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Setor florestal é um ‘modelo de boas práticas de sustentabilidade’, avalia Mariana Lisbôa, presidente da ABAF

Líder Global de Relações Corporativas da Suzano S.A., a advogada com longa experiência na área ambiental Mariana Lisbôa comemorou os 20 anos da Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF), instituição que preside desde 2022.

Em almoço realizado nesta sexta-feira (12), no Restaurante Amado, ela recebeu convidados da iniciativa privada e de representantes políticos, como o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), o vice-governador da Bahia, Geraldo Júnior (MDB), o prefeito de Salvador, Bruno Reis (União)e o secretário-geral e vice-presidente do União Brasil, ACM Neto.

Em entrevista ao Alô Alô Bahia, Mariana reafirmou a importância do setor florestal para reforçar práticas de sustentabilidade.

“Essa é uma agenda que é uma agenda global e não é nem da iniciativa privada e nem do poder público. Essa é uma agenda mundial. Então, ou agora a gente toma as medidas adequadas e necessárias de modo a participar efetivamente de uma transição por economia de baixo carbono ou não conseguiremos chegar a 2050 com as metas estabelecidas. Então, é muito importante que a iniciativa privada e o poder público estejam sempre de mãos dadas em prol de um mundo melhor para essa e para as próximas gerações”, afirmou.

Com uma área plantada de 667 mil hectares, a Bahia ocupa o 4º lugar no ranking nacional em relação à área com eucalipto no pais, seguindo Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e São Paulo As associadas da ABAF são responsáveis por 74% (492 mil hectares) do total plantado no estado, demonstrando seu protagonismo. Além disso as associadas preservam mais de 380 mil hectares em suas propriedades, desempenhando papel importante na preservação do meio ambiente.

“O que a gente quer mostrar para a Bahia, para o Brasil e para o mundo é que é possível sim unir desenvolvimento à sustentabilidade e cada vez mais os próprios investidores, os próprios colaboradores e a própria sociedade. Irão cobrar isso por parte das empresas. Se durante muito tempo o simples lucro foi suficiente para os próprios acionistas, hoje não é mais. Os próprios acionistas eles querem saber que legado eu vou deixar para essa e para as próximas gerações. É o que a gente chama de transição de capitalismo de shareholders para o capitalismo de stakeholders. Então hoje há uma necessidade muito grande não só de gerar valor mas de se gerar e de se compartilhar valor”, declarou a gestora.

Informações: Alô Alô Bahia.

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Setor florestal dobra a geração de empregos em Mato Grosso, aponta Cipem

Levantamento realizado pelo Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem) aponta que o saldo de empregos com carteira assinada no setor florestal do Estado cresceu 102% no primeiro bimestre deste ano. A abertura de 285 novas vagas formais em janeiro e fevereiro representa mais que o dobro do total acumulado no mesmo intervalo de 2020, ou seja, no período pré-pandêmico, quando alcançou 141 vagas.

O resultado também reverte o desempenho negativo nos dois primeiros meses de 2023, quando 166 postos de trabalho foram extintos nos setores de produção e fabricação de produtos florestais. Atualmente o setor florestal emprega 12.712 pessoas com carteira assinada. Este estoque de empregos representa 9,8% do total de 128.917 trabalhadores ocupados na indústria de transformação no Estado, segundo dados estatísticos do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego.

Para os próximos meses, a tendência é que o setor de base florestal continue demandando mão de obra, segundo o presidente do Cipem, Ednei Blasius. Isto porque as indústrias madeireiras têm buscado o fortalecimento e expansão da produção e comercialização de seus produtos provenientes de áreas de manejo florestal sustentável (PMFS), tanto no mercado nacional quanto internacional.

“Avançamos na criação das normas previstas na Prática Recomendada ABNT, que estabelecem as etapas necessárias a seguir, garantindo assim a criação de um selo de certificação de origem dos produtos, endossado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)”, afirmou confiantemente Blasius. Ele ressaltou que esse trabalho de certificação será realizado em colaboração com a Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt) e a ABNT.

Além disso, o Cipem destacou que promove e participa de eventos nacionais e internacionais que debatem a contribuição do setor de base florestal para o desenvolvimento socioeconômico sustentável. Neste primeiro semestre de 2024 será realizada a 5ª edição do Dia da Floresta, em Alta Floresta. Localizado no bioma Amazônia, a cerca de 800 quilômetros ao norte de Cuiabá, o município mato-grossense sedia, nos dias 20 e 21 de junho, o evento promovido pelo Cipem e que terá participação de representantes do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema), Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF), Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt), dentre outros.

Segundo o Cipem, essa ação irá demonstrar, na prática, as atividades numa área de Manejo Florestal Sustentável, incluindo o processo de conservação da vegetação nativa com a manutenção da biodiversidade, colheita e transporte de árvores maduras, industrialização da madeira e apresentação do produto acabado, como deck, forro, lambril, entre outros. Essa edição o evento vem com novidade, que é a rodada de negócios promovida pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e FNBF que deverá ocorrer entre 17 a 20 de junho.

Antes disso, no período de 28 a 30 de maio, uma comitiva de empresários da indústria florestal de Mato Grosso associados ao Cipem estarão na feira Carrefour International du Bois – uma das maiores do mundo -, em Nantes, na França. Na feira bienal se apresentam expositores nacionais e internacionais da indústria madeireira, moveleira e de carpintaria.

Os empresários do setor de base florestal vinculados ao Cipem também irão participar da ForMóbile, em São Paulo (SP), considerada a principal feira do setor moveleiro na América Latina, com público estimado em 50 mil visitantes e 500 expositores. A 10ª edição da ForMóbile será realizada no período de 2 a 5 de julho de 2024.

“Temos demonstrado a organização das indústrias de base florestal, que possuem potencial para fornecer produtos sustentáveis, com comprovação de origem, rastreabilidade e qualidade”, destaca o presidente do Cipem, Ednei Blasius. Por ano, são produzidos cerca de 7 milhões de metros cúbicos (m3) de madeira em áreas de Manejo Florestal Sustentável (MFS).

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ABAF completa 20 anos celebrando a construção doPlano Bahia Florestal 2033 com o Governo da Bahia

A Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF) completa, este ano, 20 anos de atuação e, para celebrar as realizações em prol do setor florestal, vai reunir parceiros dos setores público e privado, em almoço no Restaurante Amado, na próxima sexta-feira, dia 12/04.

Entre os convidados que já confirmaram presença, estão o presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira, o senador Jaques Wagner (líder do governo no Senado), o deputado Elmar Nascimento, o vice-governador do Estado da Bahia Geraldo Júnior, o prefeito de Salvador Bruno Reis, o secretário Wallison Tum (Seagri), o secretário Angelo Almeida (SDE), entre outras autoridades.

“Essencial para o setor florestal baiano, a associação representa as empresas e fornecedores do estado em questões de interesse nacional. Como representantes do setor florestal da Bahia, temos a responsabilidade crucial de preservar nosso maior ativo ambiental – nossas florestas plantadas e preservadas – e liderar no manejo sustentável desses recursos. É uma grande honra para mim ocupar a posição de presidente, sendo a primeira mulher a fazê-lo. Liderar uma associação tão respeitada no setor florestal é um privilégio. Neste marco importante, reafirmamos nosso compromisso com a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável do setor florestal na Bahia. Estamos orgulhosos do trabalho realizado até agora e ansiosos pelo que ainda está por vir. Juntos, continuaremos a liderar iniciativas que promovam a sustentabilidade, a inovação e o progresso em nossa indústria”, declara Mariana Lisbôa, presidente da ABAF.

O evento terá sua compensação ambiental realizada pela ABAF que vem se tornando referência nesse assunto. A compensação ambiental se dá por meio do cálculo de carbono emitido pelo evento e do plantio de mudas nativas para sequestrar a quantidade correspondente dessas emissões. “Esta é uma estratégia poderosa para preservar o meio ambiente e combater as mudanças climáticas. Ao adotar essa abordagem, empresas, governos e indivíduos demonstram um compromisso real com a sustentabilidade, contribuindo para a construção de um futuro mais equilibrado e saudável”, informa Lisbôa.

Plano para a Bahia crescer

Na ocasião, a ABAF vai celebrar também a construção do Plano Bahia Florestal 2033, com o Governo do Estado da Bahia, que visa ampliar a área plantada de florestas para fins industriais e, com isso, também estimular os investimentos atuais e atrair novas oportunidades para aumentar o volume de madeira processada no estado. Tudo isso significa, ainda, incrementar as áreas de preservação e outras contribuições ambientais, sociais e econômicas, principalmente no interior do estado, contribuindo com a maior descentralização da economia na Bahia.

De acordo com o diretor executivo da ABAF, Wilson Andrade, o objetivo do plano é ampliar e fortalecer a cadeia produtiva de florestas plantadas para que a Bahia atenda plenamente a demanda de madeira dos mais importantes segmentos da economia do estado (mineração, papel e celulose, construção civil, projetos de energia, processamento de grãos e fibras etc.). “Vamos também intensificar o que já temos feito para o uso múltiplo da madeira e estimular ainda mais a Integração Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF), a diversificação e a sustentabilidade das atividades rurais com a inclusão dos pequenos e médios produtores e processadores de madeira”, completa.

“Essa discussão é oportuna no momento em que cresce a demanda por madeira no Brasil e no mundo. A Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) contabiliza investimentos de R$ 60 bilhões no setor, nos próximos três anos. É preciso que a Bahia esteja preparada para atrair parte desses novos investimentos, seja em ampliações ou novas indústrias. Vale lembrar que o setor de árvores cultivadas produz e conserva, além de gerar riqueza e oportunidades. O desenvolvimento de um plano pode ajudar a tirar travas, incentivar o crescimento econômico, atender a crescente demanda por produtos de madeira, gerando ainda, principalmente no interior, mais empregos qualificados, capacitações, tecnologia, renda, impostos e contribuições ambientais de elevada significância. E, com tudo isso, fazer da Bahia mais uma vez exemplo para todo o país”, explica Mariana Lisbôa.

Para isso, a ABAF está planejando o trabalho em conjunto com um grupo forte e diverso formado por representantes do Governo do Estado (por meio da SDE, Seagri, Sema, Seplan, Seinfra, SDR, Setre, Sefaz, SSP e Casa Civil), da FAEB, FIEB, Sebrae Bahia, MAPA/BA, UPB, Desenbahia, Banco do Nordeste, entre outros.

A ABAF e o setor de base florestal na Bahia – Desde 2004, a ABAF representa institucionalmente a cadeia produtiva de árvores plantadas, do campo à indústria, no estado. Contribui para que o setor florestal baiano se expanda e se desenvolva sobre bases sustentáveis, seja do ponto de vista econômico, ambiental ou social. Trabalha por mais florestas, mais empresas, mais fornecedores, mais serviços e produtos florestais de forma a atender a demandas dos diversos segmentos que utilizam madeira em seus processos produtivos; especialmente: construção civil, papel e celulose, energia, agronegócio (secagem de grãos), carvão vegetal, movelaria, mineração, têxtil, entre outras.

A Bahia tem área plantada de 700 mil hectares e as associadas da ABAF são responsáveis por outros 400 mil hectares de preservação em suas propriedades. As empresas de base florestal intercalam os plantios industriais (sempre em área degradada) com as áreas de conservação. Isto auxilia na manutenção de um solo fértil, no cuidado com a água e na preservação da biodiversidade.

As áreas degradadas na Bahia totalizam 9,4 milhões de hectares, representando um potencial para aumento de até 14 vezes a área atual ocupada com silvicultura. Essa estatística aponta para a possibilidade de expansão significativa do setor florestal no estado, contribuindo com os compromissos brasileiros para a recuperação de áreas degradadas e os acordos de mitigação de mudanças climáticas.

As associadas da ABAF contribuíram com a absorção de 258 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente em 2022. Os setores de produtos florestais têm função importante nas questões climáticas, devido à contribuição para preservação florestal e ao armazenamento de carbono em produtos.

A produtividade média das florestas de eucalipto na Bahia atingiu 30 metros cúbicos por hectare, o que reflete a eficiência e o manejo sustentável adotado pelos produtores florestais. Na Bahia, as florestas plantadas representam 1,2% da extensão territorial do estado, porém são responsáveis por 98% da produção de madeira para a indústria.

A indústria de base florestal é responsável por 6% do PIB estadual e por 5% do total de impostos arrecadados pelos cofres públicos do estado em 2022. Ocupando o 6º lugar no ranking nacional de exportações, o setor florestal se mantém entre os três principais segmentos exportadores do estado.

O setor florestal proporciona benefícios socioeconômicos para mais de 226 mil pessoas de forma direta, indireta e efeito-renda (além de investir em programas socioambientais). Os investimentos das associadas ultrapassaram R$ 2,1 bilhões em 2022, refletindo o compromisso com a modernização e a expansão do setor que ainda promove a inclusão de pequenos e médios produtores, impulsionando atividades rurais diversificadas e sustentáveis.

Informações: ABAF / Imagem: divulgação.

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Setor florestal pode liderar crédito de carbono ‘baseado na natureza’ — será que consegue?

Rabobank aponta que indefinição sobre leis, desconfiança sobre qualidade dos créditos e processos longos de certificação são obstáculos para geração de crédito, cujo potencial é de US$ 50 bilhões até 2030

Antes de realmente ganhar tração, o mercado voluntário de crédito de carbono precisa ultrapassar um obstáculo crucial: ofertar créditos robustos e confiáveis—algo que ainda é limitado e tem deixado os compradores em dúvida. É esta credibilidade que o setor florestal precisa mostrar para liderar esta nova economia no Brasil.

“Metodologias rigorosas e em evolução, legislação incipiente a nível nacional e internacional, além da capacidade limitada de acreditação e certificação de créditos de terceiros respeitáveis são apenas alguns dos obstáculos que o setor precisa enfrentar”, afirma Andrés Padilla, analista de Celulose do Rabobank Brasil, em estudo divulgado nesta quarta-feira, 13.

Para que a estruturação dos créditos tenha aval das certificadoras e possam ser comercializados de forma transparente, um caminho para o Brasil é apostar no critério de ‘soluções baseadas na natureza’ ( nature-based solutions ou NBS, em inglês). De acordo com estimativas da McKinsey, ademanda potencial por créditos advindos do NBS pode chegar a US$ 50 bilhões até 2030.

O Brasil poderia participar com aproximadamente 15% dos créditos, mas para isso precisa— junto com o mundo —driblar as adversidades que vêm se mostrando mais evidentes.

“Chegar nesse patamar de US$ 50 bi será bastante desafiador considerando as condições do mercado hoje: oferta limitada de créditos robustos e certificados, indefinição sobre legislação na maioria dos países, o que atrasa investimentos, confiança menor dos compradores por problemas recentes com a qualidade dos créditos e processos longos de certificação com custos elevados”, afirma Padilla à EXAME.

Quem planta, colhe

Florestas plantadas, dedicadas a segmentos como papel e celulose, “têm o potencial para se tornar ator relevante no mercado voluntário de crédito de carbono como emissores de créditos NBS nos próximos anos”. No Brasil, diferentes formatos de atuação do setor florestal podem contribuir para a credibilidade tão procurada pelos compradores.

De acordo com dados da Forest Trends, organização sem fins lucrativos que rastreia transações de crédito de carbono, as transações de crédito de carbono florestais atingiram US$ 1,3 bilhão em 2021, em comparação com apenas US$ 67 milhões em 2016, e são a maior parcela do mercado voluntário de crédito de carbono.

“Em parte, por isso consideramos que o setor formal de Papel e Celulose poderia se tornar um player relevante nesse mercado, considerando o conhecimento que eles têm no manejo florestal e também pela reputação e solidez institucional das empresas no setor”, diz o analista do Rabobank.

A conversão de terras degradadas para o plantio de árvores comerciais, projetos agroflorestais e integração entre pecuária e floresta são alguns dos formatos de atividade que o setor pode desenvolver, a fim de atender às métricas de NBS e ao mesmo tempo fornecer serviços ecossistêmicos ao ambiente.

Outros projetos que podem produzir resultados significativos em florestas comerciais são fazendas de duplo propósito que podem incluir gado e florestas plantadas comerciais de baixa densidade, por exemplo.

Essas estimativas colocam o Brasil e a Indonésia como os dois maiores locais possíveis para projetos NBS, dadas as florestas existentes e a disponibilidade de terras para conversão em projetos.

Informações: Exame.

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Exclusiva – Clube de Investimentos Ipê: oportunidade para alavancar novas startups do setor florestal

Com aporte financeiro e conhecimento técnico, o Clube de Investimentos Ipê nasce para guiar startups do setor para caminhos de sucesso

O Clube de Investimentos Ipê é afiliado à empresa Filius Venture do Grupo Innovatech. Atualmente composto por oito investidores reconhecidos e renomados no setor florestal brasileiro, o Clube foi fundado em dezembro de 2023, com o propósito de investir em tecnologias disruptivas, visando auxiliar o crescimento e sustentabilidade do setor.

O Clube nasce com o objetivo de investir em startups do agronegócio (Agtechs) com direcionamento para o setor Florestal, que estejam em estágios Early Stage ou Serie A de captação de investimentos.

Para o time do Clube Ipê, a sustentabilidade é um dos principais pilares para o crescimento do setor.

O seu maior diferencial são os investidores, todos com grande conhecimento do setor, experiência executiva em empresas multinacionais e disponibilidade para atuar ativamente no direcionamento das startups. O Clube também possui a capacidade de testar tecnologias em áreas de plantio, podendo auxiliar as startups em testes de Provas de Conceito (POCs).

Definição & escolha de projetos

O Clube vai selecionar startups com base em critérios consolidados no mercado de Venture Capital:

  • Mercado (se há mercado identificado para aquele produto ou serviço fornecido);
  • Pessoas (qual a composição de pessoas, bem como capacidade técnica e comportamental da equipe);
  • Processos (qual a maturidade de processos e indicadores utilizados para tomada de decisão);
  • Governança (relacionamento entre fundadores, papeis e responsabilidades, documentos societários);
  • Financeiro (saúde financeira daquela startup e para que o investimento será utilizado).

A redação do Mais Floresta (www.maisfloresta.com.br), falou com João Comério, investidor do Clube de Investimentos Ipê e sócio fundador do Grupo Innovatech e José Totti, investidor e líder do Comitê de M&A do Clube de Investimentos Ipê, que com entusiasmo demonstraram conhecimento sobre o tema e que estão prontos para acompanharem e direcionarem as startups.

Investidores do Clube, José Totti e João Comério.

Como foi o processo de convidar os  investidores para o Clube de Investimentos Ipê?

“A ideia de montar o Clube nasceu através de uma conversa na qual identificamos algumas lacunas existentes no setor. A primeira delas era que ainda não existia um clube específico de investimentos para o setor florestal.”

“A segunda lacuna identificada, é a necessidade de desenvolvimento do setor com mais inovação e capacitação de pessoas. Startups formam líderes, empresários e empreendedores que muitas vezes precisam de uma ajuda financeira e/ou mentoria técnica/comercial para começar.”

“Então, amadurecemos a ideia para abrirmos o Clube. A princípio, listamos alguns nomes de amigos com ampla atuação no setor. Estes profissionais também possuem alto senso de inovação e grande interesse em evoluir o setor florestal.”

“Quando falamos em inovação, falamos não somente em novas tecnologias, falamos do ‘novo’, do avanço em serviços e produtos, de gestão de pessoas, de sistemas e processos e também de sustentabilidade e temas socioambientais, como captura de carbono e preservação de biodiversidade. Assim, pretendemos ‘pulverizar’ um pouco mais de nosso conhecimento em inovação para diversos segmentos, não somente direcionando para papel e celulose, por exemplo, pois queremos atuar com uma capilaridade maior dentro do setor de florestas plantadas.”

Qual o objetivo principal do Clube ao investir em Agtechs?

“Nosso principal intuito é contribuir para o mundo da inovação em startups do agronegócio, com direcionamento principal para o setor de florestas plantadas. Captamos recursos com pessoas conhecidas e influentes desse segmento. Queremos incentivar empreendedores que estão iniciando seus projetos, para que tenham uma jornada de sucesso, com benefícios e ganhos mútuos.”

“Acompanharemos a maioria das startups investidas por nós por pelo menos cinco anos. Acreditamos que este é o período suficiente para as startups terem projetos evoluídos e atuação mais consolidada no mercado.”

“Prazos de investimentos preestabelecidos, mentoria, suporte técnico robusto, para que os empreendedores tenham posteriormente um plano de gestão bem estabelecido e concreto, faz parte de nossa missão.”

Como o grupo de investidores do Clube enxerga a evolução das Agtechs no Brasil? O que precisa melhorar?

“Já existem algumas Agtechs que conseguiram escalar e que possuem produtos e serviços conhecidos no mercado. Porém, em nosso setor (florestal) é raro encontrarmos algo direcionado… A área de sensoriamento remoto talvez tenha sido a que mais tenha avançado até o momento. Nesse sentido, estamos dando os primeiros passos para agregar mais inovação no setor..”

Qual o olhar que o Clube de Investimentos Ipê tem para o cenário econômico do setor de base florestal para 2024?

“Vemos que o setor está em consolidação. Questões socioambientais e de redução de carbono, por exemplo, estão cada vez mais relevantes. Em contrapartida, o setor tem vivido uma inflação muito maior que a capacidade de reposição através de ganhos de produtividade. Assim, temos tópicos emergenciais para atuação e precisamos pensar no médio e longo prazo do setor.”

“As empresas e áreas florestais no país estão crescendo muito, o setor de florestas plantadas já é um dos pilares da economia brasileira e constantemente pede novidades em novos produtos e tecnologias.”

Quais são as principais metas do Clube para 2024? E para os próximos anos?

“A meta do Clube de Investimentos Ipê a curto prazo é encontrar parceiros estratégicos que auxiliem no seu posicionamento de mercado, bem como as primeiras startups para investimento. A longo prazo é se consolidar e ser reconhecido no mercado de Inovação e Venture Capital no setor do agronegócio, fomentando a sustentabilidade e gerando retorno para investidores e empreendedores.”

Time de investidores do Clube

Composto atualmente por oito investidores com know how na área florestal e amplo conhecimento técnico e executivo, o Clube de Investimentos Ipê, quer crescer ainda mais.

Profissionais da área, que se adequem ao perfil e objetivos do Clube, são bem-vindos para somar à equipe”, informa João Comério.

Conheça os atuais investidores cotistas do Clube:

  • Geraldo Colli Junior
  • Henry Watanabe
  • João Comério
  • José Maria Filho
  • José Totti
  • Nelson Donizete Luciano
  • Reinoldo Poernbacher
  • Teotônio Francisco de Assis

Contato Clube Ipê

Startups interessadas em buscar parcerias para investimentos em seus projetos, podem contatar o Clube de Investimentos Ipê, através do site oficial: https://www.filiusventure.com.br/ipe-clube-de-investimentos.

Escrito por: redação Mais Floresta.

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Greenplac anuncia investimento de R$ 70 Milhões para 2024

Fabricante de painéis de madeira Greenplac anuncia investimento em mais performance industrial, florestal e consolidação de seus produtos

A Greenplac, indústria brasileira fabricante de painéis de madeira em MDF, anunciou investimento para conquistar ainda mais performance industrial, florestal e de consolidação de seus produtos unicolores e madeirados no setor moveleiro. Serão investidos R$ 70 milhões para o ano de 2024 especialmente direcionados para algumas áreas da empresa.

“Como o mercado está cada mais competitivo, temos que dedicar nossos esforços para alcançar o máximo de performance no que já foi investido do marco zero da indústria até o momento e desta forma, contribuir com o crescimento previsto para o segmento moveleiro brasileiro.”, disse José Roberto Colnaghi, presidente do conselho administrativo da Asperbras Brasil.

Dos R$ 70 milhões, R$ 50 milhões serão investidos na frente florestal, dedicados ao plantio e manutenção. Além disso, R$ 20 milhões serão investidos na planta industrial para expansões, bem como em software para automatização de processos para obter melhorias em estoque e expedição.

– Abicol realiza I Encontro Mundial da Indústria de Colchões

A empresa também investirá novamente em sistemas e softwares para acompanhar a constante evolução da tecnologia na automatização de processos nas frentes administrativas, PPCP (Planejamento, Programação e Controle da Produção), expedição e estoque, além de, atualizar as versões atuais de B.I. (Business Intelligence) para um atendimento cada vez mais otimizado e independente.

Além disso, a Greenplac MDF tem como objetivo alcançar um crescimento de 9% para 2024. “É uma projeção de crescimento ousada, considerando que a Greenplac é uma indústria nova e enfrentará o mercado moveleiro ainda mais concorrido em 2024. Por esse motivo, queremos entregar nosso melhor em atendimento, agilidade, além de excelente qualidade.” diz Valmir Souza, diretor geral da Greenplac MDF.

Para José Roberto Colnaghi, o sucesso do ano está em resgatar o que a Greenplac tem de melhor como diferencial. “Vamos buscar nosso melhor dentro de casa para entregar aos nossos clientes, uma ampla satisfação em todas as frentes de atendimento.”, conclui.

Padrões

Além do olhar atento às questões ambientais, a companhia atua com foco na qualidade e variedade de padrões do MDF oferecido à indústria moveleira. Atualmente oferece seis linhas de produtos que totalizam 40 padrões distintos.

Em 2023, a GreenPlac conquistou o Prêmio Internacional IF Design Award, o mais importante do mundo, na categoria Feiras de Tendências e Exibições. O troféu se refere ao estande da empresa na Formóbile 2022, onde foi lançada a coleção Estilo. A instalação, projetada pelo Estúdio Brunato de arquitetura, homenageou a natureza e a beleza árida do cerrado brasileiro, reforçando o futuro de um design cada vez mais sustentável e natural.

Além disso, seus produtos já foram contemplados nacionalmente com o Prêmio POPAI – Oscar do Varejo em 2021 e internacionalmente com a textura da linha Essenziale, premiada na Interzum, a maior feira da Alemanha, em 2017.

Greenplac

Inaugurada em 2018, a Greenplac se destaca por ser uma indústria moderna, com tecnologia alemã e ter seus processos produtivos pautados na transparência, qualidade e responsabilidade socioambiental. Está entre os principais players do setor moveleiro no Brasil e tem seu complexo industrial instalado na cidade de Água Clara (MS).

Atualmente gera 1.200 empregos, entre diretos e indiretos. A Greenplac se mantém alinhada com as principais tendências e oferece ao mercado padrões e texturas de revestimentos, que atendem aos mais diferentes gostos, culturas e necessidades.

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Escassez na mão de obra do setor florestal

Artigo de Mauro Murara Jr.

A automação abrange tarefas rotineiras como o plantio de florestas, tratos silviculturais e certas operações padronizadas de transporte de madeira na floresta. A plantação mecanizada de florestas não é desconhecida no Brasil, embora as áreas plantadas até o momento tenham sido pequenas e a tecnologia em franca adaptação. 

O aumento da escassez de mão de obra no setor florestal tem andado com a redução da taxa de natalidade, uma megatendência que afeta este fenômeno é a urbanização, que leva os jovens a terem uma relação cada vez mais distante com as florestas e com o meio rural.

Os jovens não querem necessariamente trabalhar na floresta. E daqueles que o fazem, muitos gradualmente se afastam, sentindo que isso não era o seu estilo. Simplesmente não há pessoas dispostas a fazer isso”.

ESTAMOS EM PLENO EMPREGO, POREM NÃO EXISTEM PESSOAS DISPOSTAS A DESENVOLVER TAREFAS ESPECIFICAS, INDEPENDENTE DE SALÁRIO OFERTADO.

Uma área potencial de automação são os equipamentos de manuseio de materiais nas instalações de produção e a Realidade aumentada para auxiliar operadores. Uma tecnologia emergente é a realidade aumentada, que auxiliará o operador de um Harvester na tomada de decisões, silvicultura de precisão no quesito nutrição vegetal, robôs para realização de inventario florestal e controle de pragas, se acredita que isso estará disponível na década atual.

É verdade que o preço dos sensores caiu nos últimos anos. Há dez anos, um scanner laser móvel custava 500.000 euros, atualmente, apenas um décimo desse valor. Devemos equipar os tratores com sensores que possam criar um valor agregado significativo em toda a cadeia de aquisição de madeira.


Mauro Murara Jr., engenheiro Florestal – CREA 059.792-9 SC

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Membros do CECA aprovam emissão de Licença Prévia para implantar fábrica da Arauco em Inocência

Em reunião extraordinária realizada na tarde dessa quinta-feira (25), por meio virtual, os membros do CECA (Conselho Estadual de Controle Ambiental) aprovaram por unanimidade o parecer que recomendou a emissão da Licença Prévia para implantar a fábrica de papel e celulose e também uma termoelétrica no município de Inocência. O empreendimento será feito pelo grupo chileno Arauco e prevê investir R$ 28 bilhões e empregar 12 mil pessoas na fase de obra.

A primeira fase do projeto deve entrar em operação em 2028 e a segunda fase em 2032. Cada linha tem capacidade de produzir 2,5 milhões de toneladas de celulose ao ano, funcionando de forma ininterrupta, 24 horas por dia, 7 dias por semana. Quando entrar em atividade a fábrica deve gerar 1.070 empregos diretos e indiretos. O empreendimento provocará uma elevação significativa no PIB (Produto Interno Bruto) do Estado e de Inocência, além de impactar positivamente na arrecadação de impostos e geração de renda.

O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, destacou o detalhamento dos estudos técnicos elaborados pela empresa e o relatório dos técnicos do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul). A estrutura do EIA/RIMA (Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental) trazem estudos de caracterização do empreendimento, diagnóstico ambiental, meios físico, biótico e socioeconômico, identificação e avaliação de impactos ambientais e estudos complementares, além de toda documentação, laudos técnicos e certidões que o Imasul exige.

“Estamos tendo a oportunidade de receber outro grande empreendimento, a exemplo da fábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo. Tomamos todos os cuidados, tanto do ponto de vista ambiental, quanto de infraestrutura urbana para suportar esse crescimento repentino que terá Inocência”, disse Verruck.

Até mesmo o tráfego de caminhões pelas rodovias que circundam Inocência foi dimensionado no EIA/Rima de modo a comprovar que não haverá alteração significativa no fluxo. Além disso, a Arauco já firmou um protocolo de intenções com a Prefeitura de Inocência no sentido de envidar esforços para prover o município da infraestrutura necessária que atenda os impactos econômicos, sociais, logísticos, fiscais e populacionais decorrentes da implantação da fábrica.

Entre essas ações consta a construção de uma terceira pista na rodovia MS-377, no trecho entre Água Clara e Inocência, apoio na estruturação e implementação do Plano Diretor do município e outras atividades que envolvam demandas da gestão municipal.

O diretor presidente do Imasul, André Borges, frisou que, pela primeira vez, os técnicos ambientais estiveram no local do projeto nessa fase do licenciamento e foi firmado um termo de referência com a empresa para acordar ajustes que devem ser providenciados. Além de celulose e papel, a Arauco vai produzir energia elétrica com a queima de restos da madeira (raízes, galhos). A usina termoelétrica terá capacidade para 420 MW, sendo que boa parte dessa energia será consumida pela própria fábrica e o excedente, exportado.

A Licença Prévia (LP) aprova o local de implantação do empreendimento e outros aspectos preliminares. É o início da materialização do projeto. Para começarem as obras propriamente ditas, a empresa deve solicitar ao Imasul a Licença de Instalação (LI) e após essa etapa, para início das atividades, a Licença de Operação (LO).

O CECA é o órgão máximo normativo e deliberativo em questões ambientais, composto por 20 membros, sendo 10 de instituições públicas e 10 da sociedade civil, e está vinculado à Semadesc. Além de Jaime Verruck, que preside o Conselho, participaram da reunião pela Semadesc o secretário-adjunto Walter Carneiro Junior, o secretário executivo de Meio Ambiente Artur Falcette e o secretário executivo Rogério Beretta.

Informações: Imasul.

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Dicas florestais: 2024 chegou e é hora de começar a planejar

Se o final de ano nos traz a oportunidade de fazer o balanço entre os pontos positivos e negativos, o ano novo, por outro lado, nos oferece a magia de traçar novas metas e objetivos. Seja na vida pessoal ou profissional, é hora de começar a planejar. Bom, então, para você que trabalha no setor florestal, que tal algumas dicas para o planejamento dos projetos ambientais?!

Primeiro passo

Resultados diferentes exigem estratégias, por vezes, diferentes. O que deu certo, pode permanecer, mas, também, ser aprimorado. No entanto, o que deu errado precisa de uma revisão, isto é, precisa-se recalcular a rota. As metas foram traçadas. Mas, são estas claras e alcançáveis? Consigo mensurá-las? O que posso fazer para atingir essas metas?

Para obter êxito, um passo importante, atrelado ao objetivo, é criar um plano de ação. Para alcançar as minhas metas com os projetos ambientais que hão de vir, preciso desenvolver novas habilidades? Quão necessário é buscar por novas parcerias, mentorias, ferramentas e conhecimento?

Em suma, o planejamento de um projeto ambiental envolve uma abordagem cuidadosa para garantir a sustentabilidade e a minimização dos impactos negativos no meio ambiente. Assim, cada etapa deve ser minuciosamente elaborada e trabalhada.

O que deve constar no planejamento

Antes de tudo, faz-se necessário esclarecer os objetivos do projeto ambiental. Assim, perguntas-chave incluem: Qual é o propósito principal? Quais são os resultados esperados? Quais áreas geográficas serão afetadas? Para o objetivo do projeto, preciso realizar uma Avaliação de Impacto Ambiental (AIA)? Quais são as leis e regulamentações que preciso ter conhecimento? Como deve ser o inventário florestal? Estes e muitos outros questionamentos devem estar presente na hora de planejar as ações.

Pontos cruciais

A transparência do planejamento, execução e entrega dos resultados é crucial para o êxito de um projeto. Assim, vale ressaltar que, as avaliações periódicas do progresso do projeto em relação aos objetivos ambientais se fazem de suma importância. Em síntese, este acompanhamento permite ajustes, conforme necessário, para garantir o sucesso do projeto. No tocante à transparência, busque garantir o repasse de informações claras, precisas e objetivas ao fornecer relatórios regulares sobre o desempenho ambiental do projeto para as partes interessadas.

Por fim, certifique-se de que o planejamento do projeto seja adaptável e flexível para lidar com mudanças nas condições ambientais e nos requisitos regulatórios ao longo do tempo. Um projeto bem-planejado e ambientalmente consciente contribuirá para um impacto positivo no meio ambiente.

O planejamento do inventário florestal

O inventário florestal consiste na quantificação e qualificação dos recursos presentes em uma determinada floresta. Contudo, para isso, muitas são as etapas e processos até chegar ao objetivo final. Em síntese, um inventário florestal de qualidade requer um planejamento adequado e estratégico. Em outras palavras, pode-se afirmar que o planejamento de um inventário florestal é um processo fundamental para a gestão sustentável de recursos florestais.

Etapas do inventário florestal

Na hora de planejar a execução do inventário florestal, cada detalhe é importante. Quanto será investido? Qual o custo? Quais instrumentos utilizar? Quais variáveis mensurar? Como definir o orçamento? Qual a mão de obra necessária? Em síntese, é preciso desenvolver um cronograma detalhado, considerando, até mesmo, os fatores sazonais que possam afetar a coleta de dados.

Os procedimentos a serem adotados vão depender do objetivo específico do inventário florestal, como a avaliação da biodiversidade, a estimativa de volume de madeira, a monitorização de ecossistemas, etc. A exemplo, tem-se a metodologia de amostragem, que pode ser aleatória, sistemática ou estratificada, dependendo dos objetivos e das características da floresta.

A definição e seleção das variáveis a serem medidas é vital. Dentre tais, pode-se estabelecer a quantificação de variáveis como altura das árvores, diâmetro do tronco, espécies presentes, idade, saúde das árvores, etc. Mas, como mensurar estas variáveis? Aqui, entra a definição dos equipamentos e tecnologia. O profissional deve se atentar para a escolha dos equipamentos necessários, como GPS, fitas, dendrômetros, clinômetros, dentre outros. Além disso, pode-se considerar a utilização de tecnologias modernas, como drones, que permitem a coleta de dados de forma eficiente.

Coleta, processamento e interpretação dos dados

Com o intuito de garantir a consistência e precisão nas medições, faz-se de fundamental importância treinar a equipe responsável pela coleta de dados. Em campo, certifique-se de implementar o plano coletando os dados conforme a metodologia definida. Posteriormente, no escritório, atente-se para uma análise cuidadosa das informações, gerando assim resultados precisos e confiáveis. A saber, para auxiliar na interpretação dos dados, o profissional pode incluir a elaboração de mapas, estimativas de volume de madeira, diversidade de espécies, entre outros.

Como realizar estes procedimentos de forma precisa

Muitas são as etapas do inventário florestal, como supracitado. Mas, há de se destacar que, apesar de todas possuírem influência direta nos resultados, estas também são passíveis a erros. Assim, a busca por ferramentas que auxiliem na coleta e processamento dos dados é cada dia mais crescente. A saber, com o avanço da tecnologia e inovação, o setor florestal tem se beneficiado com múltiplas ferramentas para a coleta e processamento de dados. A exemplo, tem-se o Mata Nativa (saiba mais em https://matanativa.com.br/).

E aí, vamos começar a planejar? Avalie o processo e os resultados obtidos ao longo do tempo. Use as lições aprendidas para aprimorar futuras iniciativas nos projetos de inventário florestal.

Informações: matanativa / Foto: Paulo Cardoso.

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Setor de Base Florestal é incluído no Plano Safra do Mapa

O Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária, Neri Geller,esteve em Alta Floresta e anunciou a conquista do benefício

O Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária [Mapa] Neri Geller (PP) cumpriu
agenda oficial nesta quinta-feira, 18, em Alta Floresta. Ele se reuniu com empresários do setor de base
florestal e com produtores rurais no auditório do Simenorte [Sindicato dos Madeireiros].

Secretário Neri Geller se reuniu com representantes do setor.

Geller foi nomeado para a Secretaria no final do mês de dezembro de 2023. A vinda à Alta Floresta é
segunda visita oficial no cargo. E neste período, consolidou um importante benefício para o setor de Base
Florestal, que é a inclusão do segmento no Plano Safra.

“Os bancos que financiam o Plano Safra vão liberar crédito para o madeireiro comprar máquinas, assim
como o produtor rural. Além de custeio, financiamento para investimento a longo prazo como construção
de armazéns e até madeira”, disse Neri.

Ele destacou a importância do setor de base florestal para a economia de Mato Grosso e o trabalho que
vem sendo feito na organização do setor, citando a exploração por meio de manejo florestal sustentável,
que dá visibilidade e credibilidade no mercado internacional, ajudando o Meio Ambiente, ao mesmo tempo que fortalece a economia.

“Alta Floresta conquistou um espaço a nível nacional com a presença do Frank Rogieri no Conama [Conselho Nacional do Meio Ambiente] e o setor está muito organizado através do CIPEM. Estão de
parabéns pela organização do setor de base florestal da região norte de Mato Grosso”, elogiou o
secretário.

O presidente do Cipem [Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira] Ednei Blasius, que
também preside o Simenorte, afirmou que a inclusão do setor de base florestal no Plano Safra é uma
conquista que começou a ser trabalhada há mais de um ano. E destacou que Neri Geller tem sido um
parceiro inigualável para o setor de base florestal em Brasília.

“Ele veio à Alta Floresta pelo setor de Base Florestal. E tem sido primordial nas demandas que
trabalhamos em Brasília. Conseguiu uma cadeira no Conama e hoje o setor de base florestal tem
representatividade graças a Neri Geller”, disse, destacando a importância do setor de base florestal a
nível de estado, com mais de 520 indústrias associadas no Cipem, sendo 70 indústrias no Simenorte em
Alta Floresta. E gera mais de 10 mil empregos diretos.

“É um setor importante que precisa da atenção do governo federal. E Neri Geller tem dado esta atenção.
Inserir o setor de Base Florestal no Plano Safra, é algo inédito, nunca teve antes. Agradeço a ele e ao
governo Federal”, disse.

Braço direito

O presidente do Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF) Frank Rogieri, afirmou que Neri
Geller está promovendo em Brasília para o setor de base florestal, a quebra de paradigma e preconceito
que parte da sociedade ainda tinha com o setor.

“Hoje o setor é ouvido e isto não tem preço. O que nós passamos ficou para trás. O nosso setor participa
no Estado de Mato Grosso, com 33% como primeira fonte de renda dos municípios, principalmente dos
mais distantes da capital e do desenvolvimento. E fica nossa gratidão ao Neri, que tem sido nosso braço
direito em Brasília”, pontua Frank.

A inclusão do setor de base florestal no Plano Safra, com o mesmo juro aplicado para a Agricultura,
conforme Frank, é de grande importância para o setor, que vai ter condições de investir e fazer renda com
a matéria prima.

O prefeito de Carlinda, Pastor Fernando, também esteve presente no evento e agradeceu a presença do
ministro, que conforme ele, sempre olhou com atenção especial para o municípios da região.

Informações: Jornal MT Norte / Foto em destaque: Paulo Cardoso.

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