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Engenharia florestal: a ciência por trás do manejo de florestas nativas

*Artigo de Cícero Ramos.

Há mais de 300 anos, o saxão Hans Carl von Carlowitz defendeu o uso sustentável das florestas, argumentando que o consumo de madeira deve respeitar os limites de produção e regeneração das áreas florestais. Em outras palavras, não se deve derrubar o estoque de árvores maduras da floresta até que se observe que há crescimento suficiente no local. Carlowitz baseia seus argumentos no interesse do “bem comum”, da comunidade e da “querida posteridade”, ou seja, das gerações futuras, apresentando uma ideia claramente definida de sustentabilidade.

As florestas e biomas exigem a capacidade exata da visão do presente e do futuro em todas as ações que nelas efetua. A profissão de engenheiro florestal surgiu justamente com esse propósito: garantir que o uso dos recursos florestais seja sustentável. Afinal, a madeira e outros produtos florestais são essenciais para a humanidade, mas exigem tempo para serem produzidos. Com o crescimento populacional e a demanda crescente, é fundamental planejar atividades que sejam economicamente viáveis, socialmente justas e ambientalmente responsáveis.

No Brasil, o curso de Engenharia Florestal foi criado há 65 anos. No entanto, é importante esclarecer alguns aspectos sobre essa profissão: será que esse curso foi uma invenção nacional? A resposta é não. O curso já existia há décadas em países como Alemanha, Suécia, França, Estados Unidos. Na América do sul, Venezuela, Colômbia, Chile e Argentina também haviam implementado cursos de Engenharia Florestal muito antes do Brasil.

Mas por que criar um curso tão específico, não teria sentido a criação da Escola Nacional de Florestas pela União e dos cursos de Engenharia Florestal por algumas Universidades, para formar o Engenheiro Florestal? outras formações não poderiam cobrir essas necessidades? A resposta está na complexidade dos ecossistemas florestais. Recursos abundantes e ecossistemas florestais diferenciados, recomposição de florestas, técnicas de regeneração e plantio, manutenção de habitas, alternativas de uso do solo, previsões de produção em floresta, produtos não madeireiros oriundos da floresta, manutenção de florestas, necessidades econômicas, dentre outras variáveis heterogenias, clamavam, como clamaram antes na Europa, por alternativas técnicas e ciências que pudessem responder de forma organizada há estas questões que variavam de ambiental a econômica. A criação da Engenharia Florestal surgiu da necessidade de formar profissionais qualificados para enfrentar os desafios do setor florestal brasileiro. Essa iniciativa não apenas fortaleceu a formação de especialistas, mas também impulsionou a adoção de práticas sustentáveis e inovadoras no manejo dos recursos florestais.

Em que pese a legislação, de forma bem intencionada, tentar simplificar as normas para o manejo de florestas naturais (esse é o tema que abordaremos aqui), e isso é compreensível, continuam subjacentes as necessidades de conhecimentos técnico-científicos para elaboração e execução dos planos de manejo.

O engenheiro florestal é um gerente dos recursos florestais, desempenhando um papel essencial na conservação e no manejo sustentável das florestas, desse modo ele precisa saber o ambiente ideal para a regeneração natural de determinada espécies, e também se algum tratamento silvicultural adicional será necessário. Precisa saber planejar e calcular a rede ideal   de estradas, pátios e trilhas de arraste visando menor dano a floresta e com menor custo aplicando conhecimentos de exploração de impacto reduzido (EIR) e precisa de conhecimento sólidos de estratificação das diferentes tipologias e sub-tipologias, e sua combinação de espécies florestais para um melhor lançamento amostral estatístico, o qual não comprometa a regeneração da floresta quando explorada.

Além disso, o engenheiro florestal precisa saber identificar a qualidade, sanidade e potencial dos fustes a serem manejados e quais devem ficar como árvores matrizes ideais. Precisa estudar a capacidade de suporte da floresta a ser manejada e qual a intensidade de exploração que deve ser utilizada de maneira a que não ponha em risco a sustentabilidade da mesma. A floresta, e dentro dela, todas a suas espécies, possuem uma “faixa de variação ótima” na sua curva de desenvolvimento e formação. Retiradas que perturbem esta faixa de variação, implicarão no “ponto de não retorno” mencionado por especialistas e seguidamente mencionado na mídia.

O engenheiro florestal precisa saber monitorar a floresta em exploração. Para isso não são suficientes a correta instalação de parcelas permanentes, mas saber calcular sua intensidade ideal, e mais que isso, interpretar seus resultados a luz das informações das fases sucessionais da floresta. Quais classes diametricas merecem abertura para luminosidade? E para qual espécie? E em que intensidade? Como está a estrutura da floresta? Os ciclos de corte estarão adequados? Quando ela estará produtiva de novo? Já pode haver uma reentrada no talhão? Como pleitear isto junto aos órgãos ambientais? Quais medidas mitigadoras devem ser utilizadas no caso de impactos imprevistos?

Atualmente, há uma grande preocupação ambiental, e muitas profissões passaram a opinar sobre o meio ambiente de acordo com suas próprias visões de mundo, muitas vezes sem uma direção clara ou base técnica sólida. No entanto, é importante destacar que já existe uma formação específica e consolidada que permite trabalhar com as florestas naturais de forma produtiva e sustentável quando necessário. Grandes cientistas do passado, como Carlowitz, Hartig, Cotta, Liocourt, Brandis, Odum, Osmaston, Whitmore, Dawkins e, mais recentemente, Natalino Silva, entre outros, já haviam refletido sobre o uso sustentável das florestas naturais. Todo esse conhecimento acumulado está organizado e disponível no curso de Engenharia Florestal, que continua sendo a base para o manejo responsável e científico dos recursos florestais.

O engenheiro florestal precisa saber identificar as áreas de ocorrência principal das espécies e diferenciar das ocasionais e identificar o risco local de determinada espécie, se esse for o caso. Ele também precisa entender de modelos matemáticos de crescimento e volume de madeira, ajustar equações hipsométricas.  Combinar variáveis dendrométricas com ambientais.

Por outro lado sabemos, que todas estas preocupações não utilizam talvez até o momento, 20 ou 30% do aporte e estoque cientifico que a Engenharia Florestal possui. Mas ela possui!!! E ela está qualificada para enfrentar os novos desafios que surgirão quando das necessidades já em discussão sobre o aperfeiçoamento do manejo florestal se tornarem mais fortes. Manejo de precisão, manejo por espécie são novos desafios! A ciência florestal não para! Embrapa, INPA, faculdades, continuam apresentando sugestões de modernização do manejo florestal. Mais e mais especialistas com sólida formação em Ciência Florestal serão necessários. Novos protocolos de manejo florestal estão sendo desenvolvidos.

A Engenharia Florestal não é apenas uma profissão — é uma ciência. Ela se baseia em diversas disciplinas, entre as quais destacam-se: Entomologia Florestal, Anatomia da Madeira, Tecnologia da Madeira, Ecologia Florestal, Experimentação Florestal, Dendrologia, Tecnologia e Produção de Sementes Florestais, Dendrometria, Melhoramento Genético Florestal, Inventário Florestal, Métodos e Tratamentos Silviculturais, Silvicultura Tropical, Economia Florestal, Colheita, Transporte e Logística Florestal, além de outras que complementam o conhecimento necessário. Todas essas áreas convergem em uma disciplina que integra e aplica esses conhecimentos de forma prática e abrangente: o Manejo de Florestas Naturais.

O manejo florestal na Amazônia está alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, nos objetivos 8 (trabalho decente e crescimento econômico), 12 (consumo e produção responsáveis), 13 (ação contra a mudança global do clima), 15 (vida terrestre) e 17 (parcerias e meios de implementação). É crucial promover um entendimento mais profundo sobre o manejo florestal sustentável e da cadeia produtiva da madeira de florestas nativas, considerando aspectos socioeconômicos e ecológicos. Reforçando práticas florestais sustentáveis e a inovação baseada na ciência e engenharia florestal são essenciais para proteger as florestas, gerar renda e mitigar as mudanças climáticas, integrando o uso dos recursos florestais com estratégias de conservação ambiental.

No Brasil, a Engenharia Florestal foi responsável por introduzir o manejo florestal sustentável, antes a exploração das florestas nativas era feita de maneira empírica, sem o suporte técnico necessário. O manejo florestal sustentável é, de fato, uma das poucas atividades de uso do solo que mantém a cobertura florestal enquanto gera renda a partir da floresta em pé. Essa prática é fundamental para conciliar a produção econômica com a conservação ambiental, garantindo a sustentabilidade dos recursos naturais.

É importante deixar claro que a silvicultura envolve uma série de atividades essenciais — como a produção de sementes, mudas, preparo da área e do solo para o plantio, controle de plantas invasoras, pragas e doenças, além do plantio, replantio, adubação e calagem, sempre com o devido acompanhamento técnico —, essas práticas não devem ser confundidas com o manejo de florestas nativas.

Agora, imagine o que acontece quando profissionais sem a qualificação adequada assumem essas tarefas. Os princípios da administração pública, como legalidade e eficiência são ignorados, projetos acabm mal elaborados, sem base científica sólida, e os danos materiais e ambientais são inevitáveis. No final, quem paga o preço é a floresta — e, por consequência, todos nós.

Reduzir o ensino da ciência florestal apenas à disciplina de Silvicultura é um erro grave. A Engenharia Florestal é muito mais ampla. Permitir que profissionais sem formação completa atuem no manejo de florestas nativas é como deixar alguém operar um paciente só porque leu um manual de cirurgia. Conhecimento técnico e científico não são opcionais — são fundamentais.

Sendo a Engenharia Florestal uma ciência, é impossível assimilar todo o conhecimento acumulado acerca desta ciência com apenas uma carga horária de 60, 75 ou 90 horas. Se fosse assim, em três, quatro ou cinco anos, o ser humano poderia dominar todas as ciências da humanidade e poderia exercer todas as profissões existentes no mundo. o que é claramente inviável e impossível de se conceber.

O conhecimento técnico e científico não é uma opção, mas uma necessidade. Transferir essa responsabilidade para quem não está preparado é, no mínimo, irresponsável. A ciência florestal não é apenas uma palavra bonita — é a base que sustenta práticas seguras, eficazes e sustentáveis. E quando se trata de florestas nativas, não há espaço para atalhos.


*Cícero Ramos é engenheiro florestal e vice-presidente da Associação Mato-grossense dos Engenheiros Florestais-AMEF.

Origem da publicação: https://www.remade.com.br/noticias/20567/engenharia-florestal:-a-ciencia-por-tras-do-manejo-de-florestas-nativas

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Suzano chega a mais de 1,4 mil mulheres atuando em suas operações em Mato Grosso do Sul

Em 2024, a empresa contratou 849 mulheres, o que corresponde a 32% das contratações da empresa realizadas ao longo do ano em MS; foram 402 para atender a Unidade Três Lagoas e 447 para a Unidade Ribas do Rio Pardo

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir de árvores plantadas de eucalipto, segue com o propósito de aumentar a diversidade em suas operações e inicia 2025 com mais de 1,4 mil mulheres atuando em diferentes áreas no Mato Grosso do Sul. Somente no ano passado, 849 mulheres foram contratadas para as áreas industriais e florestais, o que corresponde a cerca de 32% das contratações. Desse total, foram 402 para atender a Unidade Três Lagoas e 447 para a Unidade Ribas do Rio Pardo.

De acordo com Angela Aparecida dos Santos, gerente executiva de Gente e Gestão da Suzano, a empresa segue ampliando a contratação de mulheres. “Esse aumento de mulheres em diferentes áreas de atuação reflete um trabalho iniciado há muito tempo pela companhia, envolvendo não apenas mudanças em nossos processos seletivos, mas também ações de atração de talentos e investimentos na formação dessas profissionais. A Suzano acredita que a criação de um ambiente de trabalho em que a mulher possa ser protagonista é essencial para o fortalecimento do ambiente de negócios e para a construção de um mercado de trabalho mais justo e igualitário”, reforça.

Atualmente, a Unidade Três Lagoas mantém cerca de 6 mil postos de trabalho, dentre os quais 3,5 são próprios. Desse total, 836 postos são ocupados por mulheres, sendo que 183 atuam na operação industrial e 653 na área florestal. Já a Unidade Ribas do Rio Pardo, que conta com 3 mil colaboradores, entre próprios e terceiros, tem 642 mulheres em seus quadros próprios, das quais 181 atuam na operação industrial e 461 na área florestal. O número de mulheres em cargos de liderança, que incluem posições como supervisão, coordenação e acima, também tem aumentado ao longo dos anos, chegando a 21% em todo o estado.

“A Suzano está no caminho certo para alcançar o compromisso de atingir 30% de mulheres em cargos de gerência e acima até o final de 2025. Alinhados ao nosso direcionador, que diz que ‘só é bom para nós, se for bom para o mundo’, seguimos investindo em programas de mentoria, no fortalecimento de lideranças femininas em cargos de supervisão e coordenação e na construção de um plano de sucessão que priorize a equidade de gênero, acelerando essa transformação”, completa Angela.

Desenvolvimento

Entre as mulheres que estão fazendo a diferença em posições de liderança na Unidade de Três Lagoas, Ester Storck, 33 anos, é um exemplo do compromisso da empresa com a equidade de oportunidades. Formada em Engenharia Florestal, ela está desde 2020 na Suzano e acumulou experiência em diversas regiões antes de ingressar na companhia. Iniciou sua trajetória no Mato Grosso do Sul, liderando um módulo de colheita durante a pandemia, o que fortaleceu sua capacidade de gestão. Dois anos depois, foi promovida a consultora da área e, posteriormente, à coordenação de Governança de Processo.

Ela destaca que a presença feminina na liderança traz um olhar mais equilibrado e humanizado para a gestão. “Meu gerente comentou que eu era a primeira supervisora mulher de colheita de Mato Grosso do Sul, o que me deu um frio na barriga, mas também uma enorme satisfação em poder abrir caminho para outras mulheres. A colheita é um setor desafiador, com operação 24 horas e alta exigência, mas acredito que, como mulheres, conseguimos trazer um olhar diferenciado, com mais proximidade e cuidado na gestão da equipe”, destaca.

Ester Storck. Crédito imagem: Suzano.

Em Ribas do Rio Pardo, a engenheira de produção Palloma Vigiani, 34 anos, foi a primeira mulher contratada pela Suzano na área industrial da Unidade de Ribas do Rio Pardo. Com uma trajetória de qualificação, Palloma consolidou sua carreira na indústria e hoje contribui ativamente para o desenvolvimento de novas profissionais na Suzano, onde encontrou um ambiente que valoriza a diversidade e incentiva a presença feminina.

Atualmente, Paloma faz parte de um time de 181 mulheres que atuam na operação industrial, muitas das quais ajudou a formar. “A Suzano confia na força das mulheres, e essa valorização me deu coragem para avançar e inspirar outras profissionais a seguirem o mesmo caminho. Por muito tempo, fui a única mulher nos setores em que atuei. Hoje, tenho o privilégio de acompanhar e formar novas colegas, que agora fazem parte da operação e ajudam a transformar a indústria”, destaca.

Palloma Vigiani.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose; papéis para imprimir e escrever; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis sanitários e produtos absorventes; além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender a demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com mais de 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página: www.suzano.com.br.

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No Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, conheça a história de quem deixou a casa para conquistar sua independência

Mato Grosso do Sul, 7 de março de 2025 – Coragem! Uma palavra pequena, mas exigente. Imagina só, mudar o destino de uma família e ser a primeira pessoa a ter um curso técnico e sair da extrema pobreza. Agora, imagina deixar a família e amigos e se mudar para uma cidade distante 2.547 km, viver uma cultura completamente diferente para trabalhar e ter sucesso na área de formação.

Coragem e Jaiane Santos Moreira, de 26 anos, andam lado a lado. Ela nasceu e cresceu na cidade praiana de Entre Rios, na Bahia. De uma família extremamente humilde, como ela mesma menciona, os avós eram analfabetos e ela cresceu sabendo o que queria e não era apenas se casar e ser dona de casa, assim como todas as outras mulheres de sua família. Então, ela mudou seu destino.

Jaiane Santos Moreira.

Sempre estudiosa e curiosa em aprender tudo o que pudesse, Jaiane foi a primeira a ter curso técnico entre os 30 primos. “Alguns começaram, mas nenhum concluiu por motivos pessoais. Eu me formei, mudei de cidade, sai da roça e fui para a cidade ali em Entre Rios mesmo e consegui um emprego em um resort em uma escala 6×1, apenas uma folga na semana. O trabalho era intenso, tive crise de ansiedade, foi quando surgiu a oportunidade de trabalhar no viveiro da MS Florestal, em Água Clara”.

A vaga de auxiliar de serviços gerais ela viu pela internet e se interessou. “Pensei que o ‘não’ eu já tinha, então corri atrás”.

Formada em técnica agropecuária e com a nova oportunidade à vista, Jaiane estudou, viu as possibilidades de crescer com a nova chance e conseguiu ser efetivada. “Eu nunca tive medo de enfrentar o novo, gosto de desafio, eu falei para minha mãe que eu me mudaria, e ela sempre me apoia em tudo. Trabalhar no viveiro é uma experiência diferente e vai agregar no meu currículo”.

Em Água Clara há um ano, Jaiane iniciou a faculdade de Ciências Contábeis e não tem custo com aluguel, pois a MS Florestal oferta alojamento. “Aqui eu consegui dar um novo começo aos estudos, eu curso faculdade e não tenho essa preocupação se o dinheiro vai dar no fim do mês ou não porque sou amparada”.

Jaiane conta nunca ter tido plano de saúde, o que é ofertado pela empresa. “Eu adoro trabalhar aqui, os benefícios são ótimos, nunca tive plano de saúde e agora tenho, todas as empresas em que já trabalhei só davam folga uma vez na semana e aqui eu trabalho de segunda a sexta-feira, tendo o fim de semana para poder ter vida social e estudar”.

No viveiro da MS Florestal em Água Clara trabalham 147 mulheres de 225 colaboradores, no total.

Segundo a gerente de Recursos Humanos da MS Florestal, Amanda Barrera, histórias como a de Jaiane inspiram outras mulheres. “É isso o que queremos incentivar, mostrar a capacidade delas e encorajá-las. Histórias de superação como a da nossa colaboradora assim como de tantas outras fazem a diferença”.

Sobre a MS Florestal

A MS Florestal é uma empresa sul-mato-grossense que fortalece as atividades de operação florestal do Grupo RGE no Brasil, um conglomerado global com foco na manufatura sustentável de recursos naturais. Especializada na formação de florestas plantadas e na preservação ambiental, além do desenvolvimento econômico e social das comunidades onde atua, a MS Florestal participa de todas as etapas, desde o plantio do eucalipto até a manutenção da floresta. Para mais informações, acesse: www.msflorestal.com

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CMPC terá uma das plantas mais sustentáveis do país no setor de celulose

Investimento de 2,75 bilhões de reais modernizará a unidade de Guaíba, reduzindo resíduos e melhorando a produtividade em 18%

Grandes projetos aproximam a indústria de celulose às práticas de sustentabilidade e à bioeconomia. Um exemplo é o projeto BioCMPC, um conjunto de 31 ações ligadas à sustentabilidade, que contará com a modernização da Unidade Industrial em Guaíba, transformando-a em uma das mais sustentáveis do Brasil no setor de celulose e papel.

O projeto foi elaborado visando os 3 Cs da empresa: criar soluções inovadoras a partir da celulose; conviver com as comunidades vizinhas promovendo iniciativas sociais voltadas para educação, geração de renda e qualidade de vida; e conservar os recursos naturais, praticando a gestão ambiental adequada em todos os processos produtivos.

“Queremos influenciar positivamente toda a sociedade e mostrar que é possível investir em competitividade nos negócios, ao mesmo tempo que se promove desenvolvimento social e ações de ESG”, afirma Mauricio Harger, diretor-geral da CMPC no Brasil.

Benefícios para o entorno

O projeto, iniciado em setembro de 2021, conta com o investimento de 2,75 bilhões de reais e trará contribuições em produtividade e sustentabilidade para a unidade de Guaíba, gerando um ganho de 18% na performance industrial.

O resultado promete melhores índices ambientais em pelo menos cinco quesitos: gestão de resíduos, tratamento de efluentes, emissões atmosféricas, sistemas de tratamento de gases e gestão ambiental.

Além de trazer benefícios ao meio ambiente, a iniciativa aquecerá a economia. Isso porque ela deve criar 7.500 novos postos de trabalho durante a obra. A empresa também vai impulsionar um programa de educação ambiental que será compartilhado com a rede pública de ensino.

Unidade industrial da CMPC: empresa produz, por ano, cerca de 1,9 milhão de toneladas de celulose (Fabiano Panizzi/Divulgação).

Redução dos gases de efeito estufa

A planta de Guaíba, que já é referência mundial em economia circular, reciclando 100% dos resíduos sólidos oriundos do processo industrial, prevê agora, com as novas medidas do BioCMPC, diminuir consideravelmente o volume de material gerado e eliminar 100% os resíduos de cinzas.

A empresa espera ainda, com a revisão do sistema de coleta de gases, fazer com que a CMPC no Brasil tenha o melhor sistema de tratamento de gases do setor no país – e um dos melhores do mundo.

“Além das nossas florestas que já sequestram milhares de toneladas de carbono, eliminaremos uma fonte de energia não renovável e vamos instalar uma nova caldeira de recuperação para produção de energia 100% limpa”, afirma Harger. “No século 21 a sociedade espera que as empresas não gerem problemas e ainda ajudem a sociedade a superar seus próprios desafios. E é isso que estamos fazendo.”

Arte/Exame.

Informações: Exame.

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Da China à FS Fueling Sustainability, Bambu Vai de Casas a Caldeiras e Abre Mercado no Agro

Como a milenar planta asiática está entrando em projetos no Brasil, um mercado global que movimenta US$ 68 bilhões por ano

Era a virada do milênio, ano 2000, quando Guilherme Korte, recém-formado em jornalismo, recebeu uma proposta para ser repórter internacional na China. Sem hesitar, como em todo começo de carreira, ele aceitou cobrir a economia chinesa, mas outra pauta chamou sua atenção chegando lá: a utilização do bambu na indústria.

O bambu (Bambusa vulgaris) é uma planta da família das gramíneas, de origem asiática, e historicamente plantado de forma abundante naquele país. “Apesar de ser um material de uso milenar, culturalmente integrado à sociedade, o uso do bambu como elemento estrutural e industrial era uma novidade na época, na China. Então, comecei a escrever muito sobre isso”, conta Korte em entrevista exclusiva à Forbes. Depois de quatro anos ele voltou para o Brasil, mas não para o jornalismo.

O contato com o bambu na China fez Korte se lembrar dos tempos que viveu em Mato Grosso, nos anos 1980, e acompanhou o desenvolvimento da atividade agrícola na região. Então, pensou: “por que não se dedicar à produção da planta?”.

Guilherme Korte fundou a Abrafibras em 2014. Imagem: divulgação.

“Como eu já tinha tido esse contato com o agro antes, voltei para o Brasil e comecei a fazer pesquisas sobre a produção de bambu. Viajei para 20 países, estudei e fundei a Abrafibras”, diz. Abrafibras significa Associação Brasileira da Industria e dos Produtores de Bambu e de Fibras Naturais, entidade fundada por ele em 2014, em São Paulo.

Como nasce uma associação para o bambu

“O governo precisava de uma entidade para acompanhar os gastos com estudos sobre o bambu. Então, criei a associação”, afirma Korte. Ele também cuida de um viveiro de bambu em uma propriedade de sete hectares em Tatuí, na mesma linha.

A iniciativa do jornalista tem um fundamento econômico. O bambu hoje atrai setores da indústria, especialmente a construção civil, no segmento de residências sustentáveis, decoração e a indústria de papel e embalagens. Não fica de fora o setor de bioenergia, que precisa de fontes renováveis, como a FS Fueling Sustainability, antiga FS Bioenergia, biorrefinaria mato-grossense que produz etanol, farelo, óleo e energia elétrica, fundada em 2017, e que faz parte do Agro100, ranking que lista as maiores empresas do setor com balanços publicados.

E aqui vai um fato curioso: as primeiras fábricas de papel no Brasil, em 1950, utilizavam o bambu como matéria-prima por causa da escassez de florestas homogêneas de pinheiros, árvores comuns no hemisfério Norte utilizadas para esse fim. Mas, logo a agroindústria do eucalipto começou a ganhar mais força.

Detalhes de cultivo de bambu, floresta que pode ser explorada por 50 anos. Imagem: divulgação.

De volta aos dias atuais, o mercado global de bambu movimenta cerca de US$ 68 bilhões (R$ 400 bilhões na cotação atual) por ano, segundo a Organização Internacional de Bambu e Rattan (INBAR), entidade chinesa fundada em 1997, dedicada à promoção do uso sustentável do bambu para o desenvolvimento sustentável.

De olho no Brasil, em 2024, as importações de produtos de bambu do país aumentaram 30% em relação a 2023, ultrapassando US$ 42 milhões (R$ 247 milhões), segundo dados o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços pela consultoria do Centro Brasileiro Inovação e Sustentabilidade (CEBIS).

Bambu vira fonte de energia na FS Bioenergia

Com mais de 200 milhões de anos e algo em torno de 1.300 espécies identificadas, o bambu ocupa 3% das florestas globais. O Brasil possui 230 variedades da planta, e abriga a segunda maior floresta nativa de bambu do mundo, de até 4,5 milhões de hectares, segundo dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Apesar de não haver dados oficiais exatos sobre a área de bambu cultivada no país, Korte afirma que são 80 mil hectares, sendo 50 mil hectares de plantios recentes. Os números devem ser atualizados em breve, já que a segunda publicação da Embrapa sobre a planta está em preparação e deve ser lançada em meados de 2025. O livro é uma continuação da obra “Bambus no Brasil: da biologia à tecnologia”, publicada em 2017.

Segundo Korte, para fins de produção energética, o bambu vem sendo cultivado nos estados do Maranhão, Mato Grosso do Sul, Bahia e Paraná. É uma nova forma de aproveitamento, além da construção civil. Não por acaso, 12 mil já foram plantados para serem utilizados nas usinas de geração de energia de biomassa da FS Fueling Sustainability, primeira usina de etanol 100% de milho do Brasil. A empreitada do bambu começou em 2019, em Diamantino, a 200 km de Lucas do Rio Verde, onde está a sede da empresa, e teve investimento inicial de R$ 170 milhões.

A empresa começou arrendando 3 mil hectares de terras com algum tipo de degradação. “Foi um experimento inicial, mas ficamos muito animados com os resultados. O bambu é forte, resistente e não sofre ataques de pragas como o eucalipto”, diz Daniel Lopes, vice-presidente executivo de sustentabilidade e novos negócios da FS Fueling Sustainability.

Depois da colheita, o bambu vai para um armazém que recebe todas as outras biomassas que a empresa utiliza para gerar energia, como caroço de algodão e de açaí, bagaço de cana e casca de arroz. “Misturamos cerca de 50% de eucalipto, 20% de bambu e 30% de outros resíduos na caldeira, queimamos e o vapor gerado cozinha o milho e seca os grãos”, diz ele. Em usinas nos Estados Unidos, por exemplo, esse processo é feito com gás natural, combustível fóssil nocivo ao meio ambiente.

Daniel Lopes é vice-presidente executivo de sustentabilidade e novos negócios da FS Fueling Sustainability. Imagem: divulgação – FS Bioenergia.

Apesar do eucalipto ser a matéria-prima principal da queima, para Lopes, depender somente da árvore pode ser um desafio para o crescimento da produção do etanol de milho. “Se não plantamos eucalipto há 6 anos, não teremos biomassa disponível para gerar vapor. Aí entra o bambu com o seu ciclo curto, de três anos no primeiro corte, e depois dois nos anos subsequentes”, diz ele. O bambu também se destaca por perder 50% da sua umidade em 15 dias, enquanto o eucalipto leva 120 dias.

Outro fator que chamou atenção de Daniel foi o crescimento da planta antes e depois dos cortes. “O bambu não para, é quase que uma praga porque você corta e ele cresce mais forte”, brinca. O custo menor também foi considerado, já que da produção à colheita, a espécie asiática gera uma economia de 10%, comparada ao eucalipto. Vale lembrar que a planta não exige um solo específico para cultivo e necessita apenas de quantidades de chuvas acima de 1.200 milímetros anuais.

Por enquanto, para a FS Fueling Sustainability, os 12 mil hectares plantados de bambu, que tem duração média de 50 anos, são suficientes para fomentar de 25% a 30% da matriz de biomassa. Por isso, não há planos de expansão para a receita adotada, que por ora está equilibrada. No entanto, a empresa quer se tornar a primeira usina a produzir etanol de milho carbono negativo, e manter a geração de energia de biomassa a partir do bambu é um começo promissor.

O cultivo do bambu vai crescer no Brasil
Quanto ao potencial do bambu para a indústria, não será necessário esperar a virada do próximo milênio para que ele seja reconhecido. O plano estratégico para o setor no Brasil prevê um aumento de 20% na área de cultivo até 2026 e a meta de alcançar 12 milhões de hectares sob manejo sustentável até 2035, segundo dados da INBAR.

Para Korte, a produção da espécie asiática no Brasil deve crescer nos próximos anos, impulsionada pela mecanização da colheita, o custo de produção mais barato e as inúmeras possibilidades de uso. “O Brasil é considerado o país com maior potencial de fornecimento de fibra de bambu. Na China, a produção ainda é muito manual. Desse jeito, vamos exportar para lá”, afirma.

Korte já deu o primeiro passo. Em dezembro, ele enviou para a China amostras genômicas de oito espécies de bambu para serem estudadas em um projeto de substituição de plástico naquele país. Esse passo é importante, mas ele ressalta que o foco precisa ser, primeiro, o mercado interno, principalmente para atender o setor de energia de biomassa e de construção sustentável.

Segundo Korte, esse é um caminho sem volta. “Em função do desenvolvimento de tecnologia na colheita, há cada vez mais empresas interessadas nessa matéria-prima. O bambu vai deslanchar”, afirma.

Informações: Forbes.

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Brasil contará com US$ 247 milhões para restauração florestal e soluções baseadas na natureza

Desse montante, US$ 100 milhões serão direcionados ao setor privado para financiar projetos de restauração na Amazônia e no cerrado

O Brasil contará com um total de US$ 247 milhões em investimentos para
promover a restauração orestal e ampliar o uso de soluções baseadas na natureza
no país. O Plano de Investimento do Programa Natureza, Povos e Clima (NPC) dos
Fundos de Investimento Climático ( Climate Investment Funds – CIF) foi aprovado
na quinta-feira, 27/2, durante reunião do Comitê do Fundo.

O plano prevê US$ 47 milhões em recursos reembolsáveis do CIF, combinados com
US$ 100 milhões do Fundo Clima, via Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES), e US$ 100 milhões do Banco Mundial, que serão
direcionados ao setor privado para nanciar projetos de restauração na Amazônia e
no cerrado.

O Programa NPC do CIF apoia o desenvolvimento de soluções baseadas na
natureza para o enfrentamento das mudanças climáticas, promovendo a
restauração de ecossistemas e o fortalecimento da resiliência das populações
rurais. Com um orçamento global de US$ 400 milhões, o programa reconhece aprograma reconhece a interdependência entre o uso da terra, a crise climática e os meios de subsistência
das comunidades, incentivando países a implementarem projetos que combinam mitigação e adaptação de forma integrada.

A Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, no papel de
ponto focal do CIF no Brasil, coordenou a elaboração do Plano de Investimento
brasileiro e a articulação entre os atores envolvidos. O desenvolvimento do plano
foi liderado pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB), como ponto focal técnico do NPC
Brasil, e contou com a participação do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do
Clima (MMA), BNDES, Banco Mundial e Banco Interamericano de Desenvolvimento
(BID).

O plano brasileiro será implementado pelo BNDES, que concederá crédito ao setor
privado para impulsionar investimentos em restauração orestal e cadeias
produtivas sustentáveis. O objetivo é transformar áreas degradadas da bacia do
Tocantins-Araguaia, conhecida como Arco do Desmatamento, em um novo Arco
da Restauração, contribuindo para a redução das emissões de gases de efeito
estufa, recuperação da vegetação nativa e criação de novas oportunidades
econômicas.

O Plano prevê a restauração de 54 mil hectares de orestas, com impacto estimado
na redução de até 7,75 milhões de toneladas de CO₂ e a geração de até 21 mil
empregos diretos e indiretos.

O subsecretário de Financiamento ao Desenvolvimento Sustentável do Ministério
da Fazenda, Ivan Oliveira, celebrou a aprovação do Plano de Investimento e
destacou sua importância para o avanço da restauração florestal no Brasil.

“A restauração de ecossistemas degradados é uma das estratégias fundamentais
para enfrentarmos a crise climática e fortalecer a resiliência dos territórios e das
comunidades. Com esse plano, estamos viabilizando um modelo inovador de
nanciamento, que reduz o custo do capital, aumenta a escala e incentiva o setor
privado a atuar como protagonista na recuperação ambiental do país”, armou.

O NPC Brasil é o primeiro Plano de Investimento aprovado no âmbito do Fundo
Climático Estratégico (SCF) do CIF com 100% de foco no setor privado. Esse modelo
inovador utiliza nanciamento misto ( blended nance ) para alavancar
investimentos em restauração e incentivar a participação de empresas em
iniciativas de recuperação ambiental. Além de reduzir custos nanceiros para os
tomadores de crédito, o programa fomentará o desenvolvimento de cadeias produtivas ligadas à restauração, gerando empregos e renda para comunidades

Adicionalmente, pela primeira vez, o CIF direcionará recursos para investimentos
na Amazônia brasileira, ampliando sua atuação no país e alinhando-se às políticas
nacionais, como o Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Planaveg).

A versão aprovada pelo Fundo passou por consulta pública, garantindo um
processo inclusivo e colaborativo nesta iniciativa fundamental para o avanço das
soluções baseadas na natureza no Brasil.

Com a aprovação do Plano de Investimento, o Brasil tem agora um prazo de 18
meses para desenvolver o plano de implementação e detalhar os projetos que
serão desenvolvidos no âmbito do NPC.

Informações: Agora MT.

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Expedição de papelão ondulado totaliza 335.067 toneladas em janeiro de 2025

O Boletim Estatístico Mensal da EMPAPEL aponta que o Índice Brasileiro de Papelão Ondulado (IBPO)
caiu 1,2% em janeiro, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, para 149,2 pontos
(2005=100).

Em termos de volume, a expedição de caixas, acessórios e chapas de papelão ondulado alcançou
de 335.067 toneladas no mês.

Por dia útil, o volume de expedição foi de 12.887 toneladas, uma queda de 1,2% na comparação
interanual, em que janeiro de 2025 registrou a mesma quantidade de dias que em 2024 (26 dias
úteis).

Nos dados livres de influência sazonal, o Boletim Mensal de janeiro registrou queda de 0,3% no
IBPO, para 153,9 pontos, equivalentes a 344.740 toneladas.

Informações: EMPAPEL / Imagem: divulgação.

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Fábrica de celulose garante investimentos de R$ 85 mi para o município de Inocência (MS)

A Arauco anunciou um investimento de R$ 85 milhões dentro do Plano Estratégico Socioambiental (PES), um modelo de governança compartilhada que une a iniciativa privada, a sociedade civil e autoridades municipais e estaduais. O objetivo é garantir um desenvolvimento planejado e transparente para Inocência com melhorias estruturais em diversas áreas essenciais.

O PES está organizado em nove eixos estratégicos: Saúde, Segurança Pública, Assistência Social, Educação, Economia, Trabalho e Renda, Transporte, Saneamento, Habitação e Ordenamento Territorial e Conservação Ambiental. Cada setor receberá investimentos e ações planejadas em conjunto com a administração municipal e estadual.

Saúde

No setor da saúde, os recursos serão utilizados na construção de um novo Hospital Municipal, com 20 leitos e 2.450 m² de área construída. Além disso, haverá capacitação de profissionais de emergência e implantação da Área Vermelha para atendimentos emergenciais no hospital já existente.

Segurança Pública

A Arauco também investirá na construção das novas sedes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, além da aquisição de novas viaturas para as forças de segurança do município.

Assistência Social

Na Assistência Social, estão previstos investimentos na ampliação do CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) e na construção de um novo CRAS (Centro de Referência de Assistência Social). Também será criada uma Casa de Passagem para acolhimento temporário de população em situação de vulnerabilidade.

Educação
A companhia destinará 100 bolsas de estudo para alunos do Ensino Fundamental e Médio da rede privada, além de financiar cursos de capacitação para professores. A Escola Olivalto Elias da Silva será reformada e ampliada, e serão adquiridos um micro-ônibus escolar e equipamentos para laboratórios educacionais.

Economia, Trabalho e Renda
A Arauco será responsável pela estruturação de capacitação profissional para moradores de Inocência, criando oportunidades de emprego na futura fábrica e em empresas parceiras. O Senai já formou cerca de 100 trabalhadores em cursos técnicos. Outra parceria é com o Sebrae/MS, que capacita empreendedores locais por meio do programa “Conexão Arauco”.

Saneamento e Habitação

O investimento na infraestrutura sanitária incluirá estudos sobre gestão de resíduos sólidos e melhorias no sistema de esgoto da cidade. Em habitação, a empresa apoiará a construção de moradias para colaboradores, além de intermediar a adesão do município a programas habitacionais federais e estaduais.

Ordenamento Territorial e Conservação Ambiental

A Arauco também apoiará o planejamento urbano do município, colaborando na elaboração do Plano Diretor e revitalizando o Parque do Povo. Além disso, será instalada uma estação meteorológica para monitoramento ambiental.

O impacto do Projeto Sucuriú

O Projeto Sucuriú, que marca a entrada da Arauco no setor de celulose no Brasil, tem um investimento total de US$ 4,6 bilhões e prevê a geração de mais de 14 mil empregos durante a construção da fábrica. Após o início das operações, serão cerca de 6 mil postos de trabalho permanentes. O projeto ainda incluirá a geração de energia sustentável, com capacidade de produção de 400 megawatts (MW), dos quais 200 MW serão comercializados para o sistema elétrico nacional.

Informações: RCN67.

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Brasil desponta no mercado de crédito de carbono no agronegócio

Setor tem potencial para liderar globalmente, mas enfrenta desafios regulatórios e estruturais

O mercado de crédito de carbono está em franca expansão no Brasil, com destaque especial para o agronegócio, setor que apresenta um dos maiores potenciais para a geração de créditos devido à sua capacidade de mitigar emissões. Segundo o CEO da BlockBR, Cassio Krupinsk, o país tem condições de suprir até 37,5% da demanda global de créditos de carbono, consolidando-se como um dos principais atores desse mercado. Com o agronegócio respondendo por mais de 25% do PIB nacional, a adoção de práticas sustentáveis não apenas reduz as emissões de gases do efeito estufa, mas também cria oportunidades econômicas significativas para produtores rurais.

Os projetos em desenvolvimento no Brasil priorizam iniciativas como reflorestamento, manejo sustentável e a integração lavoura-pecuária-floresta. Em 2023, o mercado global de créditos de carbono foi avaliado em mais de US$ 850 bilhões, com previsão de crescimento anual de 15% até 2030, conforme estimativas do Banco Mundial. Graças à sua vasta área preservada e diversidade de biomas, o Brasil está bem posicionado para capturar uma parcela expressiva desse crescimento. No entanto, desafios como a falta de regularização fundiária e a padronização de metodologias ainda precisam ser superados.

Regulamentação e demanda interna

Com a implantação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões, o governo busca alinhar o Brasil aos mercados regulados internacionais, como o da União Europeia. A regulamentação trouxe maior segurança jurídica e diretrizes claras para as empresas, estabelecendo, por exemplo, que companhias que emitam mais de 25 mil toneladas de CO2 equivalente ao ano precisarão cumprir metas de redução ou compensar suas emissões. Segundo estudos do Instituto de Pesquisas Ambientais (IPAM), o Brasil pode gerar mais de 1 bilhão de toneladas de créditos de carbono até 2030, com grande parte desse volume vindo do setor agropecuário.

Tecnologia e transparência: a tokenização dos créditos de carbono

O avanço desse mercado está diretamente ligado à adoção de tecnologias emergentes, como a blockchain, que viabiliza a tokenização de ativos ambientais. Esse processo representa uma inovação significativa ao permitir a digitalização e fragmentação dos créditos de carbono em tokens negociáveis, ampliando a acessibilidade e a eficiência das transações.

A tokenização também garante maior transparência, fornecendo informações detalhadas sobre a origem dos créditos, o tipo de projeto ambiental, a localização geográfica e os padrões de certificação adotados. Dessa forma, produtores rurais podem acessar plataformas de negociação com mais facilidade, viabilizando transações de forma simplificada, mesmo para aqueles com pouca experiência no mercado financeiro.

Regularização fundiária e segurança jurídica

Um dos principais desafios para a expansão desse mercado no Brasil é a regularização fundiária. Muitos projetos de crédito de carbono dependem de terras legalmente registradas para garantir a segurança jurídica das operações. A tokenização pode auxiliar nesse processo ao integrar informações fundiárias em contratos inteligentes, assegurando que apenas áreas devidamente regularizadas sejam utilizadas para a geração de créditos de carbono, reduzindo riscos legais e administrativos.

Projetos de longo prazo e sustentabilidade contratual

A longevidade dos projetos de crédito de carbono é um desafio significativo, uma vez que muitos contratos possuem duração superior a 30 anos. A tecnologia blockchain possibilita a automação de cláusulas contratuais, reduzindo o risco de litígios e garantindo maior previsibilidade para produtores rurais e investidores. Esse modelo de gestão facilita a execução dos contratos e incentiva a adesão de novos participantes ao mercado.

Impactos econômicos e oportunidades para pequenos produtores

Outro aspecto relevante desse mercado é o impacto econômico para pequenos e médios produtores rurais. Projetos de crédito de carbono oferecem uma nova fonte de receita, monetizando a preservação ambiental e o manejo sustentável. Estudos indicam que a comercialização de créditos pode representar até 20% do faturamento anual de pequenas propriedades, sendo especialmente relevante em biomas como o Cerrado e o Pantanal, onde a conservação desempenha um papel fundamental na manutenção dos ecossistemas.

Desafios e perspectivas futuras

O avanço desse mercado depende de uma abordagem integrada entre governo, setor privado e instituições internacionais. A regularização fundiária é essencial para garantir a segurança jurídica dos projetos, enquanto a padronização de metodologias é necessária para atender à diversidade dos biomas brasileiros. Incentivos fiscais também podem ser um instrumento eficaz para estimular a participação de novos atores no setor.

Com um futuro promissor, o Brasil tem a oportunidade de se tornar um dos maiores fornecedores globais de créditos de carbono, contribuindo significativamente para a redução das mudanças climáticas. No entanto, para que esse potencial seja plenamente explorado, é fundamental planejamento estratégico e colaboração multissetorial.

Informações: Portal do Agronegócio.

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MS Florestal abre vagas de emprego em Bataguassu, Santa Rita do Pardo e Água Clara (MS)

Mato Grosso do Sul, 28 de fevereiro de 2025 – A MS Florestal, empresa genuinamente sul-mato-grossense na área especializa de florestas plantadas, está com vagas abertas para operador de máquinas e equipamentos, supervisor de silvicultura, assistente de qualidade florestal, supervisor de monitoramento florestal, técnico (a) de qualidade florestal e vagas para auxiliar de serviços de campo.

As vagas são ofertadas nas cidades de Bataguassu, Água Clara e Santa Rita do Pardo. Seis oportunidades são para operador de máquinas e equipamentos II.

Para estas vagas, é necessário ter ensino fundamental completo e CNH categoria B, com disponibilidade para atuar em Bataguassu e Santa Rita do Pardo. Além disso, a MS Florestal oferta duas vagas para supervisor de silvicultura com atuação em Bataguassu. O candidato precisa ter curso técnico florestal ou superior completo em área correlata, além de CNH categoria B, disponibilidade para viagens, conhecimento na área de silvicultura e já ter atuado com gestão de pessoas.

E oportunidade para coordenador de Silvicultura, para cidade de Bataguassu, sendo necessário curso superior completo, disponibilidade para viagens, conhecimento em silvicultura, habilidade com gestão de pessoas, e CNH B.

Também há seis vagas para assistente de qualidade florestal em Bataguassu e Água Clara. Os requisitos são: ensino médio completo, sendo desejável: nível técnico na área florestal e correlata; habilitação de motorista em categoria B (automóvel). Conhecimento na área florestal, em monitoramento de pragas e doenças; disponibilidade para residir em Bataguassu. Há ainda contratação para posição de auxiliar serviço gerais de campo, para cidade de Água Clara, é necessário residir no munícipio, ter ensino fundamental completo, e disponibilidade para trabalhar no campo.

São 20 vagas disponíveis para região. A MS Florestal oferta ainda vagas para técnico de Operações Florestais I, II e III. Os requisitos são: curso técnico florestal completo em área correlata, CNH B, disponibilidade para residir em Bataguassu, disponibilidade para viagens e conhecimento na área de Silvicultura.

Os interessados podem se inscrever nas vagas pelo e-mail: RHTalent_MSFC@msfc.com.br. Mais oportunidade em Bataguassu Já para as vagas de auxiliar de serviços gerais de campo, as entrevistas estão sendo realizadas presencialmente toda quarta-feira, na Casa do Trabalhador de Bataguassu.

Para isso, é preciso que o interessado leve o currículo em mãos para participar do processo seletivo.

Sobre a MS Florestal

A MS Florestal é uma empresa sul-mato-grossense que fortalece as atividades de operação florestal do Grupo RGE no Brasil, um conglomerado global com foco na manufatura sustentável de recursos naturais. Especializada na formação de florestas plantadas e na preservação ambiental, além do desenvolvimento econômico e social das comunidades onde atua, a MS Florestal participa de todas as etapas, desde o plantio do eucalipto até a manutenção da floresta. Para mais informações, acesse: www.msflorestal.com

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