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Lendária coruja-murucututu é reintegrada à natureza em reserva da Bracell na Bahia

Ave está entre os 32 animais silvestres recuperados pelo Cetas Salvador e soltos nesta sexta-feira, 1º, em área pertencente à Bracell

Os hábitos noturnos, como os da maioria das aves do seu gênero, os olhos de intenso amarelo, o canto poderoso e sombrio e sua facilidade para se camuflar entre as árvores – a que a torna fácil de ser ouvida, mas difícil de ser avistada – alimentam o mistério em torno da coruja-murucututu. Tanto que o escritor e folclorista Luís da Câmara Cascudo a retratou como aquela que, segundo a lenda indígena, é invocada para dar seu sono às crianças que demoram a dormir. E é um exemplar da murucututu, de nome científico Pulsatrix perspicilata, está entre os 32 animais silvestres reintegrados ao meio ambiente nesta sexta-feira, 1º, no Projeto Cachoeira, reserva ambiental pertencente à Bracell no município de Entre Rios.

“Além da beleza estética, a murucututu, como outras aves de rapina, atua no controle de roedores que podem causar doenças, anfíbios e serpentes, sendo considerada um importante bioindicador de qualidade ambiental. Por isso, sua presença no ambiente é tão importante para a dinâmica do ecossistema e para a sociedade”, afirma o biólogo Igor Macedo, especialista em Meio Ambiente da Bracell. A espécie, também conhecida como coruja-de-óculos, mede entre 37 e 55 centímetros e pode ser vista da Bahia até o Rio Grande do Sul e ainda em regiões do Paraguai e Argentina.

Os demais animais reinseridos na natureza foram 10 jiboias (Boa constrictor), uma cobra-cega (Amphisbena vemicularis), uma cascavel (Crotalus durissus), uma jararaca (Bothrops sp.), seis sariguês-orelhas-pretas (Didelphis aurita), dois cágados-pescoço-de-cobra (Mesoclemmys tuberculata), um cágado-de-barbicha (Phrynops geoffroanus), duas corujinhas-do-mato (Megascops choliba), dois gaviões-carcará (Caracara plancus); dois gaviões-carrapateiros (Milvago chimachima), um gavião-pernilongo (Geranospiza caerulescens), um iguana-verde (Iguana iguana) e um socozinho (Butorides striata).

A soltura foi realizada por uma equipe do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) de Salvador, órgão vinculado à Secretaria de Meio Ambiente da Bahia (Sema) com apoio de técnicos da Bracell.

O Projeto Cachoeira foi escolhido para a soltura por ter condições naturais adequadas para acolher as espécies. A propriedade, parcialmente utilizada pela Bracell para o cultivo de eucalipto, tem uma importante área de reserva ambiental banhada pelo rio Sauípe e foi certificada pela Secretaria de Meio Ambiente como Área de Soltura de Animais Silvestres (Asas). Além dessa unidade, a Bracell possui mais duas Asas: o Projeto Sergipe, em Jandaíra, e a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Lontra, em Entre Rios e Itanagra.

Sobre a Bracell

A Bracell é uma das maiores produtoras de celulose solúvel e celulose especial do mundo, com duas principais operações no Brasil, sendo uma em Camaçari, na Bahia, e outra em Lençóis Paulista, em São Paulo. Além de suas operações no Brasil, a Bracell possui um escritório administrativo em Cingapura e escritórios de vendas na Ásia, Europa e Estados Unidos.

www.bracell.com

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Grupo chileno CMPC busca startups

No Brasil, o programa do grupo chileno deve priorizar o setor logístico

CMPC, grupo chileno especializado na fabricação de celulose e papel, lançou o CMPC Ventures, projeto para se aproximar de startups que possam impactar sua cadeia produtiva e estejam alinhadas às práticas de governança ambiental, social e corporativa (ESG, na sigla em inglês).

No Brasil, o foco inicial é otimizar e modernizar o transporte de celulose e madeira, que atualmente é feito por vias fluviais e terrestres. Para isso, a fábrica de Guaíba, no Rio Grande do Sul, está selecionando startups locais e do restante do Brasil.

“As startups já nasceram em um ecossistema alicerçado na inovação e poderão nos acompanhar nesta jornada de evolução e transformação, com o objetivo de aperfeiçoar processos que irão refletir no uso racional de recursos e colaborar ainda mais com a preservação do meio ambiente”, explica Mauricio Harger, diretor-geral da CMPC no Brasil.

Fundada em 1920 em Puente Alto, no Chile, a CMPC tem 48 plantas industriais em oito países, incluindo o Brasil, onde está presente desde 2009. Anualmente, a empresa produz 2 milhões de toneladas de celulose com 20 mil colaboradores.

Informações: Fusões&Aquisições.

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