lidera o ranking, com R$ 41,281 mil vendidos per capita, resultado de R$ 156,118 bilhões em exportação e população estimada em 3,7 milhões de pessoas. 

Utilizando o mesmo parâmetro de comparação, o Rio de Janeiro tem o terceiro maior índice, com R$ 13,470 mil por habitante. A unidade da Federação exportou R$ 223,823 bilhões em 2023 e tem população estimada em 16,6 milhões de habitantes. 

CELEIRO

Apesar do peso dos produtos transformados, as commodities agrícolas foram os destaques nas exportações recordes de 2023. A soja em grão dominou, sendo responsável por 37% da pauta de exportações durante todo o ano passado.

A comercialização da oleaginosa resultou em um montante de US$ 3,9 bilhões, quase o dobro (91,2%) do volume exportado no ano anterior. Os números da soja são expressivos em função da produção recorde, mesmo com a queda no preço da saca da oleaginosa.

O milho em grão foi o terceiro produto da pauta de exportações de MS. Foram US$ 960 milhões vendidos ao mercado externo, volume que representa 9,1% das vendas externas do Estado em 2023.

A exportação de carne bovina, por sua vez, teve um revés financeiro no ano passado e caiu da terceira para a quarta posição na balança comercial do Estado. Foram comercializados com outros países um total de US$ 916 milhões, US$ 185 milhões a menos que em 2022. As vendas de carne bovina representaram 8,7% do volume comercializado por Mato Grosso do Sul.

“Soja e celulose seguem se destacando, mas nós tivemos outro movimento importante. O milho, que respondeu por praticamente 10% das exportações, com cerca de US$ 1 bilhão. Também tivemos bom desempenho do açúcar, do farelo e da carne bovina”, acrescenta o titular da Semadesc. 

BALANÇA COMERCIAL

Mato Grosso do Sul encerrou 2023 com o maior saldo na balança comercial de toda a série histórica. Os 12 meses do ano passado registraram recorde de exportações e atingiram um total de US$ 7,56 bilhões (R$ 36,9 bilhões).

O expressivo resultado na balança comercial do Estado teve como um dos motores o aumento nas exportações. Na comparação com 2022, MS exportou US$ 10,5 bilhões, valor 28,1% maior que os US$ 8,2 bilhões de 2022.

Para contribuir com o sucesso da balança comercial de Mato Grosso do Sul em 2023, as importações tiveram queda de 10,8%. Enquanto, em 2022, o Estado importou US$ 3,3 bilhões em mercadorias, no ano passado, foram importados US$ 2,95 bilhões em produtos.

Informações: Correio do Estado.

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Arauco deve ampliar investimento no Brasil no longo prazo

A companhia prevê uma segunda linha de produção antes mesmo de concluir o Projeto Sucuriú

Antes mesmo de concluir as obras de sua primeira fábrica de celulose no Brasil, a multinacional chilena Arauco já prevê a construção de uma segunda linha de produção. O CEO da companhia no país, Carlos Altimiras, confirmou o anúncio durante evento em Campo Grande (MS).

O Projeto Sucuriú, como foi nomeada a nova fábrica, tem previsão de capacidade produtiva de 2,5 milhões de toneladas de celulose por ano, a partir de 2028, quando deve entrar em operação. Os investimentos somam US$ 3 bilhões.

Já a nova linha, conforme antecipou Altimiras, também deve ser construída em Inocência (MS), e com investimento de US$ 3 bilhões (R$ 14,7 bilhões, na cotação atual). Diante desse cenário, a companhia estaria investindo US$ 6 bilhões no estado, mas no longo prazo. O CEO estima que a segunda linha seria ativada em meados de 2048.

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Exclusivo – Incêndio afeta parte da obra da Suzano, em Ribas do Rio Pardo (MS)

Embora o incêndio tenha sido de grandes proporções, empresa afirma que o cronograma da obra segue normalmente

Uma parte da obra da fábrica de celulose da Suzano, em Ribas do Rio Pardo (MS), foi atingida por um incêndio por volta das 15h, da última quarta-feira (06/12). De acordo com a assessoria de imprensa da companhia, as chamas atingiram uma das torres de resfriamento do empreendimento.

Imagens compartilhadas pelo portal Ribas Ordinário mostram como ficou a área atingida pelo fogo, com parte da estrutura afetada mais escurecida devido às chamas.

Torre de resfriamento da Suzano atingida pelo incêndio. Divulgação – Ribas Ordinário.
Suzano divulgou andamento das obras um dia antes do incêndio. Divulgação – Suzano.

A Suzano chegou a divulgar um vídeo sobre o andamento da obra bilionária que promete ser a maior planta de celulose em linha única do mundo, um dia antes do incidente na obra. Em um trecho das gravações, as torres de resfriamento são apresentadas e depois parte da equipe da Suzano aparece em uma foto, que celebra a conclusão do comissionamento e ponto para partida da torre de resfriamento da utilidades.

A data é 31 de outubro de 2023 – pouco mais de um mês antes do incêndio. Na terça-feira (05/12), quando as imagens foram divulgadas, a Suzano informou que foi dada a partida parcial da torre de resfriamento e utilidades e dos chillers com a finalização do primeiro comissionamento.

A empresa afirmou, em nota oficialque as obras de construção da nova fábrica continuam normalmente e que o incidente não irá afetar o cronograma de conclusão do empreendimento, previsto para junho de 2024.

Nota divulgada

A Suzano informa que, por volta das 15h de quarta-feira (06/12), foi registrado um incêndio em uma das torres de resfriamento da fábrica em construção no município de Ribas do Rio Pardo.

A empresa esclarece que não houve feridos no incidente e que o fogo foi rapidamente controlado (em torno de 40 minutos) pelas equipes de brigadistas da própria empresa e o Corpo de Bombeiros da Polícia Militar de Ribas do Rio Pardo.

As causas do incêndio já estão sendo devidamente investigadas. A Suzano esclarece ainda que as obras de construção da nova fábrica seguem normalmente e que o incidente não afeta o cronograma de conclusão do empreendimento.

Sobre o incêndio

A altura e cor escura da fumaça na fábrica de celulose chamou a atenção dos moradores da cidade. Ainda não se sabe como o incêndio iniciou.

De acordo com a Suzano, ninguém ficou ferido durante o incidente e o fogo foi apagado com cerca de 40 minutos pelas equipes de brigadistas da própria empresa. Ninguém ficou ferido. 

Créditos: Diário Digital e TVMS.

Mega-indústria em construção

A cidade de Ribas do Rio Pardo foi escolhida para sediar o Projeto Cerrado, da empresa Suzano, que atraiu mais de 10 mil trabalhadores temporários e investimentos de R$ 22,2 bilhões. A fábrica foi anunciada em 12 de maio de 2021. No mesmo ano, as obras começaram. A expectativa é que a indústria fique pronta em 2024.

Obra deve ser concluída em junho de 2024. — Foto: Reprodução.

A pretensão é que a indústria seja uma das maiores fábricas de celulose do mundo. O empreendimento produzirá 2,55 milhões de toneladas ao ano, ampliando a capacidade instalada de celulose de mercado da Suzano para 13,5 milhões de toneladas anuais.

Em decorrência do “boom” ocasionado pela construção, o canteiro da obra é gigantesco e conta com infraestrutura própria.

Escrito por: redação Mais Floresta, com informações Midiamax e G1MS.

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