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Presidente da Suzano diz que está deixando cargo por razões pessoais

O presidente-executivo da fabricante de papel e celulose Suzano (BVMF:SUZB3), Walter Schalka, disse à Reuters nesta última quarta-feira (28), que está deixando o cargo por razões pessoais, mas que pretende seguir ativo nas decisões dentro da companhia, caso sua indicação para o conselho de administração seja aprovada.

O executivo permanecerá no cargo até 1 de julho deste ano, e será substituído por João Alberto Fernandez de Abreu, atual CEO da Rumo (BVMF:RAIL3), com o início do processo de sucessão programado para a partir de 2 de abril. Schalka estava há 11 anos à frente da companhia.

“Eu refleti bastante e tomei uma decisão pessoal de mudar a minha atividade, que tem uma rotina muito intensa, como CEO, para uma atividade mais estratégica a nível do conselho dos comitês da Suzano”, afirmou Schalka à Reuters.

O executivo explicou que, com o término do Projeto Cerrado, previsto para ser entregue até 30 de junho, a Suzano vai iniciar um novo ciclo de investimentos e que considerou importante fazer a transição nesse momento.

“Eu já sou do conselho da Vibra, e também serei, espero, caso aprovado, do conselho da Suzano. Então a minha visão é que eu vou continuar muito ativo… Meu objetivo é continuar trabalhando, só não quero ficar na rotina intensa que um CEO da Suzano tem e que é bastante demandante.”

Schalka disse que o futuro presidente da fabricante de papel e celulose tem as “qualificações necessárias para continuar a jornada da Suzano”.

“Vamos trabalhar juntos, ele a nível de diretoria, eu a nível de conselho.”

Informações: Reuters.

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Suzano lucra R$4,52 bi no 4° tri e reverte prejuízo anterior; anuncia novo CEO

A Suzano registrou lucro líquido de 4,52 bilhões de reais no quarto trimestre, versus prejuízo de 729 milhões de reais no trimestre anterior e lucro de 7,46 bilhões de reais no mesmo período um ano antes.

Analistas, em média, esperavam lucro líquido de 2,85 bilhões de reais, conforme dados da LSEG.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado apurado foi de 4,51 bilhões de reais no período, queda de 45% ante o último trimestre de 2022, informou a companhia nesta quarta-feira.

As vendas de celulose, principal negócio da Suzano, ficaram estáveis no trimestre em relação ao ano anterior, em 2,76 milhões de toneladas, enquanto o preço médio líquido do material caiu 31% no mercado externo, a 572 dólares a tonelada.

A Suzano afirmou em relatório de resultados que houve uma melhora significativa no sentimento de mercado principalmente na segunda metade do ano, “apesar de um primeiro semestre desafiador marcado pela queda do preço da celulose”.

As vendas de papel, considerando os resultados da unidade de bens de consumo (tissue), somaram 386 mil toneladas no quarto trimestre, aumento de 14% na base anual. O preço médio líquido do papel, por sua vez, caiu 5% ano a ano, para 6.732 reais a tonelada.

A Suzano concluiu a aquisição do negócio de tissue da Kimberly-Clark no Brasil em junho do ano passado, no valor de 1,1 bilhão de reais, conforme balanço. Com a operação “o segmento de bens de consumo passou a ter desde o terceiro trimestre de 2023 maior representatividade nos resultados do negócio de papel”, disse a Suzano.

A fabricante de papel e celulose também anunciou, em paralelo, que seu conselho de administração aprovou João Alberto Fernandez de Abreu como futuro CEO da empresa, em substituição a Walter Schalka, que deixará a posição a partir de 1º de julho.

O processo de sucessão entre os executivos começará em 2 de abril, conforme fato relevante encaminhado pela Suzano à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

João Alberto possui passagens na Shell, Raízen e é diretor presidente da Rumo, cargo que será ocupado por Pedro Marcus Lira Palma, atual diretor vice-presidente comercial da operadora ferroviária.

A saída de João Alberto se tornará efetiva a partir de 29 de março, de acordo com fato relevante da Rumo.

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Suzano contrata CEO da Rumo para sucessão de Schalka

O CEO da Rumo, João Alberto Abreu, pediu demissão para se juntar à Suzano, onde deve suceder o CEO Walter Schalka, que deve ir para o conselho, fontes a par do assunto disseram ao Brazil Journal.

O anúncio da saída de Beto – como o executivo é mais conhecido – deve acontecer ainda hoje. Schalka está no comando da gigante de celulose há 11 anos.

Beto começará na Suzano em 2 de abril, e depois de uma transição de três meses se tornará CEO em 1 de julho. Segundo essas fontes, a Cosan vai anunciar uma solução interna na Rumo.

O próximo CEO da holding de ferrovias será Pedro Palma, hoje o vp comercial da empresa.

Ele é um associado na partnership estendida da Cosan, que reúne 20 executivos além dos sete sócios sêniores da holding de Rubens Ometto.

Pedro – um engenheiro eletrônico que está na Rumo desde 2013 – foi o responsável pelo reposicionamento comercial da companhia num momento em que o trem estava perdendo share para o caminhão no Corredor Norte da empresa. Antes de entrar na Rumo, Pedro trabalhou na Votorantim Cimentos.

Depois de 18 anos na Shell, Beto entrou na Cosan como head da Raízen Energia e se tornou CEO da Rumo em 2019, substituindo Julio Fontana, um executivo-referência no setor por ter feito toda sua carreira em ferrovias.

Com uma gestão focada em performance operacional e iniciativas ambientais e sociais, Beto está trocando uma large cap com um acionista de referência por outra, com desafios análogos de alocação de capital e crescimento. A Rumo vale R$ 42 bilhões na Bolsa; a Suzano vale R$ 74 bilhões.

Durante seu mandato, o EBITDA da Rumo saltou de R$ 2,8 bilhões para R$ 7,5 bi ao final deste ano, se o número ficar no meio da faixa do guidance da companhia.

O novo CEO chega num momento em que a Suzano está concluindo um ciclo de investimento de R$ 22 bilhões com seu projeto Cerrado.

Sua nova planta de Ribas do Rio Pardo, no Mato Grosso do Sul, começa a produzir este ano e vai adicionar 2,55 milhões de toneladas de celulose de eucalipto/ano à capacidade produtiva da empresa, hoje em 10,9 milhões.

Mas um novo ciclo se avizinha.  Como a Suzano tem como política reinvestir 90% de sua geração de caixa operacional, e esta geração vai aumentar muito com a entrada de Cerrado online, a companhia já analisa novas oportunidades de criação de valor.

Informações: Brazil Journal.

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