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Setor de Base Florestal no Brasil: pilar da sustentabilidade e da economia

Frank Rogieri, presidente do Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal, destaca a importância do setor para o país

Em 2023, o setor de base florestal no Brasil alcançou um marco significativo, com a produção atingindo expressivos R$ 37,9 bilhões, o que representa um crescimento de 11,2% em comparação ao ano anterior. Esse desempenho notável não apenas reafirma a relevância econômica da silvicultura, mas também destaca o papel essencial que as florestas desempenham na sustentabilidade ambiental e no desenvolvimento socioeconômico do país.

A silvicultura, prática de cultivo e manejo de florestas, cresceu 13,6%, alcançando R$ 31,7 bilhões. Esse aumento é um indicativo claro de que, quando manejadas de forma sustentável, as florestas podem se tornar uma fonte inestimável de recursos, promovendo a economia e contribuindo para a preservação do meio ambiente. A produção em 4.924 municípios brasileiros evidencia que a atividade florestal está profundamente enraizada na diversidade territorial do país, gerando emprego e renda em diversas comunidades.

É importante ressaltar que, embora a extração vegetal tenha permanecido estável, com um valor de R$ 6,2 bilhões, os produtos madeireiros continuam a ser protagonistas, representando 64,2% do valor total do extrativismo. Este segmento é fundamental para garantir a continuidade das cadeias produtivas ligadas à construção civil, móveis e diversos outros setores.

Particularmente, os estados de Mato Grosso e Pará se destacam, respondendo por 62,6% da quantidade total de madeira extraída em tora e representando 79,1% do valor de produção desse produto. Esses números sublinham a relevância econômica dessas regiões e a necessidade urgente de práticas sustentáveis que garantam a exploração responsável dos recursos florestais.

O crescimento do setor florestal deve ser celebrado, especialmente por vir acompanhado de um compromisso firme com a sustentabilidade. A implementação de práticas que promovam o manejo florestal responsável e a recuperação de áreas degradadas é vital. A integração de tecnologias e inovações na silvicultura pode potencializar ainda mais a produção, minimizando os impactos ambientais e promovendo um ciclo de produção que beneficie tanto as comunidades quanto o ecossistema.

Em conclusão, o setor de base florestal no Brasil não é apenas uma potência econômica, mas também um elemento crucial na luta contra as mudanças climáticas e na conservação da biodiversidade. A valorização e o investimento nesse setor são fundamentais para um futuro sustentável, onde a prosperidade econômica se alinhe com a preservação ambiental. Que 2023 seja apenas o início de um ciclo promissor para as florestas brasileiras, reconhecendo seu valor e seu potencial inexplorado.

Informações: Portal do Agronegócio.

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FNBF fortalece representação, promoção do setor e do manejo florestal sustentável

O Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF) tem sido uma voz ativa em todos os avanços registrados em nível nacional do setor. Ao atuar fortemente nas negociações de leis, normas e decretos em colaboração com os órgãos municipais, estaduais e federais, a entidade acompanha de perto todas as atividades relacionadas aos âmbitos trabalhista, ambiental e social, com o objetivo de garantir que o setor possa exercer suas atividades com segurança, dignidade e respeito, em conformidade com a legislação.

Além de seu papel fundamental na defesa do setor de base florestal, o FNBF oferece suporte às empresas associadas em suas demandas junto aos órgãos competentes, garantindo um canal eficaz de representação. “Nosso trabalho sério resultou na construção de uma interlocução firme com os mais diversos órgãos, o que faz com que nossas demandas sejam analisadas e debatidas, criando condições para soluções efetivas”, destaca o presidente do Fórum, Frank Rogieri.

Paralelamente ao trabalho voltado à legislação, o FNBF atua no sentido de desmistificar o manejo florestal sustentável. Por meio do “Dia da Floresta”, a entidade mostra na prática como funciona o processo, com a remoção de árvores específicas, o que assegura a renovação da floresta. Convidados de todo o Brasil e do exterior acompanham todas as etapas deste processo, desde a escolha da madeira, medição, corte, colheita e transporte até a chegada do produto à indústria.

Em uma frente complementar, o Fórum trabalha ativamente na promoção do mercado nacional e internacional de madeira, em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e outras entidades de renome. O objetivo é impulsionar o consumo de madeira sustentável, por meio de eventos nacionais e participação em eventos internacionais.

“Promovemos eventos nacionais e participamos de grandes eventos internacionais para promover o uso da madeira oriunda do manejo florestal sustentável, mostrando inclusive que esta é a melhor forma de preservação das nossas florestas. Estes eventos são muito importantes e resultam na apresentação do nosso produto e na realização de negócios com importantes mercados consumidores”, ressalta o presidente do Fórum.

Um exemplo recente dessa iniciativa é o evento “Madeira Sustentável – o futuro do mercado”, que neste ano teve sua segunda edição. Realizado no Rio de Janeiro, o evento reuniu centenas de profissionais da construção civil e do comércio de madeira, funcionando como uma plataforma crucial para promover o da madeira oriunda do manejo sustentável, refletindo o compromisso contínuo da entidade em fomentar o setor.

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Setor de base florestal reivindica crédito para custeio de manejo sustentável

Custeio de manejo florestal com recursos do Plano Safra é um caminho para Mato Grosso e o Brasil contribuírem com o cumprimento da agenda global de conservação da vegetação nativa, proteção ambiental e mitigação das mudanças climáticas. Para avançar nas tratativas sobre crédito para atividades de desenvolvimento socioeconômico sustentável, o setor de base florestal representado pelo presidente do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem), Ednei Blasius, participou de reunião com o gerente de Soluções da Diretoria de Agronegócios do Banco do Brasil (BB), Guilherme Galvani, na terça-feira (05), no município de Alta Floresta, localizado a 803 quilômetros ao norte de Cuiabá.

“Tivemos uma reunião de alinhamento com a diretoria do Banco do Brasil e com empresários produtores de madeira para discutir a inclusão de linha de crédito de custeio para Planos de Manejo Florestal Sustentável (PMFS) no Plano Safra”, explica Blasius, observando que a equipe técnica do BB teve a oportunidade de conhecer o potencial e lastro da cadeia produtiva florestal. “A reunião teve esse cunho de obter informações sobre o setor para construir soluções”, resumiu Galvani. Empresário do setor de base florestal, Edwin Brack destacou a iniciativa do Cipem em buscar fortalecer os mecanismos de crédito bancário. “É um trabalho muito importante para cadeia produtiva de base florestal”, defendeu.

Atualmente o financiamento de investimentos em manejo dos recursos florestais está previsto no RenovAgro – antigo Programa ABC – mediante prazo de até dois anos para pagamento nas operações de crédito e taxas de juros em torno de 7% ao ano (a.a.). A linha Renovagro Ambiental é uma das 3 modalidades de crédito que compõem o Programa Renovagro. Além de atividades de manejo florestal, financia a recomposição de reservas legais e áreas de proteção permanentes (APP) das propriedades.

Na vigência do Plano Safra 2023/2024 foram liberados R$ 1 bilhão para produção sustentável por meio da Linha Renovagro. A quantia equivale a 17% do montante total de R$ 5,8 bilhões emprestados para Mato Grosso durante os 5 primeiros meses do atual Plano Safra, informa o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Somente o Banco do Brasil aumentou em 231% o desembolso para investimento na atividade de manejo florestal no Estado, liberando R$ 5,1 milhões no âmbito do Plano Safra 2023/2024, ante R$ 1,5 milhão no mesmo intervalo da edição anterior.

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Para avançar em novos mercados, setor de base florestal de MT precisa seguir unido

Para seguir ganhando mercado, no Brasil e no exterior, o setor de base florestal de Mato Grosso precisa seguir organizado e unido. Este foi um dos pontos abordado por representantes do setor, durante a Assembleia Geral Ordinária do Sindicato dos Madeireiros do Extremo Norte de Mato Grosso (Simenorte), realizado na última semana. O evento contou com mais de 60 participantes e integrantes dos órgãos governamentais.

Presente ao evento, o presidente do Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF), Frank Rogieri, ressaltou o fato de o Brasil possuir a maior floresta tropical do mundo, mas estar longe de muitos outros países quando os dados tratam da comercialização de madeira extraída de forma sustentável.

“Temos o projeto de alcançar novos mercados e vamos fazer um investimento para estar em Nantes, na França, no maior evento do setor no mundo. Lá, apresentaremos nossas madeiras nativas, mostrando a sustentabilidade da nossa indústria e a transparência do setor. Precisamos alcançar novos mercados para nos colocarmos entre os maiores”, salientou o presidente do FNBF.

Na mesma linha, o presidente do Simenorte, Ednei Blasius, que também comanda o Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem), destacou a importância da assembleia para informações aos produtores, tirar dúvidas e ouvir as demandas.

“Esse é um evento muito importante para o nosso setor. Estamos organizados, com produtos de procedência e a assembleia é o momento em que podemos dialogar, construir novas pautas e ter um processo de melhoramento contínuo. Precisamos trabalhar unidos para buscar novos mercados”

A atuação do setor de base florestal seguirá com o apoio da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), informou o presidente da entidade, Silvio Rangel. “Este é um setor que gera muita riqueza, muito emprego e a Fiemt seguirá apoiando o Simenorte em suas ações que visem o aumento do mercado, sustentabilidade e preservação”.

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