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Capacitação amplia presença das mulheres em trabalho na área florestal

Profissionais indicam que é preciso vencer medos e se aprimorar para conquistar espaços

Como uma mulher – sozinha – pode fazer o traçamento de centenas de árvores de eucalipto ou carregar esse material, em poucos minutos, sem suar, sem se machucar e, até mesmo, sem atrapalhar a maquiagem? A resposta é: pilotando uma garra traçadora ou uma grua de carregamento, entre outras máquinas pesadas para as quais se preparam para trabalhar na rotina do campo.

Este cenário fica cada dia mais comum no meio rural, ainda mais em empresas que investem na mecanização de suas atividades. Nelas, a presença masculina, ainda que predominante em algumas atividades, não é deixada de lado, mas passa a conviver com a atuação feminina. Afinal, há espaço para todos.

Além disso, trabalhar em atividades que eram exclusivas para homens pode representar a realização de um sonho, para muitas. Este é o caso de três mulheres que trabalham no interior da Bahia e de Minas Gerais.

“A primeira vez que eu vi uma máquina dessas, tive a certeza de que era o que queria para mim”, lembra a operadora Lucilene Soares Santos Cruz. Ela trabalha como operadora de máquina florestal, no comando de uma garra traçadora de 36 toneladas, na Reflorestar Soluções Florestais, no Norte de Minas. Mas, Lucilene, operar máquinas pesadas no campo realmente é serviço para mulher? “Sim! Basta se qualificar”, ensina.

“Qualquer mulher, hoje em dia, pode operar uma máquina pesada. Basta que ela queira. E quando a gente quer, a gente corre atrás daquilo para se aperfeiçoar, para melhorar e aprender sempre”, concorda a operadora de grua de carregamento, na mesma empresa, Raiane Amaral da Silva. Raiane trabalha na atividade de carregamento de madeira no interior da Bahia.

Busca de capacitação

A pesquisa “Elas fazendo história”, de 2021, aponta que, para 64% das entrevistadas, a desigualdade de gênero ainda existe no agronegócio. Porém, 79% delas reconhecem que a situação naquele ano era melhor do que há uma década. Os números apontam ainda outro dado importante: entre as maiores preocupações das trabalhadoras do agronegócio está a opção “melhorar a minha capacitação profissional”, resposta que veio de 95% das entrevistadas.

O levantamento foi realizado pela entidade Agroligadas, em parceria com a Associação Brasileiras do Agronegócio (Abag), com o Sicred e com a Corteva Agriscience. O estudo trouxe dados sobre a participação feminina no agronegócio brasileiro e ouviu 408 mulheres que atuavam no agronegócio, de norte a sul do Brasil. A íntegra está disponível em e-book no site da entidade.

A operadora Raiane sabe que a capacitação no agro tem sido cada vez mais fundamental. Ela viu a possibilidade de atuar na profissão, quando soube que a Reflorestar abriria um processo seletivo especial apenas para mulheres. “E eu me joguei e fui passando pelas etapas. E sempre tive aquilo comigo: vou passar em tudo. Hoje, é uma área que eu amo”, reafirma. A empresa selecionou as colaboradoras e, depois, as capacitou para o trabalho. “Veio aquele medo inicial, mas eu falo que é um eco que a gente tem que silenciar dentro de nós. Você tem que amar o que você faz e, principalmente, fazer com segurança”, alerta Raiane.

Liderança capacitada

A capacitação também prova que, nos cargos de liderança em várias áreas do agronegócio, as mulheres também marcam presença. Engenheira florestal e administradora de empresas, Miliana Rui, é gerente de operações florestais na Reflorestar Soluções Florestais e atua no distrito de Posto da Mata, em Nova Viçosa (BA). Ela trabalha no agro desde 2004, quando ingressou como técnica agrícola, no Espírito Santo, estado onde nasceu.

“Quando comecei, eu era a única mulher atuando em silvicultura na região em que trabalhava e era encarregada de turma. Mesmo sendo a única mulher, sempre fui respeitada e acho muito tranquilo liderar pessoas do sexo masculino”, afirma ela, que além das duas graduações, também possui MBA em Gestão Empresarial, pela Fundação Getulio Vargas. Mesmo com o currículo calibrado, ela ainda passa por treinamentos constantes na empresa em que trabalha junto dos colegas.

Dados do último Censo Agropecuário, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2006 e 2017, indicam que, no segmento agro como um todo, o aumento de mulheres à frente da tomada de decisões foi de 28%. Por sua vez, o aumento de mulheres na liderança – mas apenas de estabelecimentos agropecuários – aumentou 46%, em Minas Gerais. Em 2006, eram 59,3 mil estabelecimentos agropecuários liderados por elas no estado. Em 2017, eram 86,7 mil.

Miliana acredita que toda empresa tem conquistas quando investe em capacitação e treinamento dos colaboradores – homens ou mulheres. “O gestor que se atenta para isso, tem mais tempo de olhar para o que realmente precisa e não fica apagando fogo de problemas o tempo todo”, descreve, sobre sua atuação, que também vai de encontro com a filosofia de trabalho da Reflorestar.

Fortaleza, sem perder a essência

Miliana Rui define que as mulheres que atuam na área florestal têm “perfil desbravador”. E quando alguém bate o olho em uma mulher que atua nesta área já dizem: “Essa mulher é forte”. “Para eu ser boa na área em que atuo, percebi que precisava ter a capacidade de adaptação com o ambiente. É preciso desenvolver a humildade, sem perder a nossa essência – e cada mulher tem a sua e merece ser respeitada. A área florestal é um grande aprendizado”, avisa a gestora.

Para Miliana, sua profissão não a impede, por exemplo, de ser feminina e de viver esta que é a sua essência pessoal. “Eu me cuido muito. Uso todos os EPIs (equipamento de proteção individual), abuso do protetor solar, minhas unhas estão sempre feitas e levo uma vida fitness”, descreve-se.

Por sua vez, a operadora Raiane Amaral da Silva, afirma com todas as letras: “Eu tenho orgulho de mim!”. Ela faz questão de acrescentar que o filho dela também se orgulha da mãe operadora de máquinas pesadas. “Agradeço a Deus e à equipe da Reflorestar, por ter aberto esta oportunidade para as mulheres. Você que é mulher e quer entrar nesse ramo florestal, lembre-se: tudo é possível”, anuncia.

Lucilene diz que o trabalho na área lhe traz alegrias diárias e recorre a um trecho bíblico para justificar a escolha inusitada que fez ao escolher a carreira de operadora de máquinas: “Sejam fortes e corajosos. Não tenham medo nem fiquem apavorados por causa delas, pois o Deus vai com vocês”. “Vivo assim, colocando uma pedrinha de cada vez na minha bagagem e tendo a oportunidade de contemplar a natureza deixada para nós no trabalho no campo: pode ser uma chuva de estrelas cadentes no céu ou a perfeição de um arco-íris no horizonte”, diz, cheia de gratidão. 

Sobre a Reflorestar

Empresa integrante do Grupo Emília Cordeiro, é especializada em soluções florestais 100% mecanizadas, incluindo silvicultura, colheita, carregamento de madeira e locação de máquinas. Atualmente com operações em Minas Gerais, Bahia e Mato Grosso do Sul, ela investe em capacitação técnica e comportamental, gestão integrada e confiabilidade dos equipamentos para oferecer as soluções mais adequadas para cada particularidade dos clientes. Fundada em 2004 no Vale do Jequitinhonha (sede em Turmalina, MG), originou-se da paixão pelo cuidado com o solo e o meio ambiente. Em quase 20 anos de atuação, a Reflorestar se consolidou no mercado pela visão inovadora no segmento florestal e pela oferta de serviços de qualidade, atendendo clientes em todo o Brasil. Para mais informações, visite: www.reflorestar.ind.br

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Em parceria com a Anglo American, Komatsu entrega trator montado por time 100% feminino

Iniciativa inédita das empresas no Brasil reitera compromisso em prover oportunidades e maior equidade de gêneros, incentivando outras mulheres a exercerem funções antes ocupadas só por homens, como é o caso da montagem de grandes equipamentos de mineração

No começo de fevereiro, a coordenadora de Montagem da Divisão de Equipamentos de Mineração da Komatsu, Iany Araújo Pimentel, deu início a um projeto especial: reunir mulheres para a montagem de um trator junto à Anglo American, que, no mesmo período, estava conduzindo um grande projeto de montagem de máquinas na mina do empreendimento Minas-Rio, em Conceição do Mato Dentro (MG). Na mente, um objetivo: incentivar mulheres a ingressarem na mineração e promover, cada vez mais, a equidade de gêneros nas empresas.

“Em outubro do ano passado, tivemos conhecimento de que colegas da Komatsu no Peru haviam estruturado um projeto semelhante. Encantados com a possibilidade de realizá-lo no Brasil, não tivemos dúvidas. Idealizamos o projeto nacional e, em uma semana, ele já estava estruturado e aprovado com as lideranças da Komatsu e da Anglo American”, revelou Iany.

Com o início das atividades em fevereiro deste ano, 15 mulheres de várias áreas da Komatsu dos municípios de Conceição do Mato Dentro, Itabira e Conselheiro Lafaiete, em Minas Gerais, e Parauapebas, no Pará, estiveram envolvidas no projeto de montagem do trator de esteira Komatsu D475A-8R, de 110 toneladas, normalmente utilizado nos trabalhos de terraplenagem e abertura de novas frentes para explorações dentro das minas. Todas já atuavam em atividades de manutenção na Komatsu, como eletromecânicas, mecânicas, assistentes, soldadoras, planejadoras, técnicas de segurança e líderes de serviços em várias áreas de atuação, como lubrificação, processos de soldagem e preventivas de equipamentos de grande porte. Além disso, o projeto contou com apoio de três profissionais diretas da Anglo American, na área de operação, coordenação de comboio e planejamento.

Para montar o time, que atuou do planejamento à entrega da máquina, segundo a coordenadora, foram buscados requisitos específicos em cada uma das profissionais, focados na qualidade do serviço e em experiências adequadas para assumirem as atividades de montagem, quebrando vieses inconscientes relacionados ao gênero. 

A equipe formada contou com mulheres experientes nos processos de manutenção dos equipamentos Komatsu, mas, para 90% delas, foi a primeira experiência com processo de montagem. “Foi gerado um plano robusto para garantirmos a segurança e integridade de todas até o final do projeto, já que estamos falando da colocação de peças de uma máquina de 110 toneladas”, esclareceu Iany. 

Entregue oficialmente hoje, no Dia Internacional das Mulheres, o trator de 110 toneladas já está disponível para a operação de minério de ferro do Minas-Rio. A presidente da Anglo American no Brasil, Ana Sanches, esteve presente no evento de entrega do equipamento e ressaltou o compromisso da empresa com a equidade de gêneros. “Quando esse projeto foi apresentado para o nosso time nos interessamos imediatamente em apoiá-lo, pois, além de ele estar em alinhamento aos nossos valores, acreditamos que a diversidade no mundo dos negócios garante a variedade de visões e vozes em vista de melhores resultados operacionais. Sabemos que a indústria mineral ainda é um universo predominantemente masculino, entretanto importantes avanços vêm consolidando um novo olhar para o setor, com incentivo à participação feminina em todos os níveis das organizações e áreas de atuação”, afirmou a executiva, que é a primeira mulher no comando da empresa no Brasil e do Conselho Diretor do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).

Guilherme Santos, presidente & CEO da Komatsu Brasil International; Ana Sanches, presidente da Anglo American no Brasil, e time feminino.
Guilherme Santos, presidente & CEO da Komatsu Brasil International; e Ana Sanches, presidente da Anglo American no Brasil; em evento comemorativo de entrega do equipamento.

O vídeo com mais detalhes sobre a montagem do equipamento pode ser conferido aqui.

Programa capacita e abre portas 

Noventa por cento das mulheres que ingressaram no projeto de montagem do trator vieram do Programa de Imersão Komatsu (KIP), desenvolvido em parceria com o Senai, que tem por objetivo promover a capacitação de jovens profissionais, com apoio no ingresso ao mercado de trabalho. Ao longo da formação, as alunas e alunos recebem uma bolsa de estudos e, ao término do curso, saem aptos a se candidatar para vagas da própria empresa, bem como de outras companhias do segmento de mineração. Após a formação no programa KIP, elas tiveram a oportunidade de serem contratadas pela Komatsu e assumiram atividades de manutenção em campo.

Meta feminina na Komatsu

Na Komatsu Brasil International, que engloba as divisões de Construção e Mineração da Komatsu, 20,60% do quadro de um pouco mais de 1,7 mil funcionários é de mulheres. Na divisão de Mineração, elas somam 20,13% em um quadro de 1,6 mil colaboradores. “Temos mulheres atuando em quase todas as frentes de trabalho, incluindo funções geralmente executadas por homens. Elas estão desde aprendizes, vendedoras, soldadoras, mecânicas, almoxarifes, analistas, coordenadoras, gerentes, diretoras e vice-presidente”, avisa Iany.

São vários os exemplos na empresa de que há interesse de mulheres por funções até então ditas masculinas e que a desmistificação sobre funções faz o número de candidatas crescer. No início de 2023, por exemplo, eram 155 homens e apenas 5 mulheres trabalhando como soldadoras. Atualmente, são 155 homens e 11 mulheres. E existe a tendência de crescimento desse número, com maior procura por parte do público feminino pela função. “Recentemente, a Komatsu promoveu em Parauapebas (PA) um Programa de Imersão Komatsu (KIP) de formação em solda, envolvendo também o público feminino. É um nicho de mercado que a Komatsu valoriza, investe e aplica em suas contratações e que, cada vez mais, está se abrindo para as mulheres”, finaliza a coordenadora.

Com uma meta global de ter em seu quadro 25% de mulheres e 10% em posições de liderança até março de 2025, a Komatsu teve um crescimento, de janeiro de 2021 a janeiro de 2024, de 55,3% no número de mulheres, alcançando 82,4% dessa meta.

Diversidade na Anglo American

A Anglo American foi uma das primeiras mineradoras no mundo a constituir uma área específica para lidar com a inclusão e a diversidade. No Brasil, a empresa possui uma gerência de Cultura, Inclusão e Diversidade e Saúde Mental, ligada à Diretoria de Pessoas e Organização. Essa área conta com um planejamento estratégico para consolidação de uma cultura inclusiva dentro de toda a organização, além da gestão de cinco grupos de afinidade, que foram iniciados a partir de 2018: Gênero, LGBT+, Raça e Etnia, Gerações e Pessoas com Deficiência. 

Entre as atividades, há planejamento das metas e objetivos que devem ser atingidos em relação aos grupos, fortalecendo um ambiente psicologicamente seguro, inclusivo e diverso. Além disso, a área é responsável por estabelecer programas de desenvolvimento e aceleração de carreira para esses grupos. Especificamente sobre a inclusão do público feminino na mineração, a Anglo American tem como meta alcançar, até 2027, 33% de mulheres em posição de alta liderança.

Na companhia, a diversidade também é respaldada por políticas e procedimentos consistentes e aplicados em todas as unidades da Anglo American no mundo, tais como: Política de Inclusão e Diversidade, Política Contra a Violência Doméstica e Política Contra Bullying, Assédio e Retaliação.

Inclusão nas operações da Anglo American

A Anglo American introduziu, no ano passado, sete unidades do trator D475A-8R no Minas-Rio, equipamento que conta com um kit de operação teleremota. Realizada em parceria com a Komatsu, a iniciativa visou reforçar a segurança e potencializar a alta performance, além de favorecer medidas de inclusão e diversidade, uma vez que o equipamento permite que os profissionais trabalhem em uma sala de operação e não diretamente na mina.

Sobre a Komatsu

A Komatsu é uma empresa japonesa que atua na fabricação e no fornecimento de equipamentos, tecnologias e serviços para os mercados de mineração, construção, industrial e florestal. Há mais de um século, os equipamentos e serviços da Komatsu têm sido usados por empresas em todo o mundo para desenvolver infraestruturas modernas, extrair minerais fundamentais, manter florestas e criar tecnologias e produtos de consumo. Por meio de tecnologia e dados relevantes, a Komatsu entrega aos clientes mais segurança e aumento de produtividade, ao mesmo tempo que otimiza a performance das operações.

Sobre a Anglo American

A Anglo American é uma empresa líder global em mineração e nossos produtos são essenciais em quase todos os aspectos da vida moderna. Nosso portfólio de operações competitivas de classe mundial, que inclui uma ampla gama de opções de desenvolvimento futuro, fornece metais e minerais para um mundo mais limpo, mais verde e mais sustentável, atendendo ao rápido crescimento das demandas diárias de bilhões de consumidores.

Com nossas pessoas no coração dos nossos negócios, utilizamos práticas inovadoras e as mais recentes tecnologias para descobrir novos recursos e minerar, processar, movimentar e comercializar nossos produtos, os quais possibilitam a vida moderna para os nossos clientes – de forma segura, responsável e sustentável.

Como produtora responsável de cobre, níquel, metais do grupo da platina, diamantes (por meio da De Beers), minério de ferro de qualidade premium e carvão metalúrgico para siderurgia, além do projeto de nutrientes naturais em desenvolvimento, estamos comprometidos em atingir a neutralidade nas emissões de carbono em nossas operações até 2040. De forma mais ampla, por meio de nosso Plano de Mineração Sustentável, estamos comprometidos com uma série de metas desafiadoras para garantir que trabalhemos em prol de um meio ambiente saudável, desenvolvendo comunidades prósperas e construindo confiança como líder corporativo.

Trabalhamos em conjunto com nossos parceiros de negócios e diversas partes interessadas para liberar o potencial do valor sustentável que esses recursos representam para as comunidades e países onde operamos, para nossos acionistas, além da sociedade como um todo. A Anglo American está reimaginando a mineração para melhorar a vida das pessoas.

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