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Eldorado Brasil teve lucro líquido de R$ 1,096 bilhão em 2024

EBITDA ajustado cresceu 24% e Margem EBITDA foi 5,4 p.p. acima do ano anterior

São Paulo, 25 de fevereiro de 2025. A Eldorado Brasil Celulose encerrou 2024 com um lucro líquido de R$ 1,096 bilhão. No cálculo de 12 meses, o EBITDA ajustado cresceu 24%, de R$ 2,6 bilhões para R$ 3,2 bilhões. A margem EBITDA foi de 51,4%, superando os 46% realizados em 2023. A companhia também encerrou o ano com R$ 1,091 bilhão em fluxo de caixa livre.

A produção de celulose ficou em 1,786 milhão de toneladas, um novo recorde para anos com parada geral para manutenção. As vendas foram de 1,758 milhão de toneladas no ano.

“O ano de 2024 foi marcado por um desempenho sólido da Eldorado com números de produtividade positivos em todas as áreas, que contribuíram para que terminássemos o ano com lucro”, diz Fernando Storchi, CFO da Eldorado.

Redução de 20,6% na dívida

A Eldorado também reduziu sua dívida líquida, que encerrou o ano em R$ 966 milhões, uma queda de 20,6% na comparação com o fechamento de 2023. Em dólares, a dívida líquida encerrou o ano em US$ 156 milhões, redução de 37,8%.

Como reflexo, a alavancagem da companhia recuou para 0,29 vez no ano, frente a 0,46 vez no fechamento do ano anterior.

Confira aqui a íntegra do Relatório de Resultados do 4T24.

SOBRE A ELDORADO BRASIL

A Eldorado Brasil Celulose é reconhecida globalmente por sua excelência operacional e seu compromisso com a sustentabilidade, resultado do trabalho de uma equipe qualificada de mais de 5 mil colaboradores. Inovadora no manejo florestal e na fabricação de celulose, produz, em média, 1,8 milhão de toneladas de celulose de alta qualidade por ano, atendendo aos mais exigentes padrões e certificações do mercado internacional. Seu complexo industrial em Três Lagoas (MS) também tem capacidade para gerar energia renovável para abastecer uma cidade de 2,1 milhões de habitantes. Em Santos (SP), opera a EBLog, um dos mais modernos terminais portuários da América Latina, exportando o produto para mais de 40 países. A companhia mantém um forte compromisso com a sustentabilidade, inovação, competitividade e valorização das pessoas.

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Oregon Tool mira crescimento acima do mercado em 2025, com expansão na América Latina e novos produtos

Mudanças na base de distribuidores foram iniciadas no segundo semestre do ano passado e garantem melhor cobertura no continente. Companhia está presente em 23 países da região

Iniciado no segundo semestre de 2024, o reposicionamento estratégico da Oregon Tool projeta um crescimento de 15% de faturamento na América Latina em 2025. A fabricante de equipamentos e produtos voltados ao segmento florestal e de jardinagem fez uma série de mudanças em sua rede de distribuição para ampliar a cobertura comercial na região. Esse incremento também deve vir do lançamento de produtos ao longo do ano.

“O plano que nós temos para o crescimento da América Latina é agressivo, mas está muito bem estruturado e com ações bem definidas”, explica o vice-presidente de vendas e marketing para a América Latina, Fábio Nardelli. “Ainda temos muito trabalho para que isso aconteça, mas já estamos no momento de começar a colher alguns frutos”, completa.

O crescimento esperado é maior do que o do setor, que fica em torno de 2% a 3% ao ano. Isso porque, segundo Nardelli, o mercado já é muito maduro e estável, sem espaço para aumento de demanda. Ao mesmo tempo, é bastante resiliente a eventuais crises políticas e econômicas, como a que se viu pouco tempo atrás na Argentina, por exemplo. Por isso, a opção foi pela busca de maior market share e incorporação de novos itens no portfólio.

Nova rede de distribuição

Além do Brasil, a Oregon Tool está presente em outros 22 países da América Latina. Com a revisão estratégica dos distribuidores, visando a melhoria de performance, avalia o vice-presidente para a região, a empresa consegue uma maior cobertura nestes mercados já existentes. Os movimentos aconteceram, em especial, em países como o próprio Brasil, além do Peru, Equador e Uruguai. 

“Com os estudos que realizamos, percebemos que embora estivéssemos em todos estes locais, havia regiões em que ainda não havíamos chegado, efetivamente. Fizemos um movimento bem importante no Brasil, que representa 50% do faturamento da empresa na América Latina, e na região hispânica”, relata. Ainda estão previstos alguns outros movimentos semelhantes com o objetivo de otimizar ainda mais essa rede de distribuição. 

Basicamente, foram feitas trocas de distribuidores. Players que não atendiam a algumas exigências da corporação e não estavam tão preparados para os planos de crescimento da empresa foram substituídos por outros com maior potencial. “Esse incremento vem muito da atuação deles ganhando market share”, comenta.

Cronograma de lançamentos

A empresa já deu início, também, ao seu cronograma de lançamento de produtos – outro braço da estratégia de crescimento. Entre os destaques, avalia Nardelli, está a linha de correntes EXL, voltadas para o mercado profissional. “É um produto que agrega muita tecnologia e inovação, e que vem com esse viés de ser o melhor produto para o segmento de corte de árvores do mercado, tornando o trabalho mais eficiente e seguro”, adianta.

Mais novidades ainda devem ser divulgadas ao longo do ano, sempre com o foco em prover soluções para o mercado consumidor, seja ele profissional, semiprofissional ou hobby. “Não somos uma empresa que vende para um público profissional ou específico, nosso negócio é prover soluções cada vez mais completas para o usuário, essa é a nossa missão aqui”, finaliza.

Líder mundial na produção de correntes e sabres para motosserras, a Oregon Tool está presente no Brasil desde o final da década de 1970, com a única fábrica de correntes instalada no Hemisfério Sul, localizada em Curitiba (PR). 

Sobre a Oregon Tool

Líder mundial na produção de correntes e guias para motosserras, a Oregon Tool está presente no Brasil desde o final da década de 1970 com a única fábrica da empresa instalada no Hemisfério Sul, localizada em Curitiba (PR).  Com sede em Portland, Oregon, e uma presença multinacional de fabricação e distribuição, a Oregon Tool vende seus produtos em mais de 110 países sob as marcas Oregon®, Woods®, ICS®, Pentruder®, Merit® e Carlton®. A empresa é a fabricante número 1 do mundo de correntes de serra e barras-guia para motosserras e correntes de diamante para tubos de aço, uma fabricante líder de acessórios para tratores agrícolas e a principal fornecedora de OEM de peças de primeira instalação e de reposição. Saiba mais em www.oregontool.com.

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Arauco destina ‘dois prêmios da Mega-Sena’ para alojamentos de megafábrica

Empresa chilena prevê investimentos de R$ 242 milhões para edificar os abrigos dos trabalhadores, o que equivale a duas vezes o valor do prêmio do Mega que deve ser sorteado neste sábado, estimado em R$ 120 milhões

Publicação desta sexta-feira (21) no diário oficial do Governo do Estado revela que a empresa chilena Arauco prevê investimento de R$ 242 milhões para a construção dos alojamentos dos trabalhadores que vão atuar na instalação da maior fábrica de celulose do mundo, no município de Inocência, na região leste do Estado. 

O valor equivale a dois prêmios da Mega-Sena previsto para ser sorteado neste sábado (22), estimado em R$ 120 milhões, o décimo quarto maior prêmio de sorteio regular da loteria. No sorteio desta quinta-feira foi o décimo primeiro sorteio seguido sem vencedor, o que fez com que o prêmio chegasse ao atual patamar.  

O valor do investimento nos alojamentos supera qualquer obra pública que esteja em andamento hoje em Mato Grosso do Sul, mas representa menos de 1% do empreendimento, da ordem de R$ 25 bilhões, cujas obras de terraplanagem começaram em junho do ano passado e que está prestes a entrar na fase de instalação da fábrica propriamente dita, o que deve acontecer em abril.

Além do investimento nos alojamentos, a empresa chilena terá de destinar ainda R$ 1.173.700,00 a título de compensação ambiental, valor que corresponde a 22.623,36 UFERMS. O dinheiro será repassado ao Governo do Estado. 

A previsão é de que estes alojamentos, com capacidade superior a 1,5 mil vagas, seja construído a cerca de dez quilômetros da área urbana de Inocência e a 40 quilômetros do local onde será instalada a fábrica, às marges da MS-377 e do Rio Sucuriú. 

Atualmente já existe uma série de alojamentos para os trabalhadores, mas próximo da área urbana. É nestes locais que está a maior parte dos cerca de 2,4 mil operários envolvidos nos trabalhos de terraplanagem daquela que será a maior fábrica de celulose do mundo, com capacidade para 3,5 milhões de toneladas por ano. 

No pico das obras, conforme a previsão da multinacional, serão até 14 mil pessoas trabalhando na região e por conta disso estes serão uma pequena cidade que será erguida no meio da área rural, que terá de ser equipada inclusive com redes de água e energia.

Além disso, a previsão é de que na área do alojamento sejam construídos espaços para lazer e  cada ala de alojamentos contará com um pronto atendimento médico. Os casos graves de saúde serão encaminhados para um hospital que está previsto para ser construído no canteiro de obras.

Além disso, a direção da Arauco informou que os trabalhadores terão acesso a planos de saúde suplementar e transporte de emergência, com ambulâncias da própria empresa, para hospitais particulares fora da região, se necessário.

MUDANÇA DE PLANOS

Desde o início dos estudos para implantação do projeto já ficou definido que os operários não ficariam alojados na área urbana de Inocência, segundo informou em maio do ano passado o prefeito Antônio Ângelo Garcia dos Santos, mais conhecido como Toninho da Cofap. À época, porém, ele informou que este alojamento seria próximo ao canteiro de obras. 

Quando da entrega da licença de instalação, tanto o governador Eduardo Riedel, quanto o CEO da Arauco no Brasil, Carlos Altimiris, e o prefeito de Inocência foram  unânimes em afirmar que durante o período de construção a cidade enfrentaria uma série de contratempos nas áreas de saúde, educação, segurança pública, lazer e até habitação. Porém, deixaram claro, não tem como “fazer omelete sem quebrar os ovos”. 

E para tentar reduzir estes transtornos, a Arauco se baseou no caso de Ribas do Rio Pardo e justamente por isso optou em abrigar os trabalhadores fora da cidade.

Mas, o prefeito foi cuidadoso com o uso das palavras para evitar a terceirização das responsabilidades para os trabalhadores e isentar o poder público e a própria multinacional destes encargos.

“Os trabalhadores não vão trazer problemas para a cidade. Eles vão ter lá suas demandas. Nós vamos fazer um trabalho conjunto com a Arauco para que não venham a ter qualquer tipo de problema. Mas esse pessoal ficando na fábrica, é muito melhor para cidade”, afirmou Toninho da Cofap.

Porém, se a cidade de Inocência quer distância dos trabalhadores temporários, faz questão de abrigar os funcionários fixos da futura fábrica, em torno de três mil.

O município criou até mecanismos legais para obrigar os cerca de três mil funcionários da Arauco a morarem na área urbana do município. Uma lei municipal proíbe construção de moradias próximo da fábrica. 

E para tentar reduzir a especulação imobiliária que normalmente acompanha projetos desta magnitude, a Arauco promete construir em torno de 700 casas para abrigar boa parcela de seus futuros funcionários. Terreno para isso já foi cedido pelo poder público. A Suzano construiu 954 casas em Ribas do Rio Pardo.

Sendo assim, os funcionários da futura indústria terão de percorrer em torno de cem quilômetros diariamente para ir e voltar do trabalho. Segundo o prefeito Toninho da Cofap, Inocência criou esta norma temendo ser “engolida” por uma nova cidade que poderia surgir no entorno da fábrica. 

De acordo com o presidente da FETRICOM-MS (Federação dos Trabalhadores na Construção Civil e no Mobiliário de Mato Grosso do Sul), José Abelha Neto, normalmente os alojamentos são para abrigar os trabalhadores são feitos por empresas terceirizadas. 

Em Inocência, porém, a própria Arauco firmou acordo com a Federação e assumiu o compromisso de providenciar as instalações. Com isso, acredita Abelha, o conforto e a estrutura serão de maior qualidade do que em outros grandes empreendimentos. 

MEGAFÁBRICA

A previsão é de que a fábrica, que demandará investimentos de US$ 4,6 bilhões, entre em operação no segundo semestre de 2027. Para ter matéria-prima, cerca de 400 mil hectares de eucaliptos já foram ou serão plantados no entorno. 

Além de celulose, a previsão é de que o Projeto Sucuriú, que ficará às margens do rio como mesmo nome, gere 400 megavats de energia. A metade será consumida pela própria fábrica e o restante será vendido, sendo suficiente para abastecer uma cidade com até 800 mil habitantes. 

VALE DA CELULOSE

Em Mato Grosso do Sul já estão em funcionamento outras três grandes fábricas de Celulose, sendo duas em Três Lagoas e uma em Ribas do Rio Pardo. A primeira, da Suzano, funciona desde 2009. A segunda, controlada pelo grupo J&F, entrou em operação em 2012. A terceira funciona desde julho de 2024, em Ribas do Rio Pardo. 

E, além da unidade de Inocência, existe previsão para construção de uma quinta fábrica, em Água Clara, num projeto da Bracell  que prevê investimentos da ordem de R$ 25 bilhões.

Informações: Correio do Estado.

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Suzano abre seis processos seletivos para atuação nas suas unidades em Mato Grosso do Sul

As inscrições estão abertas para todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, origem, etnia, deficiência ou orientação sexual, na Plataforma de Oportunidades da empresa

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir de árvores plantadas de eucalipto, está com seis oportunidades de emprego em diferentes áreas para atender suas operações em Ribas do Rio Pardo e Três Lagoas (MS). As inscrições estão abertas a todas as pessoas interessadas, sem distinção de gênero, idade, origem, deficiência e/ou orientação sexual, e podem ser feitas por meio da Plataforma de Oportunidades da Suzano (https://suzano.gupy.io/).

Em Ribas do Rio Pardo (MS), há quatro processos seletivos em andamento: Consultor(a) de Segurança da Informação I; Consultor(a) Manutenção I; Mecânico(a) Silvicultura I e Técnico(a) Operações Florestais – Colheita. Para Três Lagoas, são duas vagas abertas: Consultor(a) Excelência Operacional I – Aprendizagem e Técnico(a) Operações Florestais II.

Segue a lista completa dos processos seletivos da Suzano em andamento no estado e os respectivos links para inscrições. Nas páginas, é possível consultar os pré-requisitos de cada vaga, detalhamento da função e benefícios ofertados pela empresa.

Ribas do Rio Pardo

Consultor(a) de Segurança da Informação I, inscrições até 21/02/2025: Página da vaga | Consultor(a) de Segurança da Informação I

Consultor(a) Manutenção I, inscrições até 23/02/2025: Página da vaga | Consultor(a) Manutenção I

Mecânico(a) Silvicultura I, inscrições até 26/02/2025: Página da vaga | Mecânico(a) Silvicultura I

Técnico(a) Operações Florestais – Colheita, inscrições até 23/02/2025: Página da vaga | Técnico(a) Operações Florestais – Colheita

Três Lagoas

Consultor(a) Excelência Operacional I – Aprendizagem, inscrições até 23/02/2025: Página da vaga | Consultor(a) Excelência Operacional I- Aprendizagem

Técnico(a) Operações Florestais II, inscrições até 20/03/2025: Página da vaga | Técnico(a) Operações Florestais II

Mais detalhes sobre os processos seletivos, assim como os benefícios oferecidos pela empresa, estão disponíveis na Plataforma de Oportunidades da Suzano (https://suzano.gupy.io/). A Suzano reforça que todos os processos seletivos são gratuitos, sem a cobrança de qualquer valor para garantir a participação, e que as vagas oficiais estão abertas a todas as pessoas interessadas. Na página, candidatos e candidatas também poderão acessar todas as vagas abertas no Estado e em outras unidades da Suzano no País, além de se cadastrar no Banco de Talentos da empresa.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose; papéis para imprimir e escrever; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis sanitários e produtos absorventes; além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender à demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com mais de 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página: www.suzano.com.br.

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MS – “Vale da Celulose”: uma história de sucesso econômico e alguns alertas preocupantes

*Artigo de Celso Foelkel

Produção resultante do diálogo construtivo via WhatsApp entre: Ari da Silva Medeiros; Celso Foelkel; Clóvis Zimmer; Hans-Jurgen Kleine; José Artêmio Totti & Victório Menegotto.

Capítulo 1: Brasil – Um plano econômico setorial que deu muito certo

No início dos anos 1970’s, a produção total e anual de celulose pelas fábricas brasileiras atingia pouco mais de um milhão de toneladas, enquanto as importações desse item pelo país eram mínimas (0,1 milhão/ano). A produção de papel também era discretíssima (1,2 milhão toneladas/ano e importação de 0,2). Na época, o governo federal do Brasil entendeu que os estímulos oferecidos para a produção de florestas plantadas através de seu PIFR – Programa de Incentivos Fiscais ao Reflorestamento (lançado em 1966) precisavam encontrar setores de sucesso garantido para absorção das madeiras que já estavam começando a surgir para consumo. Com muita criatividade e avaliações de potencialidades, o setor de celulose e papel foi um dos setores industriais contemplados para um programa nacional de expansão através do 1º PNPC – Programa Nacional de Papel e Celulose, que surgiu em 1974 como parte do 1º PND – Plano Nacional de Desenvolvimento. O PNPC buscou integrar e estimular investimentos de empresas nacionais e internacionais (Suécia, Japão, Estados Unidos etc.) para alavancar o desenvolvimento do setor brasileiro de celulose e papel, tendo importante apoio do BNDE (atual BNDES) com financiamentos favorecidos. Os focos principais foram dois: conquistar a autossuficiência para que o País não mais necessitasse importar esses produtos e gerar um ambicioso excedente para exportação de celulose (e mesmo de papéis), que no final do século XX pudesse representar 20 milhões de toneladas anuais desses produtos. Mesmo com a criação de um programa nacional para se estimular a produção, consumo interno e exportações, tanto de celulose como de papel, as realidades foram diferentes para esses dois tipos de produtos. O setor de celulose acabou conquistando um desenvolvimento admirado no mundo todo, enquanto o setor de papel cresceu em menor escala, com orientação maior aos mercados domésticos. No ano 2000, a produção brasileira de papéis atingia 7 milhões de toneladas, com forte participação de fibras recicladas para fabricação de papéis de embalagens, impressão e sanitários. Já 1 no ano 2022, a produção de todos os tipos de papéis no País chegou a 11 milhões de toneladas, sendo que desse total, 2,5 milhões foram exportadas. As diferenças de comportamento entre as produções de papel e celulose se devem a fatores mercadológicos e logísticos, burocracias tributárias, dimensão de mercados, legislações, incentivos, licenciamentos e taxa de câmbio. Apesar do sucesso do programa e dos desdobramentos que surgiram ao longo de cinco décadas, a ambiciosa meta inicial não foi atingida, mas o Brasil cresceu e muito, tendo se tornado o segundo maior produtor mundial de celulose, alcançando já em 2022 uma produção de 25 milhões de toneladas de celulose, tanto para produção de papéis como para produtos derivados de celulose (polpas para dissolução). Cresceu em menor escala a produção de papéis, mas ainda assim se atingiram níveis de exportações competitivas e significativas de alguns de seus tipos (impressão e embalagens). Agora, é mais do que certo admitir que a produção anual de celulose do País atingirá em curtíssimo tempo mais de 30 milhões de toneladas, sendo que as florestas plantadas de eucalipto continuarão sendo a principal fonte de matéria-prima fibrosa. Já as expectativas para a produção de papel se concentram atualmente no rápido crescimento da produção, do consumo interno e da exportação de papéis sanitários, uma vez que as projeções para os papéis de impressão são menos estimulantes.

Capítulo 2: Mato Grosso do Sul – A nova fronteira celulósica brasileira

A partir de 2005, com a escassez de madeira em estados como São Paulo, Espírito Santo, Bahia, Paraná e Minas Gerais, o setor de celulose e papel se lembrou das florestas plantadas de eucalipto no estado do Mato Grosso do Sul pela antiga empresa denominada Chamflora (subsidiária da Champion em Três Lagoas), que acontecera durante os anos 1980’s e principalmente 1990’s. O empresa norteamericana International Paper, que recém adquirira a Champion International e consequentemente a Chamflora, tomou a decisão de construir uma planta industrial de papel e celulose justamente no município de Três Lagoas/MS, iniciando assim um novo ciclo econômico e de novas fronteiras geográficas para a produção de C&P no Brasil. Entre negociações envolvendo fábricas e investidores, essa fábrica acabou sendo inicialmente construída pela VCP (Votorantim Celulose e Papel, atualmente Suzano). Surgia assim no Mato Grosso do Sul, poucos anos mais tarde (2009), a primeira linha de fabricação de celulose branqueada de eucalipto para mercado, integrando parte de sua produção para fabricação de papel por uma fábrica interligada da International Paper do Brasil (atualmente Sylvamo). Essa história de crescimento se deve muito à empresa Fibria, que sucedeu a VCP/Aracruz em 2009. A linha de produção de celulose da Fibria em Três Lagoas se demonstrou como uma das mais competitivas da empresa em custos unitários e isso alavancou a ampliação da fábrica (2017) e despertou o interesse de outros atores para atuar na região. A empresa Suzano, que sucedeu a 2 Fibria com a fusão/aquisição em 2018, tem mantido interesse e foco para o crescimento de sua atuação no MS. A oportunidade encontrada pelo setor de produção de celulose em Três Lagoas iniciou todo um processo de expansão desse segmento industrial na região nordeste do estado do Mato Grosso do Sul. Graças aos favorecimentos oferecidos pelos governos municipais e estadual no MS, a partir de 2010, o crescimento de produção de celulose subiu exponencialmente, sendo que em pouco mais de 15 anos a produção aumentou praticamente 8 vezes desde a fábrica original da Fibria em 2009. E as perspectivas são de aumentos ainda maiores em curto espaço de tempo. Em 2028, o estado do MS deterá quase 40% de toda a produção brasileira de celulose, sendo que ao final da década essa participação poderá ser ainda maior em função de dois potenciais novos projetos sendo estudados e anunciados.

Capítulo 3: “Vale da Celulose” – Um sucesso empresarial e uma preocupação inquietante

O MS é um estado brasileiro jovem e dinâmico, cujos governantes (atual e predecessores) apostaram na simplicidade administrativa e na busca de investimentos para a fortaleza maior do estado: o agronegócio. Em termos de culturas anuais e produtos derivados da zootecnia, a área ocupada pelo agronegócio com soja, milho, cana-de-açúcar, algodão, trigo e carnes chega a atingir quase 8 milhões de hectares. Esse crescimento tem sido conseguido em um ritmo até certo ponto alucinante, difícil de ser encontrado em outros estados brasileiros. Outro setor com crescimento muito rápido tem sido o da silvicultura, com quase 1,5 milhões de hectares de florestas plantadas, principalmente com eucaliptos. O estímulo a todo esse crescimento tem sido conseguido com menos burocracia, mais dinamismo e garantias de credibilidade aos investidores. O estado encontrou em treze municípios de sua região nordeste um local ideal para que a silvicultura ocupasse terras de baixos preços, topografias que permitem intensa mecanização e escoamento da produção via ferroviária, fluvial e rodoviária. Os municípios que vêm sendo alvo dos investimentos em plantações florestais e construção concomitante de fábricas de celulose/papel ficam próximos à capital do estado (Campo Grande) e possuem uma área total de aproximadamente 8 milhões de hectares. Como vantagem adicional, fazem parte da bacia hidrográfica do grande e majestoso Rio Paraná, sendo que diversas dessas municipalidades margeiam esse rio. Em função do crescimento rápido e das potencialidades da região, ela foi denominada de “Vale da Celulose”, abrangendo os seguintes municípios: Três Lagoas, Selvíria, Brasilândia, Ribas do Rio Pardo, Água Clara, Inocência, Bataguassu, Paranaíba, Santa Rita do Pardo, Nova Andradina, Cassilândia, Aparecida do Taboado e Anaurilândia. Admitindo o potencial de crescimento na produção de celulose para os próximos anos, a região vai necessitar de aproximadamente 2 milhões de hectares (ou ainda mais) de plantações de eucaliptos para abastecer todas as atuais e possivelmente 3 novas unidades produtivas. Isso corresponderá a 20% de toda a área geográfica do “Vale da Celulose” sendo ocupada pelas efetivas plantações florestais de eucalipto, lembrando ainda que as fábricas de celulose devem também destinar áreas para garantir a qualidade ambiental das plantações em formato de mosaicos sustentáveis. Muito possivelmente, as áreas geográficas de algumas dessas cidades terão acima de 50 a 60% com ocupações pela silvicultura. Ou seja, uma concentração geográfica inusitada e preocupante para uma concentração genética igualmente inquietante em função de ser matéria-prima florestal de um único gênero de árvores e adicionalmente, de clones. Além disso, essa mesma região continuará a ter áreas ocupadas por outras atividades produtivas dos atuais produtos do agronegócio. Apesar do regime de chuvas e da qualidade dos solos representarem deficiências a serem gerenciadas e enfrentadas, o setor brasileiro de C&P tem aceitado esses desafios em função da rapidez decisória para liberação dos empreendimentos florestais e industriais, bem como por incentivos atrativos oferecidos pelo estado e municípios. Em resumo: além de uma produção já elevada no momento (cerca de 8 milhões de toneladas de celulose e papel), diversos megaprojetos de novas empresas ou duplicações de linhas existentes estão em construção e outros, em processos de avaliação e estudos de liberação.

Capítulo 4: Algumas verdades inconvenientes

Não existem dúvidas de que as empresas que estão hoje atuando ou interessadas em atuar no “Vale da Celulose” do MS são empresas responsáveis e dotadas de excelentes qualidades e desempenhos florestais e industriais, bem como de comprovadas responsabilidades socioambientais. Todas possuem certificações de manejo florestal sustentável e de adequação dos seus sistemas de gestão ambiental de acordo com os mais rígidos critérios disponíveis. Também temos certeza de que as fábricas de celulose e/ou papel serão construídas no estado-da-arte tecnológico. Ainda que isso tudo seja verdadeiro e que se somem a isso, todos os esforços que as empresas colocarão para o sucesso de seus negócios e de suas operações florestais e industriais, existem algumas verdades inquestionáveis que nos levam, a colocar alguns sinais de alerta para que essas operações possam se consolidar dentro de requisitos de segurança socioambiental e de sucesso empresarial. O objetivo desse artigo de opinião é o de oferecer alguns pontos para reflexão (e ações subsequentes) por parte de todos os atores envolvidos nesse processo de crescimento da base florestal plantada e da produção de celulose no “Vale da Celulose” do estado do Mato Grosso do Sul. Nosso objetivo é o de estimular a que tanto as empresas produtoras de florestas e de celulose/papel, como comunidades e governos se estruturem e tomem ações de monitoramento e de prevenção para algumas fragilidades trazidas por esse modelo de 4 crescimento rápido e concentrado. Tudo isso acontecendo em uma região de dimensões restritas em relação à velocidade desse crescimento.

Alertas a serem gerenciados com muita dedicação e de forma integrada e transparente: “O problema de um pode subitamente virar o problema de todos”

1. Excessiva concentração geográfica de uma base genética restrita de mesmo tipo de vegetal clonado, oferecendo como consequência um aumento de riscos de ataques de pragas e doenças. É inquestionável que a base genética dos clones de eucalipto é muito restrita e necessita tanto de atenção, de adequado manejo e distribuição espacial, bem como de uma diversificação maior com a utilização de outras espécies ou gêneros, seja para produção de celulose ou geração de energia (Corymbia, Acacia, Mimosa, Bambusa, por exemplo). Não existem estudos claros e tampouco legislação pertinente em relação a concentrações geográficas e genéticas de um mesmo gênero florestal e de seus clones com genomas iguais ou muito próximos. Como recomendação adicional, sugere-se ênfase em estudos científicos para melhorar as distribuições de florestas clonais de eucaliptos dentro de cada e entre as empresas atuando na mesma área geográfica.

2. Conflitos pelo uso da água, resultantes de: chuvas escassas, alterações climáticas, outros tipos de usuários do agronegócio e comunidades etc.

3. Riscos de surgimento e com propagação de difícil controle de mega incêndios florestais em função das proximidades das florestas.

4. Crescimento populacional desequilibrado ou fora de controle nas comunidades (e suas consequências).

5. Enorme crescimento na utilização das malhas viárias (estradas, rios, e etc).

6. Escassez na oferta de recursos humanos em termos de qualificação profissional para as empresas. Em resumo, já está mais do que na hora de se iniciarem as ações mitigadoras e os planejamentos proativos para um futuro imediato.

“Boa sorte e sucessos nas medidas que vierem a adotar graças a projetos integrados, compartilhados e com muita transparência entre os atores envolvidos e nas comunicações com as partes interessadas da sociedade.”


*Prof. Celso Foelkel é gerador e compartilhador de conhecimentos sobre aspectos tecnológicos do setor de celulose e papel e florestas plantadas. Websites: https://www.eucalyptus.com.br/ e https://www.celso-foelkel.com.br/.

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Exclusiva – Evento da USP debaterá sobre as novas fábricas kraft na América do Sul

O Symposium on Wood Quality, Pulping and Energy – SWQPE 2025 está com inscrições abertas no site oficial da FEALQ, vagas são limitadas; saiba mais

Nos dias 18 e 19 de março de 2025, o Anfiteatro do Departamento de Ciências Florestais da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo (Esalq-USP) recebe o 2025 SWQPE – Symposium on Wood Quality, Pulping and Energy em Piracicaba-SP. O evento reúne especialistas, professores e ex-professores da USP para debater inovações e perspectivas no setor de celulose, papel, bioprodutos e biorrefinaria.

O Laboratório de Química, Celulose e Energia (LQCE), referência nacional em qualidade da madeira, polpação química e energia há mais de 60 anos – saiba mais sobre o laboratório clicando aqui – é realizador do evento.  A correalização do simpósio fica por conta do Primatera, fundo patrimonial dedicado ao setor florestal e biomateriais. 

O painel 2 da programação do evento trará palestras que abordarão as novas fábricas kraft na América do Sul, bem como sessões voltadas para apresentação de soluções industriais inovadoras com a presença das empresas Valmet, Bracell, CMPC, Paracel, Klabin e Suzano.

Participação de professor da KTH Royal Institute of Technology

O simpósio contará com a participação remota do professor Gunnar Henriksson da KTH Royal Institute of Technology (Suécia) que abordará sobre os mecanismos de polpação kraft e possíveis caminhos a seguir.

Último dia para submissão de trabalhos

As inscrições para o simpósio já estão abertas e podem ser realizadas no site oficial do evento. Interessados em apresentar seus trabalhos têm até o dia 21 de fevereiro de 2025 para submeter resumos. Mais informações podem ser encontradas no site oficial ou pelo e-mail swqpe2025@gmail.com

Serviço:

  • Evento: 2025 SWQPE – Symposium on Wood Quality, Pulping and Energy
  • Data: 18 e 19 de março de 2025
  • Local: anfiteatro do Departamento de Ciências Florestais – ESALQ/USP, Piracicaba/SP
  • Inscrições: disponíveis no site oficial da FEALQ
  • Contato: swqpe2025@gmail.com

Sobre o Primatera

O Primatera é um fundo patrimonial dedicado a fomentar o conhecimento nas áreas de recursos florestais e biomateriais. Sua missão é promover o desenvolvimento de pessoas. Além disso, o Primatera busca fortalecer a ligação entre a academia e empresas globais, contribuindo para a inovação e responsabilidade social nas áreas de biomassa, papel e celulose, bioenergia, biorrefinaria e bioprodutos. Saiba mais para apoiar aqui

Créditos da reportagem: Primatera.

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Identificação da madeira pauta reunião do setor florestal com o Indea

Comercialização segura de espécies florestais nativas de Mato Grosso passa pela correta identificação da madeira. Em busca de alinhamentos técnicos para evitar divergências no reconhecimento das espécies botânicas comercializadas pelo setor de base florestal, o presidente do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem), Ednei Blasius, e o diretor técnico do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), Renan Tomazele, junto com as suas respectivas equipes, se reuniram na manhã desta segunda-feira, 17, na sede do Indea, em Cuiabá.

Blasius defendeu o estreitamento do diálogo com o Indea e ressaltou a importância do setor de base florestal para o desenvolvimento econômico sustentável de Mato Grosso.

Foto: Divulgação

“Trabalhamos para construir alguns procedimentos, evoluir e melhorar a identificação botânica, buscando sempre minimizar erros que possam resultar em apreensões de produtos florestais, muitas são as lacunas entre o licenciamento até o transporte desses produtos, há também implicações pelas metodologias utilizadas na coleta a campo e a de fiscalização. Iremos externar esse assunto também com a Sema (Secretaria Estadual de Meio Ambiente) e Ministério Público Estadual (MPE), destacando a necessidade de realizar um projeto de capacitação de parataxonomistas, a fim de garantir o registro adequado das espécies já coletadas em campo atualizando os herbários. É importante que o setor privado e os órgãos estaduais trabalhem em sincronia para melhorar essa cadeia produtiva que gera tantos empregos”, argumentou o presidente do Cipem.

Na pauta, ficou alinhado que o interessado, deverá enviar amostra ao Indea contendo detalhes como: casca, flores, frutos e outras características observadas no local da coleta da árvore de origem. Além disso, com a localização registrada, será possível avaliar a ocorrência da espécie para a montagem do processo no Sistema Estadual de Produção e Gestão de Documentos Digitais (Sigadoc).

No futuro, quando houver a identificação botânica em um herbário, será possível comprovar a espécie com precisão, permitindo, quem sabe, incluí-la formalmente no processo. Dessa forma, o empresário florestal poderá despachar suas cargas de madeira com mais segurança para os mercados consumidores, reduzindo o risco de interrupções nos postos de fiscalização do Indea. “O objetivo da reunião foi alinhar tecnicamente isso e abrir o diálogo naqueles pontos que a gente ainda tem alguma dificuldade de avançar”, explica Tomazele.

Conforme explicou o engenheiro florestal e coordenador de Defesa de Tecnologia Florestal do Indea, Marcos Antônio Couto Campos, o órgão atua na certificação da madeira e identificação botânica através da macroscopia “Em muitas espécies, identificamos o gênero. Para aquelas espécies que já estão regulamentadas com decretos e portarias, a gente identifica a espécie botânica. Muitas vezes, trabalhamos com a identificação do objeto. Então, alertamos aos engenheiros florestais e ao pessoal de levantamento de campo que realizem esse estudo botânico. Então, nosso trabalho na fiscalização acaba sendo desdobramento da qualidade do serviço no setor de base. Lógico, há necessidade de ajustes e melhorias do banco de dados de informações do Indea, que tentamos fazer através de nossos boletins técnicos, estudos comparando herbários e xilotecas existentes no país, com outros bancos de dados, revisão do Decreto no 571/2011, para ampliar a identificação em nível de espécie, como também a capacitação do setor privado”, detalha.

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Nova iniciativa pode destravar mercado de carbono regulado no Brasil

Um relatório inédito do ICC Brasil e WayCarbon lançado recentemente dá subsídio técnico para o governo federal no desenvolvimento de políticas públicas e aponta caminhos para o uso de créditos de carbono

O fim de 2024 foi marcado pela conquista da tão esperada aprovação do mercado de carbono regulado pelo Senado brasileiro, o que já estava em discussão há pelo menos 10 anos. Ainda com muitas indefinições sobre mecanismos e instrumentos, a estimativa é que este comece a comercializar créditos apenas em 2030. Até lá, as expectativas são altas: o setor pode atingir um valor de US$ 50 bilhões até o final da década e o Brasil pode ter posição de liderança pela sua abundância em soluções verdes, segundo a consultoria McKinsey. 

Pensando em alavancar e destravar aspectos da lei, uma iniciativa fruto da parceria do ICC Brasil (Câmara de Comércio Internacional) e da WayCarbon trabalha desde 2023 para coletar e fornecer subsídios técnicos ao governo federal na elaboração dos próximos passos, por meio da análise de um ‘framework’ do mercado nacional. Com financiamento da UK PACT Brasil, o primeiro relatório foi lançado na quinta-feira (13) e aponta caminhos para a utilização de créditos de carbono, além de garantir a adoção de padrões robustos e alinhados com as melhores práticas internacionais. A análise considerou os sistemas de comércio adotados na Califórnia (EUA), Coreia do Sul e China

Entre as principais recomendações do relatório, estão a definição de critérios rigorosos para a aceitação de créditos de carbono no Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE), priorizando projetos nacionais e setores estratégicos. Além disso, sugere a adoção de padrões de certificação reconhecidos internacionalmente, como VCS e Gold Standard, para garantir a confiabilidade dos créditos.

Para assegurar a integridade e os benefícios socioambientais dos projetos, há a proposta de criação de mecanismos de monitoramento e verificação.

O relatório apoia diretamente o trabalho da Secretaria de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) no levantamento de subsídios para a tomada de decisão sobre aspectos da regulamentação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE).

Rodrigo Rollemberg, Secretário de economia verde, descarbonização e bioindústria na MDIC, disse à EXAME que a criação das estruturas institucionais necessárias para a operacionalização e implementação do sistema é o primeiro passo.Neste sentido, uma das recomendações em destaque é a inclusão de créditos compensatórios offsets (de origem no mercado voluntário) dentro do regulado.  

Este é o primeiro relatório fruto da iniciativa, com o objetivo de levantar informações sobre como estes créditos são gerados no mercado. Um segundo está previsto e deve ser publicado ainda no primeiro semestre de 2025, trazendo como foco a infraestrutura e os registros das compensações.

“As atividades garantem que a construção do mercado de carbono seja baseada em um processo participativo e alinhado às melhores práticas, permitindo um ambiente regulatório mais eficiente e funcional”, destacou Rollemberg. 

Gabriela Dorlhiac, diretora executiva da ICC Brasil, destacou que a regulação já era uma demanda forte do setor privado nos últimos anos e que definir as regras não é algo trivial. “Buscamos não apenas apoiar tecnicamente o governo nessa jornada, mas criar essas pontes de diálogo e cooperação público-privada a fim de acelerar a descarbonização da economia”, disse à EXAME. 

Henrique Pereira, COO da WayCarbon, complementa que o documento faz uma avaliação de outros mercados internacionais com o olhar de integridade, entendendo quais projetos são considerados mais robustos e relevantes. “Isso com o olhar da tecnologia para o contexto do Brasil — um país rico em biomassa, renováveis, etanol e mais — e também pensando em volume e custos“, destacou. 

Por fim, o estudo também enfatiza a necessidade de um engajamento contínuo entre governo, setor privado e sociedade civil para o sucesso da regulamentação. 

O que está em jogo

Na prática, há alguns instrumentos primordiais que estabelecem o mercado de carbono brasileiro. O primeiro deverá definir quais empresas vão ter que reportar suas emissões em inventários e comunicá-las no âmbito federal. Aquelas que ultrapassarem as 20 mil toneladas de C02 por ano vão ser obrigadas a compensar, por exemplo.

Em seguida, entra o mais importante: o chamado plano de alocação. Este ainda precisa estabelecer três regras: uma meta de tempo para a redução das emissões brasileiras, quais empresas deverão participar obrigatoriamente, e em terceiro, em qual proporção cada setor vai contribuir.

Além do volume reportado no inventário, o custo da redução da pegada de carbono por algumas indústrias deverá ser considerado, explicou Henrique Pereira, em entrevista à EXAME. 

“O objetivo do instrumento de mercado é o custo-efetividade. Ao permitir que os agentes regulados comparem custos relativos de redução, ou seja, o valor de reduzir internamente em comparação ao do carbono no mercado, espera-se atingir a meta da maneira mais barata”, disse.Além das empresas obrigadas a reduzir pela lei, o governo também pode optar por aceitar créditos de outras que estão investindo, por exemplo, em reflorestamento ou outros projetos de baixo carbono – esses são chamados de “offsets”, de origem no mercado voluntário

Segundo Henrique, a aceitação de créditos offsets é importante por dois motivos. Primeiro, pois setores como o químico e o siderúrgico, que demandam altos investimentos em infraestrutura e tecnologia, podem encontrar nos offsets uma forma de reduzir o custo efetivo de sua participação no sistema de emissões ao comprar créditos gerados por outros projetos sustentáveis.

Em segundo, por incluir setores não regulados no mercado de carbono, como é o caso do próprio agronegócio, e que ao mesmo tempo podem trazer benefícios ambientais, seja por meio de reflorestamento, conservação de biomas ou energia renovável.

“A lógica é trazer eficiência para o setor industrial. No regulado, o governo não quer saber o que você está fazendo, é mais sobre ter uma meta limite de emissões“, ressaltou Henrique. Enquanto a companhia que for ‘ultrapassar’ este teto poderá optar por comprar créditos no mercado, a que tiver uma ‘sobra’ poderá vender.

No mercado regulado de carbono, os preços dos créditos variam conforme a região e a dinâmica de oferta e procura. No Sistema de Comércio de Emissões da União Europeia, por exemplo, os preços são significativamente mais altos do que no mercado voluntário. Em fevereiro de 2025, os contratos futuros estavam sendo negociados a aproximadamente € 76,59 por crédito (R$ 460,77).

No Brasil, estes valores ainda não foram definidos, devido às brechas que ainda precisam ser regulamentadas na lei. Mas transações significativas já aconteceram no país: a exemplo do estado do Pará, que vendeu créditos de carbono a US$15 (R$ 86,55), valor acima da média do mercado voluntário.

Impacto na meta climática brasileira

A nova Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) divulgada pelo governo brasileiro durante a Conferência de Mudanças Climáticas da ONU (COP29) em Baku, no Azerbaijão, estabeleceu a meta climática de redução entre 59% e 67% das emissões até 2035 – em relação aos níveis de 2005.

A peça-chave para seu cumprimento é alcançar o desmatamento zero, mas o mercado de carbono também pode impulsionar o país de forma mais eficiente e estruturada para agir na mitigação em indústrias altamente emissoras e ao trazer mais projetos verdes.

“Com o compromisso do Código Florestal de zerar o desmatamento ilegal, nós já chegaríamos lá. O plano de energia reduz emissões, mas contribui pouco, assim como outras indústrias”, ressaltou Henrique. 

Práticas internacionais

O relatório destaca que há hoje em torno de 30 mercados de carbono regulados no mundo. Entre os analisados, a China aceita créditos offsets, mas apenas de projetos nacionais.

Já a Europa, maior mercado global regulado, abrange cerca de 40% das emissões totais de gases de efeito estufa da União Europeia e desde 2020, deixou de aceitar os offsets. 

Nos EUA, onde a posse de Trump coloca em xeque políticas de combate à crise climática, não existe um mercado nacional, apenas estaduais. O mais abrangente foi implementado em 2012 na Califórnia e abrange geração de energia, manufatura e distribuição de combustíveis. 

Coreia do Sul adotou o mercado em 2015, e hoje lidera como segundo maior do mundo, contemplando 70% das emissões nacionais. 

Informações: Exame.

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Armac avança no mercado florestal com nova operação em um dos principais polos do Brasil

Companhia expande e diversifica atuação em serviços especializados e locação no Centro-Oeste

Barueri, 18 de fevereiro de 2025 – A Armac, referência nacional na prestação de serviços especializados e complexos e locação de equipamentos, iniciou, neste mês, uma nova operação florestal no Mato Grosso do Sul. O acordo marca o avanço da empresa no setor após a consolidação e estruturação de uma área exclusiva para atender às demandas deste mercado.

A companhia irá atender em Três Lagoas (MS), um dos principais polos florestais do País na atualidade, com construção e manutenção de vias e estradas florestais e todo apoio referente a esse serviço, como construção de pontes, bueiros, ‘mata-burros’ etc. A Armac já é presença importante no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, com quatro estruturas de manutenção nestes dois estados, que apoiam e dão suporte logístico para todas as operações nas regiões que estão no entorno. Além disso, a empresa tem o maior complexo de manutenção da América Latina, no interior paulista, com mais de 300 mil m².

“Operações na região de Três Lagoas são importantes para todo o setor florestal brasileiro. O mercado reúne boa parte das empresas do segmento em um raio de cerca de 300 km desta área”, afirma Bruno Damazo, gerente sênior da Unidade de Negócios Florestais da Armac. Engenheiro florestal formado pela USP, tem mais 15 anos de experiência no setor e assumiu a cadeira na empresa há seis meses.

Mais três estruturas da Armac no estado de São Paulo estão próximas deste núcleo, uma delas em Araçatuba, distante apenas 170 km de Três Lagoas. “É fundamental um suporte de manutenção próximo, para atender com agilidade e eficiência e manter os equipamentos rodando para garantir alta produtividade às operações florestais”, analisa Damazo.

Experiência em serviços especializados e portfólio multimarcas

A entrada em um mercado importante logo no início do ano faz parte da estratégia de uma empresa com um portfólio de soluções para diversas fases importantes das operações florestais. Com especialistas nas equipes comerciais e operacionais (mecânicos, operadores e encarregados), a companhia oferece ao segmento os serviços de abertura e manutenção de vias e estradas, movimentação de eucalipto, toras de madeira e cavaco (biomassa proveniente dos resíduos de madeira), preparo de solo, carregamento e descarregamento de caminhões e combate a incêndios florestais.

Com mais de três anos de experiência em importantes operações florestais no Brasil, como em Guaíba e Pinheiro Machado, ambas no Rio Grande do Sul, a Armac fechou 2024 atuando em 13 grandes projetos do setor, espalhados por cinco estados, mobilizando mais de 100 equipamentos e 125 colaboradores. O mercado está em expansão no Brasil: só no ano passado, foram plantadas mais de 10,2 milhões de hectares de florestas em todo o País, segundo o relatório da IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores).

“Estamos prontos para atender um setor que se mostra cada vez mais importante para a economia brasileira. Temos expertise para trabalhar com excelência e segurança em todo o mercado florestal, com serviços essenciais para o bom funcionamento das operações. Trabalhar em APPs (áreas de preservação permanente) exige conhecimento técnico e uma frota de equipamentos em excelentes condições e com a manutenção em dia”, salienta Damazo.

A companhia coloca à disposição do segmento a maior frota de equipamentos multimarcas do Brasil, com mais de 11,2 mil ativos em Linha Amarela (escavadeiras, retroescavadeiras, pás-carregadeiras, rolos compactadores, motoniveladoras, tratores de esteira, linha de compactos, entre outros) e os principais implementos para operações florestais, além de caminhões e empilhadeiras. A frota de caminhões conta com basculantes, de 14, 16 e 20m³, caminhões-pipas de 20 mil litros, modelos muncks, de 25, 33 e 45 toneladas, e comboios, de 6 e 10 mil litros. 

Sobre a Armac

Fundada há 30 anos, a Armac é referência na prestação de serviços especializados e complexos e na locação de equipamentos. Com mais de 11,2 mil ativos de Linha Amarela, caminhões, empilhadeiras e plataformas elevatórias, apoia setores estratégicos da economia brasileira, em operações de mineração, siderurgia, portos e terminais ferroviários, fertilizantes, florestais, agroindústria, indústria, infraestrutura e construção. 

A empresa se destaca pela excelência operacional, eficiência em produtividade e compromisso com a segurança. Conta com uma equipe de mais de 6 mil colaboradores, entre eles mais de mil mecânicos e 2,8 mil operadores e motoristas. Com cerca de 200 operações de longo prazo em todo o Brasil, movimenta anualmente mais de 140 milhões de toneladas de materiais, entre minérios, fertilizantes, biomassa, açúcar, sal, grãos, enxofre, metais, madeira, produtos industrializados, alimentos, bebidas, peças automotivas, entre outros.

Com um complexo de manutenção de 300 mil m² em Vargem Grande Paulista (SP), o maior da América Latina, e um estoque de R$ 65 milhões em peças e componentes, é referência em serviços de manutenção, com 30 estruturas próprias em todo País, entre oficinas, filiais e apoio logístico. Além disso, a companhia possui lojas de seminovos Cotia (SP), Betim (MG), Rondonópolis (MT), Feira de Santana (BA) e, em breve, São José dos Pinhais (PR), além de outras unidades que serão abertas ao longo de 2025.

Listada no Novo Mercado da B3, a companhia adota as melhores práticas de governança corporativa e continua expandindo suas operações para apoiar as pessoas que constroem o Brasil.

Saiba mais na página de notícias: www.armac.com.br/noticias

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Suzano fecha 2024 com mais de 1,2 mil contratações em Três Lagoas (MS) e região

No ano passado, a companhia intensificou a iniciativa Você na Suzano, com o objetivo de tornar os processos seletivos mais acessíveis à comunidade por meio de mutirões realizados em bairros da cidade

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir de árvores plantadas de eucalipto, fechou 2024 com mais de 1,2 mil contratações para atender as operações florestais e industriais da Unidade Três Lagoas (MS). Ao longo do ano, foram realizadas 1.079 contratações no setor florestal e preenchidas 140 vagas na indústria em Três Lagoas e municípios da região para atender às operações da unidade.

De acordo com Mônica Catânia, gerente de Gente e Gestão da companhia, as novas contratações refletem o cenário econômico de Mato Grosso do Sul, principalmente a região Leste, e a maturidade alcançada pela unidade de Três Lagoas. “Mato Grosso do Sul, especificamente a região leste, vive um novo momento de aquecimento do mercado de trabalho, do qual nós da Suzano temos muito orgulho de fazer parte. Fomos uma das primeiras empresas a apostar no potencial do Estado e seguimos gerando centenas de vagas, reforçando o nosso compromisso com a valorização da mão de obra local, desenvolvimento sustentável da região e promoção da equidade de oportunidades”, destaca.

Cerca de 400 vagas foram ocupadas por mulheres, o que representa 33% das contratações realizadas no ano passado. Atualmente, a Unidade de Três Lagoas mantém cerca de 6 mil postos de trabalho diretos, entre próprios e terceiros. Considerando somente o total de colaboradores(as) próprios(as), 61,9% dos postos de trabalho são ocupados por pessoas negras. A unidade emprega também 145 pessoas com deficiência nas operações industriais e florestais. Somente no ano passado, foram contratadas 60 pessoas com deficiência para atuarem em todas as áreas da empresa, com destaque para as atividades de Silvicultura, Viveiro de Transição e Logística Florestal.

“Está nos compromissos de Renovar a Vida da companhia tornar as operações mais diversas. Para isso, todas as nossas ações de atração de novos talentos são traçadas visando promover cada vez mais a igualdade e equidade de oportunidades, o que inclui iniciativas visando promover a formação e qualificação profissional da comunidade local para o mercado de trabalho. Dentre elas, podemos destacar o Programa Escola de Motoristas, Programa Cultivar e o Somar PCD e Mulheres, que visam ofertar a profissionalização da mão de obra local e, consequentemente, promover o desenvolvimento sustentável da região”, acrescenta Mônica.

Somente por meio do Programa Cultivar de qualificação profissional foram três turmas abertas em 2024, uma delas ainda em andamento, nos municípios de Itapura (SP), Bataguassu, Brasilândia e Três Lagoas, totalizando 65 pessoas capacitadas para o mercado de trabalho. Em uma das formações, para Operador(a) de Máquinas, das 45 pessoas formadas, 37 foram contratadas pela Suzano após o término do curso.

Já por meio do Projeto Escola de Motoristas Profissionais, em parceria com o SEST/SENAT, foram 32 motoristas qualificados(as) para o mercado de trabalho de logística florestal no ano passado e a terceira turma, com 24 pessoas, deve ser iniciada no próximo mês.

Você na Suzano

Para tornar o processo mais inclusivo e acessível, a Suzano ampliou a iniciativa Você na Suzano no ano passado, levando oportunidades de emprego aos bairros de Três Lagoas, com atendimento presencial e cadastramento de interessados. Nas duas últimas edições do mutirão, realizadas nos bairros Vila Verde e Paranapungá, foram atendidas 264 pessoas.

Entre elas, estava José Eduardo Alves de Melo, 30 anos. O profissional conta que estava desempregado há cerca de três meses quando soube, por meio de um anúncio em um carro de som, que teria a ação Você na Suzano no seu bairro e achou que seria uma boa oportunidade de conseguir a recolocação no mercado de trabalho. Hoje, ele trabalha na Suzano como Mecânico I. “Eu já tinha experiência na área de manutenção. Fiquei muito feliz que deu tudo certo. Já estou trabalhando na Suzano desde a segunda quinzena de dezembro e estou muito animado. A Suzano valoriza os funcionários e proporciona oportunidades de crescimento. Por isso, quero mostrar resultados e fazer uma carreira dentro da empresa”, destaca.

Para José Eduardo, ações como o Você na Suzano são extremamente importantes para aproximar a empresa da comunidade e garantir maior participação da população nos processos seletivos. “A ação é importante porque, por meio dela, até quem não tem acesso à internet fica sabendo e pode participar da seleção”, destaca. A iniciativa deve ser retomada em 2025, com previsão de passar pelos bairros Vila Haro/Vila Guanabara e Vila Santa Rita/Parque São Carlos/Nossa Senhora Aparecida. As datas e locais ainda estão em definição e deverão ser anunciadas pela companhia em momento oportuno.  

Plataforma de Oportunidades

Enquanto isso, as pessoas interessadas em trabalhar na empresa podem conferir as vagas abertas ou se cadastrarem no banco de talentos da unidade por meio da Plataforma de Oportunidades da Suzano (Trabalhe Conosco (suzano.com.br). A página divulga vagas disponíveis em Mato Grosso do Sul e outras regiões do país, permitindo aos interessados filtrar por área de atuação, unidade ou localidade desejada.

Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose; papéis para imprimir e escrever; papéis para embalagens, copos e canudos; papéis sanitários e produtos absorventes; além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender a demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página: www.suzano.com.br

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